Bolsonaro com Tarcísio: ‘Se eu não voltar, fiquem tranquilos, plantamos sementes’

Na Agrishow, Bolsonaro manda indireta para Lula e faz discurso para o agro

Na Agrishow, Bolsonaro e Tarcísio trocaram elogios

Hyndara Freitas
O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um aceno nesta segunda-feira ao ex-ministro de Infraestrutura do seu governo e agora governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro disse que as pessoas podem ficar “tranquilas” caso ele não volte um dia à vida política, pois “plantou sementes” que têm “capacidade para levar adiante o Brasil”.

Além de Tarcísio, o ex-presidente discursou acompanhado do governador de Goiás Ronaldo Caiado (PL) e de outros políticos bolsonaristas durante a Agrishow, principal evento de tecnologias agrícolas do país.

ELOGIOS AO AMIGO – Bolsonaro usou boa parte de sua fala para elogiar Tarcísio, citando seu trabalho quando era ministro. “A dificuldade que eu tenho de falar depois do Tarcísio, que é uma pessoa fantástica e que está se dedicando àquilo que se propôs: governar o estado de São Paulo. Ouso dizer que podemos ter alguém igual a ele no futuro; melhor, é muito difícil” — disse, citando como principais feitos a pavimentação da BR-163 e a inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul.

A fala pode ser interpretada como um gesto do ex-presidente ao governador de São Paulo, já que o ex-chefe do Executivo está inelegível na próxima disputa presidencial, em 2026.

Bolsonaro também exaltou a ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o ex-secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, quando criticou a composição ministerial do atual governo Lula (PT).

FALTA DE MORAL – “É uma responsabilidade muito grande ser ministro ou ser secretário. E fizeram o seu papel. Hoje em dia, duvido quem lembra do nome de cinco ministros do atual governo, não sabe por questões óbvias: falta de qualificação ou mínimo de moral para estar à frente de um cargo tão importante. Mas vamos em frente, nós acreditamos em vocês, nós acreditamos no Brasil. E se eu não voltar um dia, fiquem tranquilos, plantamos sementes ao longo desses nossos quatro anos que descobriram também com capacidade para levar avante esse grande país chamado Brasil — falou, sob gritos de “volta, Bolsonaro” e “mito, mito”.

Outro nome elogiado por Bolsonaro foi o coronel da Polícia Militar da reserva Ricardo Mello Araújo, que presidiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) durante seu governo.

“Às vezes temos pessoas anônimas entre nós que fazem coisas maravilhosas e não ficamos sabendo. Parte do que vocês produzem passa pelo Ceagesp, em São Paulo, e tínhamos um problema lá, que não era problema de gestão, era caso de polícia. E fui buscar o ex-comandante da Rota, o nosso prezado coronel Mello Araújo. Na Ceagesp, 50 mil pessoas passam por lá por dia, lá tinha todos os problemas de grandes cidades, e ele resolveu todos os problemas, em especial aquele da corrupção a conta-gotas” — falou.

RESPEITO E GRATIDÃO – O governador Tarcísio, que falou antes de Bolsonaro, disse que tem “o maior respeito e gratidão” pelo “sempre presidente” e apontou seus feitos, apesar das dificuldades impostas pelo “o desastre em Brumadinho, a crise do Covid, a crise hídrica e a guerra na Ucrânia”:

“Não foi fácil enfrentar o desastre em Brumadinho, a recessão na Argentina, a maior crise hídrica da nossa história, e ainda assim aprovou uma série de reformas superimportantes para o Brasil, que dão um lastro e sustentam a economia do Brasil até hoje. A economia vem vivendo dessa inércia daquilo que foi feito nas gestões passadas, nessa gestão em especial. Um presidente que criou muita coisa boa e que, sobretudo, sempre valorizou e foi parceiro do agronegócio. Se eu tô aqui, eu devo muito ao presidente Bolsonaro, me abriu todas as portas, eu não era ninguém” — falou.

EVENTO DIVIDIDO – Bolsonaro, Tarcísio e Caiado desembarcaram no domingo em Ribeirão Preto para participação na Agrishow. Para evitar o mal-estar do ano passado, em que o ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro, chegou a dizer que foi “desconvidado” da abertura do evento pela ida do ex-presidente, a alternativa da organização foi promover a abertura no domingo com governistas, e a ida de Bolsonaro ficou marcada para esta segunda-feira.

O ex-presidente, então, participou de uma manifestação. Como de costume, realizou carreata ao lado de aliados, e depois discursou. Além dos governadores, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), e os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Jorge Seif (PL-SC) também acompanharam o ato.

No dia anterior, Tarcísio subiu no palanque de uma manifestação em apoio ao ex-presidente em Ribeirão Preto. Ao discursar, exaltou o aliado e entoou gritos de “Volta, Bolsonaro!” para a multidão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Confirmando o artigo que publicamos de manhã cedo, Tarcísio de Freitas aprendeu a fazer política e caminha para ser apoiado por Bolsonaro na eleição presidencial de 2026, quando será um candidato fortíssimo. (C.N.)

12 thoughts on “Bolsonaro com Tarcísio: ‘Se eu não voltar, fiquem tranquilos, plantamos sementes’

  1. “E se eu não voltar um dia, fiquem tranquilos, plantamos sementes ao longo desses nossos quatro anos”

    Devem ser sementes de enxofre!

    Caramba!

    Que energúmeno nojento!

    Até quando isso?

    Joga na jaula logo!

    José Luis

  2. O imbrochável é igualzinho ao Stalinácio, faz de tudo para ferrar com quem pode lhe fazer um só segundo de sombra. Eo governador dos paulistas será muito burro se se deixar levar pelo engana-que-eu-gosto do imbrochável, porque o cara não se reelege só se não quiser. Por que razão o imbrochável não indica o Caiado, não é um bom candidato? A inveja é o motor de todo politiqueiro, e o imbrochável nunca foi político, tanto ele quanto o Stalinácio sempre foram politiqueiros.

  3. Em Banânia tornou-se comum os incapazes assumirem altos cargos. Tivemos um messias que foi agraciado com o mais alto e por sua total inépcia tornou-se incapaz de reeleger-se, fazendo história demérita sem sentir qualquer vergonha.
    Ao realizar um governo desastrado, ajudou a trazer de volta outro incapaz que se julga, não um messias, mas o próprio ser supremo.
    Os dois se acham a última cocada do tabuleiro da baiana e pensam que o país necessita ser salvo por eles.
    Tarcísio, bem diferente, está se tornando uma boa promessa, mas poderá ser prejudicado por ex-mandatário papagaio de pirata, que parece desconhecer sua deletéria presença.
    Tem uma grande e torcida organizada, porém ficou comprovado nas últimas eleições não ser suficiente para retorná-lo ao plano alto, mas somente desperdiçar votos e inviabilizar novamente a esperança eleição de uma terceita via.
    Semeou unicamente a cisão e prejudicou milhares de seus seguidores iludidos e depois esquecidos sob a borduna revanchista.

  4. Não retiro uma linha, do que já escrevi aqui na TI. O candidato de Bolsonaro, se ele não puder concorrer, será um dos filhos. Aposto no senador Flávio Bolsonaro.
    Por que, creio no nome do senador, filho 01?
    Pelo simples fato, de que ano passado, surgiu o nome de Flávio para concorrer a prefeito do Rio, com chances de disputar voto a voto contra Eduardo Paes. Então, Bolsonaro vetou a candidatura do filho, justamente, a meu juízo, para preservar o senador para 2026.

    Quanto a Tarcísio, não é o candidato de Bolsonaro, porque o cacique da extrema direita, exige fidelidade ao seu none e não vai querer um índio, assumindo o seu legado, os seus votos.
    Se Tarcísio disputar e for eleito, por hipótese, lutaria pela reeleição, como Dilma impôs a Lula, em 2014. E como ficaria a liderança de Bolsonaro, sem cargos para distribuir para os aliados. Seria o fim da sua carreira política no Executivo.

    Em relação a candidatura da Michele Bolsonaro, nenhum membro do clã Bolsonaro, confia na ex-primeira dama. Tanto é verdade, que na primeira vez, que surgiu o nome de Michele, o marido, Bolsonaro, naquela falta de elegância, uma marca da sua personalidade, disse que Michele não estava preparada. Pegou muito mal. Bolsonaro então, anunciou a possibilidade de Michelle concorrer ao Senado pelo Distrito Federal. A contra gosto de Bolsonaro, seria um prêmio de consolação. Têm homens, que não suportam, a ascensão de uma mulher, na esfera do Poder Político, é o caso de Bolsonaro, que prefere o papel de coadjuvante para suas companheiras. Ele sempre foi assim e não está sozinho, tem uma legião de machistas espalhados pelo país, de Norte a Sul.
    Que fazer,?

  5. Sr. Roberto Nascimento,

    Diante da sua previsão,
    vou votar no Wonka!

    Explico:

    A micheque, vai prometer línguas (rs) pra todo mundo.

    O lula, vai prometer picanha pra todo mundo.

    O encosto, vai prometer armas pra todo mundo.

    O tarcísio, vai prometer bordoadas pra todo mundo.

    E o wonka, vai prometer rachadinhas pra todo mundo.
    Claro que vou votar no rachadinha, talvez caia alguma na minha conta bancária. rsrs

    Sr. Roberto, tirando a brincadeira, vejo que estamos muito mal de candidatos. Se pararmos pra pensar, a situação está periclitante.

    Acho que no frigir dos ovos podemos nos surpreender com o Haddad de um lado e Sérgio Moro do outro, se não for caçado.(acho que ele não se salva).

    Dos quadros do pt o Haddad me parece um homem honrado, bem equilibrado e educado.
    Está mostrando competência na pasta da Economia.
    Não pode fazer maís, porque o lula não deixa.

    Salvo engano, nunca ouvi de nenhum enrosco do Haddad em nenhuma falcatrua.

    Enfim… muita água correrá por debaixo da ponte, mas o futuro do Brasil é assustador.

    Um forte abraço,
    José Luis

    P.S. O rachadinha não passa no debate, quando apertarem ele, vai fingir que vai desmaiar. rsrs
    Que papelão! Kkkk!!!

    https://youtu.be/VlMj9t-C-jI?si=zpICORVwbnQzthlm

    • Salvo engano, nunca ouvi de nenhum enrosco do Haddad em nenhuma falcatrua.

      Amigão, não faça isso, pesquise o que Stalinista fez no Ministério da Educação e na Prefeitura de São Paulo..

      E depois pertence a Maior Quadrilha que o Mundo Já Viu..

      Não caia nessa.

      O Beiço de Mula faz parte….

      Grande Abraço.

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