As justificativas de Galípolo para a inflação acima da meta em 2024

O presidente do BC teve de se explicar a Haddad

Pedro do Coutto

O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, iniciou o ano com a difícil missão de justificar ao Ministério da Fazenda o desvio da inflação em relação à meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Galípolo destacou que, embora o cenário externo tenha influenciado, fatores internos, como o ajuste fiscal do governo, tiveram um papel relevante no comportamento dos preços.

Quando a inflação ultrapassa a meta, cabe ao presidente do BC apresentar justificativas e detalhar medidas adotadas para conter o problema. Em 2024, o IPCA registrou alta de 4,83%, superando o limite superior de tolerância de 4,50%.

JUSTIFICATIVA – Na carta enviada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo atribuiu o desvio ao forte crescimento econômico, à depreciação cambial e a condições climáticas adversas, além de destacar a persistência inflacionária e a deterioração das expectativas. Ele ressaltou ainda que o real foi a moeda que mais se desvalorizou globalmente, indicando a influência de fatores internos específicos.

O documento também aponta a percepção de risco fiscal como fator decisivo para a elevação dos preços de ativos e a deterioração das expectativas econômicas, que contribuíram para a desancoragem da inflação.

PROJEÇÕES – Para conter o cenário inflacionário, o BC retomou o ciclo de alta da Selic, com aumentos sucessivos e sinalizações de novos ajustes. Segundo projeções do Relatório de Inflação, a taxa deve permanecer acima do limite de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando em declínio gradativo, embora ainda acima da meta estabelecida. O Copom destacou que o ambiente econômico permanece incerto e adverso, com riscos inflacionários ainda elevados.

 

11 thoughts on “As justificativas de Galípolo para a inflação acima da meta em 2024

  1. Obra de engenharia semântica, e malabarismo retórico do novo presidente do BC que aposta na gastança atraindo mais desconfiança……………………… a cantilena continua.

  2. Senhores Pedro do Coutto , Carlos Newton já que essa cambada/putada do ” BCB ” e do mercado financeiro trabalham na base das ” futurologias e adivinhações ” , então não seria o caso de puni-los quando não preveem que um banco ou corretora de valores vai dar um golpe na praça e em seus clientes , forjando estado falimentar , sendo que seus dirigentes saem podres de ricos , com ajuda dos dirigentes do Banco Central do Brasil , como é de praxe .

  3. Como um país mergulhado na corrupção, atrasadissimo tecnologicamente, com baixíssimos niveis de produtividade, com os piores índices de distribuição de renda, produtor de commodities, com sua produção dependente de importações e dominado por “políticos” sem projetos de, pelo menos, médio prazo e que privatuzam o Estado pra atender aos seus interesses escusos, quer ter uma moeda forte?

    A atual oligarquia estatal patrimonialusta acha que riqueza cai do céu e que os países tops pegam tudo antes que aqui caia.

    Sejamos menos inocentes!

  4. A dialética existe para favorecer as narrativas dos encantadores de serpente e penteadores de macacos.
    Vamos ouvir Miriam Leitão a papisa da retórica escorregadia.
    Quem não acredita em universos paralelos já se alienou em outra dimensão.
    Mundo surreal.
    E a bagaça está dando certo, por enquanto.

  5. Picanha 89,90

    Filé Mignon 115,90.

    Coxão mole, coxão duro, patinho, acém, largarto, 41,99 Kg…

    Uma dúzia de laranja pêra 15,00

    Uma dúzia de laranja lima 20,00

    Um pé de alface 5,00 (no pico)…

    Sr. Pedro , não se preocupe com a farsa da inflação, ela está 0,13 ao ano……

    aquele abraço

  6. Sr. Pedro

    “…Leite fica quase 19% mais caro em 2024…”””

    Mais uma paulada no preto, pobre e favelado…

    Sabe o que o povo não entende, como um produto aumenta 19% com uma inflação de 0,13 ao ano e um aumento de salário mini-nano-minimo de 4%……

    Para o Sr ver como o Ladrão da Patota ‘”Vai cuidar dos pobres”…

    aquele abraço…

    • Picanha e cerveja ficam mais caras com alta da inflação

      A picanha subiu acima da média da inflação do grupo alimentação e bebidas, registrando uma alta de 8,74% em 2024

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