Vicente Limongi Netto
O valoroso repórter (como ele próprio se denominava) era o decano do jornalismo mundial e partiu com 100 anos de idade. Hoje, dia 17, nosso eterno e saudoso Hélio completaria 103 anos de idade. Até o fim, não deixava de escrever no blog e dava entrevistas a cineastas, estudantes e pesquisadores.
Helio Fernandes foi o jornalista que mais vezes esteve preso ou detido para averiguações no regime militar, confinado três vezes – em Pirassununga, Campo Grande e Fernando de Noronha.
JULGADO NO STF – Foi também o único jornalista a ser julgado no Supremo, quando o presidente João Goulart quis prendê-lo por divulgar um documento secreto do Exército, sem revelar sua fonte, que tinha sido o general Cordeiro de Farias.
A vida inteira ele defendeu a liberdade de imprensa e a democracia. Jamais se submeteu aos caprichos de poderosos de plantão. Por décadas foi conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa.
Escrevia com coragem, destemor e isenção. Sobre todos os assuntos. Tinha memória privilegiada.
Oportunistas e demagogos tinham pavor das verdades e denúncias de Helio Fernandes, que não se intimidou nem mesmo quando falsos democratas jogaram bombas no prédio da Tribuna da Imprensa, em 1981.
FILHOS NOTÁVEIS – Detalhe importante: o mestre teve três filhos jornalistas, que também se destacaram na profissão. Helio Fernandes Filho, que foi vereador e diretor-executivo da Tribuna da Imprensa; Rodolfo Fernandos, respeitado e qualificado diretor de redação de O Globo; e Ana Carolina Fernandes, premiada fotógrafa da Folha. Os outros dois, o cineasta Bruno Fernandes e Isabela, produtora cinematográfica.
Helio Fernandes foi um patriota autêntico, que lutou até o fim pelos interesses nacionais. Seu jornal, a Tribuna da Imprensa, foi o único que ficou sob censura no regime militar por dez anos, de 1968 a 1978.
Seu exemplo para sempre há de ser lembrado.
Bonito gesto senhor Limongi.
Realmente o Hélio Fernandes,foi um guerreiro das causas nacionais.
Sem dúvida, Hélio Fernandes foi um dos grandes jornalistas do Brasil.
Hélio Fernandes e Carlos Lacerda apoiaram o golpe de 64, quando souberam que não ia haver mais eleições, viraram-se contra o golpe, por isso passaram a ser perseguidos pela ditadura; Hélio Fernandes foi o que mais sofreu com prisões e a Tribuna da Impressa sofreu atentado.
Hélio Fernandes passou a ser a voz dos democratas contra a ditadura, o que motivou a perseguição e prisões contra ele.
Se fosse vivo hoje, com certeza, estaria do lado da democracia e talvez usasse a frase que costuma dizer contra os criminosos da pátria: ” deveriam pegar prisão perpétua e no final serem fuzilados”
Foi adversário de Brizola, mais tarde os dois fizeram as pazes e tornaram-se amigos.
Jornalista e políticos inteligentes que querem o bem do Brasil, é assim que agem, sem ideia fixa, pois a cada momento, é um momento diferente.
Hélio Fernandes, sempre lutou pelos interesses do Brasil e do povo.
Que Deus o tenha num bom patamar espiritual.
Foi e será um dos maiores jornalista de nossa época,
Grande e injustiçado Hélio, que morreu sem ter sido indenizado pela destruição das oficinas da Tribuna pelo regime militar. Sua memória sobrevive também nos esforços do nosso amigo Carlos Newton para manter vivo o espírito do jornalismo aberto e desassombrado. Parabéns, Limongi, pela lembrança!
obrigação prazerosa, Hélio precisa ser sempre reverenciado. faz falta na trincheira do verdadeiro jornalismo. Merecia um busto, na sede da ABI, entidade que honrou, dignificou e defendeu durante décadas.
Diante da inexplicada “e l á s t i c a eterna idade”, Vo Helio, continua de parabens!
A combatividade de Hélio Fernandes sempre me agradou desde os meus tempos de adolescente e até me inspirou mesmo a tornar públicas minhas garatujas hodiernas. Que sirva de exemplo para muitos os que estão ai,,,
Me deliciava em 1991 para frente, ao ler o jornal impresso Tribuna da Imprensa.
Todos os artigos eram sensacionais. Ele mostrou a vergonhosa entrega da Vale do Rio Doce, da Celma, da estatal especializada em fibra ótica, que não lembro o nome, a tentativa de mutilar e anemizar a Petrobrás para entrega-la de ‘mão beijada’.
Ainda sinto “asco” quando ouço o nome do Fernando Henrique Cardoso, o brasileiro que o HF, provava ser pior, muito pior do que Joaquim Silvério dos Reis (que nem brasileiro era) e de que Calabar que entre um colonizador e outro, escolheu um lado, não o de Portugal e sim ficar ao lado dos Holandeses.
PS: Quando o FHC foi tomar chá com a rainha Elizabeth, ficou tentando equilibrar aquele chapelão exatamente como um “bobo da corte” e doeu, porque ele estava nos representando, os brasileiros que nem enforcaram e esquartejaram o infame.
Bela,oportuna e justiça homenagem de Vicente Limongi Netto.
grato pelo carinho de todos. hélio foi-é referência para todos nós, defensores da democracia e da pátria.