Supremo em suspense, com expectativa da reação de Trump contra os ministros

TRUMP ANUNCIA SANÇÕES CONTRA MORAES E 'ALIADOS' NO STF - Jônatas Charges - Política Dinâmica

Charge do Jônatas (Arquivo Google)

José Perez

O ainda presidente Lula da Silva ganhou um presente eleitoral de Donald Trump e está aproveitando até o final, ao defender a soberania brasileira, para reduzir a rejeição a seu nome na sucessão de 2026, quando disputará o segundo turno já com 81 anos, fato inédito na política internacional.

É preciso raciocinar que Trump e os EUA não estão nem aí para a família Bolsonaro, mas estão de olhos bem abertos para o alinhamento do Brasil ao Brics, bloco comercial de países não alinhados, que tem como líderes a China e a Rússia.

CASO DO DÓLAR – A atuação dos países do Brics está enfraquecendo progressivamente o domínio geopolítico dos Estados Unidos na região, situação que se agrava porque Lula defende abertamente o fim do dólar como moeda padrão no comércio global.

Com isso, Lula demonstra uma clara subserviência do Brasil à Chinam que é o principal concorrente ao domínio norte-americano em todas as áreas (armas & desenvolvimento tecnológico principalmente) .

Trump está usando Jair Bolsonaro como cortina de fumaça, para criar um problema com o governo de Lula que tem proporções muito maiores.

CASO MUSK – O fato concreto é que Trump está usando a perseguição do Supremo e do governo brasileiro às redes sociais e aos militantes bolsonaristas, que configura descumprimento das próprias leis brasileiras sobre liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos.

Com a exagerada condenação de Bolsonaro a 23 anos e três meses, Trump confirma a existência de perseguição política à direita no Brasil e justifica o uso da Lei Magnitsky.

E a quem interessa essa postura do presidente americano? Ora, interessa a todos os demais países do mundo, que querem ver o país se esborrachar, para comprarem nossos produtos a baixíssimo preço. Se Lula continuar debochando e zombando com sua petulância padrão, Trump  vai enlouquecer os ministros do Supremo e em 2026 o Centrão fecha a torneira e emplaca Tarcísio num grande acordão.

José Pérez

O ainda presidente Lula da Silva ganhou um presente eleitoral de Donald Trump e está aproveitando até o final, ao defender a soberania brasileira, para reduzir a eliminação de seu nome na sucessão de 2026, quando disputará o segundo turno já com 81 anos, fato inédito na política internacional.

É preciso raciocinar que Trump e os EUA não estão nem aí para a família Bolsonaro, mas estão de olhos bem abertos para o alinhamento do Brasil ao Brics, bloco comercial de países não alinhados, que tem como líderes a China e a Rússia.

CASO DO DÓLAR – A atuação dos países do Brics está enfraquecendo progressivamente o domínio geopolítico dos Estados Unidos na região, situação que se agrava porque Lula defende abertamente o fim do dólar como moeda padrão no comércio global.

Com isso, Lula demonstra uma clara subserviência do Brasil à China que é o principal concorrente do domínio norte-americano em todas as áreas (armas e desenvolvimento tecnológico principalmente).

Trump está usando Jair Bolsonaro como cortina de fumaça, para criar um problema com o governo de Lula que tem proporções muito maiores.

CASO MUSK – O fato concreto é que Trump está usando a perseguição do Supremo e do governo brasileiro às redes sociais e aos militantes bolsonaristas, que configura o descumprimento das próprias leis brasileiras sobre liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos.

Com uma orientação exagerada de Bolsonaro aos 23 anos e três meses, Trump confirma a existência de perseguição política à direita no Brasil e justifica o uso da Lei Magnitsky.

E a quem interessa essa postura do presidente americano? Agora, interessa a todos os demais países do mundo, que querem ver o país se esborrachar, para comprarem nossos produtos a um preço baixíssimo. Se Lula continuar debochando e zombando com sua petulância padrão, Trump vai enlouquecer os ministros do Supremo e em 2026 o Centrão fecha a torneira e emplaca Tarcísio num grande acordão.

Vice de Tarcísio defende anistia e reforça alinhamento ao bolsonarismo

Um povo que não conhece sua História está condenado a repeti-la, dizia Burke

Edmund Burke Brasil - Fonte: BURKE, Edmund. An Appeal from the New to the Old Whigs, in Consequence of Some Late Discussions in Parliament, Relative to the Reflections on the French Revolution.Merval Pereira
O Globo

“Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la”, dizia Edmund Burke, filósofo irlandês do século XVIII. A frase me veio à mente assistindo na Academia Brasileira de Letras (ABL) à palestra do cientista político e professor associado do IESP-UERJ Christian Lynch sobre o livro “À margem da história da República”, coletânea organizada em 1924 por Vicente Licinio Cardoso, que reflete principalmente as ideias que ganharão hegemonia na organização institucional e na direção intelectual do Brasil de 1920 a 1980.

Para ele, essas ideias contaminaram a esfera pública na década de 20, a partir do governo de Arthur Bernardes, e ganharam materialidade durante a Era Vargas, dando origem ao estado e às concepções de sociedade brasileira que vão durar até a década de 1990, quando desaparece o mundo que lhes deu origem, ou seja, o curto século XX, na concepção do historiador Éric Hobsbawn.

MODERNISMO – A obra, considerada “um manifesto político modernista”, é, para Lynch, “tanto um diagnóstico da Primeira República quanto um prenúncio das mudanças que culminariam na Revolução de 1930”.

As coincidências com os acontecimentos atuais são muitas, o que, segundo Christian Lynch, evidencia “a necessidade de estudá-las na sua dinâmica histórica, para compreendermos eventualmente o que estamos vivendo hoje”. Ele fez um relato ironicamente sublinhando as repetições históricas, para chamar a atenção da importância de analisá-las.

“Era uma vez uma vez um país latino-americano, o Brasil, que desejara se reinventar contra suas antigas mazelas por meio de um novo regime constitucional progressista”, iniciou.

TUDO IA BEM… – Durante duas décadas tudo pareceu andar bem. Até que, depois de uma eleição presidencial disputada e cujo resultado foi questionado em sua lisura, se impôs uma decepção generalizada. O liberalismo entrou em crise. Os mais avançados denunciavam o já não tão novo regime por sua incapacidade em avançar em suas promessas. Mas a crise do liberalismo não vinha só de dentro.

“De fato, a globalização que organizava o mundo havia décadas colapsara. O incremento do movimento migratório e de mercadorias, com o surgimento concomitante de novas tecnologias, trouxe pânico diante das crises econômicas.

O cosmopolitismo e o primado da economia cediam lugar a um nacionalismo agressivo no cenário internacional. Entrementes, uma pandemia paralisou o mundo, matando milhões e milhões de pessoas, gerando mais insegurança e pânico, impondo maiores controles de fronteira e mercadoria.

CRISE NO STF – “Potências emergentes questionavam o status quo tradicional das potências do Atlântico Norte. Um país tradicionalmente vinculado à democracia se converteu ao fascismo”.

Ao mesmo tempo, a crise levara ao poder no Brasil um desastroso governo comandado por um militar, cujo autoritarismo o fizera chocar-se com o Supremo Tribunal Federal e quase levara o país à ditadura. Ao mesmo tempo, reacionários religiosos, julgados extintos desde a nova Constituição, se rearticularam politicamente em crítica contra a laicidade da República.

“Um novo presidente do Brasil, eleito na esteira do desastroso governo militarista, foi eleito com o objetivo de restaurar o estado anterior de coisas e pacificar o país. Mas o vidro havia se partido. Mesmo conservadores mais moderados criticavam a independência do STF”.

CONSTITUIÇÃO – Outros viam a própria Constituição como excessivamente cosmopolita e permissiva, inadequada aos novos tempos. Foi nesse contexto de transição de época que uma nova geração de intelectuais preocupados com o futuro do país publicou uma coletânea que era um verdadeiro manifesto político dos nossos tempos”…

Mas a Constituição não era a de 1988, mas a de 1891; a eleição não era de 2018, mas de 1909-1910 entre Rui Barbosa e Marechal Hermes da Fonseca; quem não respeitou o STF foi Hermes da Fonseca; a pandemia não era a da COVID, mas a da gripe espanhola. O país democrático que se tornou fascista não era os Estados Unidos, mas a Itália.

Assim, se a história não é cíclica, ela anda em espiral, comenta Christian Lynch.

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Pensamentos que reúnem um tema, na poesia de Adalgisa Nery

Carlos Drummond de Andrade e Adalgisa Nery

Adalgisa Nery, com o amigo Carlos Drummond

Paulo Peres
Poemas & Canções

A jornalista e poeta carioca Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira (1905-1980), mais conhecida como Adalgisa Nery, no poema “Pensamentos que reúnem um tema” fica imaginando os que possuem a paz de não pensar.

PENSAMENTOS QUE REÚNEM UM TEMA
Adalgisa Nery

Estou pensando nos que possuem a paz de não pensar,
Na tranquilidade dos que esqueceram a memória
E nos que fortaleceram o espírito com um motivo de odiar.

Estou pensando nos que vivem a vida
Na previsão do impossível
E nos que esperam o céu
Quando suas almas habitam exiladas o vale intransponível.

Estou pensando nos pintores que já realizaram para as multidões
E nos poetas que correm indefinidamente
Em busca da lucidez dos que possam atingir
A festa dos sentidos nas simples emoções.

Estou pensando num olhar profundo
Que me revelou uma doce e estranha presença,
Estou pensando no pensamento das pedras das estradas sem fim
Pela qual pés de todas as raças, com todas as dores e alegrias
Não sentiram o seu mistério impenetrável,

Meu pensamento está nos corpos apodrecidos durante as batalhas
Sem a companhia de um silêncio e de uma oração,
Nas crianças abandonadas e cegas para a alegria de brincar,
Nas mulheres que correm mundo
Distribuindo o sexo desligadas do pensamento de amor,
Nos homens cujo sentimento de adeus
Se repete em todos os segundos de suas existências,
Nos que a velhice fez brotar em seus sentidos
A impiedade do raciocínio ou a inutilidade dos gestos.

Estou pensando um pensamento constante e doloroso
E uma lágrima de fogo desce pela minha face:
De que nada sou para o que fui criada
E como um número ficarei
Até que minha vida passe.

Fux e a tentativa de golpe: relativizando a ruptura institucional

Posição de Fux se destacou pelas contradições que expôs

Marcelo Copelli
Revista Fórum  

O julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, acusados de articular uma tentativa de ruptura institucional, ficará marcado pela polêmica e pela ambiguidade do voto proferido pelo ministro Luiz Fux.

Em um momento em que o Supremo Tribunal Federal é chamado a dar respostas firmes à sociedade, a posição do ministro se destacou não apenas pelo conteúdo técnico, mas sobretudo pelas contradições que expôs.

SEGUNDO PLANO – Ao fundamentar sua decisão em aspectos processuais, como cerceamento de defesa e incompetência do Supremo em julgar réus sem foro por prerrogativa de função, Fux deixou em segundo plano o cerne da questão: a gravidade de um movimento coordenado que buscou, por meios ilícitos e violentos, desestabilizar a ordem democrática. Mais do que um detalhe jurídico, esse silêncio parcial ecoa como uma omissão que relativiza os fatos e enfraquece a credibilidade da corte.

A primeira linha argumentativa de Fux, ancorada na alegação de cerceamento de defesa, merece reflexão. É evidente que a ampla defesa e o contraditório constituem cláusulas pétreas do sistema constitucional brasileiro, e qualquer violação a esses princípios exige reparação.

Contudo, ao sustentar que a defesa foi prejudicada pelo excesso de documentos apresentados, o ministro ignora que essa situação decorre da complexidade natural de investigações que envolvem dezenas de personagens, centenas de mensagens interceptadas e milhares de páginas de provas digitais. Não se trata de um processo comum, mas de um caso emblemático, em que a quantidade de informações reflete a dimensão do ataque perpetrado contra o Estado Democrático de Direito.

CONTEÚDO PROBATÓRIO – Ao colocar essa questão processual como eixo central de seu voto, Fux parece minimizar a relevância do conteúdo probatório, relegando a um segundo plano a materialidade de condutas que, em qualquer análise honesta, configuram uma clara tentativa de golpe.

Outro ponto crítico é a recusa em reconhecer a existência de uma organização criminosa articulada para atentar contra a democracia. O ministro sustentou que faltariam elementos como estabilidade, hierarquia e divisão funcional de tarefas para caracterizar o crime previsto na legislação. Essa interpretação, porém, destoa de evidências que indicam reuniões estratégicas, financiamento logístico, divisão de funções entre atores políticos e militares e até mesmo a elaboração de minutas de decretação de estado de sítio.

Quando se exige uma estrutura rígida, quase empresarial, para admitir a configuração de organização criminosa, corre-se o risco de criar uma exigência probatória inalcançável, blindando articulações políticas que se travestem de espontaneidade, mas que na prática são tão coordenadas quanto um grupo mafioso. A interpretação de Fux, assim, soa excessivamente restritiva e, na prática, favorece a narrativa de que o episódio não passou de uma manifestação desorganizada, quando na realidade havia sinais claros de planejamento.

TENTATIVA DE GOLPE – A contradição mais gritante, entretanto, está no afastamento da ideia de tentativa de golpe. O próprio Supremo, em outras ocasiões, já reconheceu a gravidade ímpar dos atos do 8 de janeiro e os qualificou como um ataque direto à democracia.

Ministros como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso foram taxativos ao afirmar que o país viveu uma tentativa real de ruptura institucional. Ao destoar desse entendimento e adotar postura mais cética, Fux não apenas desarmoniza a jurisprudência da corte, como transmite ao país a mensagem de que não há consenso nem mesmo dentro do STF sobre o caráter golpista dos fatos.

Essa divergência, embora natural em uma corte plural, ganha contornos preocupantes quando se trata da defesa da ordem constitucional. Em um momento de tamanha fragilidade institucional, a inconsistência não é apenas técnica; é política e simbólica, alimentando a narrativa de setores que negam ou relativizam a gravidade do que ocorreu.

CONSISTÊNCIA – A defesa da Constituição exige consistência. Se o Supremo reconheceu, em reiteradas decisões, que os atos do 8 de janeiro representaram a maior agressão à democracia desde o fim da ditadura, torna-se paradoxal que um de seus ministros, ao julgar os mesmos fatos, relativize sua gravidade com base em supostas insuficiências processuais.

A função do magistrado não é cegar-se às garantias constitucionais, mas aplicá-las sem que se transformem em pretexto para enfraquecer a própria democracia que sustentam. Em outras palavras, não se pode utilizar a Constituição contra ela mesma. O devido processo legal é um instrumento de justiça, não um álibi para obscurecer condutas que colocam em risco a própria existência do sistema democrático.

A consequência imediata desse voto é política: fortalece narrativas de impunidade, dá munição a discursos negacionistas e fragiliza a imagem do Supremo perante a opinião pública. Mas há também uma consequência jurídica de longo prazo: a insegurança sobre a consistência da jurisprudência da corte.

LEGITIMIDADE – Quando um tribunal oscila entre reconhecer e relativizar a gravidade de fatos tão explícitos, transmite a impressão de que os critérios variam conforme o ministro, e não conforme a Constituição. Essa percepção corrói a legitimidade institucional e expõe o Supremo a ataques ainda mais duros de quem já o vê como um ator político, e não como uma corte constitucional.

O voto de Luiz Fux será lembrado menos pela erudição processual que apresentou e mais pelas contradições que carregou. A democracia brasileira, ferida pelos atos golpistas, não pode se dar ao luxo de decisões que relativizam sua defesa.

O país precisa de uma Justiça firme, transparente e coerente; o que se viu, no entanto, foi um gesto hesitante que prefere se refugiar em formalismos jurídicos a enfrentar a realidade dos fatos. Não se trata de pedir condenações sumárias ou atropelo de garantias — trata-se de exigir que a rigidez processual não seja usada como véu para encobrir aquilo que foi, sim, uma tentativa de golpe contra a democracia. 

Netanyahu e Putin usam mesmo jogo sujo para matar inocentes nas guerras

Putin e Netanyahu aumentam ataques em busca de territórios

Wálter Maierovitch
do UOL

Não precisa ser observador atento das guerras em Gaza e na Ucrânia para perceber, sem nenhuma dificuldade, que Benjamin Netanyahu, premiê israelense, e Vladimir Putin, presidente russo, fazem o mesmo jogo sujo para ilegais conquistas territoriais, não se importando com as mortes de civis inocentes, desamparados e não armados.

Netanyahu senta em cima da proposta de cessar fogo, com devolução de reféns israelenses vivos e corpos de mortos, sugerida conjuntamente pelo Egito e Catar, com acompanhamento norte-americano.

MAIS MORTES – Pelo seu lado, o presidente Putin, depois das encenações montadas pelo presidente Donald Trump, ocorridas no Alasca e na Casa Branca com líderes europeus e o presidente ucraniano, continua a falar de paz e aguardar novos encontros.

Os dois, Netanyahu e Putin, ambos com prisões decretadas pelo Tribunal Penal Internacional, aproveitam as tentativas de paz, — que desviam atenções e animam os ingênuos, para aumentar os bombardeamentos e conquistarem territórios.

Em resumo, aproveitam o deslocamento do foco geopolítico, com esforço de pacificação, para intensificar ataques e, com isto, geram mais mortes.

OPORTUNISMO CÍNICO – Os discursos do premiê israelense e do presidente russo são igualmente cínicos. Querem a paz, dizem nos discursos. Na realidade, promovem mortal guerra de conquista.

O israelense iniciou ataques na chamada Gaza-city, com derrubada de edificações de todos os tipos, a obrigar os 1,2 milhão de habitantes a se deslocarem para o sul ou em direção ao litoral, onde palestinos, anteriormente e em fuga de bombardeios, vivem em tendas.

O ministro das Finanças e líder messiânico, Bezalel Smotrich, quer a imediata retomada, na faixa geográfica de Gaza, das áreas ocupadas por invasores israelenses. Estes, em 2005, tiveram de deixar os ilegais assentamentos, por determinação do então ministro Ariel Sharon.

MAIS BOMBAS – Netanyahu, quando o fragilizado Hamas concordou com o cessar-fogo e o plano de paz esboçado por Egito e Catar, com acompanhamento dos EUA, intensificou os bombardeios na cidade de Gaza. E o discurso de Netanyahu é o de voltar a controlar inteiramente a faixa geográfica de Gaza, enquanto um novo plano, com a participação do ex-ministro britânico Tony Blair, começa a ser reescrito.

Segundo os informes de inteligência, os reféns estariam escondidos na cidade de Gaza. E a cada edifício que rui e desaba, pelas bombas jogadas por Israel, pode ter abrigado um refém. Ou seja, há risco de o bombardeamentos israelenses matarem os reféns feitos pelo Hamas.

Para tentar silenciar as vozes de protesto dos parentes dos cerca dos reféns, cerca de 20 dados são imaginados vivos, Netanyahu, desde sábado 30, exibe um inédito filmete sobre o ataque terrorista de 7 de outubro, promovido pelo Hamas.

DISCURSO ENGANOSO – Com isso, Netanyahu engrossa o seu discurso de necessidade de aniquilar com o Hamas. Aliás, discurso enganoso, pois vivem fora de Gaza os que substituíram os aniquilados e antigos líderes políticos do Hamas.

Já Putin aproveitou para bombardear ao máximo Kiev enquanto Trump esperava o fim do prazo de duas semanas que lhe deu. Nos últimos dias drones explosivos (fabricação iraniana e adaptações russas) e mísseis deixaram mais de 20 mortos e 70 feridos em Kiev.

Na segunda-feira, 1 de setembro, terminou o prazo de duas semanas, dado pelo trapalhão Trump, para Putin e Zelensky sentarem-se para, juntos, discutirem um plano de paz. Só um diletante poderia acreditar que Putin aceitaria o ultimato de duas semanas.

O impacto histórico da condenação de Bolsonaro e as incertezas que se abrem

Ex-presidente do STF critica “postura extravagante” de Barroso

Ao lado de Barroso, Zanin proclama resultado de julgamento que impôs prisão  a Bolsonaro - Folha PE

Barroso entrou de penetra no julgamento de Bolsonaro

Bruna Rocha
Estadão

O ministro aposentado Marco Aurélio Mello, ex-presidente do Supremo, considerou “uma postura extravagante” a presença de Luís Roberto Barroso  ao lado do ministro Cristiano Zanin, que estava presidindo o julgamento de Jair Bolsonaro.

Na visão de Marco Aurélio, a posição de Barroso, atual presidente do Supremo, só faria sentido se o julgamento estivesse ocorrendo no Plenário. “A postura de Barroso no julgamento da trama golpista foi extravagante e fora do decoro”, disse Marco Aurélio,

CHAMOU ATENÇÃO – Durante o julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus por envolvimento na trama golpista, essa atitude de Barroso causou estranheza aos operadores do Direito que conhecem as regras de funcionamento do Supremo Tribunal Federal.

Na verdade, o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, jamais deveria sentar-se ao lado do ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma da Corte.

Marco Aurélio afirmou que a presença de Barroso só faria sentido se o julgamento estivesse ocorrendo no Plenário, o que não foi o caso. Com a inexistência dessa alternativa, é um passo “demasiadamente largo”.

ALGO EXTRAVAGANTE – “Para mim, é algo extravagante. Ele ter afastado o secretário ou a secretária da turma e sentado ao lado do presidente da sessão na cadeira respectiva. Para mim é algo extravagante. Ainda bem que nós não tivemos palmas ao final do julgamento, mas ficará também na história do tribunal”, afirmou o ex-STF durante entrevista ao Uol.

“Evidentemente, se o processo estivesse no plenário, ele teria presidido a sessão. Agora, ele comparecer à sessão e tomar o assento, que é o assento destinado ao secretário da turma, é um passo demasiadamente largo e que eu não daria jamais”, adicionou o Marco Aurélio.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Barroso é um ministro em transe, que só dorme na base da tarja preta, Entre os oito membros do STF que já foram punidos pelo governo Bush, ele é o que tem mais a perder. Se for alcançado pela Lei Magnitsky, serão confiscados os dois luxuosos imóveis que adquiriu na Flórida, além dos investimentos que tiver em bancos americanos. O apartamento e o escritório estão avaliados em cerca de R$ 50 milhões. É mole? (C.N.)

Governo ameaça perseguir aliados que votarem a favor da anistia

Pode ser uma arte pop de texto que diz "ANISTIA! LAtuHE 2025 BRASILDEFATO BRASILDEFATO.COM.BR COM.BR"

Charge do Latuff (Brasil 247)

Victoria Azevedo
Estado de Minas
(FolhaPress)

O governo Lula (PT) deve rever indicações para cargos federais dos deputados e senadores que votarem a favor do projeto de lei que prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo cinco pessoas que estão a par das conversas. O alerta foi passado por integrantes do Palácio do Planalto a ministros e líderes partidários.

A orientação do governo é de oposição ao projeto de lei, e a principal tarefa é evitar que o tema seja levado ao plenário da Câmara.

DEPENDE DE MOTTA – Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar o projeto. Caso isso ocorra, o Planalto usará todos os instrumentos que tem à disposição, segundo um interlocutor do presidente da República. Isso passa por rever as indicações aos cargos na máquina federal e também pelo pagamento de emendas parlamentares ao Orçamento.

Nas palavras de outro aliado de Lula, a votação da anistia será um divisor de águas, definindo quem é de fato do governo e quem não é. Ele diz que é preciso saber disso até mesmo para pensar no cenário eleitoral de 2026 e entender quais partidos ou alas dessas siglas irão caminhar com Lula no próximo ano.

O Planalto reage porque as negociações em torno da proposta da anistia avançaram na última semana em resposta ao julgamento de Bolsonaro no Supremo e envolveram partidos do centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

MOTTA ADMITE – Motta, que até então se mostrava contrário à votação do projeto de anistia, afirmou nos últimos dias que já estámdiscutindo essa possibilidade, diante da maior pressão dos líderes.

Esse não é o primeiro alerta que o governo faz sobre rever cargos diante de votações consideradas importantes no Congresso e numa tentativa de organizar sua base de apoio, que é marcada por instabilidades.

Em abril, integrantes do Executivo cobraram parlamentares da base aliada que assinaram o pedido de urgência ao projeto da anistia – apesar disso, o requerimento teve apoio em peso de deputados de siglas que integram o governo, como PSD, União Brasil, PP, Republicanos e MDB.

VITÓRIA DE TRUMP – O alerta agora acontece porque a eleição de 2026 está mais próxima, partidos como PP e União Brasil já ameaçam um desembarque e a anistia tem potencial de gerar uma crise entre os Poderes, além de causar implicações no cenário internacional.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, há uma avaliação entre integrantes do governo – e até mesmo do próprio presidente Lula – de que a aprovação da anistia representaria uma vitória do governo dos Estados Unidos, num momento em que Donald Trump lança uma ofensiva contra o Brasil e impõe sobretaxa de 50% a produtos brasileiros.

Um aliado de Lula no Congresso diz que a aprovação da anistia representaria uma interferência direta de Trump no Brasil, e diz que o próprio Legislativo sairia enfraquecido nesse processo.

DESEMBARQUE – Além disso, essas negociações em torno do projeto de lei avançaram no mesmo momento em que o União Brasil e o PP anunciaram um desembarque do governo federal e apoio à anistia, inclusive do ex-presidente.

A possibilidade de o governo rever indicações foi afirmada publicamente pela ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) em publicação nas redes sociais.

Ela disse, em reação à decisão dos partidos, que ninguém é obrigado a ficar, mas que quem permanecer na gestão petista “deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende”.

DISSE GLEISI – “Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, afirmou.

A Secretaria já está elaborando um relatório com todas as indicações a cargos federais – desde postos em empresas, autarquias e na estrutura da Esplanada até nos postos regionais. Como a Folha mostrou, o União Brasil e o PP falam em desembarque, mas mantêm ministérios, estatais e cargos nos estados que não pretendem entregar neste momento.

Nesta semana, Gleisi convocou ministros de partidos do centro para traçar uma estratégia que evite o avanço da anistia no Congresso. De acordo com relatos, ela pediu empenho dos colegas de Esplanada e afirmou que eles devem atuar junto aos líderes partidários para evitar que o projeto seja pautado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Em tradução simultânea,  o governo vai jogar todas as suas cartas para evitar a anistia a Bolsonaro. A partir de agora, somente vai se falar nisso. É melhor comprar muitas pipocas. (C.N.)

Uma mensagem a Donald Trump, para que ajude a melhorar o Brasil

Donald Trump é uma ameaça para o mundo - CTB

Charge do Clayton (O Povo/CE)

 

Vicente Limongi Netto

Presidente Donald Trump, tenho bastante idade, perto de 81 anos, sou mais velho do que você, que está merecendo bons cascudos e puxões de orelha. Se quiser ser respeitado, demonstre que respeita o Brasil e seus governantes.

Tenha modos.  Seja educado. Não apequene o cargo. Pare de ser idiota, rancoroso, intolerante e desprezível. Duro entender que você pretenda ser merecedor do Nobel da Paz, tratando com coices outros governantes.

PAÍS SOBERANO – O Brasil tem leis. Não é republiqueta. Não recebe ordens de ninguém. Nem de você, poderoso presidente dos Estados Unidos.

Não queira passar por cima nem avacalhar os 200 anos de amizade e colaboração firme, segura, honrosa e democrática entre Brasil e Estados Unidos. Pare de agir como moleque. Como criança birrenta.

Cuide dos problemas dos Estados Unidos, que são muitos e complexos, e deixe o Brasil em paz. Suas intromissões nos assuntos brasileiros são mesquinhas, absurdas e desprovidas de bom senso. Teu tom de deboche com o governo brasileiro é inaceitável.

NÃO COLA… – Gostemos ou não, Lula foi eleito pelo povo. Respeite as urnas. Não se faça de dono da verdade do universo. Não cola.  Não fica bem para seu perfil de republicano. Pare de ser descarado, infame e burro. Procure se informar melhor dos assuntos brasileiros.

Sou cidadão aposentado. Jornalista que não abre mão de conhecer e lidar dos assuntos que interessam e dizem respeito a coletividade. Não sou Lula nem Bolsonaro. Nem da esquerda ou da direita – a meu ver, definições imbecis e preconceituosas que não ajudam a acabar com guerras e a fome.

Pelo contrário. Meu partido é o Brasil, minha família e meus amigos.  Jair Bolsonaro, que você tanto apoia, é um calhorda. Longe de ser santo. Foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com pena dura, porque sempre agiu como um falso patriota.

DESTRAMBELHADO – Bolsonaro é golpista infame que nunca aceitou os resultados democráticos das urnas. Um destrambelhado chefe da nação que fez pouco caso da pandemia e do uso das vacinas.

A brutal indiferença e a insensibilidade da gestão Bolsonaro diante dos graves e imensos problemas do Brasil foram assustadoras e cruéis. A pandemia matou no Brasil centenas de milhares de pessoas, inclusive crianças.

Além de tudo isso, as provas dos autos que condenaram Bolsonaro são abundantes. Portanto, presidente Trump, pare de permitir ser usado como um tolo.

SENDO USADO – Inacreditável como você, o governante mais forte do planeta, se deixa usar pela dupla cretina de almas penadas, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que são intolerantes, mentirosos, recalcados e levianos. Não é possível que a embaixada norte-americana em Brasília também seja dominada por pinoias da laia de Eduardo e Figueiredo.

O Brasil faz questão de ser um país democrático. Com três Poderes fortes e unidos. A liberdade de expressão existe em todos os segmentos da vida brasileira. Porém não admite ser ultrajada por covardões engomados, demagogos e oportunistas fantasiados de isentos.

Apareça. presidente. O brasileiro é hospitaleiro. Venha conhecer nossas belezas naturais, nossa encantadora Amazônia. Venha apertar as mãos dos nossos homens públicos. Costumam acertar e também errar.  Como você está farto de saber. Abraços.

Após voto de Fux, Tarcísio retoma articulação em Brasília para blindar Bolsonaro

PT mira Tarcísio em propaganda e vincula governador a Trump, milionários e tarifaço

Polícia Federal abre inquérito após surgirem ameaças ao ministro Flávio Dino

Pedido acontece após o voto do ministro no julgamento do STF

Deu no Terra

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar os responsáveis por ameaças de morte contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, publicadas nas redes sociais após seu voto pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento da suposta trama golpista.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, o diretor-geral da corporação, delegado Andrei Rodrigues, recebeu um ofício de Dino, no qual ele afirma ser alvo de “ameaças graves” contra sua integridade física e até contra sua própria vida.

ATAQUES – “São milhares de postagens em redes sociais incentivando ataques letais ao ministro e a seus familiares, bem como a destruição do STF. A representação busca garantir que a PF adote todas as medidas cabíveis para identificar os autores das gravíssimas ameaças”, informou a assessoria do ministro.

O magistrado afirmou que é necessário que os responsáveis sejam identificados e alertou que essas mensagens circulam no momento em que grupos de extrema direita brasileiros divulgam postagens com referência aos recentes protestos no Nepal e expressam o desejo de que revolta semelhante aconteça contra o STF.

VOTO – Na terça-feira, Dino votou para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e os demais seis réus da trama golpista. Ele também afirmou que Bolsonaro e Braga Netto eram os líderes da trama golpista e que a Constituição veda a anistia a crimes contra a democracia. O ministro ainda rebateu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que afirmou que o ministro Alexandre de Moraes promove uma “tirania”.

O Nepal viveu nesta semana uma onda de protestos sem precedentes, liderada por jovens da chamada “Geração Z”, que tomou as ruas contra a desigualdade social, a corrupção e o bloqueio das redes sociais imposto pelo governo. Em apenas dois dias, a revolta transformou Katmandu em cenário de caos: prédios governamentais, casas de ministros, o Parlamento e até a Suprema Corte foram incendiados.

AGRESSÕES – Autoridades foram agredidas pela multidão e o primeiro-ministro Khadga Prasad Oli acabou renunciando diante da pressão popular. O estopim da revolta foi a decisão de restringir o acesso às plataformas digitais, usadas pelos jovens para denunciar a ostentação da elite política em contraste com a pobreza generalizada.

Hoje, um em cada cinco nepaleses vive abaixo da linha da pobreza e 22% dos jovens estão desempregados. Com escândalos de corrupção e impunidade recorrentes, a mobilização ganhou força e expôs a fragilidade de uma democracia ainda recente — instaurada apenas em 2008, após a abolição da monarquia — e que segue marcada por instabilidade política e econômica.

Congresso divide-se: PL pressiona por anistia ampla, mas Senado sinaliza recuo

Agora vem aí a vexatória anistia que Tarcísio quer aprovar no Congresso

Anistia | Charge | Notícias do dia

Charge do Frank (Arquivo Google)

Nélio Jacob

Com o anúncio da condenação de Jair Bolsonaro, os parlamentares da direita agora contam com o apoio do governador paulista Tarcísio Freitas para votarem a anistia beneficiando os golpistas, que cometeram o pior crime contra uma nação. Eles não apresentam um projeto para o Brasil e só criam leis em causa própria e em favor da impunidade.

Eles sabem que são projetos e emendas inconstitucionais, a serem barradas pelo Supremo, mas não importa, vale pela esculhambação que criam.

PRIVATIZAÇÃO – Toda vez que Bolsonaro precisava de dinheiro, Paulo Guedes vendia um ativo importante da nação. A Eletrobrás, empresa lucrativa, foi vendida a preço de banana no final de seu governo para ter dinheiro para campanha e fechar a conta fiscal.

A Liquigás e a BR Distribuidora foram privatizadas sem haver necessidade. Aliás, foi o mesmo método usado por Tarcísio Freitas e Cláudio Castro, levando o abastecimento de água a um preço abusivo em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Água e luz são um bem essencial e de utilidade pública, não é para enriquecimento de empresário da iniciativa privada, que não tem compromisso com o social, seu compromisso é o lucro.

INVESTIMENTO – A Petrobrás está fazendo um investimento grande na Reduc para produzir óleo diesel e reduzir a importação. Em 2025 está voltando à distribuição de gás de cozinha para baratear o preço.

Água, luz, gás de cozinha e transporte tiram a maior parte do salário mínimo. Tarcísio de Freitas, disse à Faria Lima que vai privatizar a Petrobrás. Se eleito vai ser igual ou pior que Bolsonaro, pois é mais inteligente e truculento.

Lula não é o presidente ideal, comete alguns erros que todos presidentes cometem, o que é normal, pois a complexidade de governar um país como o Brasil é complexa, ainda mais com esse Congresso dominado pela direita.

MUITO MELHOR – Entretanto, Lula é MUITO melhor do que qualquer candidatos da direita. Se algum candidato da direita for eleito em 2026, vai desfazer todas as decisões de Lula, inclusive o acordo de investimento com a China, assim como privatizar todas empresas estratégicas e certamente fará o Brasil a ser fundo de quintal dos EUA.

O Brasil tem de aproveitar a oportunidade que Trump deu e se tornar independente dos EUA. Na Presidência, Lula pode aproveitar o bom relacionamento que tem com todos os países, com poucas exceções, e viajar pelo mundo, vendendo e comprando.

Será a melhor resposta ao Trump, que é metido a imperador do mundo.

O amor e as chuvas de verão, na genialidade de Fernando Lobo

Com o neto Bernardo e o filho Edu Lobo

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, radialista e compositor pernambucano Fernando de Castro Lobo (1915-1996), ao compor “Chuvas de Verão”, retratou na letra o clima de confissões amorosas que prolongavam ou encerravam romances iniciados nos ambientes das boites dos anos 40 e 50.

A música, gravada originalmente por Francisco Alves, em 1949, pela Odeon, talvez não se tornasse um clássico, conforme reconheceu o próprio Fernando Lobo, não fora a versão gravada por Caetano Veloso, vinte anos depois.

Caetano Veloso juntou a beleza já existente na composição ao clima de rompimento amoroso, com uma delicadeza de tratamento que faltou à gravação original; a canção tem seu momento culminante no verso que repete o título, definindo com lirismo e precisão a transitoriedade dos romances de ocasião.

CHUVAS DE VERÃO
Fernando Lobo

Podemos ser amigos simplesmente
Coisas do amor nunca mais
Amores do passado, no presente
Repetem velhos temas tão banais

Ressentimentos passam como o vento
São coisas de momento
São chuvas de verão
Trazer uma aflição dentro do peito.
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão

Estranha no meu peito
Estranha na minha alma
Agora eu tenho calma
Não te desejo mais

Podemos ser amigos simplesmente
Amigos, simplesmente, nada mais       

Pesquisa Datafolha: aprovação de Lula sobe em meio ao julgamento de Bolsonaro e ataques de Trump