Na Venezuela, até o Partido Comunista não reconhece que Maduro foi reeleito

Deu noPoder360

O PCV (Partido Comunista da Venezuela) publicou nesta 3ª feira (30.jul.2024) uma nota contrária à autoproclamada vitória de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) na eleição à Presidência. Segundo o partido, o anúncio do resultado “contrasta abertamente com o ânimo que existiu durante o processo eleitoral”.

“Alertamos a opinião pública internacional que, assim como o governo de Nicolás Maduro tenha despojado o povo venezuelano de seus direitos econômicos e sociais, agora pretende privá-lo de seus direitos democráticos”, disse o PCV.

MUDAR A POLÍTICA – O Bureau Político do Partido Comunista salientou que o povo venezuelano se expressou nas urnas de domingo com a clara intenção de mudar a política do país.

O partido também pediu que as facções “genuínamente democráricas” unam suas forças para “defender a vontade do povo venezuelano”.

Por fim, a sigla exigiu ainda que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgue todos os boletins de urna do pleito de domingo (28.jul).

PROTESTOS POPULARES – Nesta 3ª feira (30.jul), tanto a oposição quanto o governo organizaram atos na capital, Caracas, para se manifestarem sobre o resultado das eleições. Os contrários a Maduro ficaram reunidos desde as 12h (horário de Brasília) em frente ao prédio da ONU (Organização das Nações Unidas).

Os apoiadores do governo se concentraram na sede do Executivo a partir das 15h (horário de Brasília). Atos contra o atual presidente e o resultado anunciado já deixaram ao menos 6 pessoas mortas e dezenas de feridas na Venezuela, segundo a ONG (Organização Não Governamental) Foro Penal. Outras 132 pessoas foram presas.

PRISÃO DE EX-DEPUTADO – De acordo com o partido Voluntad Popular (centro-esquerda), de oposição, o dirigente e ex-deputado Freddy Superlano foi detido por agentes do governo na capital. A legenda classificou o ato como “sequestro”. Outras duas pessoas também foram levadas.

O CNE informou na madrugada de 2ª feira (29.jul) que Maduro obteve 51,2% dos votos válidos contra 44% de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).

A oposição questionou o resultado e afirmou poder provar que houve fraudes na reeleição de Maduro. Segundo María Corina Machado, principal nome da oposição venezuelana e que afirma ter tido acesso aos boletins de urna, Maduro teve 2.759.256 votos, abaixo dos 6.275.180 de González.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Importantíssima matéria enviada por José Guilherme Schossland, sempre de olho no lance. Quando um líder ultraesquerdista, do tipo Maduro, é denunciado pelos comunista e pela centro-esquerda, conforme se constata, com apelo à opinião pública internacional, é sinal de que se chegou ao fim da picada. Portanto, Lula, Gleisi e Amorim perderam boas oportunidades de ficar de boca fechada, onde não entram moscas nem saem asneiras em série. (C.N.)

TSE manda concluir a investigação contra Bolsonaro por ataques às urnas

charge carmem lucia boa | Jornal Ação Popular

Charge da Pryscila (Arquivo Google)

Carlos Newton

A ministra Cármen Lúcia, que assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral em 3 de junho, já mostrou que vai conduzir o TSE em estilo bem diferente do adotado por seu antecessor Alexandre de Moraes. Uma de suas decisões foi mandar concluir as investigações pendentes e que se arrastam no âmbito do chamado Inquérito do Fim do Mundo, aquele que não acaba nunca.

Dentro dessa nova estratégia, o corregedor-geral eleitoral, ministro Raul Araújo, fixou um prazo de cinco dias para a Polícia Federal concluir o inquérito administrativo que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por ataques ao sistema eleitoral brasileiro. 

FICOU NA GAVETA – Araújo tomou a decisão em 28 de junho, mas estranhamente ela só foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico na última quarta-feira, 24 de julho, e dois dias depois a Polícia Federal anunciou ter encontrado documentos ligando o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, delegado Alexandre Ramagem, a um complô para desmoralizar a urna e abrir caminho para um golpe de estado, caso o então oposicionista Lula da Silva vencesse a eleição de 2022, como viria a acontecer.

Realmente, desde 2021, quando foi aberto o inquérito, o então presidente Jair Bolsonaro vinha alegando que havia obtido votos suficientes para ganhar o pleito de 2018 já no primeiro turno, mas teria sido vítima de um complô. 

Esses novos documentos encontrados na última busca e apreensão mostram que o incentivador de Bolsonaro era Alexandre Ramagem. Como diretor-geral da Abin, ele incitava Bolsonaro, dizendo estar convicto de que tinha havido fraude eleitoral em 1028.

BOLSONARO ATACA – Ao invés de exigir que a Abin provasse a fraude eleitoral, Bolsonaro partiu logo para o confronto com o TSE e o Supremo.

Sem que Ramagem lhe passasse qualquer prova, o então presidente transformou o ataque à urna eletrônica num escândalo internacional, que Nicolás Maduro acaba de citar, na semana passada, ao  denunciar as tais fraudes inas eleições brasileiros, vejam bem o problema que se criou pela irresponsabilidade de Ramagem e pela insensatez de Bolsonaro.

Agora, a Polícia Federal, atandendo à ordem de Cármen Lúcia, enfim vai concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público Federal, para denunciar Bolsonaro, Ramagem e quem mais estiver envolvido.

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P.S. –
A grande dúvida é saber se a Procuradoria pedirá a prisão preventiva de Bolsonaro e Ramagem. Na minha opinião, não haverá prisão e será permitido que os réus respondam a processo em liberdade. (C.N.)

Dirceu é internado e faz cateterismo para ver se haverá cirurgia cardíaca

José Dirceu é internado em hospital de Curitiba para exames

Dirceu se sentiu mal e seu problema é de circulação

Pedro Augusto Figueiredo
Estadão

O ex-ministro José Dirceu (PT) foi internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo nesta quarta-feira, 31, por insuficiência coronária. Ele fará exame de cateterismo cardíaco previsto para ocorrer na quinta-feira, segundo boletim médico divulgado pelo hospital. O objetivo é determinar se há necessidade de cirurgia.

É o segundo problema de saúde enfrentado por Dirceu este ano. Em fevereiro, ele deu entrada no mesmo hospital com pneumonia. De acordo com o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho dele, o ex-ministro passa bem.

DISSE ZECA – “Falei com meu pai há pouco, por vídeo, ele está muito bem, fará um cateterismo, para avaliar se existe ou não, obstrução de uma artéria coronária, procedimento que ele já fez em 2007 e 2018, quando não foi necessário colocar stent”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter).

Antes da internação, José Dirceu declarou na terça-feira, 30, que o ditador Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições venezuelanas e que o processo ocorreu de forma segura e inviolável. “Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas”, disse.

Afastado dos holofotes, o ex-ministro planeja se candidatar a deputado federal por São Paulo na eleição de 2026, conforme adiantou ao Estadão, mas diz que é necessário consultar a direção do PT e os deputados da sigla para o plano ir adiante.

CONDENAÇÕES – Dirceu foi condenado em 2012 a 7 anos e 11 meses de prisão no esquema do mensalão. O esquema consistia no pagamento de mesadas a parlamentares para assegurar apoio à base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004.

Em 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso concedeu indulto ao ex-ministro da Casa Civil no âmbito do mensalão, mas ele permaneceu preso em razão de penas oriundas da Lava Jato.

Em 2016, o então juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR) condenou Dirceu a 23 anos de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pela acusação de ter recebido propina em um contrato da Petrobras. No ano seguinte, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) diminuiu a pena para oito anos e 10 meses. Em maio deste ano, o STF anulou a pena em razão da idade do político, de 78 anos, o que faz a pena prescrever.

Boa notícia! A mentalidade de Kamala contrasta com a política americana

Kamala Harris

Kamala começa bem, ao se recusar a receber Netanyahu

Janio de Freitas
Poder 360

O número é aterrador: 722 milhões de seres humanos no mundo passam fome. Presença crescente da miséria, são mais 22 milhões do que em 2020/2022, na estimativa conjunta de cinco agências da ONU.

Ao mesmo tempo, os envios de armas, munição, tanques e aviões dos Estados Unidos e da Europa-Otan, para impulsionar a guerra da Ucrânia e o massacre dos palestinos, já estão na casa dos US$ 200 bilhões. E vai adiante.

NETANYAHU NOS EUA – O Congresso dos Estados Unidos, que autoriza a parte norte-americana desse gasto, concedeu ao condutor do massacre palestino a honra de recebê-lo em sessão solene e ouvi-lo em discurso sobre a devastação de Gaza. Na mesma ocasião em que o Tribunal Penal Internacional reconheceu mais uma violação da Convenção de Genebra por Israel.

Invadir e construir colônias israelenses em terras da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental são ações ilegais. Transgressões ao direito internacional. Crimes. Donald Trump diz falsidades dignas de Benjamin Netanyahu e Netanyahu falseia com a desfaçatez de Trump.

Para um e para outro, o mesmo aplauso exuberante da maioria de congressistas. Apesar de quase 100 anos entre cenas idênticas dos anos 1930 e de agora.

KAMALA DISSE NÃO – A recusa de Kamala Harris a presidir, por atribuição da Vice-Presidência, a sessão de Netanyahu foi já um ato indissociável da candidata. Quisesse só evitar formalidades equivocantes ou antecipar, para o público, uma distância política que atinge também o governo Biden, já seria uma brava atitude, com projeções arriscadas na influente comunidade judaica.

Parecidos em vários traços da personalidade, como mentirosos Netanyahu e Trump são iguais. Do primeiro, ante as manifestações contrárias: Israel tem informações de que “os manifestantes são financiados pelo Irã”, mundo afora. Do outro, em comício: “Ela quer abortos no 8º e 9º mês”.

O primeiro comanda um país e uma guerra de morticínio furioso. O outro presidiu a maior potência mundial e talvez seja levado pelos conterrâneos a dominá-la outra vez. Ambos pendurados em processos criminais. Diante disso, a desistência forçada de Joe Biden, por atrapalhar-se em debate sem sentido e com sinais atribuíveis a ansiolítico forte, deveria ser motivo de vergonha nacional.

BIDEN FALHOU – Com sua contribuição decisiva para os horrores israelenses em Gaza e para o continuado sacrifício da Ucrânia por Putin, associada à guerra fria com a China, Biden nada fez pelo mundo que nos justificasse sua reeleição. Fazê-lo é o que se espera da necessária vitória de Kamala Harris sobre Trump.

No argumento trumpista de que “não é americana nata”, como exigido, Kamala traz uma qualidade particular. De mãe indiana (bióloga e importante pesquisadora de câncer) e pai jamaicano (professor de economia), nasceu na Califórnia, e pronto.

Mas, se eleita, levará para o eixo do mundo uma mentalidade geneticamente contrastante com a dos políticos norte-americanos. E originada de duas formações étnicas enriquecidas pela calma, a reflexão, um profundo sentido de humanidade. O quanto Kamala Harris tem dessa carga bendita, pode ser que os norte-americanos nos deixem saber, mais adiante.

Costa Neto, do PL, elegeu um novo “inimigo político” – Kassab, do PSD

Bolsonaro nomeia aliado de Kassab para instituto de tecnologia da  informação - 03/06/2020 - Mercado - Folha

Kassab está atrapalhando a eleição do irmão de Bolsonaro

Bela Megale
O Globo

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem feito questão de destacar, em conversas com aliados, que elegeu um novo inimigo político: o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Costa Neto aponta que dois fatores pesaram para isso. Um é a influência de Jair Bolsonaro, que passou a ter Kassab como um grande desafeto.

O outro motivo são as eleições municipais deste ano. O presidente do PL tem dito que Kassab tem tomado decisões “mostrando que quer derrotar sua legenda”. O mandachuva do PL faz questão de sinalizar que hoje está mais irritado com Kassab que o próprio Bolsonaro.

PROVOCAÇÃO – No início do mês, Valdemar Costa Neto fez uma provocação pública ao ex-prefeito de São Paulo. Durante a festa de aniversário de Antonio Britto (PSD-BA), pré-candidato à presidência da Câmara, disse no ouvido de Kassab a seguinte frase:

— Vou meter o ferro em você — referindo-se às disputas nas eleições municipais.

O presidente do PSD riu e minimizou o episódio, mas Costa Neto fez questão de contar a indireta aos jornalistas, fazendo críticas públicas a Kassab. Ele se queixou do “apetite” do ex-prefeito nas eleições deste ano e disse que tentou entrar em acordo com o PSD em relação a disputas de algumas prefeituras, sem sucesso.

IRMÃO DE BOLSONARO – Como informou a coluna, um dos focos de tensão é a eleição pela prefeitura de Registro, cidade no interior de São Paulo. O irmão de Bolsonaro, Renato, lançou sua pré-candidatura à prefeitura pelo PL. O PSD de Kassab, no entanto, colocou no páreo o ex-deputado e ex-prefeito de Registro, Samuel Moreira.

Intermediários do PL tentaram fazer Kassab retirar o nome de Samuel, como um gesto amistoso a Costa Neto e a Bolsonaro. A proposta não avançou e a candidatura de Moreira está mantida.

No meio do fogo cruzado segue o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem Kassab como um de seus secretários e tem Bolsonaro como seu criador e apoiador político.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Excelente artigo de Bela Megale sobre os bastidores da política. Confirma o que sempre dizemos aqui: Kassab é o maior equilibrista da política brasileira. Tirando os casos do PL e do União Brasil, inflados pelo fenômeno Bolsonaro, o PSD de Kassab é o partido que mais cresce, e o faz de forma segura. Kassab tornou-se hoje o esteio político de Tarcísio de Freitas em São Paulo, que não pode prescindir dele, vejam a que ponto chega o surrealismo na política brasileira. (C.N.)

Mais vexame! Brasil “veementemente” condena assassinato de líder do Hamas

O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh aparece ao lado do brasileiro Geraldo Alckmin, horas antes de ser morto

Em Teerã, Alckmin ao lado de Hanivet, o líder do Hamas

Igor Gadelha
Metrópoles

O Itamaraty emitiu, nesta quarta-feira (31/7), uma nota oficial afirmando que o governo brasileiro “condena veementemente” o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniveh. O líder do grupo terrorista foi morto durante um atentado aéreo ocorrido nas primeiras horas desta quarta. Haniveh estava no Irã para participar da posse do novo presidente daquele país, Masoud Pezeshkian.

Na nota, o Itamaraty condena o crime contra o líder extremista, mas não atribui autoria do atentado, não reivindicado por ninguém até agora. O Hamas e o Irã acusam Israel pela morte de Haniveh.

DIZ O ITAMARATY – “O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio. Tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, diz a nota do Itamaraty.

No documento, o Ministério das Relações Exteriores prega ainda a necessidade de evitar uma escalada de consequências imprevisíveis no Oriente Médio após o crime.

“O Brasil reitera o apelo a todos os atores para que exerçam máxima contenção, de modo a impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes, bem como exorta a comunidade internacional para que envide todos os esforços possíveis com vistas a promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades”, afirma o Itamaraty.

ALCKMIN NO IRÃ – O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, esteve presente na posse do novo presidente do Irã e apareceu em imagens ao lado do líder do Hamas, horas antes do assassinato do líder extremista.

Não há registros de que Alckmin tenha conversado com Haniyeh. Além do representante do Hamas, estavam presentes líderes de outros grupos extremistas, como Jihad Islâmica, Hezbollah e Houthis.

E o governo do Irã novamente jura vingança contra Israel após a morte de líder do Hamas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Parece Piada do Ano, mas é uma tragédia diplomática atrás da outra no Oriente Médio. Alguém poderia explicar por que o Brasil está assim apoiando o Hamas tão entusiasticamente? Afinal, o que temos a ver com a briga desses dois povos semitas? (C.N.)

Israel mata Haniveh, líder do Hamas, mas isso não significa o fim da guerra

Quem era Ismail Haniyeh, o chefe do gabinete político do Hamas que foi morto em Teerão | Euronews

Haniev estava escondido num abrigo de veteranos do Irã

Igor Gielow
Folha

Filho do grande campo de refugiados de Al-Shati, no norte da Faixa de Gaza, o líder assassinado do Hamas, Ismail Haniyeh, combinava pragmatismo e moderação com uma retórica inflamada contra Israel.

Morreu às 2h desta quarta (31, 19h30 de terça em Brasília) como viveu, em uma condição provisória de abrigo. Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, ele estava em uma casa discreta que abriga veteranos da guerra do país com o Iraque, nos anos 90, no norte de Teerã. E o Irã promete se vingar.

VIDA DUPLA – Melhor alojamento ele tinha em sua casa, no Qatar, onde vivia um exílio luxuoso bancado pela monarquia local e, segundo os serviços de segurança israelenses, negócios imobiliários rentáveis de sua família na Faixa de Gaza.

Ele mudou definitivamente para o país do golfo Pérsico em 2019, dois anos depois de assumir a chefia da ala política do Hamas. Ele era seu principal líder, mas não o único: as decisões da guerra contra Israel em Gaza são tomadas na prática pelo linha-dura Yahya Sinwar, por exemplo.

Com isso, era visto como um moderado, dentro do que é possível chamar de moderação no grupo terrorista fundamentalista islâmico, nascido em 1987 com a revolta palestina conhecida como intifada.

LIBERTAÇÃO DE REPÓRTER – De todo modo, era recebido frequentemente em Moscou e Ancara, para ficar em dois aliados regionais do Hamas que não têm uma agenda comum. Amparou sua fama episódios como seu papel na libertação de um repórter da BBC que havia sido sequestrado por islamistas em Gaza, em 2007.

Haniyeh ingressou no Hamas no mesmo ano da fundação do grupo, quando formou-se em literatura árabe na Universidade Islâmica de Gaza. Lá, havia se envolvido com a política anti-israelense influenciada pela Irmandade Muçulmana, a organização surgida no Egito que desde 1928 inspira grupos radicais islâmicos mundo afora, como os terroristas da Al Qaeda.

Aproximou-se do líder do Hamas, o frágil xeque Ahmad Iassin, de quem tornou-se protegido e uma espécie de secretário particular. É famosa uma fotografia de 2003 em que ele segurava o telefone para o xeque, que era cego e tetraplégico.

PRINCIPAL LÍDER – O religioso, popular entre os moradores de Gaza por seu trabalho social que acabou confundido com o Hamas em si, foi morto em um ataque israelense no ano seguinte. Haniyeh tornou-se o principal líder do grupo desde então,

Em 2006, ele foi eleito premiê palestino, iniciando o processo de divisão que opôs o Hamas ao Fatah, a principal facção palestina, que comanda a Autoridade Nacional reconhecida na ONU como embrião de um eventual Estado.

A guerra cobrou preço pessoal do líder agora morto. Em 10 de abril, três de seus filhos e quatro netos foram mortos em um ataque aéreo de Israel em Gaza. Ele se manteve desafiador: “Todo nosso povo e todas as famílias de Gaza pagam um preço alto em sangue, e eu sou um deles”, afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Israel cumpriu o prometido e matou o maior líder do Hamas, depois de transformar Gaza num cemitério de crianças, mulheres e idosos, que nada têm a ver com a guerra. O líder morreu, mas o Hamas continuará ameaçando Israel através dos tempos. E agora, o que Netanyahu quer, além de aumentar as ocupações israelenses? (C.N.)

Piada do Ano! Padilha diz que o PT tem autonomia para apoiar Maduro

Lula insiste e vai manter Padilha no front da articulação política pelos  próximos meses | O Tempo

Padilha tenta explicar as declarações de Lula sobre Maduro

Renata Souza
da CNN

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu a autonomia do PT em se posicionar sobre as eleições na Venezuela e disse que não cabe a ele, ao governo ou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentar a nota emitida pelo partido.

“Até por ser o presidente Lula uma pessoa democrática e por defendermos a democracia, os partidos têm autonomia. Nós não somos um país onde o presidente manda no partido ou o partido manda no presidente. Isso aí são outros modelos de organização que não é a tradição do governo do presidente Lula, não é nem a tradição do PT”, afirmou, durante o programa “Bom Dia, Ministro”.

SEM COMENTÁRIOS – “O PT tomou uma posição que cabe a um partido tomar. Não sou eu, nem o presidente Lula que vai comentar a posição do PT em relação a essa nota. Então tomou aquilo que é o seu papel enquanto partido, enquanto outros partidos também tomaram outras posições”, complementou, em entrevista nesta quarta-feira (31).

Na segunda-feira (29), o PT divulgou um comunicado tratando Nicolás Maduro como presidente “reeleito” e cumprimentando o povo venezuelano pela “jornada democrática” no pleito.

Padilha também afirmou que a posição da Presidência sobre as eleições venezuelanas estão expostas nos canais oficiais do governo.

MUITO EXPLÍCITAS – “As notas oficiais do governo brasileiro, através do Itamaraty, são muito explícitas. E o presidente Lula reforçou, inclusive, na fala dele ontem: ‘eu estou aguardando a ata’ [das eleições]”, disse o ministro.

Em entrevista ontem (30), Lula havia comentado pela primeira vez o resultado das eleições no país vizinho. Segundo ele, “não tem nada de anormal nem de errado” no processo.

O líder brasileiro ressaltou, porém, que o reconhecimento do Brasil ao resultado das eleições venezuelanas depende ainda da apresentação das atas de votação. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo González. A oposição, no entanto, questiona o resultado e aponta fraude no pleito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Esse ministro Alexandre Padilha merece ganhar o Oscar de Coadjuvante. Sua capacidade de bajular o presidente é impressionante. As declarações dele são iguais à eleição na Venezuela – nunca têm nada de anormal ou de errado. Deve ser muito duro exercer a política assim, sempre com a coluna curvada. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, não faz esse tipo de papel sujo e já esculhambou a reeleição fraudada de Maduro, e ninguém do PT teve coragem de dizer nada. (C.N.)

Presidente do PSB diverge do PT e chama a Venezuela de “ditadura”

Leia a íntegra da entrevista do presidente Carlos Siqueira ao portal Terra  – PSB 40

Carlos Siqueira diz que a reeleição de Maduro foi fraude

Larissa Rodrigues
CNN Brasil

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, criticou a condução das eleições na Venezuela e condenou o que chama de “violações dos direitos humanos e democráticos perpetradas pelo regime chavista” de Nicolás Maduro.

A declaração vem na esteira dos protestos que acontecem no país desde segunda-feira (29). Ao menos seis mortes teriam sido registradas durante confrontos com as autoridades policiais venezuelanas.

UMA DITAURA – À CNN, Siqueira definiu o processo eleitoral da Venezuela como uma ditadura. “É mesmo uma ditadura e o retrato mais cruel está estampado nos semáforos de várias cidades latino-americanas e brasileiras, ou seja, centenas de venezuelanos pedindo esmolas nos sinais de trânsito. Além disso, (Maduro) persegue adversários políticos”, disse.

Ainda de acordo com o político, “seria impossível imaginar um regime autoritário realizar eleições livres, transparentes e democráticas”.

As críticas do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin diferem da nota divulgada nesta segunda pelo Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PT APOIA MADURO – O PT reconheceu a vitória do presidente da Venezuela e disse ainda saudar o povo venezuelano pelo processo eleitoral, considerada uma “jornada importante, democrática e sóbria”.

Desde as eleições de domingo (28), um grande número de países afirma haver incerteza sobre o resultado que mostra Nicolás Maduro reeleito.

A oposição venezuelana alega que houve fraude e garante que poderá provar ter vencido a eleição, se houver uma investigação internacional.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A eleição só foi aprovada por países de esquerda, como Rússia, China, Nicarágua e Cuba, e alguns poucos países latino-americanos, entre eles, alguns que dependem da importação de petróleo venezuelano. O mais curioso foi o PT ter se apressado em apoiar Maduro. No entanto, o recém-convertido petista Randolfe Rodrigues, senador pelo Amapá, abriu dissidência e já deu declarações contrárias à posição do PT, denunciando abertamente a farsa. (C.N.)

A presença de Deus, nos encontros e desencontros entre Spinoza e Leibniz

El hereje y el cortesano: Spinoza, Leibniz y el destino de Dios en el mundo moderno

Deus seria a natureza ou um ente necessário ao bem viver?

Hélio Schwartsman
Folha

“The Courtier and the Heretic” (o cortesão e o herege), de Matthew Stewart, não é exatamente um livro novo (saiu em 2007), mas, como gostei bastante de um título mais recente do autor (“An Emancipation of the Mind”, que já comentei aqui), resolvi experimentar. Não me arrependi. “The Courtier…” é até melhor do que “An Emancipation…”.

Em “The Courtier…”, Stewart conta a história do encontro e dos subsequentes desencontros entre dois dos mais notáveis filósofos do século 17, Spinoza e Leibniz, que não poderiam ser mais diferentes, nem mais semelhantes.

MODERNIDADE – Spinoza é o grande nome da modernidade. Percebeu que o avanço das ciências criaria problemas para o Deus pessoal dos religiosos e aceitou as consequências. Sua filosofia equipara Deus à natureza, tirando-lhe qualquer espaço de atuação, e nega a existência de milagres e de uma vida após a morte no modelo das religiões.

Não é surpresa que tenha sido excomungado pela comunidade judaica de Amsterdã e vilipendiado por todos os teólogos da Europa. “Judeu ateu” é a expressão menos insultuosa dirigida a ele.

Leibniz leu e entendeu Spinoza, mas se recusava a abandonar o Deus pessoal. Não por ser um carola inveterado (ele não ia à igreja), mas por achar que as pessoas precisam de religião para viver em paz.

MELHOR DOS MUNDOS – Na tentativa de resgatar esse Deus, criou um sistema engenhoso mas abstruso, com suas mônadas e mundos possíveis (vivemos no melhor deles), que virou motivo de chacota de Voltaire e Jonathan Swift. Pior, Stewart mostra que, no fundo, Leibniz continuou sendo um spinozista, mas “no armário”.

Tão interessante quanto a investigação filosófica que Stewart nos apresenta são suas observações sobre a psicologia dos dois filósofos, notadamente a de Leibniz, uma figura muito mais difícil de destrinchar do que Spinoza.

O alemão, afinal, é um daqueles raros personagens que pode ser pintado como gênio, vilão e pessoa bem-intencionada.

Relatório da OEA não aceita a vitória de Maduro e deixa Lula de saia justa

Charges, corrupção e política | Acervo

Charge do Chico Caruso

Deu no MSN

Nesta terça-feira (30), a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório que aponta irregularidades nas eleições da Venezuela e não reconhece o resultado do pleito, que deu vitória ao presidente Nicolás Maduro.

O relatório, elaborado pelo Departamento de Cooperação e Observação Eleitoral (Deco) da Secretaria do Fortalecimento da Democracia (SFD) da OEA, afirma que “não há suporte documental público que comprove os dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”.

SEM TRANSPARÊNCIA – Além disso, o relatório menciona que existem informações contraditórias que desqualificam os resultados oficiais.

A OEA criticou a falta de transparência no processo eleitoral, destacando que a vitória de Maduro foi anunciada sem detalhes sobre as tabelas processadas e sem a publicação das atas, fornecendo apenas porcentagens agregadas de votação.

A organização convocou uma reunião extraordinária, atendendo ao pedido dos governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, para revisar completamente os resultados.

MAIS PROTESTOS – A administração de Maduro é acusada de fraude, e os opositores alegam que o verdadeiro vencedor é o candidato Edmundo González.

Desde o anúncio dos resultados, o país tem enfrentado protestos, especialmente em Caracas, e a pressão internacional aumenta com a não aceitação dos resultados.

Menos de 24 horas após a vitória de Maduro, a Venezuela está se isolando e já exigiu a retirada imediata de diplomatas e funcionários consulares de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A direção do PT, Lula e Celso Amorim perderam uma excelente oportunidade de ficar calados e evitar mais um vexame internacional.

Venezuela: oposição diz ter provas de que venceu eleição com 73% dos votos

“Nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia”, diz  Corina

Pedro do Coutto

É evidente que o presidente Nicolás Maduro foi derrotado nas eleições de domingo e mais uma vez recorreu à fraude para se manter no poder. María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, afirmou que o grupo pode provar ter vencido as eleições. “Se eles [governo Maduro] entregarem as atas de votação verdadeiras, as que eles publicaram, imprimiram e que são as que nós temos, eles vão ter que ratificar, vão ter que corrigir a verdade que eles viram ontem nas ruas”, disse.

Com base nas atas de votação que a oposição tem, a líder informou que González teve 6,270 milhões de votos, contra 2,759 milhões de Maduro. “Ainda que o CNE decidisse que 100% dos votos das [atas] que faltam são para Maduro, elas não seriam suficientes para mudar o resultado. Com o que nós já temos, a diferença foi tão grande, foi uma diferença avassaladora”, ressaltou.

INVESTIGAÇÃO – María Corina foi impedida de concorrer ao pleito. Ela é investigada pelo Ministério Público da Venezuela (ligado a Maduro) por tentar fraudar o sistema eleitoral e adulterar as atas da eleição, que são como boletins de urna. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país disse que Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas.

A oposição acusa o governo de fraude e não reconhece a decisão do CNE de dar a vitória a Maduro. O governo nem sequer se preocupou em apresentar qualquer prova de sua vitória, limitando-se a proclamar a sua reeleição a partir de um comunicado sem base na realidade e apenas fundamentou-se numa publicação contestada pelo próprio eleitorado do país.

Até a tarde de ontem, sete pessoas haviam morrido em protestos e mais de cinquenta ficaram feridas.  Além disso, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta terça-feira que 749 pessoas já foram detidas em protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro.

MANIFESTAÇÃO –  Como sempre, Rússia e China reconheceram a vitória de Maduro. Da mesma forma, de forma incompreensível, o PT desconhecendo a posição do próprio governo brasileiro reconheceu a versão de Maduro. Oito países latino-americanos já se manifestaram contra Maduro enquanto o Exército venezuelano comunicou o seu apoio incondicional ao atual governo.

Lula só deve se pronunciar publicamente após se encontrar pessoalmente com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, enviado para acompanhar as eleições na Venezuela. Ele retornou nesta terça-feira ao Brasil. No início da semana, Amorim se reuniu com Maduro.  

O Brasil vem destacando a necessidade do governo venezuelano mostrar a transparência no pleito, especialmente por meio da divulgação das atas. Mas Maduro não pode publicar as atas simplesmente porque a fraude será mais evidente ainda. Assim a posição do governo brasileiro dificilmente poderá ser de apoio a Maduro, o que coloca o país numa colocação difícil.

A essência do amor, na visão poética de Aurélio Buarque de Holanda

Por trás do dicionário, um coração de poeta

Paulo Peres
Poemas & Canções

O lexicógrafo e escritor alagoano (3/5/1910-28/2/1989) também usou as palavras para nos brindar com suas poesias, como este belo soneto de amor.

AMAR-TE
Aurélio Buarque de Holanda

Amar-te – não por gozo da vaidade,
Não movido de orgulho ou de ambição,
Não a procura da felicidade,
Não por divertimento à solidão.

Amar-te – não por tua mocidade
– Risos, cores e luzes de verão –
E menos por fugir à ociosidade,
Como exercício para o coração.

Amar-te por amar-te: sem agora,
Sem amanhã, sem ontem, sem mesquinha
Esperança de amor, sem causa ou rumo.

Trazer-te incorporada vida fora,
Carne de minha carne, filha minha,
Viver do fogo em que ardo e me consumo.

Atuação de Maduro faz lembrar eleições durante a ditadura brasileira de 1964

Geisel, o presidente desconhecido | GZH

General Geisel decidiu criar os senadores biônicos

Roberto Nascimento

Um exemplo de ditador que não respeita o resultado das urnas, como o venezuelano Nicolas Maduro, se deu no Brasil. Era o ano de 1976 e o regime militar estava muito desgastado. Nas eleições de outubro de 1974 o MDB derrotara afrontosamente a Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido dos militares.

O MDB elegeu 21 governadores e a maioria dos senadores. Só perdeu em Alagoas, terra hoje dominada por Arthur Lira e Renan Calheiros, onde então pontificava Teotônio Vilella, da Arena do bem.

PACOTE DE ABRIL – Pois bem, o presidente era o general Ernesto Geisel, ditador de plantão, que não se fez de rogado nem passou recibo. Deixou terminar os anos de 1975 e 76, sabia que ia perder de novo em 1978. Por isso, em abril de 1977 lançou um Pacote ditatorial, fechou temporariamente o Congresso e nomeou 21 senadores biônicos, nomes escolhidos a dedo pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), a Abin daquela época.

Com isso, Geisel restabeleceu sua maioria no Senado e tocou o barco para a frente, até entregar o governo a João Figueiredo, o último presidente militar, que devolveu o poder aos civis.

Dou esse exemplo do passado, para que possamos pensar no futuro, já em 2026. O PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto trabalha dia e noite para eleger senadores suficientes para obterem maioria no Senado. A meta é contar com metade mais um dos senadores, que seguiriam as ordens de Bolsonaro.

OS OBJETIVOS – Se até lá o Congresso não aprovar a anistia de Bolsonaro e envolvidos no 8 de Janeiro, essa nova bancada seria encarregada de fazê-lo e de votar também impeachment de ministros do Supremo, impor mandato para os atuais e futuros ministros e eliminar as decisões monocráticas.

No primeiro momento vão focar no Supremo, mas numa segunda etapa vão colocar um garrote em todas as pautas que chegarem ao plenário do Senado e não forem do interesse bolsonarista.

O que pode atrapalhar esse plano megalomaníaco é a votação do regime semipresidencialista, que parece já estar em vigor informalmente. A tendência é de que futuros presidentes se transformem em rainhas da Inglaterra, por terem de se submeter à ditadura do Legislativo, simultaneamente à ditadura do Judiciário, que já dá as cartas na Praça dos Três Poderes.

Aproveitamento bestial de “A Santa Ceia” na Olimpíada merece uma boa vomitada

Vídeo: Santa Ceia com drags nas Olimpíadas desperta ira de parlamentares de direita - Super Rádio Tupi

Esta imagem é claramente inspirado em “A Santa Ceia”

Carlos Newton

Como sempre, os artigos de Luiz Felipe Pondé despertam polêmicas e sofrem elogios e críticas. Sempre os transcrevo com extrema satisfação, embora às vezes não concorde inteiramente com suas posições. Nesses anos todos, só tive uma divergência séria, e cheguei até a contestá-lo, quando o grande filósofo defendeu a tese de que é melhor para as famílias internar o idoso numa clínica geriátrica, do que cuidar dele em casa.

À época, eu estava cuidando de minha mãe (98 anos) e do irmão dela (93 anos) e tinha visitado as melhores casas de repouso do Rio, e a melhor era a Clínica da Gávea, onde ficou Cazuza, realmente espetacular, algo de Primeiro Mundo.

Mas não adianta o luxo e o atendimento, porque o idoso sempre se sente verdadeiramente abandonado. Por isso, fiz o contrário do que Pondé recomendava e me sinto bem assim, minha mãe morreu aos 100 anos e meu tio aos 97 anos.

A SANTA CEIA – Radicado desde jovem em São Paulo, depois de uma experiência num kibutz em Israel, o pernambucano Pondé tornou-se um pensador universal, num mundo desencontrado e carente de ideias e raciocínios.

Agora, ele causa polêmica por seus comentários ao aproveitamento da fabulosa “Santa Ceia”, de Leonardo Da Vinci, satirizada na abertura da Olimpíada por algum criativo copiador de mestres como Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini, Marco Ferreri e Jean-Luc Godard.

Pra colocar mais fogo no debate, apresento a obra O Banquete dos Deuses, obra de Jan van bijlert em que Dionísio está se divertindo. Não lhes parece que a cena retratada nas

O diabo (à dir.) é o personagem principal

Quando surgiu a fortíssima reação mundial a esse exagero na liberdade de criação, os bestiais autores dessa contrafação tentaram se desculpar, alegando que o estranho vídeo não tem nada a ver com a obra de Da Vinci, e teria sido inteiramente inspirado na pintura “O Banquete dos Deuses” do holandês Jan Van Bijlert, criada no século XVII, na qual o diabo aparece dançando, como personagem principal.

BOA DESCULPA? – À primeira vista, até parece uma alegação procedente, mas é como remédio e precisa de bula para seu efeito ser entendido. Assim, a drag queen de resplendor na cabeça seria o deus grego Apolo, que está sentado ao centro da mesa e tem também um resplendor como auréola, vejam a que ponto de descaramento chegamos.

Já o espalhafatoso comilão que aparece nu, pintado de azul, representaria o deus Dionísio, ou Baco para os romanos, que mais adiante aparece no vídeo à frente da mesa, comendo um cacho de uvas.

O banquete dos deuses, pintura do teto do namoro e casamento de detalhe do fresco de Cupido e Psique de 57688 de Raffaello Sanzio Raphael

O verdadeiro “Banquete dos Deuses”, de Rafael, é genial

A desculpa é mais amalucada do que a própria criação. Primeiro, porque esse tipo de audiovisual nada tem a ver com Olimpíada, pois reproduz apenas uma festa no puteiro. Segundo, porque a base do vídeo é justamente a Santa Ceia, que aparece reproduzida no início e vai-se transfigurando para se transformar numa adulteração do verdadeiro “Banquete dos Deuses”, que é um afresco do mestre Rafael Sanzio, sobre o casamento de Cupido e Psique, pintado também no Renascimento, como “A Santa Ceia”, vejam como esses idiotas conseguem errar até na autoria dos quadros que dizem lhes servir de inspiração, valha-nos Deus.

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P.S.
Feitos esses esclarecimentos, vai daqui um abraço a Luiz Felipe Pondé, que era ateu, mas na terceira idade fez as pazes com a religião, de uma forma digna, sem os exageros dos carolas. (C.N.)

Era só enganação, Lula nunca esteve disposto a contestar vitória de Maduro

Celso Amorim será assessor especial de Lula e acompanhará presidente em agendas internacionais

Lula mandou Amorim para limpar a barra e apoiar Maduro

Merval Pereira
O Globo

Ao se antecipar com a nota de apoio à eleição de Maduro, o PT mostrava que daqui a pouco o governo faria o mesmo. Impossível imaginar que Lula fosse contra PT e Maduro ao mesmo tempo. Se fizesse isso, seria sinal de que mudou completamente, é outra pessoa.

Acredito que o governo estava e está com dificuldade de afirmar que a eleição foi legal, mas ia acabar fazendo isso, como aconteceu na entrevista de Lula nesta terça-feira, até porque ele nunca esteve disposto a negar a vitória do Maduro.

APOIO À FRAUDE – Eu ficaria gratamente surpreso se Lula tivesse uma atitude diferente de dizer que a eleição foi correta e limpa. Sempre duvidei que ele dissesse que Maduro ganhou com fraude.

Além disso, o PT jamais soltaria a nota sem consultar Lula. O partido não tem cacife para confrontar Lula e deixar governo dele em situação delicada.

O mundo todo está se pronunciando contra a eleição e será ridículo se o Brasil não se pronunciar – nem contra, nem a favor – e só achar que a vida continua!

ERRO ESTRATÉGICO – Desde o início achei um erro estratégico de Lula, do ponto de vista do governo, mandar Celso Amorim a Caracas. Porque, ao mandá-lo, ficou praticamente certo que terá que apoiar, a não ser que fosse romper com a Venezuela, algo que nunca esteve em cogitação.

Mas do jeito que as coisas vão, Celso Amorim foi lá para apoiar. Ninguém manda um assessor especial como ele a um país amigo para romper relações.

Por tudo isso, era quase nula a chance de Lula falar alguma coisa diferente do que o PT disse. Mas será que havia quem acreditasse?

Piada do Ano! Lula garante que não houve nada de errado na eleição de Maduro

Após derrotas, Lula chama reunião da articulação política

Quem não gostou, que entre na Justiça, afirmou Lula

Caio Spechoto e Sofia Aguiar
(Broadcast)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não tem nada de grave ou anormal com as eleições na Venezuela e condicionou a entrega das atas ao reconhecimento do resultado que deu vitória ao ditador Nicolás Maduro sob suspeitas de fraude eleitoral. Ele falou pela primeira vez sobre a crise em Caracas nesta terça-feira, 30, em entrevista à TV Centro América.

“Como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre oposição e situação, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça andar o processo. E aí vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Estou convencido de que é um processo normal, tranquilo”, disse o presidente.

CRÍTICA À IMPRENSA – Lula não leva em consideração que a ditadura chavista controla os órgãos eleitorais do país e também a Justiça e a Suprema Corte, com juízes apontados pelo regime e com decisões que nunca contrariam o chavismo.

“Não tem nada de grave, nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a terceira guerra mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição. Teve uma pessoa que disse que teve 51%. Teve uma pessoa que diz que teve quarenta e pouco por cento. Um concorda, outro não. Entra na Justiça, a Justiça faz”, disse.

“O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de se expressar, tenham o direito de provar que não concordam. E o governo tenha direito de provar que está certo”, afirmou Lula em meio à crise na Venezuela, que teve o segundo dia de protestos contra o resultado das eleições, com 11 mortos e mais de 700 presos.

OBRIGAÇÃO DE RECONHECER – O presidente disse ainda que todos têm a obrigação de reconhecer o resultado das eleições quando as atas forem apresentadas. Ele criticou o que chamou de ingerência externa em outros países e os bloqueios econômicos.

“Acho que a Venezuela tem o direito de construir seu modelo de crescimento, de desenvolvimento, sem que haja bloqueio. O bloqueio que mata Cuba há 70 anos, bloqueio que penaliza o Irã, bloqueio que penaliza a Venezuela. Para com isso. Cada um constrói seu processo democrático, cada um tem seu processo eleitoral”, afirmou o presidente da República.

Lula também falou sobre a nota em que seu partido, o PT, reconhece Maduro como vitorioso na eleição venezuelana. “A nota do Partido dos Trabalhadores reconhece o povo venezuelano, é um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não. Então tem um processo”, afirmou o chefe do governo brasileiro.

COM BIDEN – A crise na Venezuela também foi tema de uma conversa por telefone entre os presidentes Lula e Joe Biden, dos Estados Unidos. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a ligação foi um pedido da Casa Branca, que tem o Brasil como seu principal interlocutor na América do Sul.

O governo americano tem expressado preocupação com a crise que se seguiu às eleições na Venezuela e condenou a repressão aos protestos da oposição nesta terça-feira. “Qualquer repressão política ou violência contra manifestantes ou opositores é obviamente inaceitável”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. “Os Estados Unidos apoiam as aspirações democráticas do povo venezuelano e o seu direito de expressar livremente suas opiniões”, acrescentou.

Os protestos foram convocados pela oposição, que afirma ter provas da fraude eleitoral enquanto o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, atribui a demora na divulgação das atas a um suposto ataque hacker.

DIVULGAÇÃO DAS ATAS – Assim como Lula, o assessor especial do Planalto para assuntos internacionais, Celso Amorim, também cobrou a Venezuela pela divulgação das atas, os documentos que são extraídos das urnas e comprovariam o resultado das eleições. Enviado a Caracas para ser os “olhos de Lula” nas eleições da Venezuela, o ex-chanceler se reuniu ontem com o candidato da oposição Edmundo González e com Nicolás Maduro.

Na conversa que durou cerca de uma hora, o ditador prometeu que as atas seriam divulgadas nos próximos dias. Ele repetiu a tese de ataque hacker e disse que estaria sendo vítima de um golpe patrocinado pelos Estados Unidos.

Do outro lado, a líder opositora María Corina Machado afirma que seus fiscais tiveram acesso a cópias de 73% das atas, que projetavam a vitória do seu candidato Edmundo González Urritia. A suspeita de fraude foi reforçada nesta terça-feira pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou uma “manipulação aberrante” nas eleições venezuelanas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Sem perceber, Lula entrou na contramão e acaba de jogar no lixo o tão sonhado Prêmio Nobel da Paz. E o pior é que a Academia ainda não criou o Nobel da Ignorância, que Lula agora levaria fácil, fácil. (C.N.)

É preciso lembrar o fim do Império Romano, para não repetir seus erros

Culpar socialistas pela queda do Império Romano é anacronismo grosseiro -  Combate Racismo Ambiental

“Os Romanos da Decadência” (1874), de Thomas Couture

JOSÉ LUIZ ALQUÉRES
Diário de Petrópolis

A república romana durou cerca de 5 séculos, sendo, portanto, no gênero a mais duradoura dessas formas de governo com exceção de Veneza, que durou o dobro, mas, por suas pequenas dimensões e característica insular, não pode ser considerada um exemplo replicável em outras partes do mundo. Quando os fundadores da república americana elegeram esta mesma forma de governo, admitiam em conversas entre si que dificilmente uma república sobreviveria por mais de 150 anos.

Estavam enganados. A república americana já existe há 237 anos e, embora esteja passando por mais uma disputada campanha presidencial, continua dando mostras de grande vitalidade.

SENADO ROMANO – Na república romana a instituição mais forte do ponto de vista político era o Senado, que, no final, possuía cerca de 600 senadores. Dentre eles, dois grupos se destacavam: O primeiro deles eram os Optimates, defensores das tradições e da aristocracia, que tinham sido as forças presentes na fundação da república romana, então inspirada nos modelos das democracias gregas.

Contrariamente a este modelo, calcado na força da aristocracia, o Senado romano evoluiu ao longo do tempo abrindo-se à participação popular. Ele passou a incorporar pessoas de origem comum que houvessem se destacado em cargos públicos, em geral ligados à magistratura, ao exército ou à coleta de impostos.

Com isso, a república ganhou uma sobrevida, embora nos últimos cem anos seu funcionamento estivesse altamente desvirtuado.

DEMAGOGIA TOTAL – Exacerbaram-se as lutas entre os Optimates e o grupo dos Populares. Disputavam o voto dos romanos por meio de medidas descaradamente demagógicas, como distribuição de alimentos, de dinheiro, organização de grandes eventos com entrada franca, distribuição gratuita de trigo e grãos e outras.

Entre estes dois grupos muito ativos havia uma maioria de senadores de origem diversificada que funcionavam, mutatis mutandi, como o nosso conhecido centrão.

Neste panorama, os romanos não consideravam o voto dos senadores como algo intrinsicamente ligado à isenção de vantagens ou interesses pessoais.

VOTOS À VENDA – Diz-se que Júlio Cesar comentando o funcionamento do Senado romano afirmou que a honra do senado não se compra, mas os votos dos senadores sim.

Esse modo de funcionar levou a um grande desvirtuamento da instituição e a palavra democracia foi caindo em desuso, em benefício da palavra de liberdade com conotação de supremacia militar sobre todas as nações.

Ou seja, mesmo que em sua organização interna o regime fosse adotando comportamentos crescentemente autoritários e ditatoriais, isso era feito em nome da defesa da liberdade e do estilo de vida dos romanos frente à ataques externos ou temor de inimigos potenciais.

REPÚBLICA MINADA – Como o estado subsidiava a comida e o divertimento, o panis et circenses, o poder dos governadores das províncias mais ricas do império, como o Egito, Ásia, Gália e Espanha, era enorme, pois de lá se originavam os tributos e os alimentos enviados para Roma.

O segmento popular, fora esse sustento básico, era cooptado, em geral, através da distribuição de terras nessas províncias, uma vez que as da Itália, distribuídas nos 3 primeiros séculos da república, haviam se concentrado na mão de aristocratas detentores de latifúndios já que a comida era distribuída de graça vinda do Egito, Sicília ou Mar Negro, e a mão de obra era ocupada pelo exército em permanente convocação. O serviço militar era obrigatório por 30 anos.

Dentre os fatores que minaram a vitalidade da república, podemos listar: a exacerbação da luta pelo poder, a vulnerabilidade do Senado e do povo à corrupção, a troca de participação cidadã pela dependência de benesses do poder.

LIÇÕES DA HISTÓRIA – Vemos, então, que há muita coisa em comum para se aprender quando se estuda História. Programas de governo como Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e afins são frágeis e devem ser estruturados com muito cuidado para não se tornarem instrumentos de práticas não republicanas.

O estudo da História, porém, não deve ser matéria apenas para salas de aula ou conversas diletantes e sim embasar a sociedade atual no Brasil, nos EUA e no mundo inteiro para que não se caia de novo na armadilha dos regimes desumanos e autoritários, caracterizados por utilizar uma retórica falaciosa para privar o povo das suas conquistas democráticas.

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

Vibrando com “vitória” de Maduro, PT elogia “jornada democrática” no ditador

Charge do Nani (nanihumor.com)

Julliana Lopes
Da CNN

A Executiva Nacional do PT divulgou comunicado em que trata Nicolás Maduro como presidente “reeleito” e cumprimenta o povo venezuelano pela “jornada democrática” concretizada na aleição.

“O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, disse a Executiva Nacional do partido, em comunicado.

INGERÊNCIA EXTERNA – Em seguida, a manifestação do PT enfatiza a necessidade de diálogo de Maduro com opositores, mas critica “ingerência externa” no processo.

“Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais”, afirmou a legenda.

“O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A desfaçatez dessa gente é uma arte, diria o genial Ataulfo Alves. (C.N.)

Datena mal entrou na disputa e já está empatado com Nunes e Boulos  

Nunes, Datena e Boulos estão em empate técnico na disputa em São Paulo, diz pesquisa Genial/Quaest | Política | Valor Econômico

Está se anunciando uma eleição duríssima, sem o PT

Matheus Tupina
Folha

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) aparecem empatados tecnicamente na disputa pela Prefeitura de São Paulo em nova pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (30).

Em cenário com todos os pré-candidatos, Nunes tem 20% das intenções de voto, enquanto Boulos e Datena aparecem com 19% cada um. Pablo Marçal (PRTB) vem em seguida, com 12%. São 8% os indecisos, e 9% os que dizem votar em branco ou nulo.

NUNES À FRENTE – O atual prefeito, que busca a reeleição, aparece à frente de seus adversários em todos os cenários de segundo turno pesquisados: contra Boulos, Marçal e Tabata Amaral (PSB).

Ainda no cenário com todos os pré-candidatos, o terceiro pelotão tem Tabata com 5%, além de Kim Kataguiri (União Brasil) e Marina Helena (Novo), ambos com 3%. Altino (PSTU) e Ricardo Senese (UP) marcaram 1% cada. Fernando Fantauzzi (DC) e João Pimenta (PCO) não pontuaram.

A empresa de pesquisa e consultoria entrevistou presencialmente 1.002 eleitores da capital paulista com 16 anos ou mais de quinta-feira (25) até o domingo (28).

ESTABILIDADE – Os números da pesquisa mostram estabilidade em relação aos do levantamento realizado em junho. Em comparação com o mês passado, Nunes e Boulos oscilaram negativamente dois pontos cada, enquanto Datena e Marçal oscilaram positivamente dois pontos —dentro da margem de erro.

Em outra simulação, sem Datena, o emedebista vai a 24% e o deputado do PSOL chega a 22%. Marçal obtém 15% e Tabata, 8%. Quando Kim também é retirado das opções, Nunes vai a 26%, e Boulos marca 23%.

A simulação ocorre pela possibilidade de saída desses dois pré-candidatos —Datena já desistiu de concorrer a cargos públicos quatro vezes e às vésperas de seu registro de candidatura, e o União Brasil deve encerrar a empreitada de Kim para apoiar o atual prefeito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Fica parecendo que Datena só se candidata para mostrar sua força e conseguir aumento de seu salário portentoso na TV aberta. Mais um pouco, ele se aborrece, desiste e volta para o seu jornalismo escandaloso e de terceira categoria. (C.N.)