Bernardo Mello Franco
Folha
O Senado descobriu uma solução mágica para acabar com o problema das drogas. Vai mudar a Constituição para deixar claro que elas são proibidas. Proposta aprovada com apoio entusiástico do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) considera crime a posse e o porte de qualquer quantidade de entorpecente. Os bolsonaristas festejaram a votação como um feito patriótico.
“O Brasil é uma nação que preza pela moralidade e pela valorização da família”, celebrou Wilder Morais. “O país pode ficar tranquilo, porque nós não vamos permitir a liberação de drogas”, congratulou-se Plínio Valério.
TEXTO CONFUSO – A pretexto de endurecer com o crime, o texto dificulta ainda mais a distinção entre usuários e traficantes. Isso abre caminho para equiparar o jovem pego com um cigarro de maconha ao quadrilheiro flagrado com contêineres de cocaína.
Apesar das aparências, a chamada PEC das Drogas não é ideia da bancada da bala. Foi apresentada pelo próprio presidente do Senado, que busca marcar posição contra o Supremo e ganhar pontos com a extrema direita.
Rodrigo Pacheco acelerou a votação para se contrapor à Corte, que estudava descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. O julgamento está paralisado por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
SAÚDE PÚBLICA – A proposta aprovada pelo Senado é puro populismo penal. Promete repressão e cadeia para o que deveria ser encarado como uma questão de saúde pública.
Criticado pela academia, o senador disse ontem que o usuário “não será jamais penalizado com o encarceramento”. Então não haveria por que criminalizar o porte de pequenas quantidades de droga.
A votação foi embalada por muitas frases de efeito e poucos argumentos racionais. O relator Efraim Filho garantiu que a descriminalização levaria “ao aumento do consumo e à explosão da dependência química”. Não citou um único estudo que embasasse a afirmação peremptória. “Nós estamos numa guerra. Numa guerra contra as drogas”, pontificou a pastora Damares Alves. Se é assim, fatos e evidências científicas podem ficar para depois.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A lei vai passar a ser assim, simplificada. Filho de pobre é traficante e filho de rico é usuário. É um retrocesso claro, porque traficante é uma coisa e usuário, outra. (C.N.)
“E para o índio nada mais faz sentido: com tantas drogas por que só o seu cachimbo é proibido?”
A Maresia
E a Hipocrisia
Gabriel o Pensador
Cachimbo da Paz
Uma vergonha essa PEC das Drogas aprovada no Senado, sob as bençãos do Rodrigo Pacheco. Como a NR explanou muito bem, vai sobrar para o pobre, que for pego fumando um baseado. Pacheco está subindo o tom, uma nota a mais do que Lira.
Esse é seguramente, o pior Congresso da história do Brasil. As leis são votadas, sempre contra o povo trabalhador.
Já estou começando a ficar com medo do próximo Congresso.
A fumaça da maconha “droga” reporter:
https://youtu.be/bQkGjaufmUs?si=aEpjm1jfqUfNMbxl
A ultra extrema esquerda (jornalista) é a favor da droga.
Eu sou a favor da droga se essa fosse permitida somente entre os militantes e simpatizantes da extrema esquerda.
Mostrou a carteirinha e já tem direito a um quilo de erva produzida pela Maconhabras.
De imediato mais um cota, os de baixa renda.
A lei Rouanet entraria em campo na ajuda de custo para os de alta renda.
Extremista de esquerda pensa assim, se os bolsonaristas gostam da lei que criminalista as drogas, automaticamente por força da causa somos contra essa lei.
“Quem não quer ser preso, não cometa crimes”.
Simples assim.
Já é um bom começo para brecar essa maldita droga que acaba com familias inteiras no Brasil.
Já sinto cheiro de mato queimado por todos os lados.
Até na Avenida Paulista já senti o cheiro do mato queimado em plena luz do dia….
Assim como o cigarro a maconha também faz mal….
Lei bem sem-vergonha essa. Com tantas coisas mais importantes, os caras ficam com picuinhas no legislativo.
Ou seja , a bancada do trafico , da bala e evangélica venceram , por não quererem que apareça um ” gaiato ” do estado , crie e instale um ponto de venda drogas oficializada de boa qualidade aos usuários , reduzindo seus lucros e impedindo o risco de mortes e mutilações de seus usurários , como ocorre hoje .