“Militares que cometeram crimes precisam ser julgados na Justiça Militar”, diz Mourão

Mourão discursou no Senado contra a operação da PF

Deu na Folha de Vitória

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que o Exército brasileiro deveria ter aberto há muito tempo um inquérito para investigar militares que teriam atuado para viabilizar um golpe de Estado no País.

A declaração foi dada no dia em que a Polícia Federal deflagrou a operação Tempus Veritatis, para apurar uma possível articulação golpista no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

JUSTIÇA MILITAR – Mourão disse que os atos deveriam ser julgados pela Justiça Militar, e não pela Justiça Comum. Segundo ele, “temos militares que eventualmente podem ter cometido crimes em função militar”.

“Existe a Justiça Militar. Temos militares que eventualmente podem ter cometido crimes em função militar. O Exército deveria ter aberto há muito tempo inquérito policial militar, estar conduzindo essa investigação e, caso se comprovasse que essas pessoas tivessem cometido crime que não fosse afeto à Justiça Militar, passasse às mãos de quem estaria conduzindo o restante dos inquéritos”, disse, em entrevista coletiva com parlamentares da oposição nesta quinta.

A crítica de Mourão se alia ao discurso encampado pelos bolsonaristas de que há uma perseguição política em curso contra a direita.

LONGE DE MORAES – Destinar as investigações sobre militares que eventualmente participaram de articulações golpistas para a Justiça Militar significa tirá-las da alçada do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Mourão defendeu, ainda, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo Bolsonaro.

O ex-vice-presidente disse que Heleno “jamais compactuaria com uma Abin paralela para investigar à revelia da lei a vida de pessoas”.

CONVERSA GRAVADA – Segundo a Polícia Federal, em uma reunião realizada em julho de 2022 e gravada, Heleno disse que ‘conversou com o Diretor-adjunto da ABIN Vitor para infiltrar agentes nas campanhas eleitorais, mas adverte do risco de se identificarem os agentes infiltrados’.

“Nesse momento, o então Presidente Jair Bolsonaro, possivelmente verificando o risco em evidenciar os atos praticados por servidores da ABIN, interrompe a fala do Ministro, determinando que ele não prossiga em sua observação, e que posteriormente ‘conversem em particular’ sobre o que a ABIN estaria fazendo”, narra a PF no relatório entregue a Moraes.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A coisa está feia. Na ânsia de destruir Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes arrumou um balaio grande, onde pode caber todo mundo ao mesmo tempo. Mas a vida não é simples assim, especialmente quando se trata de denunciar oficiais-generais com base no que falaram, ao invés de investigá-los com base no que fizeram, conforme determina a lei. Mas quem se interessa pela lei? (C.N.)

29 thoughts on ““Militares que cometeram crimes precisam ser julgados na Justiça Militar”, diz Mourão

  1. Sim, inclusive o GDias, que não deixa de ser militar e teve uma participação destrambelhada no evento, parecendo ativo e subversivos COLABORACIONISTA.
    PS. Um, ou melhor muitos desastrados trapalhões!

  2. E ninguém fala em GDias, fato muito bem lembrado.
    Tudo extremamente seletivo e direcionado. Tudo uma barafunda onde o que mais aparece é ilegalidades e afronta a CF.
    Estamos juntos, mas aperte o cinto Carlos Newton, que mantém o blog sob o signo da liberdade, a aeronave chamada Brasil tem no controle um piloto destrambelhado e que pode jogar o avião contra o solo para por fogo no parquinho.

  3. Sr. Newton

    Com toda essa esculhambação no Páis, o caso da Marielle sumiu dos notíciários.

    Ninguém comenta mais nada.

    Nem a Maior Baleia Assassina do Brasil, silêncio total..

    Marielle sumiu da Mídia “meteoricamente!”.

    Vapt.!Vupt.!…..

    E o salário, ó…..

    Grande abraço…

  4. ESQUECIMENTO –

    Um dos problemas de Moraes é a memória curta. Esquece, por exemplo, que Bolsonaro simboliza um sentimento anti-Lula que é consensual nas Forças Armadas.

    Os militares somente permaneceram quatro anos coesos com Bolsonaro por dois motivos: 1) pelos favores concedidos, como a manutenção da Previdência e os vultosos aumentos salariais, que os retiraram da situação de inferioridade a que estavam relegados desde a era do trêfego Fernando Henrique Cardoso; 2) o sentimento de desprezo que sentem em relação a Lula, porque sabem que foi um erro grosseiro do Supremo a libertação da alma mais honesta deste país. Por tudo isso, mal o suportam e muito a contragosto batem continência a ele.

    Mas o ministro Moraes parece não perceber (?) essa realidade e se comporta como se os militares já preparassem as masmorras do Forte Apache para os generais cumprirem pena. Seria a Super-Piada do Ano, às vésperas do Carnaval, como se o Alto Comando estivesse de porre.

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  5. Boa tarde, sou TOTALMENTE contra a existência (excrescência) da justiça militar mas já que tem cabe a ela determinar os procedimentos para cumprimento de eventuais mandados de prisão, busca e apreensão ou condução coercitiva. Não ao STF. Carequinha vai terminar quebrando a cara mas aqui em Brasília alguns acham que depois do Bolsonaro ele perseguirá o Lula que tem MUITO rabo preso para colocarem o picolé de xuxu como presidente decorativo liberando o orçamento ao centrão.

  6. RENDIÇÃO do conjunto da obra, em prol da mega solução, via evolução, pela redenção da política, do país e da vida do conjunto da população, é a única saída honrada, honrosa e a mais alvissareira que resta ao Brasil, a saída por cima, na boa, na moral e no jogo limpo, com a irmandade brasileira junta, misturada e coesa. E A HORA E A VEZ DA VERDADE É AGORA, OU NUNCA MAIS. E o pior de tudo é que eles, o militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, que aí estão há 134 anos, polarizados e em estado de guerra tribal, primitiva, permanente e insana, tipo revanchismo da comilança, por poder, dinheiro, vantagens e privilégios, sem limite$, operada à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus, dando as cartas e jogando de mão, enquanto irmãos siameses simbióticos, autofágicos e sócios-proprietários da república, forjada, protagonizada e desfrutada pelos me$mo$, enquanto complexo de ditaduras setoriais poderosas que vão além dos três poderes ( capital velhaco, partidarismo, militarismo, sindicalismo, jornalismo aético, milicianismo, criminalidade…), que perfazem uma espécie de plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, imparáveis com as medidas legais normais, que não querem dialogar com a verdade que liberta, que tem ética, autoridade moral e que, sobretudo, representa a mega solução, via evolução, sem a qual todos brigam e ninguém tem razão, tal seja a resolução da vida da política, do país e do conjunto da população, para os próximos 500 anos, como propõe a Revolução Pacífica do Leão, com o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, a nova via política extraordinária, o novo caminho para o novo Brasil de verdade, confederativo (o cobertor amplo, gerador do milagre da multiplicação dos pães, dos peixes e das oportunidades em todo o território nacional), com Democracia Direta e Meritocracia, a nova política de verdade, alicerçada na boa-fé, na verdade, na honestidade, na Justiça, na estabilidade política, na sustentabilidade, na paz, no amor, no perdão, na conciliação, não união e, sobretudo, na mega solução, via evolução, focada no sucesso pleno do bem comum do conjunto da população, que resolve a velha política e projeta o Brasil como a nova vanguarda do novo mundo civilizado, adiante dos EUA, com Deus na Causa, que resolve de uma vez por todas o super acampamento de bandidos e golpistas em Brasília que inviabilizam o Brasil como possível Nação Civilizada. Mega solução essa, via evolução, que não virá sem a rendição, adesão e a não ser pelas mãos dos me$mo$, diga-se de passagem, a bem da verdade, até porque, na prática, o Brasil é deles e não nosso, povo brasileiro, que à mercê deles não passamos de formiguinhas esmagáveis. Simples assim, pronto falei e tenho dito. http://www.tribunadainternet.com.br/2024/02/09/problema-do-brasil-e-que-nenhum-dos-poderes-pode-exercer-lideranca-moral/?fbclid=IwAR3CzcokZ3DDfqBRTsCcILltS8QJiSN0qtF9cP8y8R0UUpjkex-3AzviS-o#comments

  7. Senhor Carlos Newton , como tratarias a autorização e permissão que alguns dos comandantes das FFAA-BR deram , para que seus quarteis fossem ” sitiados ” e transformados em campos de treinamento de ações ” subversivas ” e de guerrilhas ?

  8. O editor é irrecuperável, não abre mão da coerência?
    Stalin, Mao, Pol Pot, Kin Jon e Fidel também sempre acharam que estavam no lado certo da força. Tão certo que devolveram ao Criador, no atacado, os do lado errado da tal força.

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