
Arte Kleber Sales (Correio Braziliense)
Hyndara Freitas
Sérgio Quintella
O Globo
A prisão de Jair Bolsonaro (PL) em regime fechado, no sábado (25), aumenta a pressão para definição de um candidato presidencial da direita em 2026, mas o cenário segue aberto e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal postulante na disputa, mantém o discurso de que será candidato à reeleição em São Paulo.
Ao O Globo, na manhã desta terça-feira (25), Tarcísio reafirmou que vai tentar a reeleição, disse que no fim de 2026 será governador “se o eleitor de São Paulo assim decidir” e que a prisão “não muda nada” em sua decisão eleitoral.
AUTORIZAÇÃO – O governador afirmou ainda que deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para visitar Bolsonaro nos próximos dias, mas que primeiro deve conversar com os filhos e a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro (PL), para definir a melhor data. O governador disse que está esperando “dar um tempo para a família respirar” e em breve fará o pedido.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, já havia autorizado uma visita de Tarcísio ao ex-presidente para o dia 10 de dezembro, mas o pedido havia sido feito enquanto Bolsonaro estava em prisão domiciliar. Agora, com a prisão preventiva na carceragem da Polícia Federal em Brasília, Tarcísio fará uma nova solicitação de visita.
Conforme O Globo apurou com aliados, o governador deve seguir com a mesma postura de “jogar parado” que vem adotando há meses: ele não se coloca como candidato nem pressiona o ex-presidente para indicá-lo ao posto, diferentemente de outros governadores da direita que têm cogitado essa candidatura mais abertamente, como é o caso de Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ratinho Junior (PSD), do Paraná.
GOVERNO ESTADUAL – A indefinição eleitoral sobre 2026 tem adiado algumas decisões em São Paulo. A maior é sobre quem, numa eventual candidatura de Tarcísio ao Planalto, irá disputar o governo estadual. No momento, o nome do vice-governador Felício Ramuth (PSD) é o mais cotado, porque teria a vantagem de concorrer “com a máquina na mão” — ele assumiria o governo em abril, data máxima para que Tarcísio deixe o cargo se quiser disputar o pleito nacional.
O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), também está no páreo, mas isso exigiria que ele saísse do cargo apenas 15 meses após começar o segundo mandato e deixasse o comando da maior cidade do país nas mãos do vice-prefeito, Mello Araújo (PL), alçado ao cargo por indicação de Bolsonaro. Essa troca tem sido vista como um empecilho, uma vez que Mello não tem boa relação com secretários e deputados estaduais.
SENADO – Há ainda em aberto a eleição ao Senado. Hoje, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), é o nome de maior consenso para disputar uma das cadeiras pelo campo conservador, mas ainda não se sabe quem teria a outra — em 2026, cada estado vai eleger dois senadores.
Também há indefinições sobre quais partidos vão se aliar à esquerda ou à direita no plano federal ou estadual. O MDB, por exemplo, apoia Tarcísio em São Paulo, mas faz parte do governo Lula (PT) e ainda não decidiu como vai atuar na disputa ao Planalto.
As digitais dos únicos golpistas, nas pronuncias do “mantra”: Missão dada, Missão cumprida!”
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“Dendos”, em:
https://www.instagram.com/reel/DRgCwGNAHUl/?igsh=MWRtbjRleHdvdnpkbg==
Flávio Bolsonaro falsificava notas fiscais, afirma empresário
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) emitia notas fiscais falsas em sua loja de chocolates no Rio de Janeiro, afirma o empresário Cristiano Corrêa Souza e Silva.
A acusação foi feita no inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro que apura a prática de rachadinha no gabinete de Flávio enquanto ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A informação foi revelada pelo Jornal Nacional.
https://www.jb.com.br/acervo/2020/08/1025138-flavio-bolsonaro-falsificava-notas-fiscais-afirma-empresario.html
O elo que ainda une o ex-mito e Tarcínico pós-prisão: o medo da pecha de traidor
Cresceu entre a elite política e econômica a percepção de que (…) o ex-mito perdeu a capacidade de indicar quem estará na urna em 2026.
O ex-mito vai perdendo força a cada dia após o episódio da tornozeleira queimada, as sucessivas notícias de que está fragilizado na cadeia, e agora o fato de que efetivamente começou a cumprir a pena de 27 anos de prisão.
Seu filho, Flávio Rachadinha, também viu seu espaço ser reduzido como possível herdeiro político e candidato. (…) Seu papel na convocação de uma vigília a favor do pai também pode tê-lo deixado na mira das autoridades.
A última esperança era que a prisão do ex-mito viesse a gerar uma onda de apoio; o que não ocorreu.
Experientes operadores políticos apontam, no entanto, que, se o ex-mito não tem votos para ganhar as eleições do ano que vem, ele ainda tem apoio suficiente para atrapalhar o jogo da direita.
O elo que une o ex-mito e Tarcínico hoje é a pecha de traidor, dizem. Na visão desses operadores, como governador eleito à sombra do ex-mito, Tarcínico não poderia ser candidato à Presidência sem o apoio do ex-mito ou, pior ainda, concorrendo com um candidato avalizado por ele.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Política, 25/11/2025 | 22h02 Por Raquel Landim
O fator maior de atração na política é expectativa de poder.
E a expectativa de poder pessoal do ex-mito esgota-se na sua inelegibilidade, prisão e na incerteza da sua anistia.
O maior fator de atração na política é expectativa de poder.
E a expectativa de poder pessoal do ex-mito esgotou-se na inelegibilidade, prisão e incerteza de anistia.
É a realidade, na qual, o bolsonarismo já começou a cair.