Lourival Sant’Anna
Estadão
Este momento da guerra entre Israel e o Hamas conduz a três perguntas fundamentais. Quais as parcelas de responsabilidade de cada lado no atual sofrimento da população da Faixa de Gaza? Qual o risco de a guerra se expandir? Quanto esta crise inviabiliza ou impulsiona um futuro Estado palestino? As três questões estão interligadas.
Os palestinos têm muitos motivos para frustração e revolta: a ocupação militar e a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia; a garantia pelas forças israelenses do acesso de judeus ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa e as frequentes interdições de fiéis muçulmanos; a disseminação da presença judaica no bairro árabe da Cidade Velha de Jerusalém; o bloqueio à Faixa de Gaza.
HAMAS DÁ MOTIVOS – Entretanto, desde que surgiu, em 1987, o Hamas canaliza esse ressentimento de uma forma que apenas impede que se encontre uma solução para esses problemas, ao proporciona a Israel pretextos para manter essa política expansionista e reforça as correntes extremistas da política israelense.
Esta é a quinta guerra com Israel que o Hamas provoca desde sua chegada ao poder em Gaza, em 2007, sempre causando enorme sofrimento para os palestinos. O sofrimento impingido por Israel agora é tanto maior quanto a brutalidade das atrocidades cometidas pelo Hamas no dia 7 e a barragem de foguetes desde então.
O Hamas se mistura à população civil com o propósito perverso e covarde de elevar o preço político das respostas israelenses a seus ataques.
TESTEMUNHO – Eu presenciei em Gaza elementos do Hamas emergindo por um alçapão do subterrâneo do pátio de um hospital. Fui visto filmando foguetes disparados de área residencial e homens encapuzados do Hamas invadiram à meia-noite o apartamento onde eu estava para examinar minha câmera.
A tomada de mais de 200 reféns pelo Hamas, outro ato de perversidade e covardia, também reduz a margem de ação de Israel. Tudo isso é responsabilidade do Hamas.
Por outro lado, é compreensível o desejo de Israel de aniquilar o Hamas, depois do que o grupo fez. Mas Israel tinha um leque de opções militares. A carga explosiva dos mísseis disparados pelos caças israelenses produz necessariamente a morte de grande número de civis. Existem mísseis menores, que permitiriam ações mais cirúrgicas.
VIGILÂNCIA PERMANENTE – Sei que isso soa improvável, diante da incompreensível falha de inteligência e de resposta militar que permitiu as incursões permanente – 7 de outubro do Hamas, mas Israel mantém minuciosa vigilância sobre a Faixa de Gaza, por meio de radares, balões, drones, aviões e satélites.
Os túneis são um imenso complicador, mas Israel estaria realizando bombardeios às cegas se não fosse capaz de acompanhar os movimentos do inimigo. Os porta-vozes militares israelenses garantem que estão disparando contra elementos do Hamas.
Mesmo para perfurar túneis não é necessário abrir crateras tão grandes como as que os mísseis israelenses estão abrindo, matando dezenas de civis. Em alguns casos, tapetes de bombas têm arrasado quarteirões residenciais inteiros. A responsabilidade por essas decisões operacionais é de Israel.
CULPA DE ISRAEL -Quanto mais despropositada a resposta, maior a tendência não só dos palestinos mas de todo o mundo árabe-muçulmano de responsabilizar Israel, e não o Hamas, pelo sofrimento dos civis. Isso alimenta a radicalização e diminui ainda mais o espaço para uma solução negociada.
Não interessa ao Irã envolver o Hezbollah em grande escala. O Irã está próximo de seu principal objetivo estratégico — a arma nuclear. Israel pretende negar ao Irã essa capacidade.
O Hezbollah é um importante ativo dissuasório e tático contra eventual ação de Israel. Provocar Israel a destruir o Hezbollah agora, com ajuda americana e britânica, seria contraproducente.
MAIS TERRORISMO – A brutalidade dos bombardeios de Israel cria o terreno fértil para mais terrorismo, anti-semitismo e islamofobia, numa espiral que se retroalimenta. Abre caminho também para mais ataques de grupos externos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah no Líbano, milícias árabes e iranianas na Síria e no Iraque e os houthis no Iêmen.
Nada disso significa que Israel seria diretamente responsável pelas ações de todos esses atores. Assim como os militares israelenses respondem por suas decisões táticas e operacionais, também o Irã e esses grupos devem responder pelas deles.
Mas alguém tem de ser moral e politicamente capaz de romper essa espiral. Mas não tem sido essa a tradição do Oriente Médio.
NÃO TEM justificativa para terrorismo!
Boa matéria embora o articulista não entenda bem a correlação de forças existentes no mundo hoje.
Somente estados dominados por terroristas teriam a coragem suicida de iniciar uma guerra nuclear.
As bombas que os americanos jogaram no Japão foi que nenhum outro país do Eixo tinha, simples assim.
Uma guerra nuclear seria mil vezes pior que a Vitoria de Pirro.
1) O pensador indiano Jiddu Krisnamurti dizia que a terceira guerra mundial iria começar no Oriente Médio…
2) Li agora pela manhã que EUA deslocou submarino nuclear para a região do conflito… Informação do Pentágono, o submarino estava sediado na Koreia do Sul…
3) Também li agora de manhã que Biden ameaça intervir se o Iran e Hesbolah entrar na peleja…
4) Admirável mundo velhíssimo…
5) Esotéricos dizem que os continentes Atlântida, Lemúria e Mu afundaram em guerras nucleares…
6) A humanidade sempre cometendo os mesmos erros, há trilênios…
7) Os livros espiritualistas de Ramatis também falam isso…
Um palestino de 16(dezesseis) anos, esfaqueou dois cidadãos israelenses e foi abatido a tiros.
É disso que o artigo tenta mostrar.
PS: O pior cego é aquele que não quer ver.
Senhor Lourival Sant’Anna (Estadão),esquecestes de mencionar que a reação do grupo de resistência Palestino Hamas , a ocupação Israelense da Palestina por mais de 40 anos, deu uma sobrevida política ao primeiro-ministro de Israel e sua corja , que estavam tentando manietar e anular as decisões judiciais contrarias aos seus interesses , em detrimento de seu próprio país e de seu povo , por isso essa guerra caiu como a tábua de salvação , para essa corja .