“Celso de Mello lembra a Lula que no país as instituições jamais privilegiam o sigilo”

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Todas as sessões devem ser públicas, afirma Celso de Mello

Rayssa Motta e Fausto Macedo
Estadão

O ministro aposentado Celso de Mello, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se uniu ao coro de críticas dirigidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista defender nesta terça-feira, 5, o sigilo nos julgamentos da Corte.

Para o ministro, as sessões e votos no STF devem ser públicos, como já ocorre, com transmissões ao vivo dos julgamentos pela TV Justiça e documentos disponíveis para consulta no portal institucional do tribunal. “A Constituição da República não privilegia o sigilo”, afirma.

MAIOR LEGITIMIDADE – Celso de Mello passou 31 anos no Supremo e avalia que a transparência ajuda a conferir ‘legitimidade’ às decisões judiciais.

“Os estatutos do poder numa República fundada em bases democráticas não podem privilegiar o mistério, porque a supressão do regime visível de governo, que tem na transparência a condição de legitimidade dos próprios atos, sempre coincide com tempos sombrios e com o declínio das liberdades fundamentais”, acrescenta o ministro, que declarou voto em Lula na última eleição.

“Sempre enfatizei, em decisões proferidas no Supremo Tribunal Federal, que o estatuto político brasileiro —  que rejeita o poder que oculta e que não tolera o poder que se oculta —  consagrou a publicidade dos atos estatais, como as decisões judiciais, como expressivo valor constitucional, incluindo-o, tal a magnitude desse postulado, no rol dos direitos , das garantias e das liberdades fundamentais!”, destacou o ministro aposentado.

2 thoughts on ““Celso de Mello lembra a Lula que no país as instituições jamais privilegiam o sigilo”

  1. Como sempre, o presidente facínora só vê o lado dele próprio. Como o recém nomeado, por ele, ministro do STF não tem votado conforme a cartilha da militância petelhista, por que não tornar os votos dos ministros secretos?

  2. STF valida possibilidade de desapropriação de terras produtivas

    Corte confirma dispositivos da Lei da Reforma Agrária que permitem a desapropriação de terra que não cumpriu sua função social.

    Podem zurrar e negar, isso ocorre em certos regimes políticos (democráticos é que não são). E o povo, estúpido, aplaude e espera pela remota picanha. Mas a estupidez maior é a função social: basta haver um só empregado e estará caracterizada a geração de emprego. “Ah, mas o MST pode discordar”. Aí, danou-se.

    Veja: https://www.poder360.com.br/justica/stf-valida-possibilidade-de-desapropriacao-de-terras-produtivas/
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