Escândalo! Lula pressiona a Vale para impor Mantega na direção da empresa

Lula se embanana com petróleo no Amazonas e carro popular - 23/05/2023 -  Vinicius Torres Freire - Folha

Lula pensa (?) que é o dono até das empresas privadas

Sérgio Lima
Poder360

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Vale nesta 5ª feira (25.jan.2024) ao lembrar do aniversário de 5 anos da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. A declaração vem na semana em que o petista pressiona para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como presidente da mineradora.

“Cinco anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”, disse o presidente.

Embora Lula tenha falado que a Vale “nada fez” em Brumadinho, a empresa assinou um acordo de medidas reparatórias com o Estado de Minas Gerais no valor de R$ 37 bilhões em fevereiro de 2021.

O QUE DIZ A VALE – Em comunicado divulgado em 15 de janeiro de 2024, a Vale afirma que também acertou acordos separados de indenização com 15.400 pessoas. O valor total é de R$ 3,5 bilhões.

O Poder360 procurou a Vale para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da mensagem publicada por Lula em seus perfis nas redes sociais. Aempresa respondeu que não vai comentar.

A tragédia de Brumadinho deixou 272 mortos e causou um rastro de destruição ambiental. É considerado o maior desastre humanitário da história do Brasil. As famílias cobram a responsabilização das empresas envolvidas na mineração, incluindo a Vale.

MINISTRO PRESSIONA – Executivos de grandes empresas que têm participação na Vale estão se sentindo pressionados por telefonemas do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia). Ele vem pedindo apoio para a escolha do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo de presidente da companhia.

Na próxima quarta-feira (31.jan.2024) o Conselho de Administração da Vale se reunirá para decidir se Eduardo Bartolomeo seguirá no cargo de CEO. O presidente Lula deseja que o colegiado escolha Guido Mantega.

O salário mensal no cargo é de R$ 4,9 milhões. A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, tem 8,7% de participação no controle da Vale. O governo decide a escolha da Previ, mas o peso é muito pequeno. Para completar a maioria dos votos, o Executivo conta com o apoio de outros acionistas privados ao nome de Mantega. É isso que o ministro Alexandre Silveira tem pedido.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nunca antes, na história deste país, viu-se um presidente da República pressionando publicamente uma empresa privada para dar emprego de RS 4,9 milhões mensais a um amigo que fracassou como ministro de seu governo. A que ponto chegamos! (C.N.)

16 thoughts on “Escândalo! Lula pressiona a Vale para impor Mantega na direção da empresa

  1. O que Haddad duramente consegue construir com as mãos o Lulla vem e destroi com as patas.
    Pro bem do país o Lulla não pode conseguir emplacar o incompetente do Mantega na presidencia da Vale. Se conseguir isso podemos ter certeza de que vai ser o começo do fim do seu 3º mandato.

  2. Os cumpanheros do larápio estão todos felizes com os salários que recebem. O que dizem os aúlicos, os adoradores do ladrão ? Sim, mas os militares do outro governo … Pô, está tudo errado, mas são incapazes de atacar o (m)amado guru.

  3. Sempre na história desse país o $talinacio se arvorou em avacalhar tudo que for possível.
    A única coisa que não avacalha são os hotéis de luxo onde gosta de se hospedar.

    • Acho que a maior parte desse valor são valores variáveis, como participação de lucros, distribuição de dividendos e outros benefícios que engordam a renda dos executivos, não só da Vale como de outras empresas. Desconfio que a incidência da alíquota do IR nesses disfarces é menor do que aquela que incide nos salários em geral.

      • Sim, mas não foi salário fixo. As empresas, faz tempo, adotam o pagamento de bônus para seus executivos. Através de distribuição de dividendos e de lucros. Claro que os impostos sobre esses rendimentos tem taxas menores e algumas rubricas são isentas.

  4. Às favas a boa governança

    A indicação do advogado Renato Galuppo para substituir Efrain Cruz como um dos representantes da União no Conselho de Administração da Petrobras ratifica o juízo torto do governo segundo o qual a ideologia lulopetista está acima de qualquer critério de boa governança. Galuppo foi um dos nomes rejeitados no início do ano passado na averiguação interna da companhia por descumprir normas tanto do estatuto quanto da Lei das Estatais.

    Efrain Cruz, recentemente exonerado da secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia (MME), também havia sido reprovado na análise curricular do comitê interno, assim como outros nomes indicados pela União. Para manter as nomeações, o governo Lula da Silva contou com a ajuda providencial de uma liminar do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, suspendendo restrições da Lei das Estatais que impedem dirigentes políticos e titulares de cargos públicos no alto comando de empresas sob controle da União.

    Lewandowski se prepara para assumir o Ministério da Justiça, e sua decisão liminar até hoje não foi submetida à apreciação dos demais ministros do STF, razão pela qual os indicados do governo Lula exercem sem empecilhos os cargos para os quais foram convocados. Cruz, um nome ligado ao Centrão, renunciou ao Conselho depois da exoneração no MME e está sob investigação por indícios de irregularidades quando dirigiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    No ano passado, o estatuto da Petrobras foi modificado para facilitar as indicações políticas na empresa. E assim o governo segue em sua marcha para quebrar a blindagem de governança erguida em torno da empresa depois do escândalo do “petrolão”, ocorrido nos governos de Lula e Dilma Rousseff.

    A interferência na Petrobras durante as gestões petistas alcançou um nível tão alto que pôs em risco a própria sobrevivência da empresa. O fortalecimento das normas de gestão foi a forma encontrada para garantir qualidade técnica e expertise de diretores e conselheiros e criar obstáculos ao uso político da companhia.

    Galuppo, advogado com atuação jurídica na Câmara, foi barrado no ano passado por ser filiado ao Cidadania e por não ter nenhuma experiência em uma empresa do porte e setor de atuação da Petrobras. Agora, não deve encontrar maiores dificuldades em se manter no Conselho, presidido por Pietro Mendes, que também havia sido considerado inelegível na avaliação do comitê interno da Petrobras, no ano passado, principalmente pelo conflito de interesses que representa em razão do cargo de secretário de Petróleo que ocupa no MME.

    É dessa maneira, minando por dentro a governança da Petrobras, que Lula pretende converter a empresa em agente de sua agenda política, tal como fez seu antecessor e antípoda, Jair Bolsonaro – que também insistiu na indicação de dois conselheiros que haviam sido rejeitados pelo Comitê de Pessoas da companhia por conflito de interesse. A governança da Petrobras nunca foi relevante nem para Bolsonaro nem para Lula, desde sempre interessados somente em usá-la para seus projetos de poder.

    Fonte: Estadão

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