Pedro do Coutto
Os advogados que defendem no processo das joias o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro, respectivamente Cezar Bitencourt e Paulo Amador Cunha Bueno, e também com a participação sempre surpreendente de Frederick Wassef, na verdade, montaram um20 verdadeiro teatro de absurdos na tentativa de defender o ex-ajudante de ordens e o próprio ex-presidente da República da acusação de venda ilegal de joias nos Estados Unidos numa sequência impressionante de ultrapassagens legais.
O advogado Cezar Bitencourt iniciou a montagem do teatro com uma entrevista à Veja na quinta-feira, onde ameaçava que Mauro Cid estava disposto a confessar ter vendido o relógio Rolex e entregue o dinheiro a Bolsonaro. Nesta altura, entrou em campo o advogado Paulo Amador Cunha Bueno. Ele disse que falou rapidamente com Bitencourt, que então reapareceu na noite de sexta-feira na GloboNews recuando de suas declarações iniciais gravadas pela Veja, e afirmando que o tenente-coronel não iria denunciar o episódio, mas sim explicar.
TESE CONTRADITÓRIA – A explicação não servia para Paulo Amador Cunha Bueno. Tanto assim que em uma longa entrevista à Natuza Nery e Andréia Sadi Cunha Bueno desenvolveu uma extensa tese, sustentando que o ex-presidente da República, com base na lei, poderia vender os presentes valiosos. Se a lei permitia, e Bolsonaro podia comercializar as joias recebidas de presente, por que ele insistiu na negativa em relação a tal transação? Se era legítima, não havia motivo para negar a ação.
Mas nada disso o advogado levou em conta. Está evidente que houve uma combinação com a entrada em cena de Paulo Amador da Cunha Bueno, revelando a preocupação de Jair Bolsonaro com a possibilidade de confissão de Mauro Cid. O absurdo montado por Cezar Bitencourt, Paulo Amador Cunha Bueno e com a participação de Frederico Wassef, que saiu espontaneamente do Brasil para recomprar o relógio Rolex, evidencia que Bolsonaro está envolvido numa teia de contradições e enigmas.
No O Globo, edição deste sábado, a repórter Paolla Serra escreve uma excelente matéria sobre o assunto, e Natuza Nery e Andréia Sadi foram testemunhas, na sexta-feira, das contradições apresentadas por Cezar Bitencourt e Paulo Amador Cunha Bueno. Elas não aceitaram as versões fantasiosas, e ambos saíram mal na cena.
ELETROBRAS – Numa entrevista a Manuel Ventura e Thiago Bronzatto, O Globo, o ministro Alexandre Silveira afirmou que o MInistério de Minas e Energia não chegou a nenhuma conclusão sobre o apagão que atingiu uma grande parte do país, acrescentando que governo está sem quase interlocução com a Eletrobras.
Se o Ministério de Minas e Energias, ao qual a Eletrobras está vinculada e subordinada, afirma que a sua direção não tem quase interlocução com o governo Lula da Silva, a Diretoria da Eletrobras tem que ser substituída. Não é possível que uma empresa, na qual o governo detenha 42% das ações, se recuse a ter diálogo com o Poder Executivo.
CRITÉRIO – Estranha a afirmação do ministro, pois não está acompanhada de nenhuma ação junto ao governo para restabelecer a interlocução. Também não é possível que, com 42% das ações da Eletrobras, o governo tenha apenas 10% dos votos nas assembleias. Na minha opinião, o Supremo vai restabelecer o critério lógico de votação.
Silveira não descarta a possibilidade de sabotagem, o que é muito grave e também um erro do Operador Nacional do Sistema. A responsabilidade é do ONS, pois se a entidade tem a tarefa de operar o sistema nacional,é evidente que, se operou errado ou se existiu a má intenção, a responsabilidade é sua.
O STF e o TSE fizeram pior em relação ao descondenado e serviçal Barba, ou não?
Schossland, o sr. Pedro do Coutto fará “cara de paisagem” com respeito a sua pergunta. O CONDENADO não ganhou a eleição, a turma dos tribunais, que você mencionou acima, ganhou para ele.
“Eleição não se ganha, se toma”
“Vencemos o bolsonarismo”
Parabéns, Pedro do Coutto: pela CORAGEM em se contrapor aos interesses de criminosos milicomilicianos!
Obs. Os delirantes e verborrágicos defensores neofrotistas continuam a entupir os espaços de comentários até como forma de desestimular pensamentos contrários. Vã ilusão.
Entre milicomilicianismo e Lulocleptocracismo, prefiro o meu país livre e administrado por mandatários qualificados, com abnegação e espírito público, inteligência que anda escassa, assim como o amor à pátria.
Cabe lembrar que estamos nas terras nas quais mentiam que não havia petróleo.
Natuza Nery? hahaha, o Pedro do Coutto foi amarrar o seu burro na pena de aluguel do bordel petralha, a rede globo-lixo.
Sobre os aspectos legais dos presentes perssonalíssimos, inclusive já apresentados aqui na Tribuna, o jornalista Pedro do Coutto parece o diabo fugindo da cruz.
Que tal estender o pedido e pedir também a quebra dos sigilos dos advogados do matador do PSOL, Adélio Bispo. Eu sou a favor da quebra de sigilos de ambos.
PF deve pedir quebra dos sigilos de Wassef | BandNews TV
https://www.youtube.com/watch?v=TXK78fD4IVY
Parabéns mestre Pedro do Couto, pela exposição da compra e venda de jóias do acervo da União.
Parece uma operação das Organizações Tabajaras
Uma trapalhada atrás da outra.
Se os presentes eram de natureza personalíssima, pertencente ao presidente, conforme o argumento do defensor de Bolsonaro, o advogado Paulo Bueno, qual a razão de vender as jóias nos EUA, receber em espécie e entregar o dinheiro para o retentor das jóias. E depois, recomprar as jóias para entregá-las ao TCU, operação realizada pelo advogado Frederico Wassef, que confessou tudo depois de ter afirmado que não sabia nada das jóias e teve a cara de pau de dizer, que pagou a recompra do próprio bolso, no valor de 300 mil reais.
Esse episódio das jóias, creio, que é de menor potencial ofensivo, se comparado com a trama golpista, preparado desde 2021, quando a turma do golpe, perc Bru através de pesquisas qualitativas, que Bolsonaro iria perder a reeleição.
Por que? Por causa dele mesmo, que assustou as forças vivas da nação. Primeiro, com sua atuação na Pandemia, na qual desacreditou das Vacinas, apostando todas as suas fichas no remédio ineficaz, a Cloroquina. Tentou emplacar uma bobagem, chamada de Imunidade de Rebanho. Um desastre.
Depois começou um ataque sistemático contra as Urnas Eletrônicas e tentou desacreditar os Ministros da Suprema Corte e ameaçar o Tribunal de todas as formas, inclusive tentou aumentar a composição do Colegiado, de 11 ministros para 16, para nomear mais cinco e assim controlar o Judiciário, mesma receita autoritária de Nicolas Maduro, o ditador da Venezuela. O Brasil, se Bolsonaro fosse reeleito, seria transformado num Venezuelão, elevado a enésima potência.
A trama macabra golpista, envolveu oficiais militares de alta patente da PM de Brasilia ( Comandante da Corporação e coronéis dos Batalhões da Capital), que estavam envolvidos nas ações para facilitar a invasão dos vândalos no quebra quebra do dia oito de janeiro. A torcida era para tudo dar certo, ou seja, que houvesse mortos e feridos e assim, através de uma GLO, as Forças Armadas entrariam em cena, colocando Bolsonaro como Interventor, para voltarem ao Poder, repetindo o Golpe de 1964. Isso foi descoberto no grupo de mensagens dos coronéis da PM de Brasília.
O Poder seria tomado por um grupo de coronéis da PM e de Coronéis golpistas do Exército, uma minoria é claro, que excluiria os generais do futuro governo ditatorial.
Vemos hoje, que transborda das investigações da PF, que o objetivo não era o Bem do Brasil e sim o enriquecimento ilícito as custas do Estado, sem que houvesse nenhuma oposição das Instituições republicanas, o Judiciário, o Ministério Público e o Legislativo. Os atos Institucionais, que estavam preparados, para serem editados, impediam a livre reunião, censura a imprensa, cassação dos ministros do STF e do TSE e fechamento do Congresso por tempo indeterminado.
Que horror macabro!
O Coronel Naime, comandante da PM e um dos militares de alta patente presos, fez escolta de 1 milhão de reais, de São Paulo para Brasília em operação de lavagem de dinheiro, usando o aparato da Corporação bancada pelo Estado, para fins pessoais. Isso é muito grave, e exige punição severa : expulsão dos quadros da PM e perda da patente.
Todos os militares das Forças Armadas, envolvidas no planejamento e na execução da tentativa de golpe, também precisam passar pelo competente Inquérito Policial Militar, para investigar suas condutas delituosas, de conspirar contra o Estado, a Instituição Militar e a quebra da Hierarquia. Muitos desses militares, chamavam os generais do Alto Comando de ” melancias” e insuflaram os oficiais com comando de Batalhões para prenderem os generais resistentes ao Golpe e assumirem o Comando da Revolução Golpista. Isso foi escrito e comunicado nas redes sociais, com todas as letras.
Essa loucura não pode passar batida, sem nenhuma punição. Porque pode passar a impressão na tropa e na sociedade, que o crime compensa, pois afinal, ninguém é punido e uma possível Anistia, três anos depois, quando tudo cair em esquecimento, está no radar de gregos e troianos.
Seria cômico se não fosse trágico, essa tragédia da vida brasileira, que já nasceu com um golpe de Estado, em 1889, fim do Império e o nascimento da República. De lá para cá, os Golpes de Estado se tornaram uma repetição enfadonha. 1889, 1930, 1964 entre tantas quarteladas, que foram repelidas. De tentativa em tentativa, eles acabam quebrando o brinquedo da Democracia. Quebrado o brinquedo acaba a brincadeira e lá vamos nós de novo, amargar a tristeza de uma prisão injustificada e até torturas de covardes psicopatas, que têm o maior prazer de ver seus irmãos da pátria sofrerem. Para que? Para nada. No final de tudo, todo mundo morre. Ninguém fica para a semente, por mais que tenham acumulado fortunas nos bancos e offshore no exterior, fogo Paraísos Fiscais.