Charge de Brum (Tribuna do Norte)
Deu na Folha
Jair Bolsonaro (PL) está com medo da direita. Daquela que se movimenta, mas não o faz na direção do extremo. Disso dá notícia a irritação dele com a falta de defesa veemente da anistia por parte dos governadores que vê como subordinados.
O receio de perder o comando do bonde se manifesta também na quantidade de declarações sobre candidaturas dos que lhe carregam o sobrenome.
CONFUSÃO GERAL – Uma hora o filho autoexilado se dispõe a concorrer à Presidência; outra a mulher aparece rivalizando com o presidente Lula (PT) nas pesquisas; há ainda o primogênito dado como imbatível para o Senado e o “03”, vereador, anunciado pelo pai como possível candidato a senador.
Estivesse forte como faz parecer na insistência em fantasiar a existência de condição para concorrer na próxima eleição, Bolsonaro não precisaria apelar por perdão nem cobrar adesão dos políticos de seu campo à causa. Tampouco admitiria dependência da ajuda do “país do Norte”, como fez em recente reunião do PL.
A liderança potente simplesmente é. Como Lula na esquerda; ele não cobra fidelidade, apenas desfruta dela sem ouvir contestações. A despeito dos malefícios do método, a grama não cresce ao seu redor. Com Bolsonaro ocorre o contrário: uma verdadeira floresta de alternativas viceja em seu entorno.
PRÁTICA E TEORIA – Na teoria, dizem que ele comanda o processo, mas na prática o curso dos acontecimentos desmente a ideia de que a palavra ou o destino dele são fatores definitivos. O eixo das decisões para 2026 não está com o ex-presidente. Está com Tarcísio de Freitas (Republicanos). Se o governador de São Paulo for à reeleição, o cenário é um; se decidir concorrer à Presidência, o quadro é outro.
Praticamente todos os dirigentes de partidos do campo que Bolsonaro imagina liderar já disseram que, se Tarcísio partir para o Planalto, vão com ele. Se não for, investem em outros nomes e na unidade no segundo turno.
A isso dá-se o nome de planejamento realista, o que não inclui obediência à minoritária e rejeitada extrema bolsonarista.
Bolsonaro é o calo da Folha.
Ele é o Judas de Quaresma que está sempre à mão pra levar as ripadas.
Em contrapartida eu considero (direito de opinião) a Folha um jornal impresso que serve pra embrulhar bosta de cachorro.
Medo de quê? De quem?
‘Ex-mito com receio de perder o comando do bonde’
‘Mostra irritação com a falta de defesa veemente da anistia por parte dos governadores que (ainda delirante) vê como subordinados.’
‘E insiste em fantasiar a existência de condição (que já não tem mais) para concorrer na próxima eleição.’
‘Uma verdadeira floresta de alternativas (pretensos candidatos a presidente) viceja no entorno do ex-mito’.
Análise realista da Dora.
Bolsonaro não está com medo de nada. Pare de show… Papo mais que furado de quem quer forçar a barra. Ele sofre perseguição implacável e desleal, que ocorreu durante todo o mandato e segue ainda mais agressiva.
Um montão de gente danada não o esquece nem por um minuto e seu nome alimenta as pautas das redações com as mais diferentes acusações, de baleias a “golpe” sem provas e alimentadas por muita criatividade na persecução penal com uma instrução prejudicada e nula. São tantas falhas e brechas, que seguido o devido processo legal, ampla defesa e contraditório, tudo isso estaria na lata de lixo.
O fato concreto de não gostar de Bolsonaro não valida desejo pelo “enterro político” dele. Menos, menos, pois ele demonstra muita força levando muita gente às ruas, ao contrário de Lula que continua encastelado e vomitando asneiras em ambientes controlados.
Mas, vamos combinar. Apesar das desgraças que causa ao país, Lula realmente tem voto. Não os propalados pelos “institutos de pesquisa” e “mídia amestrada” (que também atende por porca), mas que tem voto tem e justamente em função disso foi retirado da cadeia para recuperar espaços perdidos por grupos políticos, empresários e mídia decadente, que ajudados pelo ativismo político judicial “sentaram” o presidiário no colo e como um ventríloquo o conduzem, dando continuidade à comédia estilo “stand-up”, sem arrancar gargalhadas da plateia, mas causando choro e desespero na população.
Curtinhas (algo parecido com tirinhas)
PS.: Correios têm prejuízo de R$ 1,7 bilhão em 1º trimestre 2025, segundo Poder 360. Com prejuízo, estatal alega “redução de despesas e racionalização de recursos” e vai suspender licitação de carros de luxo para diretores. (Veja). É essa turma que “tomou conta” do Estado e o sangra todos os dias… Oremos…
PS. 02: Esquerda francesa critica “honoris causa” a Lula: “defende ditaduras”. Pelo menos isso, diria Nicolau…
PS. 03: Lula disse que os “grandes governantes do mundo” devem participar da reunião de cúpula da ONU sobre o clima (COP30) para encontrar uma solução. Ensimesmado, se acha “grande governante”.
Preparem a camisa de força, o poderoso, admirado, onipotente, vai aprontar e muito…
Ou simplesmente, comprem pipocas…
PS. 03: As obras de infraestrutura em Belém estão sendo criticadas por desmatarem áreas de vegetação, invadirem áreas de comunidades quilombolas e negligenciarem a proteção de animais e da biodiversidade, conforme apontou o jornal O Globo.
PS. 04: Globo tira do ar fofoca entre Daniela Lima e ministro do STF que ela contou ao vivo. Na ânsia de mostrar intimidade com o poder a jornalista exagerou …
No jornalismo, o sigilo de fonte é um direito e dever fundamental que protege a identidade de quem fornece informações. Parece que a “personagem”, royalties para ela, faltou alguma aula na faculdade…
PS. 05: Estadia de alto luxo de Lula e Janja em Paris custa mais de R$1,2 milhão. O hotel tem padrão de altíssimo luxo, como a exclusiva Suíte Eugénie, de 229 m², cozinha privativa, quatro quartos e vista para a Ópera Garnier, fundada em 1669 por Luís XIV. Na aba de Lula, são 8 ministros, 3 senadores, 4 deputados e 4 aspones. (Coluna Cláudio Humberto)
PS. 06: Travesseiros à la carte. As camas king size, todas com lençóis egípcios e até “menu de travesseiro”, para Lula e Janja escolherem o tipo que quiserem. (Coluna Cláudio Humberto).
PS. 07: Na avaliação de Antônio Pedro Machado, mestre em Direito Constitucional, a juíza Iseppi cometeu outro erro em sua sentença ao usar uma lei sancionada em 2023 – a chamada “lei antipiadas”, que endureceu penas para sátiras sobre grupos minoritários – para condenar Léo Lins por um show de comédia que ocorreu em 2022.
“A Constituição impede que uma lei penal retroaja em desfavor do réu. Então no caso, como os fatos são de 2022, a nova lei não poderia ser aplicada em prejuízo do réu”, diz o jurista. “Eu considero um erro grave, porque essa é uma questão elementar, que trata da aplicação da lei penal”, prossegue. (Gazeta do Povo).