Carlos Newton
Com o indiciamento de Jair Bolsonaro e outros 36 envolvidos na segunda versão do golpe que foi planejado mas não chegou a ocorrer, a partir de agora cessa a estupefação e pode-se começar a analisar com mais seriedade os acontecimentos, embora sejam pavorosamente ridículos.
Desde o início das investigações sobre o 8 de Janeiro, já se sabia que existiu a preparação do golpe de estado antes mesmo da eleição e o gatilho seria a famosa fraude na urna eletrônica ou na apuração, que vem a ser a mesma coisa.
Assim que se comprovasse a fraude, haveria prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, com anulação do resultado e decreto do estado de emergência, até ser convocada nova eleição – este era o plano, que tinha aprovação entusiástica das Forças Armadas.
TUDO ERRADO – Sonhar não é proibido e os gênios que assessoravam Bolsonaro não conseguiram provar a fraude, porque os resultados de cada urna são impressos e afixados no mural da respectiva Vara, não há mesmo como fraudar.
Assim, na reunião decisiva com Bolsonaro, os comandantes do Exército e da Aeronáutica abandonaram o golpe, somente a Marinha manteve o apoio, e os generais do Planalto passaram a procurar outro gatilho. Foi quando se intensificou a trama envolvendo os “kid pretos”, que foram chamados para semear o caos em Brasília na noite de 12 de dezembro, após a diplomação de Bolsonaro.
Apesar da violência, com a malta tentando invadir a Polícia Federal, incendiando ônibus e automóveis, invadindo postos de gasolina e roubando botijões de gás, mesmo assim não havia clima para o golpe e Bolsonaro desistiu desse segundo gatilho para decretar estado de emergência.
GOLPE FRACASSADO – Assim, essa história de matar Jeca, Joca e a Professora era uma fantasia que pontuava o verdadeiro plano, para criar um terceiro gatilho capaz de justificar estado de emergência, que seria a explosão do caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, porque poderia morrer muita gente.
O certo é que Bolsonaro viu as coisas saírem de controle, ficou apavorado, com medo de ser preso pela Professora, e fugiu para a Flórida no dia 30 de dezembro.
Sem Bolsonaro para atrapalhar, os golpistas chamaram novamente os “kids pretos” e armaram a depredação do 8 de Janeiro, para forçar Lula a baixar o estado de emergência. Mas Lula não caiu na esparrela e o golpe morreu ali mesmo, com a prisão de mais de 1,5 manifestantes, que Alexandre de Moraes transformou em perigosos terroristas.
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P.S. – Os únicos terroristas de verdade foram os soldados “kids pretos”, que até hoje não sofreram investigação e nada vai acontecer com eles. Mas quem se interessa? (C.N.)
É fácil chegar ao general que acionou os kids pretos nesta invasão.
Serviram-lhes água e cafezinho na invasão?
1) Segundo uma astróloga, o Tempo agora é regido por Plutão, que já foi planeta, foi cassado, perdeu a condição de planeta, foi anistiado e voltou a ser planeta…
2) Tudo virá à tona, escancarando as verdades, que serão confundidas com as fake news… cada um tire as suas conclusões…
3) Quem mora em Plutão é Platão … a alma dele, é claro…
A “Fama de fofoqueiro livrou ex-ministro, general Luiz Eduardo Ramos, de indiciamento por trama golpista” (O Globo);
O “Isolamento de Mourão livrou ex-vice de vínculo ao golpe” (O Antagonista);
E notória estupidez teria excluído o ex-presidente do Comando do Governo Militar, que seria implantado após o golpe, que fracassou (“O nome de Bolsonaro não consta das planilhas do futuro Gabinete de Crise”.
A coisa foi tão destrambelhada que é impossível não existir uma burra multilateralidade num considerado “Evento de Falsas Bandeiras”, ora pois, empreendido por quem finge amar a nacional e a desdenha constitucionalmente, submisso financeira e estatutariamente à ditames estrangeiros.
Agents duplos.não serão punidos e sim blindados!
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/11/militares-investigados-pela-pf-sobre-trama-golpista-e-urnas-ficam-fora-de-lista-de-indiciados.shtml
“Caso o ‘mito’ executasse o golpe, para o qual não teve competência, o vácuo presidencial seria ocupado imediatamente com a formação de uma Junta Militar (de governabilidade) composta de estrelados de alta patente das três forças, e o capitão e seu grupo certamente seriam expurgados do centro do Poder, sem bilhete de volta.”
Comentário de Panorama ao artigo “Preparativos do golpe constituíram uma operação essencialmente militar”, de Bruno Boghossian (Folha), em 21 de novembro de 2024
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E lucidez de Roberto Nascimento em seis comentários ao artigo “Golpe de Estado: Uma brutalidade contra a história brasileira”, de Pedro do Coutto, em 22 de novembro 2024:
1 – “(…) Nas planilhas do futuro Gabinete de Crise, o nome de Bolsonaro não aparece. Está claro, que seria desfechado o Golpe dentro do Golpe, com um general no Comando do Governo Militar e Bolsonaro de fora do futuro governo. (…).
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3 –
4 – (…) O general Braga Neto é mais poderoso e radical do que o general Heleno.
(…) Não é uma ação isolada, a tentativa de Golpe dentro do Golpe. Neste de agora, fracassado, o chefe de governo, provavelmente seria o general Braga Neto. Acho, que Bolsonaro intuiu esse desfecho, (pois), de bobo ele não tem nada. (…).
5 – (…) Quando um grupo de militares toma o Poder, geralmente, o Chefe do governo provisório e depois entronizado Presidente, um general é o indicado. (…)
6 – Em qualquer governo militar, o presidente, geralmente é um general. Trata-se do princípio da Hierarquia, um dogma das Forças Armadas, respeitado por gregos e troianos, sejam generais, brigadeiros e almirantes.”
Chamar uma conspiração de generais para golpe de estado e assassinato de ridícula é confirmar minha tese do estado demencial progressivo nacional.
Agora ficou a dúvida, será que “Kids Pretos” é nome atualizado do “Black Blocs”?