Assessores e amigos de Jair Bolsonaro forneceram à PF as provas contra ele

As provas contra Bolsonaro são consistentes? - YouTube

Com amigos desse tipo, Bolsonaro nem precisa de inimigos

Matheus Leitão
Veja

Os amigos de Bolsonaro cooperam com as investigações. Isso se pode dizer. O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, gravou o seu próprio chefe, Jair Bolsonaro, numa reunião muito comprometedora. Depois, cuidadosamente, guardou a gravação até ela ser descoberta pela Polícia Federal.

O tenente coronel Mauro Cid filmou uma reunião de julho de 2022 em que o ex-presidente discutiu as alternativas (golpistas) a fazer, caso o então candidato e hoje presidente Lula ganhasse as eleições. O ajudante de ordens manteve o vídeo em seu próprio computador até entregar para a PF.

BATENDO FOTO – Seu pai general Lourena Cid fotografou a si mesmo no reflexo do vidro junto com a joia que estava sendo surrupiada do patrimônio público para ser vendida no exterior até a Polícia Federal descobri-la.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres escondeu no cantinho mais precioso da casa, junto com fotos da família, a minuta de um golpe de Estado até a apreensão pela PF.

Então, sob certo ponto de vista, pode-se dizer, leitores desta coluna, que Jair Bolsonaro escolheu bem ajudantes e amigos. Eles estavam dispostos a fazer tudo pelo chefe, inclusive cometer crimes, mas guardaram zelosamente as provas disso.

GRAVAÇÃO IMPERDÍVEL – A descoberta de que Alexandre Ramagem gravou a reunião em que Bolsonaro, o general Heleno, ele próprio, e possivelmente a defesa do senador Flávio Bolsonaro, combinavam de esconder os indícios contra o senador fazendo devassa na vida de auditores da Receita Federal ajuda bastante a investigação sobre a espionagem da Abin paralela.

Ao mesmo tempo instalou-se um clima de barata voa na campanha de Ramagem à prefeitura do Rio. Bolsonaro estaria furioso e se sentindo traído pelo Policial Federal em quem depositava muita confiança.

Já não se sabe se ele será mantida, dado que tudo depende da vontade de Bolsonaro e ex-presidente estaria bem irritado e se sentindo traído.

PROVAS IMPORTANTES – São preciosas todas as provas dos amigos do ex-presidente: a minuta do golpe de Anderson, o vídeo do computador de Mauro Cid, a foto do general Lourena Cid e, por fim, a gravação dessa reunião por Ramagem.

Há mais nos guardados dos amigos do ex-presidente. Mas essas quatro provas já mostram que, involuntariamente, o entorno de Bolsonaro ajuda a Justiça.

O que o ex-presidente deve estar se perguntando é por que eles guardaram provas tão contundentes. Uma hipótese de resposta é que eles, como o próprio Bolsonaro, acreditavam na impunidade.

Atentado contra Trump: a violência enraizada na política americana

Após ser atingido de raspão, Trump é amparado por agentes

Pedro do Coutto

Um atentado contra Donald Trump em comício realizado na Pensilvânia acrescenta um novo rumo à campanha eleitoral nos Estados Unidos. Imagens de um vídeo mostram que Trump caiu no chão do palanque onde estava, ficou assustado e, ao levantar, havia sangue no rosto e sua orelha direita sangrava.

Foi atingido de raspão perto do rosto. Rapidamente, foi cercado por agentes secretos do FBI, que o retiraram do local. Antes de descer do palanque, o ex-presidente levanta o punho direito em sinal de vitória e é aplaudido pelos presentes. Poucas horas depois do atentado, Trump se manifestou na sua rede Truth Social. Ele agradeceu ao Serviço Secreto e às autoridades pela “rápida resposta ao tiroteio”.

“ALGO ERRADO” – “Quero estender minhas condolências à família da pessoa morta no comício, e também à de outra que ficou gravemente ferida. É incrível que tal ato ocorra em nosso país”, escreveu. “Eu fui atingido por uma bala que atravessou a parte de cima da minha orelha direita. Soube imediatamente que algo estava errado ao ouvir o barulho de zumbido, tiros e sentir a bala passando pela pele. Muito sangramento ocorreu, e percebi o que tinha acontecido. Deus abençoe a América!”, acrescentou.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o atentado. “O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, reagiu Lula.

REPERCUSSÃO – O impacto de tudo que ocorreu, certamente será enorme, porém ainda é cedo para dizer que Biden perderá as eleições em virtude do ocorrido na noite de sábado. A disputa será muito apertada, no fim das contas. É claro que Trump ganha muita simpatia, agora, por todo o mundo. Isso deve reforçar o trabalho dentro da base do Partido Republicano. Mas não creio que isso afetará as pessoas que estão de fora da base eleitoral. Faltam menos de quatro meses para o fim da campanha eleitoral e, durante esse período, muitas coisas podem acontecer.
 
Incrível como a violência está enraizada na política americana, basta ver os atentados registrados na história do país.  Movidos pelo ódio e pela paixão, os atiradores não têm limites. De qualquer forma, o atentado foi um ato indescritível não só contra o candidato, mas contra todos os que esperam desfechos democráticos nas lutas políticas que travam.

Um poema de amor (direto, doce e sensual), bem no estilo de Alice Ruiz

entre tantos loucos e livres existe... Alice Ruiz - PensadorPaulo Peres
Site Poemas & Canções
 

A publicitária, tradutora, compositora e poeta  curitibana Alice Ruiz Scherone, no poema Ninguém Me Canta como Você”, revela o fascínio e o modo sedutor que seu amado exerce sobre ela.

NINGUÉM ME CANTA COMO VOCÊ
Alice Ruiz

ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você

AGU inventa novo penduricalho, fruto de 13º salário adicional de sucumbência

Tribuna da Internet | Pagos para garantir a lei, juízes furam o teto para inflar seus próprios salários

Charge reproduzida do Arquivo Google)

Robson Bonin
Veja

Uma investigação do TCU deve mexer com muita gente no governo Lula. É que um conselho ligado à AGU liberou uma gratificação natalina a servidores que consumiu, em dois anos, segundo cálculos preliminares do tribunal, mais de 230 milhões de reais. O caso chegou ao tribunal por meio de uma denúncia anônima e envolve pagamentos de honorários de sucumbência geridos pelo Conselho Curador dos dos Honorários Advocatícios.

“A denúncia dá notícia de que os honorários de sucumbência estariam sendo utilizados para fins de composição do montante pago a título de 13º salário (gratificação natalina) aos agentes públicos que percebem esta vantagem (Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal, Procurador do Banco Central do Brasil, bem como aos ocupantes dos quadros suplementares em extinção previstos no art. 46 da Medida Provisória 2.229-43/2001), em possível infringência ao disposto no art. 29, parágrafo único, da Lei 13.327/2016”, diz um documento do tribunal a que o Radar teve acesso.

BOLADA MILIONÁRIA – Um levantamento preliminar da área técnica do TCU estimou que a bolada milionária beneficiou mais de 12.000 servidores entre os anos de 2022 e 2023.

“O pagamento da 13ª quota pressupõe a ’13ª percepção de valores por parte dos Advogados Públicos por meio da Gratificação Natalina’, o que se mostra flagrantemente ilícito, haja vista que a gratificação natalina origina-se de evento independente da mensuração de performance ou de desempenho dos advogados públicos”, diz o TCU.

“A permitir o pagamento de uma 13ª quota de honorários advocatícios, vinculada ao pagamento da gratificação natalina, configura tentativa ilícita de criar um 13º mês fictício no calendário gregoriano, pelo qual, por óbvio, não se faz possível medir qualquer desempenho ou performance dos advogados públicos”, segue o tribunal.

PEDIR DEVOLUÇÃO – O tribunal estuda caminhos para exigir a devolução do dinheiro. “Lançou-se mão de uma solução criativa, consistente no pagamento de uma 13ª quota, pari passu com as regras do regime estatutário da gratificação natalina, misturando-se indevidamente dois regimes completamente distintos”.

Ao TCU, o conselho justificou a liberação de recursos dizendo que “o pagamento desses honorários sucumbenciais aos Advogados Públicos está condicionado não somente ao êxito judicial que originou o desembolso da verba pela parte adversa perdedora, mas também ao desempenho da instituição como um todo. Trata-se de vetor propulsor de qualidade e eficiência da máquina pública o que, por certo, reverte-se em benefício da coletividade”.

Ao Radar, o conselho enviou posicionamento semelhante: “A distribuição dos honorários de sucumbência aos advogados públicos federais por meio de rateio extraordinário cumpre os termos da legislação em vigor e não ultrapassa o teto constitucional.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Caramba, amigos! A que ponto chega o fervor cívico dos operadores do Direito… Em tradução simultânea, eles criaram um 13º salário adicional, que vai pegar igual à Covid e se transmitir a magistrados, procuradores, defensores etc. Como se vê, o Brasil precisa ser muito rico para saciar a ganância dessa gentalha. (C.N.)

Acredite se quiser! Enquanto não prender Bolsonaro, o STF não se sentirá satisfeito

Tribuna da Internet | Maioria dos ministros do STF esconde as agendas de eventos e de audiências

Charge do Zappa (humortadela)

Carlos Newton

A coincidência de três graves investigações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro terem sido concluídas uma atrás da outra, em sequência perfeita, mostra que está aberta a temporada de caça ao ex-presidente, junto com seus filhos e sua trupe partidária.

É uma jogada político-judicial muito bem armada, nesta fase pré-eleitoral, havendo sucessiva divulgação das acusações a cada semana, iniciando-se o esquema com o caso da fraude na caderneta de vacina, depois com as joias sauditas e, por fim, com a chamada Abin Paralela.

MORAES À FRENTE – O ministro-relator manobra suas peças com habilidade, utilizando o privilégio do sigilo imposto por ele mesmo aos inquéritos. Assim, os jornalistas ligados ao PT ou simpáticos a Lula PT vão recebendo simultaneamente as informações em todos os grandes veículos de comunicação, inclusive portais, sites e blogs.

É um massacre midiático – muito bem feito, por sinal. Os principais atingidos estão atônitos. Bolsonaro, os filhos e participantes do seu governo, como Alexandre Ramagem, são duramente atingidos, dia após dia.

O mais incrível é que eles não têm como se defender nem como revidar. Enquanto a Procuradoria da República não se manifestar, os inquéritos continuam sob sigilo, os acusados não podem acessar as acusações, é uma covardia.

SERÃO DENUNCIADOS – É claro que o procurador-geral da República Paulo Gonet vai aceitar fazer as denúncias e abrir os processos. Só então os acusados poderão saber o real teor das acusações e organizar as respectivas defesas.

Em condições normais de temperatura e pressão, os acusados já poderiam ter recorrido ao Supremo, mas Moraes está blindado, porque não há cabimento de recursos contra erros dos ministros, devido à Súmula 606, que instaurou a ditadura do Judiciário, sem que ninguém percebesse. E o Brasil se tornou o único país de mundo onde não pode se apresentar habeas corpus contra decisão errada de ministros ou da Suprema Corte, vejam a que ponto chegamos.

O pior é que os onze ministros, inclusive os dois bolsonarianos, acreditam que são os salvadores da pátria. A partir da libertação do presidiário Lula da Silva, tudo o que fizeram e fazem– dentro ou fora da lei, não interessa – foi para salvar a democracia brasileira.

PIADA DO ANO – Essa convicção dos ministros representa uma Piada do Ano, pois qualquer brasileiro com mais de dois neurônios sabe que o mambembe golpe de estado em 2022 foi impedido pelo Alto Comando do Exército, o Supremo nada teve a ver com isso, só causou ainda mais tumulto.

Bem, sempre há alguma esperança de que o STF reconheça os erros e volte aos trilhos da legalidade, não somente parando de legislar, mas também deixando o Executivo sem amarras, depois de ter chegado ao cúmulo de impedir que um presidente da República nomeasse o diretor da Polícia Federal.

Mas a esperança parece ser ilusória, porque os ministros do Supremo agem de uma forma totalmente antiética, uns acobertando os erros dos outros, e não há explicações para isso.

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P.S.
Não se sabe qual é o objetivo do Supremo ou o que ele pretende. Na minha opinião, não há objetivo algum, os ministros apenas acham que a situação os levou a tomar as providências para conter as ilusões de Bolsonaro. E estão orgulhosos por terem feito esses contorcionismos jurídicos que possibilitaram a libertação de Lula (segunda instância, em 2019) e a anulação de suas condenações (incompetência territorial absoluta, em 2021). Aliás, é justamente por isso que la nave va, cada vez mais fellinianamente.  (C.N.)

Adianta tentar um diálogo, conversar com evangélicos ou é melhor enfrentá-los?

Nani Humor: PT QUER APOIO EVANGÉLICO

Charge do Nani (nanihumor.com)

Marcos Augusto Gonçalves
Folha

O papel relevante que o numeroso grupo de evangélicos passou a assumir na vida pública e na esfera da política brasileira tem gerado situações preocupantes e potencialmente ameaçadoras à saúde de nossa democracia.

A casta de representantes desse universo social, que ocupa postos nos diversos poderes da República e em muitos ramos da economia, tem se destacado pelo ultraconservadorismo reacionário associado à ideia teocrática de que as normas da religião devem presidir a sociedade.

ESTADO LAICO – A premissa do Estado laico é desprezada pela maioria desses líderes, alguns deles impostores caricaturais, que vivem da credulidade alheia e se apoiam numa vasta rede de igrejas, não raro baseadas em esquemas teológicos rudimentares e estapafúrdios. Para piorar, tais entidades –e não são apenas as evangélicas, ressalte-se–, desfrutam de benefícios fiscais abusivos e questionáveis.

Comento o assunto para levantar um ponto que se tornou recorrente em certo debate no campo progressista: “É preciso conversar com os evangélicos”… A frase sintetiza a ideia de que “precisamos conhecer”, “precisamos entender” e “precisamos interagir” com essa massa religiosa ou esses ETs pentecostais simpáticos à ultradireita que andam por aí a nos intrigar ou assombrar.

Essa disposição ao que seria um diálogo produtivo parece conter em seu substrato o pressuposto de que podemos “melhorar” os evangélicos, torná-los mais sensíveis a bons argumentos democráticos.

GOVERNO BILÍNGUE – Em entrevista à Folha, Paul Freston, sociólogo especialista em religião e política, voltou a tocar no assunto. O governo Lula precisaria ser “bilíngue” para tentar ganhar esses setores pelo discurso. Será? Por mais que as intenções se mostrem boas e que de fato seja importante não massificar o pentecostalismo, é difícil não ver uma dose de paternalismo e presunção na ideia de capturar esse segmento pela conversa.

Em sentido contrário, entre fiéis e pregadores evangélicos, os liberais progressistas são vistos como ovelhas desgarradas a contrariar os desígnios de Deus. Vivem em pecado, sob a influência de satanás. Esses sim, precisariam urgentemente ser chamados ao convívio com o Senhor.

É claro que há evangélicos de mente aberta e bem informados, mas esses, na verdade, já se inscrevem no contexto republicano. Conversar com certas lideranças da bancada da Bíblia e seus séquitos intolerantes é o mesmo que tentar encontrar uma língua comum com a ultradireita bolsonarista, a favor do livre acesso a armas, da criminalização do aborto em todas as circunstâncias e do lema “bandido bom é bandido morto”. Todos rezam pelo mesmo catecismo reacionário.

BUSCAR DIÁLOGO – Entende-se que a busca do diálogo soe mais razoável e menos beligerante do que o combate ao ideário dessas correntes. Não sei, porém, se mais eficaz.

Evangélicas ou não, forças hostis aos princípios da democracia têm de ser enfrentadas no palco político. É preciso que a sociedade se defenda e levante limites. Os profetas autoritários e moralistas que pretendem ditar como os indivíduos devem se comportar em suas vidas privadas e querem usar a religião como fonte de leis universais precisam ser confrontados no debate público.

É imperioso defender os direitos que ainda podem nos livrar do inferno dos teocratas e do grande obscurantismo.

Antônio Brito, candidato de Bolsonaro, é favorito para suceder Arthur Lira

Antônio Brito organiza festa, recebe nomes do governo e elogio da oposição  - Política ao Vivo

Brito, líder do PSDB, está no quatro mandato de deputado

Tatiana Azevedo
Gazeta do Povo

O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Antônio Brito, da Bahia, é tido como um dos candidatos com maior simpatia do Planalto à sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados. De quebra, ele conseguiu um gesto de boa vontade vindo do ex-presidente Bolsonaro, que lidera a ala direitista na Casa (o Partido Liberal conta com 93 deputados) e de quem ganhou medalha num encontro recente.

A aproximação de Antônio Brito com o PL teve início em abril, quando o ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, Major Vitor Hugo (PL-GO) promoveu um encontro entre ele e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, durante um evento da legenda na cidade de Mogi das Cruzes, no interior paulista.

FOTO E ELOGIO – Costa Neto publicou uma foto nas redes sociais com o deputado e disse ao jornal Folha de São Paulo que Brito seria “um bom candidato”. “Hoje, em Mogi das Cruzes, tive a honra de receber a visita do deputado federal Antonio Brito, candidato à Presidência da Câmara dos Deputados”, escreveu Valdemar em publicação nas redes sociais.

Antônio Brito aproveitou o encontro para reforçar que apesar de ser tido como alinhado ao Palácio do Planalto, tem bom trânsito em todas as alas na Câmara dos Deputados. Brito tem aparecido como forte candidato à sucessão de Arthur Lira, desbancando candidatos que já no início do ano anunciavam a pretensão de disputar a presidência, como Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

IMBROCHÁVEL – No último dia 4, Brito se encontrou com Bolsonaro, quando recebeu a medalha de “imbrochável”. A “condecoração”, em tom de brincadeira, faz referência à fala em que Bolsonaro se classificou como “imbrochável, imorrível e incomível”. O ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PL-GO) e o deputado Reinold Stephane (PSD-PR) também participaram do encontro.

Brito disse ao ex-presidente que, como líder do PSD, deu apoio a seu governo na Câmara e procurou afastar a imagem de aliado do Planalto.

À Gazeta do Povo, Antônio Brito afirmou que tem conversado com partidos em busca de apoio e já esteve com Altineu Côrtes, do Rio de Janeiro, que pode ser o nome do vice na chapa de Brito.

FALTA DEFINIR – O PL ainda não se decidiu se lança uma candidatura própria para a presidência da Câmara. O líder da oposição na Câmara, Filipe Barros, do Paraná, disse em entrevista à Gazeta do Povo que o partido ainda irá decidir no momento oportuno. Ele também disse que a oposição levaria em conta o alinhamento do nome com pautas caras para a direita, como por exemplo, a questão da liberdade de expressão e o aborto.

Correndo por fora, Brito começou a trabalhar em sua candidatura de forma silenciosa nos bastidores na Câmara. Ele não fez um anúncio formaL. Veio aos poucos revelando a parlamentares e jornalistas sua intenção de comandar a casa.

Só recentemente passou a dizer publicamente que é candidato e justificou a cautela afirmando que não queria se antecipar demais e “queimar a largada” [a eleição para a troca do presidente da Câmara será em fevereiro de 2025].

LÍDER NA PESQUISA – Um levantamento divulgado no final de maio pelo Instituto Genial/Quaest para mostrar a popularidade de Arthur Lira apontou que o líder do PSD aparece em primeiro lugar na preferência dos parlamentares para ocupar a cadeira do atual presidente em fevereiro de 2025.

O instituto ouviu 183 parlamentares de todos os estados e partidos políticos, entre os dias 9 de abril a 21 de maio. Questionados sobre em quem votariam, 23% afirmaram ter como candidato Antonio Brito. Nascimento aparece em segundo lugar, com 15% das intenções de voto. Marcos Pereira (Republicanos-SP) aparece em terceiro lugar, com 13%, seguido de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), com 10%, e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), com 3%.

Em um recorte da pesquisa, o nome de Brito é favorito tanto entre governistas (34%) quanto na oposição (18%). Mas, entre os independentes, geralmente membros do centrão, Brito é preferido por 12% e Elmar Nascimento por 30% dos parlamentares.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGMatéria importante, enviada por Mário Assis Causanilhas. Se vencer a eleição, Brito presidirá a votação da anistia a Bolsonaro, que já tem seis projetos que tramitam em conjunto na Câmara. (C.N.)

Reforma tributária comprova que Brasília é uma usina de reciclagem de erros

O Congresso que é a Cara do Brasil: cúmplice da corrupção - O que é notícia  em Sergipe

Charge do Clayton (O Povo/CE)

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Com a reforma tributária na reta final, os carros elétricos entraram, ao lado do tabaco e das bebidas alcoólicas, na lista dos produtos que pagarão o “imposto do pecado”. Em tese, esse imposto recairá sobre mercadorias que fazem mal à saúde ou agridem o meio ambiente. Ganha um fim de semana num incêndio do Pantanal quem souber o que um carro elétrico tem a ver com isso.

As montadoras nacionais fazem o que podem contra os carros elétricos, valendo-se do trânsito de que dispõem pelo corredores de Brasília, mas desta vez exageraram.

VELHO MONSTRO – Uma reforma tributária que pretende ser racional acabou acordando o velho monstro do atraso. A sabedoria convencional ensina que tendo sido um dos últimos países a abolir a escravidão (em 1888), Pindorama tem um pé no atraso.

A coisa é pior. Até 1850 o andar de cima nacional estava amarrado ao contrabando de africanos escravizados, uma atividade supostamente ilegal desde 1831. Admita-se que isso é coisa de um passado remoto, mas o atraso está sempre por aí.

Em 1978, a Associação dos Supermercados excluiu de seu quadro social a rede Carrefour porque ela aceitava pagamentos com cartões de crédito. Nessa época, burocratas e espertalhões criaram um regime pelo qual era mais fácil entrar no Brasil com um pacote de cocaína do que com um computador.

CARROS ELÉTRICOS – Encrenca-se com os carros elétricos em nome de uma proteção ao parque industrial das montadoras. Trata-se de uma jovem indústria, septuagenária e anacrônica. Enquanto fábricas reinventam-se pelo mundo afora, no Brasil fala-se em importar linhas de montagem de veículos a gasolina desativadas pelo progresso. Seria o Pró-Sucata.

Em 2003, os maganos das montadoras viviam muito bem quando um jovem chamado Elon Musk se meteu no mercado de carros elétricos e criou a Tesla. A China foi na bola e hoje suas montadoras têm a maior fatia do mercado mundial.

Quando Juscelino Kubitschek dirigiu o primeiro carro saído de uma montadora de São Paulo, os chineses andavam de bicicleta. Em matéria de fazer besteiras, a China batia o Brasil de longe. Pindorama tinha JK, quando a China teve o Grande Salto de Mao Tse-tung, com dezenas de milhões de mortos de fome. Os dois países diferem em muitas coisas, mas a China consegue abandonar as ideias erradas. Enquanto o Brasil recicla-a

Jovem de 20 que atirou em Trump parecia um cidadão acima de qualquer suspeita

Silhueta de um jovem atirando com uma espingarda contra o céu dramático —  Foto © okiepony #64327723

O jovem atirador usava um fuzil do tipo AR-15

Deu no Estadão

O atirador que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado, 13, foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos de Bethel Park, Pensilvânia, mas as autoridades não divulgaram mais informações sobre ele.

“Esta continua sendo uma investigação ativa e em andamento”, disse o FBI em um comunicado neste domingo.

SEM ANTECEDENTES – O atirador não tinha antecedentes criminais nos registros públicos do tribunal da Pensilvânia, e as autoridades disseram que ainda não identificaram um motivo para o atentado.

Um registro de eleitores mostrou que Crooks estava registrado como republicano, embora os registros de financiamento de campanha federal mostrem que ele doou US$ 15 para o Progressive Turnout Project, um grupo liberal de participação eleitoral, por meio da plataforma de doações ActBlue, em janeiro de 2021.

No início da manhã de domingo, oficiais haviam fechado todas as estradas que levavam à casa da família do suspeito em Bethel Park, ao sul de Pittsburgh e a cerca de uma hora de carro do local do comício em Butler. Vários parentes não responderam às mensagens solicitando comentários.

TINHA UM RIFLE – Crooks foi morto após disparar de “uma posição elevada” fora do local do comício ao ar livre onde Trump estava falando, de acordo com o Serviço Secreto americano. Oficiais recuperaram um rifle semiautomático tipo AR-15 perto do corpo de um homem branco que acreditam ser o atirador, de acordo com dois oficiais.

Crooks parece ter se formado em 2022 na Bethel Park High School, que tem cerca de 1.400 alunos, e recebeu um “prêmio estrela” de US$ 500 naquele ano da National Math and Science Initiative, de acordo com o The Tribune-Review no oeste da Pensilvânia.

Em uma gravação online da cerimônia de formatura de 2022, Crooks pode ser visto cruzando o palco sob aplausos modestos após seu nome ser chamado, um jovem esguio com óculos em uma toga de formatura preta que posou brevemente com um funcionário da escola e recebeu seu diploma.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Um rapaz simples, sem antecedentes criminais e sem envolvimento em política partidária. Como no filme de Elio Preti, era um cidadão acima de qualquer suspeita. Se tivesse conseguido fugir, dificilmente seria encontrada pelo FBI. (C.N.

Lira será cabo eleitoral importantíssimo na eleição do presidente da Câmara

Desgaste de Bolsonaro mina capital político de Michelle, diz analista à CNN  | CNN Brasil

Problema é um partido (União) presidir Câmara e Senado

Da CNN

A disputa acirrada na sucessão da Câmara contrasta com o marasmo na eleição do Senado avaliou o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, durante o programa WW dessa sexta-feira (12). As eleições para o comando das duas Casas do Congresso acontecem em fevereiro de 2025.

“O que a gente vê, vamos dizer assim, de disputa acirrada na Câmara, a gente vê de marasmo lá no Senado, porque todo mundo dá a eleição de Davi Alcolumbre como certa”, disse Noronha.

APOIO DE LULA – Atualmente no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Alcolumbre chefiou o Senado entre 2019 e 2021. No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a líderes partidários que apoiará o senador do Amapá.

Para Cristiano Noronha, na Câmara, o candidato que for apoiado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tem uma chance muito grande de vitória. A partir disso, o cientista político vê o deputado Elmar Nascimento (União-BA) como candidato mais forte num cenário disputado.

NAS DUAS CASAS – Além do deputado baiano do União Brasil, despontam como candidatos Antonio Brito (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Entretanto, em sua opinião, o que pesa contra Elmar, “e isso em geral, gera algum tipo de incômodo no Congresso Nacional, é um mesmo partido, que é o União Brasil, comandar as duas Casas”, pois Davi Alcolumbre já é dado como eleito.

Primeiro o arroz, agora os contratos da Secom: “Brasil que voltou” só tem ladrão

Lula mostra o tamanho do problema que voltou ao Brasil

J.R. Guzzo
Gazeta do Povo

O governo do presidente Lula se propôs, desde o primeiro dia, a uma missão impossível: repetir a mesma experiência e esperar um resultado diferente. Não pode dar certo, claro, mas eles parecem determinados a ficar tentando até o fim do mandato, mesmo porque estão todos convencidos de que o governo Lula não vai acabar nunca – e o próprio presidente, aliás, começou uma conversa esquisita de que ele não é mais ele; reencarnou, segundo diz, como “o povo no poder”.

Enquanto essa “filosofança” fica rodando na praça, para diversão dos analistas, o governo volta mais uma vez à cena do crime. Há pouco, ofereceu ao público pagante o “arrozão”, tramoia grosseira em leilões de arroz comprados com dinheiro do Erário.

FALCATRUA – Foi tão malfeito que a “falcatrua”, como disse Lula, teve de ser suspensa. Agora se revela que o Tribunal de Contas da União mandou suspender, por “irregularidade grave”, os contratos de quase R$ 200 milhões da Secretaria de Comunicação da Presidência da República para fazer propaganda do governo nas redes sociais.

O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada.

É, mais uma vez, a vergonha de roubar e não conseguir carregar – quer dizer, há no governo gente que quer roubar, como indica o Tribunal de Contas nesse caso dos contratos, mas não consegue por falta elementar de competência.

SEM PROVAS -Ninguém está dizendo aqui que toda a roubalheira federal ora em andamento é processada desse jeito, claro. Do roubo que dá certo ninguém fica sabendo, ou então não há como provar – mesmo porque o sistema judicial hoje em funcionamento neste país, do MP ao STF, não admite como válida nenhuma prova que possa ser apresentada contra o governo.

Mas o fato é que os gatos gordos do Brasil que “voltou” continuam a dar vexame – na hora que querem errar, erram da maneira errada.

O caso dos contratos da Secom é mais um clássico no gênero. O governo decidiu cometer um ato imoral – meter a mão no cofre público para melhorar sua própria “imagem” na internet.

“NÃO TEM DINHEIRO” – Dinheiro dos impostos não é para isso, ainda mais numa situação em que o presidente reclama todo dia, há um ano e meio, que “não tem dinheiro” para ajudar “os pobres”, e quer cobrar mais imposto ainda. Mas, como no caso do arroz, a má intenção se juntou à má execução. Acabaram não saindo nem os leilões do “arrozão” e nem os contratos do “internetão”.

É errado usar dinheiro público para importar arroz, sabe-se de onde e a qual preço, para embalar em pacotes com propaganda do governo federal e vender com preço subsidiado pelo imposto que você paga. É errado, da mesma forma, usar o Tesouro Nacional para pagar a obsessão de Lula em falar bem de si próprio nas redes sociais.

A imagem que os cidadãos têm do governo na internet é resultado do que o governo faz, e não do que diz. Como Lula está fazendo um governo ruim, já com viés de Dilma, a imagem é ruim. A saída seria melhorar o desempenho do governo, mas Lula não tem vontade, nem coragem e nem senso de responsabilidade para melhorar coisa nenhuma.

OPÇÃO PELA MENTIRA – A única opção que ele considera disponível é mentir e fazer a mentira se espalhar ao máximo – Lula acha que o problema não está em mentir, mas na circulação deficiente da mentirada que fala todos os dias. Mas o mais notável, tanto na decisão errada do arroz como na decisão errada dos contratos de propaganda na internet, é o desastre na hora de executar o plano.

No caso do arroz, deixaram saber que os leilões estavam sendo ganhos por sorveterias e mercadinhos do interior, com a participação aberta de intermediários enrolados na Justiça com problemas de corrupção.

No caso dos contratos, deixaram saber que houve fraude na licitação que escolheu as empresas destinadas a receber dinheiro para falar bem de Lula. Não se sabe, agora, qual será a próxima safadeza.

TENTAR DE NOVO – O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada. Não há suspeitos, nem investigados, nem indiciados, no “arrozão”. Por que deveria haver no “internetão”?

Os sinais são os piores possíveis. O procurador-geral da República, esse mesmo que transformou em segredo de Estado as informações a respeito de onde está, geograficamente, onde estará e mesmo onde já esteve, decretou que não deve haver investigação sobre as “milícias digitais” que foram descobertas dentro da Secom.

Elas existem, mas a PGR de Lula e do STF acha que são “do bem”. Milícia ruim é só da “extrema-direita”, e só da lista negra do ministro Alexandre Moraes.

Fachin é contra o marco temporal, mas não aponta solução alternativa

Fachin reafirma a deputados que marco temporal é inconstitucional – Justiça – CartaCapital

Para agradar os indigenas, Fachin fica em cima do muro

Gustavo Moreno
Agência Brasil

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), se reuniu nesta sexta-feira (12) com representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para tratar do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Fachin é o relator do processo no qual o Supremo definiu que a tese é inconstitucional. Apesar da decisão da Corte, o Congresso validou no ano passado o marco temporal ao derrubar o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei favorável à tese.

PREOCUPAÇÃO -Durante a audiência, Fachin recebeu relatos de preocupação das entidades com os efeitos da manutenção do marco, pelo qual os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição

Durante o encontro, Fachin defendeu uma decisão definitiva do Supremo sobre a questão e reafirmou seu posicionamento contrário ao marco temporal.

Na quarta-feira (10), o ministro também foi procurado por representantes da Articulação dos Povos Indígenas (Apib). Eles criticaram o envio da questão para conciliação e defenderam que Edson Fachin seja escolhido novo relator das ações por já ter atuado na mesma função.

CONCILIAÇÃO – Apesar do apoio de Fachin, não há prazo para o Supremo decidir definitivamente sobre a validade do marco temporal. No início deste mês, o ministro Gilmar Mendes marcou para o dia 5 de agosto o início dos trabalhos da comissão de conciliação que vai tratar das ações que envolvem o marco temporal.

Em abril, o ministro negou o pedido para suspender a deliberação do Congresso que validou o marco temporal e determinou que a questão deverá ser discutida previamente durante audiências de conciliação. As reuniões estão previstas para seguir até 18 de dezembro deste ano.

Mendes é relator das ações protocoladas pelo PL, o PP e o Republicanos após a decisão da Corte e a derrubada do veto presidencial pelo Congresso. Os processos pretendem manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco. O ministro também relata processos nos quais entidades que representam os indígenas e partidos governistas contestam a constitucionalidade da tese.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É muito fácil dizer que é contra o marco temporal de 1988, sem revelar qual o ano  que prefere, porque tem de haver algum marco temporal. Caso contrário os indígenas podem alegar que são donos da Praça dos Três Poderes, da Avenida Paulista e da Praia de Ipanema. Ou seja, é preciso haver algum marco temporal. Se você não gosta desse, cite qual é o seu. (C.N.)_

Cresce pressão para que Biden desista de reeleição aos 81 anos

Congressistas democratas querem que o Biden seja substituído

Pedro do Coutto

Faltando pouco mais de três meses para as eleições americanas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfrenta pressões tanto internas quanto externas em sua campanha. O democrata, de 81 anos, é o mais velho a ocupar a Casa Branca. Sua idade avançada e dúvidas sobre sua capacidade cognitiva e mental preocupam seus apoiadores. Para os republicanos, essa fragilidade pode ser o trunfo necessário para vencer a eleição de novembro, especialmente após o ataque a Trump neste sábado, que sempre influi no eleitorado.

A pressão aumentou após Biden apresentar um desempenho fraco no debate contra Donald Trump. Biden teve dificuldades em completar raciocínios, gaguejou e se perdeu em diversos momentos. A atuação de Biden resultou em uma onda de críticas da imprensa. O New York Times publicou um editorial sugerindo que ele desistisse da reeleição. Alguns deputados e senadores democratas também apoiaram essa ideia, defendendo que ele fosse substituído por outro candidato.

ABALOS – Biden afirmou que o debate foi apenas “uma noite ruim”, mas foi pressionado por apoiadores e patrocinadores de campanha a reconsiderar sua candidatura. Os deslizes de Biden têm se tornado cada vez mais frequentes. Na semana passada, ele cometeu mais duas gafes consecutivas: chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “Putin” e confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Trump.

Caso seja reeleito, Biden terá 86 anos ao fim de seu mandato. Kamala Harris é a favorita para substituí-lo caso ele desista de tentar a reeleição. No entanto, Biden descartou essa possibilidade, afirmando ser o “mais qualificado” para vencer Trump. O próximo debate presidencial, organizado pela ABC News, está marcado para 10 de setembro, e a eleição ocorrerá em 5 de novembro. Outro desempenho desanimador de Biden pode custar-lhe a Casa Branca.

Paralelamente, há também pressões para que Biden mantenha sua candidatura e enfrente Donald Trump nas urnas. A situação não é favorável aos democratas diante das divisões internas. Os que defendem a desistência de Biden baseiam-se na hipótese de surgir um candidato independente, o que poderia inviabilizar a candidatura de Joe Biden, mas isso também enfraqueceria o partido. Portanto, o quadro permanece indefinido.

Será mantido o acordo lesivo ao interesse público, que beneficia os irmãos Batista?

Governo Lula planeja isentar irmãos Batista de multa bilionária

Com ajuda entusiástica de Lula, os irmãos irão longe

Carlos Andreazza
Estadão

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu a suspensão cautelar do acordo entre governo Lula, Aneel (outrora agência reguladora) e Âmbar Energia. Suspender para avaliar o troço. O mínimo, se preocupação houver com o interesse público. O arranjo a ter eficácia a partir de 22 de julho. Concerto pelo qual o TCU, órgão fiscalizador que se atribuiu a conflitante função conciliadora, demonstra simpatia.

Por eficácia, compreenda-se: pagamentos de dinheiros públicos à empresa. Por simpatia: desqualificadas as recomendações contrárias da unidade especializada da corte, abençoar o bicho tirando o corpo fora e deixar consagrar. Bastaria – bastará – um senão do TCU para brecá-lo. O silêncio a dez dias de fazer a simpatia se materializar em eficácia.

PRÊMIO INDEVIDO – O acordo – obra de arte do consenso sem concordância – é produto de contrato descumprido pela Âmbar. Um prêmio. Outras companhias, sob infrações similares, não tiveram a mesma fortuna.

Singular, pois, o cuidado para com a empresa dos irmãos Batista. Que, conforme revelou reportagem da revista Piauí, deveria construir quatro termelétricas e garantir energia reserva ao sistema, demanda emergencial decorrente da crise hídrica de 2021. O limite curto (dez meses) pactuado para a entrega embutindo muitos bilhões aos vencedores do leilão. Ninguém foi obrigado a aderir.

A Âmbar nunca entregou, vencidos os prazos e para muito além. Nunca ergueu – deveria construí-las – as plantas. Numa solução puxadinho, lançou-se a arrendamentos. Hoje, recorre a uma usina antiga. Jamais entregou. Testes evidenciariam a incapacidade técnica das gambiarras responderem ao exigido. Caso de contrato – cláusulas claríssimas – violado absolutamente. Transgressão posta e exposta com a situação hídrica já normalizada, lesiva aos cofres públicos a manutenção do negócio.

AJUSTE VERGONHOSO – Era rescindir e aplicar a multa, algo próximo a R$ 6 bilhões, baixíssima – para não dizer inexistente – a possibilidade de contestação judicial da empresa ter sucesso. Não para o zeloso Ministério das Minas e Energia. Que pressentia o pior dos cenários jurídicos.

Donde costuraria e firmaria – ante a simpatia de extração omissa-eficaz do TCU – ajuste pelo qual, em vez de multa pesada e encerramento unilateral do contrato, a Âmbar, estendidos os prazos e flexibilizada a prestação de serviços, levará mais de R$ 9 bilhões.

Descontada a penalidade rebaixada de R$ 1.1 bilhão, uma variação de cerca de R$ 14 bilhões entre o que o governo deveria receber e o que, tudo o mais constante, pagará. Por energia cara e ora desnecessária. Com a palavra, o Tribunal de Contas da União.

Atirador era um jovem branco de 20 anos, e a segurança cometeu um grave erro

Trump está eleito, dizem presidente do Novo e deputados do PL - Diário do Poder

Esse atentado pode ajudar muito a eleger Donald Trump

Fernanda Perrin
Folha

O esquema de segurança em torno de Donald Trump tornou-se alvo de questionamentos após o ex-presidente ser ferido por um atirador localizado nas proximidades de um comício em Butler, na Pensilvânia, no sábado (13).

O principal alvo é o Serviço Secreto, responsável pela avaliação prévia de segurança, organização do esquema e supervisão da área, coordenando outras agências, como a polícia estadual e local.

FORA DA COLETIVA – Nenhum porta-voz do órgão participou da coletiva de imprensa realizada em Butler no início da madrugada de domingo. Coube ao FBI e à polícia estadual responder as perguntas dos jornalistas.

“Não vamos fazer essa avaliação nesse momento”, respondeu Kevin Rojek, agente do FBI responsável pelo escritório de Pittsburgh, ao ser questionado se houve uma falha do sistema de segurança. “Há uma investigação em curso”, completou.

“Estamos trabalhando na avaliação do aparato montado. Vai ser uma longa investigação sobre o indivíduo, como ele teve acesso ao local, o armamento usado”, seguiu Rojek. Questionado se é surpreendente o atirador ter conseguido disparar contra o ex-presidente, o agente respondeu que sim.

30 A 40 POLICIAIS – O tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia, disse que havia cerca de 30 a 40 policiais no local antes dos disparos. Não se sabe quantos agentes do Serviço Secreto estavam lá.

“Em defesa deles [o Serviço Secreto] é incrivelmente difícil ter um lugar aberto ao público e garantir a segurança contra um atirador determinado. A investigação vai nos dar a oportunidade para ver se houve falhas e como fazer melhor no futuro”, disse Bivens.

O tenente-coronel confirmou que a polícia recebeu denúncias de atividades suspeitas antes dos tiros serem disparados. Circulam nas redes sociais relatos de pessoas que afirmam que alertaram autoridades terem visto uma pessoa escalando um edifício com um fuzil.

HÁ TESTEMUNHAS – Um entrevistado pela BBC afirmou que procurou a polícia para avisar ter visto a cena, mas que nada foi feito. Há ainda um vídeo de uma pessoa correndo em direção ao prédio onde o atirador estava posicionado tentando chamar a atenção da polícia de que havia alguém no telhado. É possível ver outras pessoas próximas do local.

O atirador foi morto por um sniper do Serviço Secreto poucos segundos após atirar. Segundo Trump, a bala perfurou a parte superior de sua orelha direita. Ele passa bem.

Uma pessoa foi morta pelo atirador, segundo Rojek, e outras duas estão gravemente feridas. As três vítimas são homens.

FALTA IDENTIFICAR – As autoridades afirmam que ainda não podem divulgar a identidade do atirador, que não portava nenhum documento. Exames de biometria e DNA estão sendo feitos. Segundo a Associated Press, se trata de um homem branco de 20 anos morador da Pensilvânia. Ainda não se sabe a motivação para o crime.

A investigação está sendo liderada pelo FBI em parceria com as polícias estadual e local. A tentativa de assassinato de Trump, um ex-presidente, é um crime federal e está sob jurisdição da polícia federal americana; as outras três vítimas estão sob jurisdição estadual.

Na coletiva, as autoridades divulgaram canais para envio de informações e pistas por canais virtuais e por telefone. Como havia um grande número de pessoas gravando o evento com o celular, esse material é visto como essencial para a investigação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É incrível que a segurança não tenha vigiado os prédios onde um atirador pudesse se posicionar, porque eram poucos. Foi uma falha grosseira da segurança. E surgiu outra piada sem graça. Estão dizendo que Biden deu declaração lamentando a morte de John Kennedy. (C.N.)

Um poema em reação ao sofrimento das crianças martirizadas pela guerras

Por falta de anestésicos, crianças são operadas sem anestesia em Gaza

Milhões de crianças sem diireito à infância

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há anos em Brasília, no poema “Feridas da Alma”, reage contra as tragédias da humanidade que envolvem, ferem, martirizam e matam crianças pelo mundo, como as guerras da Croácia, da Síria e da Palestina.

FERIDAS DA ALMA
Vicente Limongi Netto

Sou giz usado
alma de gesso
dor tropeçando
lápis vesgo
apagador borrado
poeira ensanguentada
sou lama e barro tristes
sou rabisco do sol
morando em você.

Maníacos das guerras,
deixem as crianças em paz!

Áudio reforça que não houve interferência no processo de Flávio, diz Ramagem

Ramagem será intimado pela PF a depor em caso da “Abin paralela” |  Metrópoles

Ramagem afirma que estão fazendo alvoroço à toa

Paolla Serra
O Globo

O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que o áudio clandestino de uma reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) e o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, só reforça que não houve “interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro”, sendo a demanda resolvida “exclusivamente em instância judicial”.

Em uma postagem no X, Ramagem afirma que a menção a gravação no relatório da Polícia Federal encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca a “defesa do devido processo, apuração administrativa, providência prevista em lei para qualquer caso de desvio de conduta funcional”.

ÁUDIO DAS RACHADINHAS – Ramagem se refere a um áudio captado em uma reunião realizada no Palácio do Planalto, em 25 de agosto de 2020, em que foram discutidas supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que originou o inquérito contra o filho 01 do então presidente no caso das “rachadinhas”.

O arquivo esteva em seu computador, foi apreendido pela PF em 24 de janeiro deste ano, e compõe o inquérito que apura o monitoramento ilegal realizado pela Abin durante a gestão de Bolsonaro.

A mídia deverá passar por uma perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC) para ser transcrita a íntegra da reunião, de 1h e 8 minutos de duração, inclusive quando há sobreposição de vozes.

RASAS CONJECTURAS – “Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas. O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado. A aquisição foi regular, com parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos, exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria. A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin”, escreveu Ramagem.

Como O Globo mostrou, na reunião, também estavam presentes advogadas de Flávio Bolsonaro, que citaram estratégias defensivas que pretendiam adotar. Nas redes sociais, o senador negou envolvimento com a chamada “Abin paralela” e disse ser vítima de “criminosos que acessaram ilegalmente” os seus dados sigilosos na Receita Federal.

Durante a gravação, Ramagem afirmou que “seria necessário a instauração de procedimento administrativo” contra os auditores “visando anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.

CRIAR ALVOROÇO – “Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas, na verdade, não. Não se encontram em first mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”, ressaltou o ex-diretor-geral da Abin, no X.

O relatório da PF ainda aponta que integrantes da chamada “Abin paralela” tentaram levantar “podres e relações políticas” dos auditores da Receita. O suposto desvio de verba pública – a chamada “rachadinha” – teria ocorrido no gabinete de Flávio, quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

As diligências contra os auditores “ao que indicam os vestígios foram determinadas pelo delegado Alexandre Ramagem”, diz o relatório da PF. Os investigadores interceptaram conversas de integrantes da ‘Abin Paralela’ falando sobre achar “podres”, “dívidas tributárias”, “ver redes sociais de esposa” dos servidores da Receita.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
As investigações são sigilosas, mas os vazamentos ocorrem aos turbilhões, enchendo de informações os jornalistas ligados ao PT, que são em maior número e mais atuantes. Esta reunião com advogadas de Flávio Bolsonaro foi uma indignidade e houve a gravação, que parece ser obrigatória em toda reunião importante da Abin, Sem conhecer o inteiro teor da gravação, fica difícil dar pitaco na conversa dos outros. (C.N.)  

Está na hora de os americanos elegerem uma mulher negra para a Casa Branca

Kamala Harris: o que Joe Biden pode ganhar ou perder com a escolha da senadora pela Califórnia como candidata a vice - BBC News Brasil

Aos 60 anos, Kamala Harris pode disputar com chances

Carlos Newton

Até 7 de agosto, quando haverá a convenção democrata sobre a eleição de novembro, o assunto mais importante do mundo será sempre o presidente Joe Biden, com reportagens, análises e pesquisas diárias abordando a necessidade de substitui-lo na cabeça de chapa do partido. Como se sabe, Biden foi o mais velho presidente americano a tomar posse, com 78 anos, e agora quer dobrar a aposta.

Em país presidencialista, não há registro de nenhum governante que tenha vencido eleição aos 81 anos. O motivo é simples; a idade não perdoa. Movido pela vaidade e o apego ao poder, Joe Biden quer bater um recorde, que já é dele mesmo, mas não tem condições físicas e mentais para tanto.

REVELAÇÃO – George Stephanopoulos, um jornalista americano que entrevistou Biden semana passada, foi claro a respeito. Abordado na rua quando fazia caminhada em Nova York, o repórter da ABC disse não acreditar que o democrata seja capaz de servir o país por mais quatro anos.

O comentário foi feito enquanto ele fazia cooper pelas ruas de Nova York, após um pedestre questioná-lo sobre se ele achava que o atual mandatário deveria renunciar à disputa pela Casa Branca.

A resposta do âncora do programa ABC News foi gravada sem ele perceber, publicada terça-feira pelo site TMZ e viralizou nos Estados Unidos.

DIA A DIA – Daqui em diante, será um massacre, porque a pressão sobre Biden irá aumentando, até ele não resistir mais. É bom que isso aconteça antes da convenção do dia 7, caso contrário os democratas poderão estar novamente entregando a Donald Trump a presidência da maior potência mundial.

Como dizia Machado de Assis, a confusão é geral. Mas tudo isso pode ser uma armadilha do destino. A vice-presidente Kamala Harris, que tem se mantido de forma ética e leal, apoiando o direito de Biden disputar, pode acabar sendo a saída salvadora. É uma conceituada advogada, que entrou na política e já acumula larga experiência não somente no Senado e na Vice-Presidência, mas também na Procuradoria-Geral da Califórnia.

Filha de jamaicano e indiana, Kamala Harris seria a primeira mulher negra e asiático-americana indicada por um grande partido a disputar a Presidência. Ao contrário de Trump, tem uma vida limpa, com trajetória de sucesso, e pode surpreender nesta eleição, na qual o candidato republicano também tem idade avançada e pode estar com validade vencida, pois também não diz coisa com coisa.

Atirador estava no alto de um prédio próximo, no estilo de Lee Oswald

Com sangue no rosto, Trump é retirado às pressas do palco durante comício  na Pensilvânia após disparos serem ouvidos; vídeo

A bala perfurou a orelha de Trump e atngiu um espectador

Deu no g1 e no UOL

O autor dos disparos no comício de Donald Trump foi morto pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos, confirmou o órgão na noite deste sábado (13). Além disso, um espectador também morreu no tiroteio e dois ficaram gravemente feridos, disse em uma nota oficial à imprensa (veja abaixo).

De acordo com o Serviço Secreto dos EUA, o atirador disparou várias vezes contra o palco do evento, de um ponto elevado fora do local do comício. Trump foi atingido na orelha.

POSIÇÃO ELEVADA – De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicações do órgão, o atirador disparou vários tiros de uma “posição elevada” fora do comício. Ele foi “neutralizado” por agentes do Serviço Secreto. Segundo a CNN, duas fontes policiais disseram que o atirador estava em um telhado.

O promotor do condado de Butler, Richard Goldinger, disse que seu principal detetive informou que o atirador estava em um prédio próximo ao local e que não tinha mais detalhes sobre a pessoa. Depois disso, o órgão disse que rapidamente implementou medidas de proteção e que o ex-presidente está seguro e sendo avaliado. O caso está sob investigação.

Após o atentado, Donald Trump se pronunciou e mandou “condolências para a família da pessoa que foi morta no comício e também à família da outra pessoa que ficou gravemente ferida”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O atirador se posionou num prédio próximo, seguindo o método de Lee Oswald para matar John Kennedy em Dallas. Pena que não tenha sido capturado vivo. Com ele morto, a investigação fica muito mais difícil. (C.N.)

Procurador Aras sabia de uso da Abin para anular o caso Queiroz e nada fez

Augusto Aras apresenta proposta que dispõe sobre parâmetros básicos para as  eleições ao cargo de procurador-geral de Justiça - Conselho Nacional do  Ministério Público

Aras, o procurador omisso, fingiu que não sabia de nada

Guilherme Amado e Bruna Lima
Metrópoles

O ex-procurador-geral da República Augusto Aras foi provocado diversas vezes, desde 2020, a investigar o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para encontrar provas que anulassem o processo contra o senador Flávio Bolsonaro pela suposta prática de rachadinha.

No final de 2020, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou que Aras investigasse o uso da Abin para beneficiar o senador e filho do então presidente da República, Jair Bolsonaro. O ex-PGR, entretanto, não concluiu as investigações.

RELATÓRIOS – A determinação para que houvesse a investigação ocorreu após a coluna mostrar que a Abin paralela havia sido acionada para buscar provas que derrubassem o caso Queiroz.

Em 2021, a PGR pediu que a coluna entregasse os relatórios revelados em dezembro de 2021 em que a Abin paralela passava a Flávio Bolsonaro as orientações sobre o que deveria ser feito para encontrar provas que anulassem o caso Queiroz — o que a coluna não fez, diante do risco de identificar as fontes.

Depois, a advogada de Flávia Bolsonaro na época, Luciana Pires, foi chamada a depor na PGR. Pires havia dito à coluna que Alexandre Ramagem havia enviado os relatórios. Alegando sigilo profissional, a advogada não compareceu ao depoimento. A PGR não prosseguiu com a investigação.

OPERAÇÃO DA PF – Nessa quinta-feira (11/7), a PF deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha, que apura a produção de notícias falsas e o monitoramento ilegal de autoridades, servidores públicos e jornalistas considerados pelo governo Bolsonaro como opositores.

Um dos elementos citados pela PF para pedir a operação ao STF foi um áudio apreendido em um aparelho de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do governo Bolsonaro.

Na gravação de uma hora e oito minutos, feita na reunião de 25 de agosto de 2020 revelada pela coluna, Bolsonaro, Ramagem e Heleno trataram de um plano para derrubar a investigação das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro.

CINCO PRISÕES – A PF prendeu Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército; Marcelo Araújo Bormevet, agente da PF; Mateus de Carvalho Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência; e o empresário Richards Dyer Pozzer. O ex-assessores José Matheus Sales Gomes e Daniel Ribeiro Lemos foram alvos de mandados de busca.

Entre as autoridades espionadas ilegalmente pela Abin paralela, segundo a PF, estariam os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux; o presidente da Câmara, Arthur Lira; o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia; e os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que estavam à frente da CPI da Covid no Senado em 2021
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O delegado Alexandre Ramagem, que presidia a Abin, diz que a gravação não tem nada demais e a PF faz vazamentos estratégicos para criar clima e denegrir a imagem dos bolsonarista. E assim a situação fica propícia a fake news. Ora, se existem provas, que a Procuradoria então aceite logo a denúncia e abra os processos, com livre acesso aos advogados de defesa, acabando com esse sigilo nojento, que nada tem a ver com Justiça e só interessa ao ministro Alexandre de Moraes, que é inimigo da transparência processual exigida em lei. (C.N.)