Roseann Kennedy
Estadão
O governo Lula silenciou sobre a ameaça do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil fraticida” caso não vença as eleições. No Itamaraty, interlocutores dizem que mantém os olhos atentos, mas argumentam que não cabe comentário público sobre o processo eleitoral de outro país. A justificativa, entretanto, não se sustenta e expõe o comportamento ideológico da atual gestão, na visão de especialistas.
“O Itamaraty deveria manifestar a preocupação com as declarações de Maduro. Afinal o presidente Lula declarou que o Brasil vai reconhecer o resultado das eleições”, afirmou à Coluna do Estadão o presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), Rubens Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington.
LULA, TAMBÉM – Para Gunther Rudzit, professor de relações internacionais da ESPM e especialista em segurança mundial, diante da gravidade da fala do chefe do Executivo venezuelano, além do Ministério das Relações Exteriores, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria falar com Maduro e fazer “uma declaração pública forte”, cobrando respeito à democracia e ao resultado das eleições.
“O problema é que, pelas visões ideológicas, isso não tem sido feito pelo governo e pelo presidente”, lamentou Gunther.
A professora de relações internacionais da ESPM e especialista em América Latina e Estados Unidos, Denilde Holzhacker, destacou que Lula poderia usar seu prestigio pessoal com Maduro para defender a democracia, mas a postura adotada leva à “visão de que o governo brasileiro tem feito pouco e o presidente Lula tem feito pouco”.
DISSE A ANALISTA – “O Brasil tem a postura de não interferência em assuntos eleitorais internos, mas é uma situação de país participou do diálogo para construir o processo eleitoral, então teria condições de ser um interlocutor”, complementou Denilde.
O presidente Lula conversou com o ditador da Venezuela no início de junho e, de acordo com o Planalto, ele reiterou o apoio brasileiro aos acordos de Barbados, que prevê a realização de eleições livres e justas no país em 28 de julho e o reconhecimento do resultado por parte da ditadura chavista.
Em março, o ministério das Relações Exteriores criticou a ditadura de Maduro por impedir a inscrição da candidata opositora Corina Yoris nas eleições de julho. Ela foi indicada pela líder da oposição, Maria Corina Machado, inabilitada pelo regime.
CAUTELA – Carolina Pedroso, professora do Departamento de Relações Internacionais da Unifesp, fez uma ponderação. “Apesar do grau de preocupação que precisa estar elevado nesse momento, a diplomacia brasileira tende a se manter cautelosa e aguardar o curso dos acontecimentos. Qualquer declaração prévia pode só piorar a tensão, porque, de fato, não se sabe nem se o governo (Maduro) reconheceria uma derrota e nem se a oposição faria o mesmo, então o risco de escalada de violência é real”.
Já Denilde Holzhacker destacou que a manifestação pode ser diplomática, sem gerar um ambiente mais belicoso. “Não precisa ser reprimenda direta, mas manifestação de preocupação. O Itamaraty poderia emitir uma nota colocando que a questão da violência é inaceitável e que o pleito deve seguir. Seria um posicionamento público em defesa da democracia”, destacou.
Todos concordam que a ameaça de Maduro não é mera bravata e dizem que há risco real. A ameaça seria inclusive parte da tática do presidente Venezuelano de pôr medo para a população não votar ou não escolher a oposição.
O que é preciso para que essa mídia idiota entenda que Lula NÃO é um defensor da democracia?!
Lula é apenas um Hugo Chavez com assessoria de imprensa, só isso.
Vamos comprar mais pipoca… de preferência antes da reforma tributaria.
Ele foi dar piruada nas eleições da Argentina, contra o Milei.
Esse Barba é um Mefistofélico.
Do dicionário:
Significado de Mefistofélico
adjetivo
Que age com maldade; cujo comportamento ou ações lembram Mefistófeles, personagem demoníaco que figura lendas germânicas, sendo retomado em Fausto, de Goethe, como símbolo do demônio intelectual; pérfido.
Característico de Mefistófeles; diabólico: pacto mefistofélico; riso mefistofélico.