Bruno Boghossian
Folha
Quando passou um pito em sua equipe e reclamou dos órgãos de inteligência que deveriam abastecer seu gabinete, Jair Bolsonaro pegou mais leve com um departamento específico. Na famosa reunião ministerial de abril de 2020, o presidente se queixou da Polícia Federal e das Forças Armadas, mas disse que a Abin lhe dava “algumas informações”.
Bolsonaro afirmou que a agência ainda tinha um problema de “aparelhamento”. Meses depois, o problema foi resolvido. Em julho, a Abin criou uma máquina operada por homens de confiança do diretor-geral, Alexandre Ramagem, para bisbilhotar rivais e buscar informações para proteger a família do presidente.
ARAPONGAGEM – As investigações sobre o uso do software espião FirstMile indicam que Ramagem explorou estruturas, recursos humanos e dinheiro público para “monitorar sujeitos sem qualquer pertinência com as atribuições institucionais da Abin”.
A arapongagem teria envolvido delegados, agentes da PF, servidores e um sistema comprado por R$ 5 milhões.
A máquina escolheu alvos políticos. Monitorou um jantar do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mandou um drone para a vizinhança do então governador do Ceará, Camilo Santana, e buscou elos de ministros do STF com o PCC. A qualidade do serviço parece ter levado a PF a usar a palavra “inteligência” entre aspas no relatório do caso.
CONTRA-INFORMAÇÕES – Os agentes também trabalharam para ajudar o clã Bolsonaro a fugir da polícia. Um grupo levantou informações contra auditores da Receita para anular a investigação da rachadinha de Flávio. Outro servidor recebeu ordens para buscar provas que pudessem salvar Jair Renan de suspeitas de tráfico de influência.
O ex-presidente nunca disfarçou o interesse em instalar dentro do governo um “sistema de informações” particular, financiado pelo contribuinte. Também jamais escondeu o objetivo de xeretar opositores e blindar seu grupo político.
“Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem”, avisou, naquela mesma reunião de 2020.
Fazer News e desinformação, bem próprio do con$orcio, parte da coligação partidária que oprime o país.
Que fórmula usarias, para saber os passos dos teus inimigos, sabendo de suas criminosas índoles e intenções futuras?
As duas coisas infinitas: o universo e a tolice dos homens.
A inversão de valores em curso no judiciário brasileiro e tradicional imprensa, segue, em muitos momentos, sob o signo da ilegalidade, dentro d’uma sanha persecutória ilegal e inconstitucional. Quase todos os jornais tradicionais aplaudem entusiasmadamente cada violação de prerrogativas e inquérito “sem pé nem cabeça”. As filigranas jurídicas se sucedem e, seguidamente, “o poste mija no cachorro”.
Dia desses uma jornalista de renome em programa de emissora de televisão brasileira caiu às gargalhadas debochando da perseguição ao deputado federal Alexandre Ramagem. Seus pares a seguiram num comportamento semelhante a hienas e suas risadas usadas em grupo.
Estudo feito por especialistas da University of Califorinia, em Bekeley, analisados os sons emitidos por vários animais, tem ligação direta com competição por quantidades limitadas de comida. Uma cena patética, de nervosismo entre profissionais da velha imprensa, que também atende por imprensa amestrada.
O estado emocional daquelas pessoas estava num comprometimento geral. Agitadas e irritadas revelaram um estado de excitação negativa onde as risadas saíram de controle e análises acerca do momento e circunstâncias da operação da polícia federal, perderam importância, pois o escárnio se sobrepôs ao objetivo do jornalismo que, em síntese, busca compromisso com a verdade na informação e empenho por atos e palavras, para a construção de uma nação consciente e próspera.
Se o universo e a tolice dos homens são coisas infinitas, segundo observou Albert Einstein, as coisas no país parecem não ter fim, sendo essa conclusão chancelada por um “inquérito do fim do mundo”, amplamente afrontando a Constituição Federal. Realmente a quantidade de comida, leia-se verbas públicas, rareou. A imprensa tradicional insiste em uma absurda nostalgia e aspira uma audiência que nunca mais terá e quantidade ilimitada de comida que jamais voltará, mesmo diante de risos constrangedores de grupos de hienas famintas verdadeiras alcateias sem rumo. Para os cientistas, risada de hiena não tem a ver com humor. É tudo sinal de frustração…
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=inED-vhxFUE
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/ciencia/2009/05/090512_hiena_risada_mv#:~:text=%22Frustra%C3%A7%C3%A3o%22&text=%22N%C3%B3s%20achamos%20que%20isso%20%C3%A9,da%20Acoustical%20Society%20of%20America.