Bruno Boghossian
Folha
Outro dia, um deputado do Partido Novo foi ao plenário e disse que o Estado não fazia nada pelo Rio Grande do Sul. Para ele, os gaúchos deveriam ser deixados em paz para resolver o problema. Depois, citou uma frase falsamente atribuída a Thomas Jefferson, flertou com um slogan separatista e voltou para o gabinete.
O garoto-propaganda do anarcocapitalismo levou para a tribuna um papo que ganhou tração nas redes durante a tragédia. A despeito do enorme aparato oficial empregado na região, quem estaria socorrendo a população seriam só voluntários, empresários e influenciadores.
ERROS E ACERTOS – Em catástrofes dessa magnitude, uma máquina pública eficiente vira exemplo de heroísmo. É também nesses casos que se destacam os defeitos do aparelho estatal, a lentidão provocada pela burocracia excessiva e a incompetência de certos agentes. Tudo isso aparece na tragédia gaúcha, mas não conta toda a história.
O mutirão de gente disposta a entrar nas enchentes e enviar doações já se tornou um marco desse desastre, numa mobilização possivelmente inédita. Ainda assim, é impossível tratar como empreitada privada uma operação que envolve aeronaves militares, forças de segurança de outros estados e verbas bilionárias.
Parte da mensagem se espalha com base em falhas reais de uma máquina despreparada. Outra parte vem carregada por desinformação, propaganda e interesses políticos.
VOZ DA REVOLTA – O fato curioso é que essa turma não parece disposta a trabalhar por um Estado mais eficiente. Prefere alimentar uma revolta contra a própria noção de Estado —um sentimento que toma atalho na justa insatisfação com a burocracia estatal, a corrupção e a tributação.
A fantasia da gestão privada seria um sonho para poucos. Alguém desembolsaria bilhões para estradas, contenção de enchentes e enormes fazendas.
Poderia inventar um processo coletivo para escolher o traçado de rodovias e definir o que preservar antes de plantar. Talvez fosse o caso de designar um grupo de administradores, quem sabe por votação.
A voz, em:
https://youtu.be/t7GZGenSO0g?si=SjkI3ShLSqlrHjbr
Ironia do destino , concidentemente o governador do ” Minas Gerais ” Romeu Zema é do partido Novo , e demostrou completa inaptidão para o cargo , por não atender até hoje os reclames das vitimas das ” Cias . Samarco & Vale ” , pelo contrario os esta sabotando , mas deu direito as respectivas Cias . de prospectarem novas lavras minerais , mesmo sabendo dos crimes ambientais que cometeram , lembremos que os getores do dito ” Estado Nacional ” , saem exatamente do seio da sociedade , portanto criticar Estado Nacional , é assumir a própria ” incompetência como geral ” , cara de pau e canalhice , com o agravante de que esses ditos gestores do Estado Nacional , são colocados para ” roubar ” e dilapidar o patrimônio público .
Gestor, lembra gestação e o que há muito se vê é uma generalizada mesntruação ou sejam, jôrros de vermelhas impurezas!
Digo…gestação