José Carlos Werneck
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, reagiu à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição, pelo Senado, que objetiva limitar as decisões monocráticas da Corte. Falando na abertura da sessão desta quinta-feira, ele disse que as mudanças “não são necessárias” e que as determinações individuais são prerrogativas do Judiciário.
“Nesse momento em que o Supremo Tribunal Federal é alvo de propostas de mudanças legislativas que, na visão da Corte, não são necessárias e não contribuem para a institucionalidade do país, cabe fazer algumas reflexões objetivas”, enfatizou.
MISSÃO DO TRIBUNAL – Barroso ressaltou a missão constitucional do STF. “Trazer uma matéria para a Constituição significa, em alguma medida, tirá-la da Política e trazê-la para o Direito. Vale dizer: retirá-la do domínio das decisões discricionárias para o espaço da razão pública do Judiciário não é uma vontade do Tribunal, é o arranjo institucional brasileiro”.
Ele afirmou que respeita as instituições democráticas, mas que alterações propostas pelo Senado não estão de acordo com a Constituição.
A medida foi aprovada, em dois turnos, pelo Senado Federal. O placar se repetiu nas duas votações e o texto foi aprovado por 52 x 18 e, agora, segue para a Câmara dos Deputados.
SEPARAÇÃO DOS PODERES – Barroso também declarou ser inevitável que o STF desagrade segmentos políticos, econômicos e sociais importantes “porque ao Tribunal não é dado recusar-se a julgar questões difíceis e controvertidas”. Segundo ele, as Cortes independentes que atuam com coragem moral e “não disputam
torneios de simpatia”.
“Porque assim é, não há institucionalidade que resista se cada setor que se sentir contrariado por decisões do Tribunal quiser mudar a estrutura e funcionamento do Tribunal. Não se sacrificam instituições no altar das conveniências políticas”.
O ministro afirmou que respeita a tripartição dos Poderes, mas que a mudança proposta não está de acordo com a Constituição. “O Senado Federal e seus integrantes merecem toda a consideração institucional do STF. E, naturalmente, merecem respeito às deliberações daquela casa legislativa. Porém, a vida democrática é feita do debate público constante e do diálogo institucional, em busca de soluções que sejam boas para o país e que possam transcender as circunstâncias particulares de cada momento”.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Barroso, como sempre, foi educado e comedido. Mas Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes resolveram chamar o Congresso para sair na porrada, como se dizia antigamente. Gilmar disse que “o Supremo não é feito de medrosos e não se intimidará”, enquanto Moraes fazia coro, afirmando que “o STF não se compõe de covardes e medrosos”. Bem, isso todo mundo sabe. Se os ministros fossem medrosos, não teriam coragem para soltar Lula e abrir as portas para a candidatura dele, à margem da lei. Na minha opinião, eles têm uma coragem inaudita. (C.N.)
Eles só estão preocupados com os bol$os deles.
Ele$ $ó e$tão preocupado$ com o$ próprio$ bol$os.
Fazuéli agora, faz! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
https://www.terra.com.br/economia/tcu-autoriza-governo-a-nao-cumprir-piso-integral-da-saude-em-2023-vitoria-para-haddad,274b4f1ab699f9a1e4860694a72fc7d0w0co3zlh.html
O STF, no caso de Lula, corrigiu o erro de interpretação da CF no caso de prisão em segunda instância.
Também, tardiamente, corrigiu os equívocos do lava jatismo.
Esses foram acertos.
Hahahahaha…
Senhor Carlos Newton , infelizmente de nada adiantará fabricar/elaborar leis ou modifica-las para disciplinar a atuação dos ministros do STF e dos demais tribunais do país , se os próprios legisladores não respeitam as três premissas preconizadas na constituição do país , quanto a idoneidade , conduta ilibada , notório saber jurídico , etc… , ou seja , se continuarem a endossar e aprovar a ida de pessoas desqualificas , desonestas e de má índole para o STF e para os demais tribunais do país , indicadas pelo presidente da república.
Parem de bajular o Barroso só por que ele tem esse discurso educadinho e cheio de boas intenções.
Barroso é o mentor intelectual por trás do autoritarismo do STF. É uma pessoa com profundo desprezo pelo povo a quem considera débeis mentais que devem ser tutelados por burocratas iluminados como ele.
Barroso é o mais perigoso bandido de todos.
Esperneio $upremo
https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/luis-roberto-barroso-gilmar-mendes-pec-senado/
Perfeita a tua NR, Newton.