Não devia e por isso me condeno, sendo do morro e moreno, amar a deusa do asfalto…”

Adelino Moreira (1918 - 2002) foi... - Coisas da Antiga | Facebook

Adelino era o rei do samba-canção

Paulo Peres
Poemas & Canções

O compositor luso-brasileiro Adelino Moreira de Castro (1918-2002), na letra de “Deusa do Asfalto”, mostra as consequências de um amor não correspondido. Esse samba-canção foi gravado por Nelson Gonçalves, em 1958, pela RCA Victor.

DEUSA DO ASFALTO
Adelino Moreira

Um dia sonhei um porvir risonho
E coloquei o meu sonho
Num pedestal bem alto
Não devia e por isso me condeno
Sendo do morro e moreno
Amar a deusa do asfalto.

Um dia ela casou com alguém
Lá do asfalto também
E dizem que bem lhe quer
E eu triste boemio da rua
Casei-me também com a lua
Que ainda é a minha mulher

É cantando que carrego a minha cruz
Abraçado ao amigo violão
E a noite de luar já não tem luz
Quem me abraça é a negra solidão

É cantando que afasto do coração
Esta mágoa que ficou daquele amor
Se não fosse o amigo violão
Eu morria de saudade e de dor

1 thoughts on “Não devia e por isso me condeno, sendo do morro e moreno, amar a deusa do asfalto…”

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