Ricardo Rangel
Veja
“’O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado”, declarou o governador Claudio Castro — ao mesmo tempo que o crime organizado, indiferente, seguia desafiando o poder do Estado e aterrorizando o Rio de Janeiro. Naquele instante, a contagem de coletivos em chamas continuava a subir.
O terrorismo da milícia carioca contra a população do Rio demonstraria a falência da política de segurança — se houvesse uma política de segurança. No Rio de Janeiro ou onde quer que seja.
DIREITA E ESQUERDA – A visão da direita sobre o problema é simples: a solução é baixar o sarrafo nos bandidos e vista grossa para a contaminação policial. A visão da esquerda é ainda mais simples: segurança é pauta da direita, o papel da esquerda é xingar a polícia, defender projetos sociais que nunca são realizados e fazer o possível para fugir do assunto.
Quando as milícias surgiram, a visão de grande parte da população foi simples: a milícia é benigna e pode ajudar no combate à violência dos traficantes. Faltou combinar com a realidade, que não é simples, de modo que o problema não para de se agravar.
A milícia é, de longe, o maior problema do Rio. Não apenas maior, mais capacitada e mais nociva do que os traficantes, a milícia tem tentáculos que vão muito mais longe. Há milicianos nas Câmaras de Vereadores, na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Contas do Estado e no Executivo estadual.
CHEFÃO DEPUTADO – No ano passado, o estado elegeu para a Câmara Federal um dos chefes de uma das milícias mais fortes do Rio (de quebra, elegeu também um membro de uma das principais famílias atuantes no jogo do bicho).
Claudio Castro, que não tem secretário de Segurança, trocou recentemente seu secretário de Polícia Civil — apenas 15 dias após dar posse ao anterior. O motivo? Pressão de deputados estaduais.
Os deputados fluminenses gostam muito de nomear comandantes de batalhões da PM, delegados da Polícia Civil e secretários da segurança (ou das polícias). Por que será?
LULA SE ESQUIVA – Castro não é a única autoridade acuada e atônita, sem saber o que fazer. O governo federal já disse que o problema da violência é estadual (é mentira, e de muitas maneiras), que está cumprindo com sua parte (também mentira), que não vai interferir, que não vai deixar a população do Rio sozinha, que estuda operação militar.
Plano, que é bom, não tem nenhum. E como não tem, anunciou uma única medida concreta (a mesma anunciada, em outras circunstâncias, há três semanas): vai mandar mais dinheiro e mais recursos para o Rio.
Ou seja, na dúvida sobre o que fazer, os governos vão fazer mais do mesmo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Sinceramente, é praticamente impossível encontrar alguém que acredite no sucesso de qualquer programa governamental contra o crime aqui no Brasil. Como dizia Darcy Ribeiro, “se não construirmos escolas, teremos de construir presídios”. Sua previsão foi acertadíssima, mas somente Brizola deu ouvidos ao grande educador e antropólogo. Os demais políticos fingem que não estão nem aí… (C.N.)
E eu aqui todo inocente achando que milícias eram ligadas ao bolsonarismo…
“’O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado” Que poder é esse do Estado? É o poder de impor ao trabalhador os impostos para sustentar a máquina; É o poder de coagir o proprietário de automóvel por não ter pago o IPVA; É o poder para cobrar o IPTU dos donos de imóvel; É o poder para dizer não ao trabalhador, quando cobra melhorias de trabalho. Mas esse poder se anula quando é para fazer o dever de casa, promovendo segurança, saúde e educação. Acredito que já é hora de discutirmos esse modelo de Estado.
VERDADE SEJA DITA, JUSTIÇA SEJA FEITA. Faz-se necessário dizer que estamos cercados por uma problemática que que nem mesmo a famigerada ditadura militar, armada até os dentes, com os seus famigerados “Esquadrões da Morte”, conseguiu resolvê-la, não obstante 21 anos de governos consecutivos, fato que muito contribuiu para o acúmulo da problemática tratada à moda enxugar bola de gelo que virou um gigantesco iceberg, com o militarismo passando ao partidarismo o bastão de república dos me$mo$, face ao seu retumbante fracasso no comando da bagaça e o aumento da corrupção até mesmo dentro das forças armadas, de modo que, há muito tempo, há décadas, no mínimo há 30 anos, estamos passando da hora de discutirmos, todos juntos e misturados (sociedade e políticos, “nossos representantes”, direita, esquerda e centro, à paisana e fardados) o sistema forjado, protagonizado e desfrutado pelos me$mo$, há 133 anos, e o estado de coisa$ e coiso$ gerado pelo dito-cujo, para que todos juntos e misturados façamos aquilo que deve ser feito, como dever de casa de todos e todas, antes que o velho caminho nos transforme num Brazuela ou coisa ainda pior tipo Haitibras, sendo nosso dever, pois, enquanto sociedade dizermos, realmente sem medo de ser feliz, o quê fazer pelo nosso Brasilzão, doravante, de modo a torná-lo melhor para todos e todas, como faz a Revolução Pacífica do Leão, a nova via política da verdade, há cerca de 30 anos na estrada, com o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, o novo caminho para o novo Brasil de verdade, confederativo, com Democracia Direta e Meritocracia, a nova política de verdade, com Deus na Causa, que de fato muda o percurso para nos conduzir rumo à Nova Europa Brasuca possível, com moeda própria, o Lato, capaz de competir com o dólar e o euro, e, por conseguinte, transformarmos para muitíssimo melhor, inclusive com a mudança da mentalidade arcaica, não apenas o Brasil mas tb a América do Sul e Latina, até porque a libertação de uma nação não é utopia, porque evoluir é preciso e, sobretudo, porque, em sã consciência, ninguém aguenta mais o continuísmo da mesmice dos me$mo$ que fazem do colo do famigerado centrão e da rede globo de televisão a sua zona de conforto e morada vitalícia, com os seus golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais que só fazem agravar cada vez mais a situação do Brasil e do povo brasileiro, tipo bomba-relógio cada vez mais próxima da explosão. Simples assim, claro como a luz do sol do meio-dia, sem bandidos de estimação, puxando as brasas para a sardinha certa, tal seja a mega solução, via evolução.
As narrativas vão se esgotando, não tendo como culpar Bolsonaro,(aquele genocida que matou o Mar Morto) vão no lero lero.
Na medida que tempo de governo avança e vai mostrando o rei ficando nu, os discurso vão também ficando mais vazios.
E agora PT?
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
José, no caso, continua marchando rumo à Nova Europa Brasuca, diferente do resto da patota que prefere marchar e levar consigo uma nação inteira para o fim do mundo, que atente pelos nomes de Brazuela e Haitibras.
Soluções simplistas geralmente não prestam, já dizia alguém.
Sr. Newton
“Eles” não querem enfrentar o crime pois perderiam votos e o pescoço.
Simples assim
Grande abraço.;.
AGM
Perguntas que continuam sem resposta:
1- “Como o Ministro da Justiça entrou no Complexo da Maré sem escolta especial?”
2-“Como candidato a Presidência entrou no Complexo do Alemão sem escolta especial?”
Todos coniventes!
Algumas coisas concordo com o texto, outras não. Concordo que as milícias são muito mais prejudiciais aos moradores das comunidades e ao Estado do que o narcotráfico.
Há alguns anos, encontrei um conhecido que morava numa comunidade que foi tomada da milícia pelos traficantes; pergunte a ele, se piorou a situação dos moradores, ele respondeu que não e disse: os traficantes não se mete com a gente o negócio deles é vender drogas.
Claudio Castro era bolsonarista e conseguiu eleger figuras inexpressivas politicamente bolsonaristas.
Observação: as milícias tem forte influência nas eleições do RJ
As milícias vem de longe e cresceu muito nos últimos 4 anos e com a flexibilização da compra de armas, as milícias e o narcotráfico se fortaleceram mais.
Narcotráfico e milícias são duas facções criminosas distintas, tem de ser combatidas de maneiras distintas.
O problema da insegurança no RJ, é complexa, o plano para combater esse tipos de crime tem de ser sigiloso. caso contrário as milícias e os traficantes tomam conhecimento. Os aliados dos criminosos, são muitos.
A escola de tempo integral pode colaborar muito a médio prazo no combate ao crime, haja vista que uma criança o dia inteiro numa escola tem menos probabilidade de se transforma em criminoso.
Falar é fácil, executar o combate a esses tipos de crime, é complexo, requer um série de medidas.
Tem de passar um pente fino nas polícias para separar o joio do trigo. Na situação presente a que chegaram as milícias não se pode pensar em medidas nem a médio prazo, tem de ir para enfretamento com inteligência e saber onde o dinheiro é lavado
O combate ao narcotráfico depende de vigilância, como entra e sai as drogas e onde o dinheiro é lavado.
O vil metal corrompe até quem não precisa.
Mas de quê adianta construir escolas onde não se ensina nada? Ou é a lacração pestista e nada mais. Aí o cara sai da escola como entrou, chegando à conclusão de que só perdeu tempo. E neste Dilmo 3, o Governo do Amor a única pessoa que tem projeto é a cuidadora do Stalinácio, o resto está mais perdido do que cego em tiroteio, como se dizia antigamente.
Tá tudo errado.
Governos avestruzes, com muita propaganda enganosa.
Tudo varrido para debaixo do tapete.
Com superpoderes e regalias sem fim para a inútil, perdulária, caríssima nobreza podre de rica com recursos públicos e corrupção endêmica do Judiciário e do Ministério Público que não servem ao povo, ao país, à Lei, mas apenas aos seus próprios interesses pessoais e corporativistas superprotegidos.
Rio de Janeiro de todas as múltiplas facções e dissidências de milícias, sempre em pé de guerra, está seguro?
São Paulo-PCC está seguro?
O Ceará-CV está seguro?
O Rio Grande do Norte-Sindicato do Crime está seguro?
O barril de pólvora que é o abandonado entorno de Brasília está seguro?
Amazonas, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, em todas as regiões o crime está tomando conta.
Sobra Estado em carga tributária e em uma corte excessivamente cara.
Falta Estado no mínimo existencial da sociedade: segurança, em seu nuclear conceito de sobrevivência, de integridade, do direito de ir e vir e trabalhar e produzir e investir, de viver com nossas famílias e empresas.
Sobretudo, falta ao Brasil segurança jurídica.
Não sou o Van Helsing caçador de bruxas e de vampiros, mas essa justiça que está aí tem o pé sujo da lama do dilúvio.
“’O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado”
Estado.???
eh!eh!eh
Piada do Ano….
Com um (des)governador desse e um Sinistro da Balança, o crime organizado deita e rola , manda e desmanda, e a dupla vai ficar com esse papinho que não mete medo em nenhum narcopetralhamiliciano……
Demais da Conta.
Alô Cabral…!!!