Oposição comemora busca do FBI pela ex-petista Patrícia Lélis, foragida do país

Lula ficou entusiasmado e deu uns amassos na militante

Ana Carolina Curvello
Gazeta do Povo

Parlamentares da oposição comemoraram a busca da Federal Bureau of Investigation (FBI) pela jornalista e ex-militante do PT, Patrícia Lélis Boldin, por suposto golpe milionário ao se passar por advogada nos Estados Unidos.

A jornalista é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Respectivamente, as penas máximas para esses delitos são de 20 anos, 10 anos e 2 anos.

DIFAMADORA – Antes de entrar nos registros da polícia americana, Lélis estampou as manchetes dos jornais brasileiros ao fazer graves acusações, sem provas, contra parlamentares rivais do PT.

Em 2016, quando ainda era estudante de jornalismo, Patrícia Lélis acusou, sem provas, o pastor e deputado Marcos Feliciano (PL-SP) de estupro, assédio e agressão. À Gazeta do Povo, o deputado Feliciano disse que, no mesmo ano das acusações contra ele, a polícia de São Paulo pediu a prisão preventiva da jornalista, “pois apurou que ela era um risco para a sociedade”.

“Ela foi condenada a me indenizar pelas mentiras que contou, mas fugiu para os EUA, e a justiça brasileira não a alcançava lá. Mentiras que poderiam ter me destruído, se eu não tivesse uma família estruturada e a confiança dos meus irmãos de fé. Ela destruiu a vida de outras pessoas no Brasil. A justiça dos homens falha, a de Deus nunca!”, declarou o parlamentar.

“MITOMANÍACA“ – Feliciano ainda lembrou que Patrícia Lélis foi considerada “mitomaníaca”, por um laudo de uma psicóloga apresentado pela Polícia Civil em 2016. Segundo o deputado, o laudo confirmou que ela sofre de um transtorno de personalidade que faz com que a pessoa minta compulsivamente. “Mesmo assim ela continuou infernizando a vida de todos e tendo destaque na imprensa”, disse.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) também se manifestou na rede X. “E a Patricia Lelis, hein? Agora ela está sendo procurada pelo FBI por aplicar golpe milionário como falsa advogada nos EUA. A “jornalista” está sendo acusada de ter se apropriado de R$ 3,4 milhões de clientes estrangeiros que queriam obter vistos dos EUA. Fez o L e tá seguindo os passos do líder”, escreveu o parlamentar.

OUTRAS CRÍTICAS – Ao compartilhar uma notícia sobre a investigação do FBI contra a jornalista, o senador Magno Malta (PL-ES) se referiu a ela como “um clássico petista”.

“Sai acusando meio mundo, mas no fim… vocês já sabem. Boa sorte aí”, escreveu na rede X.

“Tomara que o FBI encontre o paradeiro da mentirosa da Lelis, daí ela consegue ser intimada no processo que movo contra ela”, escreveu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que já foi vítima de acusações da jornalista que nunca foram comprovadas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Fenômenos paranormais, como a fama dessa falsa jornalista, só acontecem devido ao apoio da imprensa amestrada, que dá força a esse tipo de criadora de fake news somente por também ser petista. Imprensa de verdade não pode ter partido e tem de operar sob o signo da liberdade. (C.N.)

Mal disfarçada como republicanismo, a promiscuidade política está demais

Análise: Lewandowski entra para governo como ministro que divide história  com Lula e tem poder de influência | CNN Brasil

Lewandowski prestou grandes serviços a Lula no Supremo

Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo

Tirei uma semana de férias. Uma semaninha só, na qual fui para as montanhas geladas de Colorado para abstrair totalmente do trabalho, da política brasileira. Ao menos era essa a ideia. Difícil na prática, porém, pois sempre damos aquela olhada nas notícias, nas redes sociais. E também porque só tinha brasileiro em Aspen, cá entre nós. E eles comentavam sobre a terrível situação do nosso país comigo.

E que situação! Ricardo Lewandowski foi indicado para ser ministro da Justiça no lugar de Flávio Dino. O ministro Alexandre de Moraes elogia publicamente a escolha: “Magistrado exemplar, brilhante jurista, professor respeitado e, acima de tudo, uma pessoa com espírito público incomparável”. Ah, que espírito público! Quando rasgou a Constituição para preservar os direitos políticos de Dilma Rousseff após seu impeachment, isso era puro espírito público!

HARMONIA DEMAIS… – Essa promiscuidade muito mal disfarçada de republicanismo cansa demais. Ministros supremos elogiam escolhas de ministro supremo aposentado para cargos no governo comunista corrupto que os ministros supremos recolocaram “na cena do crime”, como diria Alckmin, tudo bem às claras! Deve ser a tal “harmonia entre os Poderes”.

E tal harmonia não estaria completa sem o conluio com a velha imprensa. Após Sergio Moro, com razão, alfinetar a escolha e concluir que ele não era suspeito só por se tornar ministro de Bolsonaro, um militante petista na GloboNews saiu em defesa do PT e disse que as decisões de Moro como juiz beneficiaram diretamente o ex-presidente Bolsonaro.

Puxa, ainda bem que Lewandowski sempre foi tão imparcial e isento! Deixando de lado a “premissa” absurda de que Lula foi condenado – por inúmeros juízes – de forma política, cabe questionar se Lewandowski não tomou várias decisões favoráveis ao PT nesses últimos anos.

MINISTRO PETISTA – Já mencionei aquela em que rasgou a Constituição para proteger Dilma, que saiu candidata ao Senado e perdeu, mas são várias. Não satisfeito, depois do STF, Lewandowski foi imediatamente advogar para os irmãos Batista, da J&F, grupo que se lambuzou nos esquemas petistas. Tudo em casa!

Essa promiscuidade muito mal disfarçada de republicanismo cansa demais. A velha imprensa está no papel patético de enganar, fingindo que tudo está normal, que a democracia foi salva por essa gente.

Mas como todos já se deram conta de que um consórcio tomou de vez o poder, o pudor sai pela janela. Os corruptos estão em festa, o poder sobe à cabeça de quem sabe estar acima das leis.

FILHO DO BENEDITO – E foi assim que uma juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a retirada da internet de um vídeo que mostra o filho do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, exibindo joias e roupas de grife nas ruas da Holanda. A gravação com Felipe Brandão viralizou no TikTok enquanto eu estava de férias.

Se o Brasil fosse um país sério, teria que tirar o militante lulista do STJ, não o vídeo do filho deslumbrado, cafona e brega, que voluntariamente se prestou àquele papelão todo orgulhoso. O vídeo foi publicado por um gringo, vale notar.

O filho de Benedito Gonçalves estava todo contente com a ostentação cafona. Benedito, não custa lembrar, é aquele dos tapinhas no rosto dados por Lula, como se fosse seu superior, e também aquele do “missão dada, missão cumprida” ao pé do ouvido de Alexandre de Moraes. Tudo tão republicano!

DOSES HOMEOPÁTICAS – Vou retornando aos poucos ao trabalho, pois o Brasil precisa ser digerido em doses homeopáticas. É tudo tão cansativo!

E não posso deixar de externar meu maior desprezo pelo papel do “jornalismo” nisso tudo.

Para finalizar esse texto que marca meu retorno, o Celta da campanha do Boulos, que os militantes disfarçados de jornalistas destacam como prova de sua humildade, é uma das coisas mais patéticas da política nacional. O comunista gosta mesmo é de jatinho, como sabemos…

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

Tese do genocídio praticado por Israel é bem pior do que parece, para o Brasil

Brasil Sem Medo - Bomba explode próximo a escola de Gaza onde estão 19 brasileiros

Em breve, existirão apenas escombros na Faixa de Gaza

Ricardo Rangel
Veja

O Brasil deu apoio formal à ação no Tribunal Penal Internacional em que a África do Sul acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza. Ninguém efetivamente sabe o que Benjamin Netanyahu quer em Gaza. Talvez ele entenda o que faz como sendo a simples defesa de seu país, como muita gente acredita. Neste caso, o massacre em Gaza seria “apenas” um crime de guerra.

Mas não é impossível que queira se livrar, para sempre, de todos os palestinos de Gaza — dentro de sua base de apoio com certeza há gente querendo exatamente isso. Neste caso, seria mesmo genocídio, como não se cansa de repetir Lula.

ERRO GRAVE – Seja como for, puxar a carta do “genocídio” é um erro grave. Ao fazerem isso, África do Sul e Brasil tiram o foco do concreto (o massacre em si) e o levam para o simbólico (judeus cometendo genocídio).

Os judeus foram vítimas do maior genocídio da história — o crime só existe por causa do Holocausto — e aplicar a palavra para caracterizar atos dos próprios judeus é de enorme empáfia, (os judeus diriam “chutzpah”), o ultraje definitivo. O resultado prático é unir os judeus do mundo inteiro em protesto e em defesa de seu país e de seu governo. Nesses termos, é impossível conseguir o apoio dos judeus moderados, sem o qual será impossível deter Netanyahu.

A ação que o Brasil decidiu apoiar em nada contribui para a paz ou para o bem-estar dos inocentes que estão sendo massacrados em Gaza. Ao contrário, contribui para a guerra eterna. Que é exatamente o que querem a tanto a extrema-direita israelense como os extremistas árabes.

EFEITOS ADVERSOS – O apoio brasileiro tampouco serve a nossos próprios interesses nacionais: ele hostiliza Israel, nos afasta de parceiros importantes que rejeitam enfaticamente a tese de genocídio (como EUA e Alemanha).

Além disso, nos aproxima de ditaduras, muitas das quais financiam o terrorismo internacional. E alimenta a polarização interna: agora os brasileiros estão brigando entre si por causa de um conflito que nem sequer compreendem.

Vale notar que os que hoje gritam “genocídio” são com frequência os monopolistas da virtude, a parte da esquerda que acha possível ser antissionista sem ser antissemita. Não é.

AFOGÁ-LOS NO MAR –  Se, como diz o bordão da moda, “do rio ao mar, a Palestina (país que nunca sequer existiu) será livre”, para onde vão os milhões de judeus que moram entre o Jordão e o Mediterrâneo?

A única proposta que se conhece foi feita pelos árabes na guerra de 1948: “Vamos afogá-los no mar”.

O Hamas, os Houthis e outros grupos terroristas continuam querendo afogar os judeus no mar. É genocídio, claro, mas a esquerda “virtuosa” não reclama. Como se sabe, a opinião sobre o crime varia dependendo de quem é o criminoso.

Crise na base aliada, com PSB e MDB “insatisfeitos” com as decisões de Lula 

Ilustração reproduzida do Correio Braziliense

Ilustração reproduzida do Correio Braziliense

Roberto Fonseca
Correio Braziliense

Para quem tem planos de se manter no poder por mais alguns mandatos, o PT e o governo começaram cedo a cutucar os aliados, em especial, o PSB e o MDB. E muitos avisam que, se nada for feito, a resposta será dada no painel de votações no futuro próximo. Em um ano, o PSB perdeu o Ministério de Portos e Aeroportos e a Justiça e até aqui foi “compensado” com a criação do minúsculo Ministério da Micro e Pequena Empresa.

O MDB, fundamental para Lula vencer em 2022, voltou a ser visto com desconfiança pelo Planalto, e Lula tem atacado duramente o governador de Brasília, Ibaneis Rocha.

ROMPIMENTO – No MDB, a ala que defende o rompimento com o governo pretende usar as falas de Lula contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o movimento de tirar Marta Suplicy do partido como argumentos para buscar o afastamento.

A turma avessa ao PT ainda não tem poder de fogo para romper de vez, mas promete fazer barulho em 2024.

No PSB, desde que Eduardo Campos saiu candidato a presidente, em 2014, os petistas têm uma certa desconfiança em relação ao aliado. Até aqui, Lula segurou todos com pouca cessão de cargos e muita lábia. Mas nada está tranquilo na sua base.

A APOSTA DO PT – Os petistas continuam otimistas e acreditam que algumas concessões do governo serão suficientes para acalmar os aliados e ficar sem precisar depender muito do Centrão para 2026. Afinal, foi assim no passado, a ponto de Lula conseguir eleger Dilma. E esse é justamente o receio dos aliados que hoje se veem colocados de lado no governo.

A carta em que o ex-secretário executivo do Ministério das Cidades Hildo Rocha agradece ao ministro Jader Filho e pede exoneração foi a saída que os emedebistas encontraram para tentar tirar os holofotes de uma briga interna do MDB. Sarney e a bancada do Maranhão estão furiosos.

No partido de Michel Temer, há a certeza de que, se a ala que deseja permanecer no governo começa a se desentender, os governistas perdem fôlego. E, pelo menos até que se tenha alguma luz sobre 2026, não dá para largar o barco de Lula.

Lula opta por se manter no confronto e a desconfiança dos eleitores cresce

lula

Lula precisa rezar para recuperar a confiança dos eleitores

José Casado
Veja

Depois de um ano de governo, Lula segue com evidentes dificuldades para promover a restauração da coesão social e política. Desde a insurreição bolsonarista de 8 de janeiro do ano passado, ele tem se repetido sobre a necessidade de governar com objetivos de conciliação, pacificação e de união do país. Porém, segue no confronto com a retórica divisionista, enquanto assiste ao crescimento da desconfiança dos eleitores sobre aquilo que diz.

Seis dias depois das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, ele disse a jornalistas: “O que aconteceu durante a semana foi um alerta do que nós precisamos (…) Não é apenas governar bem, é construir uma narrativa para que a gente restabeleça a paz, a tranquilidade e a harmonia nesse país. Eu quero que os pais voltem a conversar com os filhos. Eu quero que as noras voltem a conversar com as sogras. Eu quero que os irmãos voltem a conversar com os irmãos, embora, cada um continue com seu pensamento político…”

DESCONFIANÇA – Em meados do ano, o governo já colecionava pesquisas de opinião indicando um imprevisto problema de Lula com os eleitores — a desconfiança.

Num exemplo, o Ipec (antigo Ibope) foi às ruas na primeira de junho e retratou metade do eleitorado dizendo confiar e 48% declarando nunca acreditar no que Lula diz. Chamou a atenção o aumento na diferença entre os dois índices: era de dez pontos percentuais em março e passou a ser de quatros pontos.

Lula insistiu, em discurso em cadeia de rádio e televisão na véspera da celebração da Independência, no dia 6 de setembro:

DISSE LULA – “Amanhã não será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união. O dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos. Que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo. Em apenas oito meses, recolocamos o Brasil no rumo da democracia, da soberania e da união”.

No início de dezembro, houve uma inflexão entre eleitores: metade já declarava não confiar e 48% diziam acreditar em Lula, segundo o Ipec. Então, ele voltou ao rádio e à televisão, e admitiu o revés na véspera do Natal:

“Fomos capazes de restaurar as vidraças [do Palácio do Planalto] em tempo recorde, mas falta restaurar a paz e a união entre amigos e familiares. Meu desejo neste fim de ano é que o Brasil abrace o Brasil. Somos um mesmo povo e um só país.”

DIVIDINDO O PAÍS – Na semana seguinte, uma outra pesquisa (Genial/Quaest) mostrou que para ampla maioria (58%) Lula ajudou a ampliar a divisão do país no ano do seu terceiro governo. Os que discordam são minoria (35%).

A percepção de um governo divisionista prevalece em quase dois terços do eleitorado da região Sul (69%), é significativa no Sudeste (61%), majoritária no Centro-Oeste e no Norte (55%) e empata no Nordeste (46%).

Lula sabia de tudo isso quando, na celebração democrática de 8 de janeiro deste ano, resolveu fazer no Congresso um discurso discurso raso, metade impregnado pela fórmula sectária do “nós contra eles”: “Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública – a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha, e seus seguidores tramaram nas redes sociais.”

CONSENSO POLÍTICO – E assim o presidente Lula jogou pela janela uma chance real de liderar um consenso político mínimo contra a barbárie.

O apelo à retórica radical na abertura de um ano eleitoral pode ser adequado a interesses específicos, mas não coletivos.

Como o governo segue patinando na resolução de dilemas que estão aí há quase meio século (estagnação na renda nacional, educação, saúde e segurança pública), sobram poucas razões para otimismo no Planalto e no Congresso sobre a recuperação da confiança dos eleitores no presidente da República. Principalmente, quando diz que sua prioridade é “restabelecer a paz, a tranquilidade e a harmonia nesse país”.

Não, ministra! As enchentes do Rio não são causadas pelo “racismo ambiental”…

Ministra Anielle Franco atribui tragédias das chuvas no Rio a 'racismo  ambiental'

Ministra Anielle Franco é uma anta semelhante a Dilma

Joel Pinheiro da Fonseca
Folha

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estava apenas repetindo lugares-comuns do discurso progressista, mas acabou furando a bolha —como a fala de autoridades costuma fazer— e gerou reação. Publicou a ministra, no dia 14, em sua conta no X: “Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático.”

Espera aí: então, agora devemos acreditar que as enchentes no Rio são fruto do racismo? O ruído, é claro, acabou soando muito mais alto do que o problema social real.

VALIOSO CONCEITO – Não faltaram defensores da fala. O “racismo ambiental”, nos asseveram, é termo usado na academia desde os anos 80. Há milhares de acadêmicos e milhões de artigos com esse valioso conceito. Como reles leigos brasileiros ousam questioná-lo?

Ocorre que o fato de milhares de acadêmicos usarem um termo não significa que ele tenha algo a agregar numa discussão do mundo real. A academia não é um oráculo que baixa suas verdades para nós. Pelo contrário: hoje a academia —especialmente de humanas— é que precisa provar sua relevância.

A ministra justificou sua fala com o fato de que negros são a maioria dos afetados nas enchentes. Eis aí o racismo ambiental. A questão é: o que se ganha com esse recorte racial? Pois ele não é inócuo. Embora o problema social continue o mesmo, nossa maneira de olhar para ele mudou. Quando falamos em racismo, já apagamos quaisquer vítimas brancas.

DIZ SUA EXCELÊNCIA – Segundo dados que a própria ministra citou, 69% dos moradores de favelas no Rio se declaram pretos ou pardos. Se a enchente é fruto do racismo, será que aqueles 31% de brancos não foram igualmente atingidos?

Se foram —e é óbvio que foram— então a causa não é o racismo, e sim a boa e velha pobreza, que afeta brancos, negros, pretos, indígenas e quem mais vier.

Além disso, tratar o problema como um tipo de racismo nos afasta das soluções. Em vez de discutir obras de infraestrutura urbana, novas moradias — que nada têm a ver com cor de pele — vamos discutir o racismo na sociedade, discussão cuja conclusão obrigatória, já sabemos, é que ele é “estrutural” e, portanto, só será resolvido com o fim do capitalismo. Era tão mais fácil melhorar o escoamento urbano…

Há áreas em que o recorte racial é relevante, porque joga luz em mazelas de que a simples desigualdade social não dá conta. Um negro pobre sofrerá mais assédio de seguranças de um shopping do que um branco pobre.

Mas será que as chuvas castigam mais um negro favelado do que seu vizinho branco? Claro que não. A raça aí é incidental, não tem relação direta com o problema, e tampouco é parte de sua solução.

Ou será que, resolvendo o problema do racismo, estariam também resolvidas as enchentes nas periferias? Talvez até o aquecimento global?

OUTROS “RACISMOS” – O roteiro é tão preguiçoso que já está batido: identifique um problema social qualquer que seja fruto da pobreza ou da desigualdade.

Constate que, como negros são em média mais pobres do que brancos no Brasil, esse problema afeta desproporcionalmente mais pessoas negras. Pronto, você descobriu um novo tipo de racismo. Negros têm em média menos acesso à viagem de avião? Racismo aéreo. Negros têm mais dificuldade econômica de comprar um smartphone? Racismo telefônico.

A solução dos problemas talvez fique mais distante, mas você terá mais engajamento nas redes do que se discutisse saneamento básico e distribuição de renda.

Lewandowski diz que Justiça combaterá uso da inteligência artificial em fraudes nas eleições

(Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Com as eleições municipais deste ano, várias ações movidas pela inteligência artificial já estão em campo, ameaçando a lisura das votações. Mais um desafio para o futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski que prometeu atuar conjuntamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  Lewandowski alertou que o uso ilegal dessas ferramentas pode representar um crime contra o Estado Democrático de Direito.

“Nós vamos trabalhar em estreita colaboração com o TSE, especialmente por meio da Polícia Federal para prevenir e reprimir o uso da inteligência artificial para fraudar as eleições, o que pode, inclusive, configurar crime contra o Estado Democrático de Direito”, disse. Lewandowski tem razão quando anuncia que o Ministério da Justiça combaterá fraudes desse tipo através das redes da internet.

AUTORIA – A responsabilidade pela divulgação de notícias falsas é do autor das mesmas ou de quem divulgou a matéria sem citar a autoria da ação. A questão, no fundo, não é complicada. Tem que se aplicar às plataformas digitais, como base em qualquer debate sobre o assunto, a Lei de Imprensa que se encontra em vigor. O anonimato e a não identificação dos autores das mensagens, inclusive os conteúdos pagos como materiais publicitários comerciais configuram-se como situações absurdas.

A legislação é bastante clara. No caso da publicação de matérias não assinadas, a responsabilidade é dos jornais. No caso das matérias com autoria assumida, a responsabilidade é do autor. Mas existe, como se observa, a necessidade de caracterização. Não tem o menor cabimento abrir um espaço de comunicação pública sem levar em conta os dispositivos básicos da Lei de Imprensa. Até porque na vida todos nós atuamos nos limites legais. Não há motivo, portanto, para que as plataformas desloquem-se para fora desse sistema de gravidade.

PREVISÃO – Os processos que podem ser abertos contra calúnias, injúrias e difamações estão previstos em lei. Não é possível que os autores ocultos que plantam materiais nas plataformas não possam ser responsabilizados pelas matérias que divulgam. Há o caso das fake news, mas esse ponto deve ser combatido com o direito de resposta e com a não aceitação de tais textos pelos editores responsáveis, como acontece com os jornais.

Não se trata de censura, mas de critério seletivo contra absurdos e ataques à pessoas e instituições sem que os respectivos autores se identifiquem. Eis aí um ângulo da questão. Não é possível uma pessoa desejar atacar outra, inclusive sem provas, e querer que o seu texto seja publicado, o que significaria uma transferência da responsabilidade de apresentar provas para o jornal, mantendo oculto o nome do verdadeiro autor. Como se vê é uma simples questão de lógica e de bom senso.

Contradições prejudicam reinserção do Brasil no xadrez da política internacional

lula viagem -  (crédito: kleber sales)

Charge de Kleber Sales (Correio Braziliense)

Ingrid Soares
Correio Braziliense

Ao longo de 2023, o presidente Lula da Silva realizou uma série de viagens internacionais. No total, o chefe do Executivo visitou 24 países. Ao mesmo tempo em que conseguiu retomar a diplomacia brasileira, colecionou declarações polêmicas e discursos ambíguos que geraram desgastes nas relações internacionais e locais.

No último dia 5, ao ser criticado pela quantidade de dias fora do país, Lula disse que era preciso recuperar a imagem do Brasil no exterior e destacou que o país voltou a ser respeitado. “Eu tenho combinado viagens aqui dentro com viagens para o exterior porque é importante recuperar a capacidade do mercado interno brasileiro, e o Brasil estava alijado da política internacional”, explicou.

CONTROVÉRSIAS – Em várias oportunidades, porém, Lula deu declarações que contrastaram com a posição histórica de neutralidade defendida pelo Brasil em questões diplomáticas. Em abril, esteve na China, onde afirmou que a ajuda ocidental à Ucrânia estaria prolongando e incentivando a guerra.

A posição foi interpretada como um apoio a Vladimir Putin e uma oposição a Washington, gerando reações negativas por parte dos Estados Unidos e da União Europeia. Um porta-voz do governo americano chegou a dizer que Lula estava “papagueando propaganda russa e chinesa”.

Na mesma viagem, Lula sugeriu que a Ucrânia cedesse parte de seu território para uma eventual negociação de paz e afirmou que tanto o líder ucraniano, Volodymyr Zelenski, como o presidente russo, Vladimir Putin, tinham responsabilidade pelo conflito.

TEVE DE RECUAR – Também em abril, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, voltou a dizer que a guerra foi uma decisão tomada pelos dois países. Mas colocar a culpa na nação invadida foi um erro que ele mesmo teve que recuar depois. Não trouxe nenhuma vantagem e mostrou amadorismo.

“Defender o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro também constrange o presidente Lula tanto internamente quanto nos foros internacionais. Todas essas polêmicas foram totalmente dispensáveis, já que, no geral, a saída de Bolsonaro foi bem recebida pela comunidade internacional”, diz Wagner Parente, consultor em relações internacionais da BMJ Consultores Associados.

Em maio passado, na Cúpula de Chefes de Estado da América do Sul, em Brasília, Lula considerou a presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como um momento “histórico” e chamou de “narrativa” a visão de o país vizinho ser uma ditadura. Por isso, foi criticado pela oposição e por outros chefes de estado, como os presidentes de Uruguai e Chile, Luis Alberto Lacalle Pou e Gabriel Boric, respectivamente.

ATITUDE AMBÍGUA – Para o diplomata e professor Paulo Roberto de Almeida, “a recepção dessas ideias no G7 de Hiroshima foi a pior possível, e um esperado encontro com o presidente Zelensky foi sorrateiramente evitado”.

Ele avalia que a atitude ambígua do chefe de Estado brasileiro prevaleceu no novo foco de tensão criado pela Venezuela, que ameaçou invadir a vizinha Guiana. Lula recomendou “bom-senso” aos dois lados, como se fossem equivalentes.

“Trata-se de um padrão costumeiro do lulopetismo: os aliados ideológicos podem atentar contra os direitos humanos, o que não é permitido aos ocidentais”, disse Almeida.

EMBATE COM MACRON – Em meio à principal agenda, da COP28, tentou concluir o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, sem sucesso. No evento, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse ser contra o acordo de livre comércio — chamado por ele de antiquado e “mal remendado”.

“Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade”, retrucou Lula, que depois, já no Brasil, disse ser “um sonho” ver, em sua presidência, o acordo chegar a bom termo.

Neste ano, o presidente promete viajar mais pelo Brasil, mas já programou visitas à Etiópia, para participar da reunião de cúpula da União Africana, e à Guiana, para a conferência do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom).

DOIS DESAFIOS – Presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior e ex-embaixador em Londres e em Washington, Rubens Barbosa ressalta que Lula perseguiu prioridades como a volta do Brasil ao cenário internacional, meio ambiente e integração da América do Sul.

“Conseguiu trazer a COP para Belém, o G20 e o Brics, porém, deu declarações equivocadas, como quando disse que Zelensky era tão responsável quanto Putin pela guerra. A segunda prioridade foi a mais bem-sucedida, com mudanças internas em relação à Amazônia, os compromissos do Brasil no tocante ao desmatamento, às emissões de gás de efeito estufa, à convocação da reunião do Tratado de Cooperação Amazônica e participação positiva nas COPs. Com relação à América do Sul, convocou, depois de mais de 20 anos, reunião de cúpula com os presidentes, mas escorregou no tratamento a Maduro”, observou.

“Lula enfrenta agora dois grandes desafios: a relação com o presidente da Argentina, Javier Milei, e a disputa entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo, na fronteira norte do Brasil”, concluiu Rubens Barbosa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGO problema é que Lula se considera o maior estadista mundial e fala demais, em ocasiões impróprias. Como diz o antigo ditado, quem fala demais dá bom dia para cavalo. É mais ou menos por aí a inserção de Lula na política internacional. (C.N.)

Segurança é depreciada, Lewandowski enxota PSB numa tempestade perfeita

E Viva a Farofa!: 07/09/16

Charge do Nani (nanihumor.com)

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Ricardo Lewandowski assumirá um Ministério da Justiça transformado em algo parecido com a mal falada Codevasf. Pela primeira vez na história dessa pasta ocupada por Diogo Feijó (1831-1832), por Bernardo Pereira de Vasconcelos (1837-1839) e Tancredo Neves (1953-1954) discutiu-se o preenchimento de cargos no seu segundo escalão a partir de critérios partidários ou regionais.

O PT quer cadeiras ocupadas pelo PSB e seria desmontada a “República do Maranhão” criada por Flávio Dino. Nenhum dos prováveis degolados foi classificado como incompetente e nenhum dos prováveis sucessores é louvado pela competência em questões de segurança pública. Trata-se apenas de discutir a filiação partidária ou a origem regional. Pior: prevalece nas aspirações a massagem dos egos de candidatos interessados em melhorar seus contatos e polir seus currículos.

PROMESSA ESQUECIDA – Na campanha eleitoral, quando o tema da segurança pública teve a importância que merecia, Lula prometeu dividir o ministério. Na cadeira, atendeu às ponderações de Flávio Dino e Lewandowski, desistindo da ideia.

Enquanto isso, o Brasil vive numa tempestade perfeita. O crime organizado cresceu e tem 53 quadrilhas. Na outra ponta, aumentou a letalidade policial sobre os pobres, inclusive em áreas governadas pelo PT.

Como o Ministério da Justiça tem a maior quantidade de advogados por metro quadrado, o problema da segurança pública é enfrentado com planos e regras que servem para nada. A passagem de Flávio Dino pela pasta confirmou essa anomalia.

FALSA PRIORIDADE – Lewandowski anunciou que o combate ao crime organizado será a prioridade de sua gestão. O que ele fará com essa prioridade, só Oxalá sabe. É de justiça reconhecer que o comando da Polícia Federal ficou fora do loteamento. Seu atual diretor, Andrei Rodrigues, deverá continuar no cargo.

Lewandowski quer preencher os cargos com pessoas da sua confiança. É uma ideia que conforta o ministro, mas tem pouca serventia. Confiança é uma coisa, competência é outra.

A segurança pública dos Estados Unidos deveu a J. Edgar Hoover a criação do Federal Bureau of Investigation. Ele ficou no cargo de 1935 até sua morte, em 1972. Sujeito detestável, passou por seis presidentes. Pelo menos três não confiavam nele. Robert Kennedy, seu superior hierárquico, achava que era maluco. Lyndon Johnson manteve-o no cargo com uma explicação simples: “É melhor tê-lo urinando para fora do que tê-lo urinando para dentro”.

PUXA-SACO – Implacável com inimigos e bandidos, Hoover era um competente puxa-saco. Vizinho de Johnson por cerca de 20 anos, deu-lhe de presente um cachorrinho e, quando o bicho morreu, mandou-lhe outro.

Hoover trabalhou em duas direções. Organizou uma polícia federal técnica, disciplinada e praticamente incorruptível. Além disso, federalizou crimes que eram tolerados nas jurisdições estaduais. Policiais e juízes corruptos temiam seus agentes.

No Brasil, é tudo diferente. Vários especialistas em segurança pública queixam-se porque os diversos bancos de dados não se comunicam. Antes de comprar novos equipamentos, seria boa ideia chamar quem comprou as traquitanas atuais. O fornecedor sabia que seu sistema não falaria com o outro. Foi proposital.

Reflexões de Dante Milano sobre o cotidiano de quem vive debaixo de uma ponte 

Paulo Peres
Poemas & Canções

O poeta Dante Milano (1899-1991), nascido em Petrópolis (RJ), considerado um dos mais importantes nomes do modernismo, mostra que uma ponte no cais pode ter um cotidiano triste, embora poético em sua concepção.

A PONTE
Dante Milano

O desenho da ponte é justo e firme, calmo e exato.
Nada poderá perturbar as suas linhas definitivas.
A sua arquitetura equilibra-se no ar
Como um navio na água, uma nuvem no espaço.
Embaixo da ponte há ondas e sombras.
Os mendigos dormem enrodilhados nos cantos.
Não têm forma humana. São sacos no chão.
Por momentos parece ouvir-se o choro de uma criança.
A água embaixo é suja,
O óleo coagula, em nódoas luminosas, reflexos lacrimejantes.
Um vulto debruçado sobre as águas
Contempla o mundo náufrago.
A tristeza cai da ponte
Como a poesia cai do céu.
O homem está embaixo aparando as migalhas do infinito.

A ponte é sombria como as prisões.
Os que andam sobre a ponte
Sentem os pés puxados para o abismo.
Ali tudo é iminente e irreparável,
Dali se vê a ameaça que paira.
A ponte é um navio ancorado.
Ali repousam os fatigados,
Ouvindo o som das águas, a queixa infindável,
Infindável, infindável…
Um apito dá gritos
A princípio crescendo em uivos, depois mantendo bem alto o apelo desesperado.
Passam navios. Tiros. Trovões.
Quando virá o fim do mundo ?
Por cima da ponte se cruzam
Reflexos de fogo, relâmpagos súbitos, misteriosos sinais.
Que combinam entre si os astros, inimigos da Terra?
Quando virá o fim dos homens ?
A ponte pensa…

 

Haddad tem de convencer o Congresso sobre o fracasso total da desoneração

junho | 2014 | Plataforma Política Social

Charge reproduzida da Plataforma Política Social

Carlos Newton

Entre as múltiplas idiotices do governo Dilma Rousseff, famosa estocadora de vento e maquiadora de contas públicas, uma das piores foi a desoneração de 17 importantes setores empresariais, a pretexto de abrir empregos. O resultado foi desastroso, porque não foram criados novos empregos, a Previdência Social quase foi a pique e teve de ser reformada no governo Bolsonaro, com altos prejuízos aos trabalhadores civis, mas blindagem dos supostos direitos dos militares.

Agora, 13 anos depois, não é mais possível manter esse execrável privilégio da desoneração, quando está sendo procedida a tão ansiada reforma tributária. Manter esses benefícios seria uma afronta à tese jurídica de que todos são iguais perante a lei.

LOBBY MASSACRANTE – Quando o assunto passou a ser discutido no Congresso, os líderes empresariais dos 17 poderosos setores da economia armaram um lobby massacrante, que conseguiu convencer a maioria dos parlamentares sobre a necessidade de manter a desoneração, conforme veio a acontecer

O culpado pela derrota foi o próprio governo, que não se deu ao trabalho de esclarecer as bancadas sobre o fracasso dessa tal desoneração, que em 2011 a então presidente Dilma Rousseff propôs em forma de Medida Provisória, mas o Congresso devolveu a MP e exigiu a apresentação de um projeto de lei.

Foi uma jogada de mestre dos empresários, que conseguiram maximizar os lucros através da redução de impostos, ao invés de tentar o aumento da produtividade.

APOIO DE PACHECO – O presidente Lula não moveu uma palha para eliminar a desoneração. Pelo contrário, está pouco ligando. Se a Fazenda, o Tesouro e o Banco Central liberarem recursos à vontade, para ele está tudo no melhor dos mundos.

Quem está se movimentando sozinho é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Tem falado como  presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e conseguiu convencê-lo a não devolver a MP de Lula. Agora, é preciso negociar com os líderes das bancadas para lhes mostrar que a desoneração vem dando um tremendo prejuízo aos cofres públicos, sem propiciar a sonhada abertura de empregos.

Para levar esse trabalho adiante, Haddad não conta com apoio de Lula, que não está nem aí, como diz a axé music. E o ministro está consciente de que, se a desoneração não for derrubada, a reforma tributária já começa capenga.

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P.S.
A opinião pública precisa se unir e dar apoio irrestrito a Haddad, que se tornou uma esperança para os brasileiros. Se ele fracassar na busca do déficit zero, a irresponsabilidade de Lula pode transformar o Brasil numa enorme Argentina, porque a inflação não foi vencida e está hoje como a sétima mais alta dos países do G-20. Todo cuidado é pouco. Já assistimos a esse filme no governo Sarney e não temos mais Itamar Franco para dar um jeito. (C.N.)    

Diário do Poder mostra que a riqueza do filho de Gonçalves é um mistério 

Apagar vídeo de filho de Benedito Gonçalves é censura, diz jurista

Felipe, a mulher e o filho ostentaram seu enriquecimento

Deu na Midia News

A pesquisa realizada pelo site Diário do Poder revelou que Felipe Brandão, filho do ministro do STJ, Benedito Gonçalves, possui participação societária em cinco empresas, sendo três matrizes e duas filiais. O valor patrimonial das empresas do filho do ministro não equivale nem a metade do preço de uma das pulseiras Cartier que ele exibiu em um vídeo registrado nas ruas de Amsterdã.

O filho do ministro ostentou na web um relógio de R$1,3 milhão, uma pulseira de R$ 85,5 mil, um tênis de R$ 30 mil e outros bens de alto valor. Por outro lado, as empresas de Felipe têm um capital social total de apenas  R$ 41 mil.

VAN CLEEF – No pulso esquerdo de Felipe, pode-se notar uma pulseira Van Cleef, a mesma que sua mulher exibe. Cada uma custa 4.500 dólares, totalizando 9.000 dólares, ou R$ 45 mil.

O auto proclamado homem de negócios estava vestindo, dentre outros itens, um casaco Prada vendido no Brasil por mais de R$ 17 mil, uma mala Dior estimada em aproximadamente R$ 13 mil, e dois braceletes Cartier, um avaliada em R$ 85,5 mil e o outro custando R$ 58 mil. Sua mulher e o filho também exibiram as grifes de seus pertences

Em vez de mandar investigar os sinais exteriores de riqueza do empresário Felipe Brandão, filho do ministro do STJ, Benedito Gonçalves, que já foi acusado de corrupção e chegou a ser investigado pela Lava Jato, e é conhecido pelas relações com o presidente Lula, a juíza Flávia Babu, do Rio de Janeiro, preferiu censurar o vídeo em que Felipe Brandão aparece, em Amsterdã, exibindo sua fortuna.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Na tarde desta segunda-feira, a internet estava um alvoroço, devido à necessidade de cumprimento da ordem judicial, que somente se refere ao vídeo, mas estavam sendo bloqueadas até fotos do extravagante filho do ministro nos arquivos do Google,

Para bloquear as especulações, a família Gonçalves já tentou encontrar várias justificativas para o enriquecimento do jovem Felipe, que não tem emprego e se diz empresário, mas o problema é a falta de pagamento de impostos.

Amigos de seu pai, o ministro Benedito Gonçalves, chegaram a pedir que Felipe alegasse que seus pertences são falsificados, mas ele se recusou a dar essa justificativa. E a repercussão sobre as travessuras do rebento da família Gonçalves aumenta cada vez mais. (C.N.)

Dirceu defende Haddad e avisa: “Direita está vencendo a disputa político-cultural”

José Dirceu em podcast do PT: direita “está ganhando disputa  político-cultural“ | CNN Brasil

Escanteado por Lula,, Dirceu tenta se manter vivo no PT

Levy Teles
Estadão

Ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu afirma que a direita “está ganhando” a disputa política e cultural no Brasil e defende uma “atualização política, teórica e de organização” para o PT. As declarações foram dadas em entrevista ao Pod13 Bahia, podcast do PT da Bahia.

Durante a conversa, Dirceu afirmou ainda que não só o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas legendas como o PP, Republicanos, União Brasil e PSD “estão ficando fortes”, construindo novos diretórios pelo País.

REFORMA GERAL – “O PT vai fazer um congresso em 2025. Precisamos pensar como vamos fazer uma mudança no PT”, afirmou o ex-ministro. “Se nós analisarmos a situação da direita, não é só parlamentar e eleitoral, também diretório, territórios e militância, PP, PR, PL, PSD, União Brasil, eles estão ficando fortes (…) Hoje, o Brasil está muito politizado, e em disputa político-cultural. E a direita está ganhando.”

Dirceu não faz parte do governo, mas ainda é umas das lideranças do partido. Na semana passada, ele acionou o Supremo Tribunal Federal para tentar anular condenações que somam 32 anos na Operação Lava Jato. A defesa do ex-ministro pediu que o STF reconheça que ex-juiz Sergio Moro, hoje senador, foi parcial ao condená-lo.

Na entrevista, Dirceu reforçou autocríticas vocalizadas recentemente por Lula sobre a estrutura do partido. Segundo ele, o partido poderia ser “10 vezes maior” dado ao apoio eleitoral e social da sigla.

MUDANÇA CULTURAL – “Uma das tarefas principais é a disputa político-cultural e dos territórios”, afirmou. “Nesses anos, houve uma mudança social e cultural enorme. Por causa do fundamentalismo religioso, por causa da ocupação dos territórios por força dos partidos de direita. E nós recuamos. Vimos agora no primeiro de maio (de 2023). Não houve uma mobilização nacional.”

Na Conferência Eleitoral do PT, realizada em dezembro de 2023, Lula fez críticas à atual capacidade política da sigla. “Temos que nos perguntar por que que um partido muitas vezes no discurso diz que tem toda a verdade e só conseguiu eleger 70 deputados. Por que tão pouco, se a gente é tão bom? Será que estamos tentando convencer o povo das nossas verdades ou temos que aprender com o povo para falar com eles?”, perguntou.

Lula sustentou, naquela mesma conferência, que a militância deveria retornar ao trabalho de base. “O dinheiro ainda pesa. Mas o trabalho de base não tem dinheiro que compre. E precisamos voltar a fazer trabalho de base”, afirmou.

CONTRA GLEISI – Indo em direção contrária ao que disse no encontro a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Dirceu disse que foi “quase uma covardia” não ter havido total apoio às propostas econômicas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Outro papel do partido é sustentar o governo, apoiar o governo. Quando o governo apresenta uma política, nosso papel é apoiar”, afirmou.

“No caso do Haddad, é quase uma covardia não dar apoio total a ele para aprovar todas as medidas que ele queria. Porque todas as medidas que ele queria transformam o déficit zero num mal menor.”

GUERRA INTERNA – Gleisi e Haddad trocaram farpas ao longo do ano passado em razão da condução da política econômica nacional. A divergência continua em 2024. No episódio mais recente, já neste mês, Gleisi disse ao jornal O Globo, que criticar as decisões do ministro da Fazenda é “um dever” e faz parte da tradição do partido.

Dirceu acredita que PT pode ampliar número de vereadores e pede por aliança com outros partidos em cidades médias e grandes

Além de dizer que o PT precisa “se reconstruir” e se atualizar ao que foi no primeiro governo Lula, Dirceu analisou que o partido pode ampliar o número de vereadores por causa da figura de Lula, mas também apontou que será preciso calcular parcerias políticas com outros partidos.

MAIS VEREADORES – “Acho que podemos ampliar muito o número de vereadores. Lula tem 60% de voto em mais de 2 mil municípios brasileiros. Tem que eleger vereador nesses municípios, nem que seja um, dois”, disse.

“Temos que disputar onde temos chances de vencer em cidades médias e grandes. E temos que nos apoiar nos aliados em que podem vencer. Nosso governo não é só do PT.”

Dirceu vê o MDB e o PSD como principais parceiros na construção do novo governo Lula. “Além do PSB, PCdoB, PSOL, PV e PDT, esse é um governo que inclui PSD e MDB. Sempre digo: o PSD, o MDB e o PT (juntos) são 160 deputados e quase 40 senadores”, disse. “Mas isso não quer dizer que vamos ter unidade em questões econômicas.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Lula e Dirceu não se falam desde lá atrás, quando o ex-ministro foi condenado na Lava Jato. O último serviço importante que Lula passou a Dirceu foi coordenar a defesa da segunda-dama Rosemary Noronha, acusada de corrupção e tráfico de influência. Dirceu trabalhou bem e Rose foi absolvida. Lula jamais agradeceu, mas continua sustentando a ex-segunda-dama, que vive com todo conforto, mas nunca imaginou que pudesse ser abandonada e está um pote até aqui de mágoa. (C.N.)

Agora, dá para entender que Lewandowski usou provas ilícitas para “inocentar” Lula

Lula e Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça -- Metrópoles

Lula agradece a Deus pelo apoio que recebe de Lewandowski

Mario Sabino
Metrópoles

Ora, ora, o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski disse que “foi convocado para uma missão, um projeto de país”. Eu gostaria de saber qual é o projeto de país ao qual ele aderiu. Até onde me foi dado ver, Lula e o PT não têm projeto de país. Aliás, nenhum político brasileiro tem.

Qual é o projeto para que o Brasil alcance o grau de desenvolvimento da Espanha, por exemplo, e em quanto tempo? Qual é a proposta para articular educação e economia? Quando deixaremos de utilizar combustíveis fósseis? Ninguém pensa em nada.

PROJETO DE PODER – O que Lula e o PT têm é projeto de poder. Há de se reconhecer que, nesse ponto, eles se diferenciam dos seus pares, interessados apenas em faturar. O objetivo é ficar para sempre no Palácio do Planalto, não importam os métodos usados para atingi-lo. O projeto sobreviveu ao mensalão, não resistiu a Dilma Rousseff e ao petrolão, mas foi ressuscitado graças a Jair Bolsonaro e todos os pretextos que ele deu para que Lula fosse saído da cadeia.

Li que Ricardo Lewandowski era conhecido no STF como o ministro que tinha “a caneta de Midas”. Transformava em ouro todas as minutas de decisões e resoluções com o seu “toque pessoal”.

De fato, a sua caneta de Midas transformou muita coisa em ouro quando ele decidiu derrubar a parte da Lei das Estatais que vetava indicações políticas para cargos em empresas públicas.

ESTOICISMO – Ricardo Lewandowski, informam os jornais, é um estudioso do estoicismo. Muito bem, parabéns. Só sendo um estoico para aguentar as metáforas futebolísticas do chefe.

Se bem me lembro, a ética estoica se opõe ao hedonismo e leva ao extremo a necessidade de praticarmos ações justas e de nos abstermos das ações injustas.

Para não cometer ações injustas, o estoico tem o dever de evitar as paixões, nem que para isso tenha de viver na solidão ou de tirar a própria vida, se não houver outro jeito. O estoico não julga de acordo com opiniões pessoais, mas segundo a razão divina que organiza o cosmos.

PROVAS ILÍCITAS – Somente agora entendi por que Ricardo Lewandowski defendeu o uso de provas ilícitas, produto de crime, para anular os processos de Lula.

E por que ele rasgou a Constituição ao manter os direitos políticos de Dilma Rousseff depois de ela sofrer impeachment na “democracia liberal burguesa” (ele usou a expressão desprovida de ideologia em um evento do MST).

Lewandowski é um estoico imbuído de uma missão divina. Mas sem projeto de país, vamos deixar claro.

Repercute na Suíça a promiscuidade entre o governo Lula e o Supremo no Brasil

Os três... na charge do Duke

Charge do Duke (O Tempo)

Vicente Limongi Netto

Honrado, peço licença para reproduzir a mensagem que recebi, pelo e-mail, da brasileira Aparecida Heinzer, morando na Suiça há 30 anos. Aplaudindo o teor da minha carta, publicada, simultaneamente, na Tribuna da Internet, Correio Braziliense, Fórum do Estadão, blog Pedrinho Aguiar(Manaus), blog Limongi, Facebook e no portal carioca JPRevistas, lamentando e repudiando a ingerência desaforada e pouco republicana de Lula, PT e apaniguados no Supremo Tribunal Federal. A mensagem de Aparecida Heinzer é do seguinte teor:

Sua carta contundente impressiona pela realidade que descreve. Parabéns! Nosso Brasil está apodrecendo e nosso povo não reage saindo às ruas como no tempo das Diretas Já. Para não ficar mordendo os dedos de aflição, envio as cartas, como esta sua, do Fórum do Estadão, a todos os amigos e conhecidos que de alguma forma estejam ligados ou trabalharam no Brasil.

Moro na Suíça há 30 anos, mas quem disse que passo um dia sequer sem ler as notícias do meu país (continuo muito brasileira). O Brasil assinou sua sentença em 2003 (minha opinião), subjugando-se ao lulismo, depois ao bolsonarismo e ao lulismo novamente, que segue arrastando consigo na lama a “sua democracia lulista imaginaria”. 

Água mole em pedra dura… Opiniões como as suas ajudam a clarear as ideias de muita gente. Faço votos que siga em frente divulgando-as.  Com a ajuda de Deus, que é Brasileiro, quem sabe qualquer dia desses, apareça um estadista de verdade…! Boa sorte e muito obrigada.

Aparecida Heinzer
Chardonne, Suíça

BIG BROTHER, AGAIN – O BBB-24 mal começou (termina em abril) e já revela o caráter deplorável de dois participantes do jogo, Rodriguinho e Nizam. No dia 13, no quarto do líder, criticaram o corpo de Yasmin e debocharam de Isabelle e Davi. Sob os olhares de dois capachos da desprezível dupla, Vinicius e Pizane.

Pela segunda vez no paredão, o baiano Davi, valoroso, motorista de aplicativo, deu um duro e merecido esculacho no cretino e frouxo Nizam. Poderia ter estendido a bronca em Rodriguinho. também lobo cretino travestido de gentil e bonzinho. Pelas costas não poupa ninguém. 

O fato de ser empresário, não dá a Nizam o direito de tripudiar em ninguém.

FICAR ATENTOS – Davi e a bela e sorridente Isabelle precisam ficar atentos, também, para Rodriguinho. Nizam e o cantor (Deus perdôe a blasfêmia) Rodriguinho não valem o feijão que comem. O atual líder, Lucas, mostra ser correto. As duas Vanessas, Lopes e Camargo, são enfadonhas. Não irão longe no jogo. Yasmin até agora não deslanchou. Quando abrir os olhos, caso consiga, será tarde.

Marcos, o comissário de bordo, é agradável e jeitoso. Mc Bin Ladem também mostra segurança nas rodas. 

Na verdade, a advogada paraibana e campeã Juliette, hoje cantora,  deixou marcas inesquecíveis de amor, inteligência e carisma no BBB. Difícil de ser suplantada e esquecida.

Juíza manda retirar vídeo com filho de Benedito Gonçalves ostentando riqueza

Filho do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, é visto usando roupas e acessórios de luxo.

Com um filho tipo Felipe, Benedito nem precisa de inimigos

Karina Ferreira e Juliano Galisi
Estadão

A juíza Flávia Babu Capanema Tancredo, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que o vídeo no qual empresário Felipe Brandão ostenta artigos de luxo seja removido da internet. Brandão é filho de Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, no entender da juíza, a divulgação do vídeo, além de ridicularizar o próprio Felipe, pretendia também atingir terceiros – no caso, o ministro Gonçalves.

Benedito Gonçalves integrou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até novembro de 2023. Na Corte Eleitoral, foi relator da ação que deixou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

VIRALIZANDO – A gravação em que Felipe Brandão figura ostentando artigos de luxo circulou nas redes sociais como forma de atacar a conduta do ministro Benedito Gonçalves contra o ex-presidente.

Publicado no dia 7 de janeiro, o vídeo acumulava mais de 2,8 milhões de visualizações e 167 mil curtidas até o despacho da Justiça do Rio de Janeiro.

A gravação foi feita pelo influenciador Anthony Kruijver em uma rua de Amsterdã, na Holanda, famosa pela presença de lojas de luxo. Kruijver costuma perguntar aos participantes dos vídeos quais marcas de roupa eles estão vestindo.

Brandão se identifica no vídeo como empresário do ramo de artigos de luxo. Ele tem sociedade em cinco empresas com CNPJ ativos, relacionadas com divulgação de atividades na internet, marketing, produções artísticas, serviços empresariais e uma franquia de açaí. O filho do ministro não possui nenhum cargo público ou político.

LUXO TOTAL – O influenciador Anthony Kruijver pergunta, inicialmente, sobre o tênis vermelho usado por Brandão. O modelo Air Force foi produzido pela Nike em parceria com a Louis Vuitton e, em sites brasileiros de produtos importados, custa pouco mais de R$ 30 mil.

Capital das empresas de Felipe Brandão não paga metade de suas pulseiras – Midia News

O relógio de Felipe custa mais de R$ 1 milhão

Em seguida, o destaque é para o item mais caro do “outfit”: um relógio Richard Mille RM-011. O autor do vídeo diz que o modelo custa mais de € 200 mil (cerca de R$ 1,07 milhão atuais). Brandão veste uma calça preta com elementos brancos da Denim Tears, que no site da marca custa R$ 1.027.

O valor da jaqueta da marca Prada não foi informado, nem o modelo. Mas no site oficial da grife, um tipo similar é vendido por cerca de R$ 14 mil. Além do relógio, Brandão exibe outro acessório: uma pulseira da marca Cartier. No site oficial, o modelo Juste un Clou, feito em ouro branco com 32 diamantes lapidados, custa R$ 96,5 mil. Não é possível afirmar que se trata exatamente do mesmo modelo, que se assemelha a um prego torcido. Outra espécie desse bracelete, mas com 374 diamantes lapidados, custa R$ 349 mil no site oficial da marca.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Ao recorrer à Justiça, o ministro Benedito Gonçalves complicou a situação, e a juíza agiu corporativamente, de forma impensada. O vídeo foi feito a pedido do próprio Felipe Brandão, para ostentar sua riqueza, e nele até a mulher e o filho pequeno exibem as grifes de roupas, tênis, relógios e joias. O nome do ministro Benedito nem é mencionado na gravação.

Agora, o povo quer saber quanto ganha o empresário Felipe Brandão, que chegou a trabalhar na TV Globo, a pedido do pai, mas rapidamente os Marinho se livraram dele.

 Por fim, Benedito Gonçalves não é flor que se cheire. Ex-delegado de Polícia, fez concurso para juiz federal. Subiu pelos próprios méritos, digamos assim, e enriqueceu ninguém sabe como. O que se sabe é que já foi acusado de corrupção e era investigado na Lava Jato. Portanto, jamais poderia ter julgado Deltan Dallagnol, por suspeição. Mas no Brasil a suspeição é uma lei que não pegou. (C.N.)

Por que Lula decidiu atrair mais chuvas e trovoadas ao apoiar ação contra Israel?

Lula escala Celso Amorim para participar de reunião com Venezuela e Guiana  | O TEMPO

Lula e Celso Amorim estão conduzindo mal a política externa

Eliane Cantanhêde
Estadão

Por que, afinal, o presidente Lula decidiu atrair mais chuvas e trovoadas, dentro e fora do País, ao anunciar oficialmente apoio ao julgamento de Israel, por genocídio, na Corte Internacional de Justiça de Haia? Não precisava. Países não votam na Corte e não interferem no resultado. Bastava acompanhar de perto e ver no que daria, como fizeram China e Rússia, os dois principais integrantes dos Brics.

A explicação nos bastidores, ou melhor, nos palácios, é a tragédia humanitária em Gaza, transformada num gigantesco cemitério de crianças depois que Israel reagiu ao ataque terrorista do Hamas despejando sua ira e sua força na faixa que abriga(va) os palestinos. Mas, fora dos gabinetes envidraçados de Oscar Niemeyer, a interpretação é outra: a posição ideológica de Lula e do PT contra Israel.

NOTAS DA REPÚDIO – Depois de notas do Instituto Brasil-Israel e da Confederação Israelita do Brasil (Conib), cobrando a tradição de “equilíbrio e moderação” da política externa brasileira, veio a carta, igualmente dura, mas em formato erudito, do ex-chanceler Celso Lafer, de família judia da Lituânia, professor emérito da Faculdade de Direito da USP e especialista em Direito Internacional.

Endereçada ao chanceler Mauro Vieira, mas distribuída publicamente, a carta rebate à luz do direito a acusação de “genocídio” e acusa a África do Sul, autora da petição à Corte de Justiça, de tentar deslegitimar o Estado de Israel e aumentar o antissemitismo mundial, “em sintonia com os que almejam minar o direito à existência de Israel”.

“É um deslize conceitual de má-fé valer-se da imputação de genocídio para discutir as controvérsias jurídicas relacionadas à aplicação do direito humanitário e aos problemas humanitários em Gaza”, ensina Lafer, acusando a posição do governo de falta de consistência, coerência e obediência às regras do Direito Internacional.

MAIS CRÍTICAS – Na véspera, a ONG Human Rights Watch (HRW) divulgara seu relatório de 2023, criticando o Brasil por falhas no combate à violência policial e também em quatro conflitos internacionais: “declarações controversas” de Lula sobre a invasão da Rússia na Ucrânia, defesa de Nicolás Maduro na Venezuela e omissão em relação às violações na Nicarágua e aos crimes da China contra os Uigures.

Não há, porém, referências ao Brasil em relação à Guerra de Israel. Talvez porque o foco da HRW, pelo óbvio, é em direitos humanos, não em política externa e direito formal internacional. Mas a HRW é uma ONG, o Brasil é um País.

Uma coisa é a opinião de organizações independentes, outra é o posicionamento oficial de um Estado num conflito que, como sempre, tem dois lados.

Equador se inspira na ditadura imposta a El Salvador para reduzir a criminalidade

Bukele tem 90% de aprovação e vai ser facilmente reeleito

Bukele tem 90% de aprovação e vai ser facilmente reeleito

Sandra Cohen
g1 Mundo

Nayib Bukele, o controverso e impetuoso presidente de extrema direita de El Salvador, se escora na aprovação de 90% para responder aos críticos que questionam o modelo autoritário imposto no país: intitula-se como “o ditador mais legal do mundo”.

Ele se tornou popular por ter domado a criminalidade e a atuação das gangues, conhecidas por maras, que dominavam o país nas últimas três décadas e imprimiam, em 2015, a taxa de 107 homicídios para cada 100 mil pessoas.

EQUADOR IMITA – Parte das medidas anunciadas no Equador por Daniel Noboa — criação de dois gigantescos centros penitenciários e compra de navios-prisão — se espelha no modelo aplicado por Bukele. O presidente salvadorenho construiu o Centro de Confinamento do Terrorismo, uma megaprisão de segurança máxima. Classificada por ele como a maior do mundo, abriga mais de 100 presos em cada uma de suas celas coletivas sem colchões.

A drástica redução da criminalidade em El Salvador — de 107 para 2,3 homicídios por 100 mil habitantes em 2023 — foi obtida às custas do controle das instituições governamentais e do atropelo dos padrões democráticos.

O país está desde 2022 em estado de exceção, já renovado por 11 vezes. Bukele mandou 70 mil pessoas para as prisões, suspeitos de filiação às gangues, destituiu o procurador-geral e substituiu os juízes da Suprema Corte por aliados.

HÁ CONTROVÉRSIAS – O encarceramento indiscriminado de salvadorenhos levantou críticas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e outras entidades defensoras de direitos civis. As denúncias se somam à ausência de processos legais, prorrogando indefinidamente o tempo de prisão, e aos abusos e às condições precárias a que os presos são submetidos.

O presidente Bukele responde com desdém às críticas de que transformou o país num Estado policial: “De que lado eles estão? Das pessoas honestas ou dos criminosos?”

A dura abordagem ao crime organizado e o modelo populista fizeram de Bukele uma espécie de salvador da pátria. Ele está prestes a assegurar, em fevereiro, a reeleição, embora o segundo mandato presidencial em El Salvador seja inconstitucional.

FALSA RENÚNCIA – Para concorrer, o presidente, de 42 anos, se vale de uma artimanha decretada pelo Tribunal Constitucional, permitindo mandatos consecutivos caso o presidente renuncie a seis meses das eleições.

Bukele obedeceu à nova regra, tirou licença e foi substituído provisoriamente no comando do país por seu secretário particular.

Em plena campanha eleitoral, anima os comícios com o slogan “vote em mim ou os gangsteres serão libertados” e propaga seu modelo autoritário para outros países.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Importante matéria de Sandra Cohen. Mostra que na vida tudo tem limites. Quando a democracia é usada para favorecer o crime e a impunidade, o resultado é o surgimento de “ditaduras criativas”, como a de Bukele, que pode ser adotada também no Equador e em outros países dominados pelas facções criminosas. Aqui no Brasil ainda não há esse possibilidade, embora libertar líderes de facções criminosas seja uma espécie de esporte preferido dos magistrados brasileiros, desde a primeira até a última instância. (C.N.)

Vice-presidente nacional do PT, Quaquá defende demissão da ministra da Saúde

A esquerda está muito fundamentalista”, diz vice-presidente do PT | VEJA

Quaquá afirma que a ministra é inoperante e precisa sair

Deu em O Globo

Enquanto a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), saía em defesa da ministra Nísia Trindade, após a titular da Saúde se tornar alvo de críticas tanto da base do governo quanto da oposição, principalmente por causa da liberação de verbas da pasta e da nomeação do filho como secretário de Cultura em Cabo Frio, o vice-presidente do PT, deputado federal Washington Quaquá, renovava críticas à ministra, defendendo sua saída do cargo.

Disse Quaquá que Nisia Trindade tem recebido críticas também pela gestão dos hospitais federais no Rio. Ao Globo, o vice-presidente nacional do partido, afirmou que há demora na reabertura de leitos nas unidades, que vivem um sucateamento, diz ele, que classificou a gestão de Nísia como “inoperante e frágil”.

DISSE QUAQUÁ – “É uma ministra que dialoga muito pouco com o mundo da administração pública, não só da política. Para um governo da importância do governo Lula, a ministra é inoperante. Ela não tem o tamanho que o governo Lula precisa”, afirmou Quaquá, defendo que a ministra saia do cargo.

Já a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa de Nísia Trindade. De acordo com a deputada, a ministra “está sendo alvo de intrigas” plantadas por “grupos políticos ávidos por abocanhar o ministério”.

“Ela (Nísia Trindade) tornou mais ágil a transferência de verbas para estados e municípios, que aumentaram em quase R$ 5 bilhões no final do ano. Por trás disso, obviamente, estão grupos políticos ávidos por abocanhar o Ministério da Saúde. A ministra já mostrou sua competência e seu compromisso com nosso projeto de país. Tem toda solidariedade do PT”, escreveu Hoffmann no “X”, antigo Twitter.

LINDBERGH APOIA – O deputado federal Lindbergh Farias (PT), que é namorado de Gleisi, também se pronunciou contra os ataques recebidos por Nísia Trindade e exaltou as qualidades da parlamentar enquanto ‘defensora intransigente do SUS’

Afirmou ser uma “ilação absurda” o fato de bolsonaristas terem impulsionado a vinculação da nomeação do filho da ministra, o músico Márcio Sampaio, como secretário de Cultura de Cabo Frio a um repasse da pasta à cidade na Região dos Lagos do Rio, no valor de R$ 55,4 milhões, no fim do ano passado. A nomeação ocorreu um mês depois da destinação dos recursos.

“Primeiro, ser secretário de Cultura não é nenhum prêmio, pelo contrário, é um enorme desafio que espero que seja exitoso. Mas, o fato não é esse. A verdade é que essa luta para aumentar os recursos da média e alta complexidade em Cabo Frio é antiga e eu participei desde o início” escreveu Farias nas redes sociais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Para quem conheceu Lindbergh Farias quando era presidente da UNE, é triste vê-lo envolvido em processos penais e defendendo acusados por corrupção. Ficar calado seria mais conveniente. (C.N.)

Ex-comandantes ganharam salários ilegais fingindo receber “propostas” de trabalho

Comandante do Exército diz a Pacheco que força tem se mantido 'imparcial diante do delicado momento' do país

General Freire Gomes mentiu descaradamente

Tácio Lorran e André Shalders
Estadão

 Ex-integrantes da cúpula do governo de Jair Bolsonaro ganharam da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência direito de receber salário extra do governo por seis meses. Um dirigente civil e dois ex-comandantes das Forças Armadas tiveram o benefício da “quarentena” reconhecido pela CEP depois de apresentarem propostas de trabalho na iniciativa privada. Porém, quando procuradas pela reportagem do Estadão, as entidades não confirmaram as ofertas de emprego aos militares e ao ex-diretor. Em um caso, os valores recebidos na quarentena passam de R$ 100 mil.

As supostas propostas de emprego foram apresentadas à CEP pelo general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército de março a dezembro de 2022; e pelo almirante Almir Garnier Santos, chefe da Marinha de abril de 2021 até o fim do governo Bolsonaro. O dirigente civil é o ex-diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Garigham Amarante Pinto, atual assessor da Liderança do PL na Câmara dos Deputados.

SEM COMENTÁRIOS – Procurados, os ex-comandantes não se manifestaram. Garigham alegou que apresentou à CEP uma proposta de trabalho que recebeu.

A quarentena busca evitar que servidores do topo da hierarquia usem informações privilegiadas obtidas na função para beneficiar empresas privadas – a chamada “porta giratória”. Ministros, secretários e outros servidores graduados precisam consultar a CEP caso pretendam ir para o setor privado após sair.

Se a Comissão entender que há risco de conflito de interesse, pode submeter o demissionário à quarentena. Ele ou ela fica então impedido de trabalhar na empresa privada por seis meses, mas mantém o salário de seu antigo cargo.

GENERAL MENTIU – O ex-comandante Freire Gomes consultou a CEP em 20 de março do ano passado, três meses após deixar o comando do Exército. Informou pretender atuar como consultor de empresas que vendem produtos estratégicos para as Forças Armadas, e participar do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), de quem diz ter recebido uma proposta formal.

Procurada, a Abrablin negou taxativamente a oferta: “Marco Antônio Freire Gomes não faz parte do quadro da associação, bem como não houve qualquer tipo de convite ou sondagem para isso.”

Fundada há mais de duas décadas, a Abrablin atua com a regulamentação e promoção do mercado de veículos blindados. Após a decisão determinando a quarentena, em maio, Freire Gomes recebeu um pagamento de R$ 58.690,42 brutos, como civil, em junho passado. O benefício se juntou ao salário de R$ 37.792,02 que ele recebe como general da reserva.

O almirante Garnier Santos, ex-comandante da Marinha sob Bolsonaro

Almirante Garnier Santos também mentiu

OUTRA MENTIRA – Suspeito de ter apoiado a tentativa de golpe de Estado, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos disse, por sua vez, ter recebido uma proposta formal para trabalhar como consultor no Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Simde).

Segundo o ex-comandante da Marinha, o sindicato lhe enviou uma carta consultando-o sobre sua disponibilidade para atuar em atividades remuneradas e não remuneradas. No suposto convite apresentado à Comissão, o Simde chega a elogiar o “notório conhecimento” de Garnier sobre assuntos afetos à defesa. Questionado pelo Estadão, o sindicato informou que “não há planos de contratação no futuro próximo”. O Simde é um sindicato patronal que reúne entre seus filiados mais de 170 indústrias da base industrial de defesa.

De março a junho de 2023, Garnier recebeu R$ 107.084,88 brutos, como civil, relativos ao período de quarentena. Procurada, a Marinha confirmou o pagamento do benefício. Ele já ganha R$ 35.967,57 mensais como militar da reserva.

MAIS QUARENTENA – Ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o general Luiz Eduardo Ramos também relatou ter recebido uma proposta do Simde para ganhar a quarentena remunerada de seis meses. A carta-convite que Ramos teria recebido do Simde tem o mesmo teor da carta de Garnier Santos.

No caso do ex-secretário-geral da Presidência, o sindicato não respondeu ao Estadão sobre ter ou não feito o convite. Após o período de quarentena, no entanto, o militar não foi trabalhar na entidade. Procurado, ele não se manifestou.

Homem de confiança de Valdemar Costa Neto, Garigham Amarante Pinto lidava com as principais licitações do FNDE, inclusive as de ônibus escolares, com sobrepreço, ao avaliar em R$ 480 mil por um modelo de ônibus que, de acordo com a área técnica do FNDE, deveria custar no máximo R$ 270,6 mil.

TAMBÉM RECEBEU – Amarante consultou a CEP em dezembro de 2022, pouco antes de deixar o cargo no FNDE. Ao sair do cargo, Amarante disse pretender trabalhar justamente para uma fabricante de ônibus, a Agrale, como “consultor sobre financiamento estudantil”.

A Agrale é uma empresa fundada em 1962 e sediada em Caxias do Sul (RS), com quase mil funcionários. Procurada pela reportagem do Estadão, a companhia negou ter feito qualquer proposta.

“A direção da Agrale S/A não tem ciência desse assunto. Pode estar havendo algum engano”, disse a empresa por meio da assessoria de imprensa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A que ponto chega a ganância dessa gentalha que ocupa o poder nos gabinetes da Ilha da Fantasia… Civis ou militares, não há diferenciação. Não podem nem sentir o cheiro do dinheiro, que logo entram em puro êxtase. É deprimente. E ninguém se interessa em punição para esse tipo de “servidor”, desculpem a ironia. (C.N.)