Marcus André Melo
Folha
A eleição presidencial argentina apontava para uma provável derrota do governo e vitória de um outsider no segundo turno. Em um quadro de gravíssimo surto inflacionário, o candidato governista é o ministro da economia. Pepe Mujica, ex-presidente uruguaio, reagiu: “Uma coisa dessas só se explica por uma mitologia, o peronismo, porque a Argentina é indecifrável”.
A eleição é marcada pela expectativa de uma espetacular crise financeira na esteira de um processo de erosão institucional de longa duração. E sim, o peronismo é indissociável dela. Como mostrei aqui na coluna.
RISCO DO GOVERNO – Mas a esperada derrota era também consistente com o padrão observado na América Latina. O “risco” de ser governo aumentou na região. De 2015 a 2023, a oposição ganhou 79,3% dos pleitos; de 2003 a 2014, vencera apenas 44% deles, segundo Gerardo Munck.
Um viés pró-incumbente era o esperado. Governantes abusam da máquina de governo nas eleições. O boom de commodities e a Covid (e a inflação global atual) alteraram o padrão: beneficiando e punindo incumbentes, respectivamente.
FRACASSO DA OPOSIÇÃO – A colossal frustração coletiva que gerou Javier Milei veio após o fracasso da oposição (Macri 2015-2019) em restaurar alguma governabilidade fiscal após o radicalismo entrar em ruína e o kirchnerismo ter se tornado hegemônico (2003-2014). Mas o problema é anterior.
Nas primárias, Milei quebrara o controle do peronismo sobre as províncias do interior. Aqui há um padrão global: líderes populistas radicais têm apoio localizado fora das grandes áreas metropolitanas. Milei também concentrava votos maciçamente no eleitorado jovem masculino. Simbolicamente é o futuro; o peronismo, o passado.
Mas na reta final, o peronista Sérgio Massa se recuperou e venceu o primeiro turno com 36,4%, enquanto Milei encolhia para 30,1%;
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Era cedo para contar vitória, embora as pesquisas viessem indicando segundo turno, com maiores possibilidades para Milei. Mas o peronismo falou mais forte e mostrou que ainda resiste a tudo e a todos. (C.N.)
Realmente é cedíssimo para contar vitória!
Viva a corrupção viva aos ladroes viva a vagabundagem o consórcio está totalmente dominado. Eles estão loucos. Vai dar Milei não tenho nenhuma dúvida. Lá tem comprovante na urnas eletrônicas.
Vocês conseguem entender isso? Conseguem? Ah país vagabundo.
Um rico e grande país
Arrasado por uma opção política e econômica péssima
Eleições na Argentina
Sergio Massa surpreende, lidera a votação e vai disputar o segundo turno com Javier Milei
Pleito que escolherá o próximo presidente argentino está marcado para o dia 19 de novembro.
Resta saber quem está por trás desses eternos e revesados “fantoches”?
Los hermanos repetem o Brasil / 2022. Um ilusionista – Milei Bolsonaro – e um esquerdopata Massa Lula. Pobres países.
Dos três candidatos o pior é o Melei, novo na política, despreparado em termos políticos e espetaculoso e semelhante ao tosco.
Na Argentina também tem gado, mas tem defensores da pátria. Está na mente na maioria da população a soberania do país: Pátria sim, colônia não. Por isso, Massa deve vencer as eleições.
Talvez seja mesmo o “menos pior” entre os 3 candidatos! Vi uma fala da 3ª candidata, a Patricia, e fiquei abismado com a besteira que ela declarou. Simplesmente proferiu palavras hostis aos chineses que é extamente o país que tem mais condiçoes de ajudar a tirar a Argentina do buraco, importando seus produtos agropecuarios e com propostas de investimentos que os americanos e os europeus nem simulam fazer. Do Milei o “el loco” nem dá para comentar. Realmente o “Massa” é o menos pior!