Novo ópio estudantil, o “decolonialismo” agrada a professores e aos universitários 

Estudantes da Universidade Brown iniciam acampamento pró-Palestina e antissemita - Gazeta Brasil

Esstudantes mantêm seus protestos nas universidades

Demétrio Magnoli
Folha

“O Ópio dos Intelectuais”, obra do filósofo Raymond Aron publicada em 1955, referia-se ao marxismo e brincava com a caracterização da religião, por Karl Marx, como o “ópio do povo”. A religião laica dos intelectuais fez seu caminho até os estudantes e, bem diluída nos líquidos do pacifismo e do terceiro-mundismo, deixou uma marca nas manifestações contra a Guerra do Vietnã. De lá para cá, porém, foi substituída por outra doutrina dogmática: a tese “decolonial”.

Assim como o marxismo, a nova doutrina espalhou-se entre professores universitários, gotejou para as salas de aula e, finalmente, emergiu no palco das manifestações contra a guerra em Gaza nos campi dos EUA. Sua síntese aparece num cartaz exposto no acampamento de protesto da Universidade George Washington: “Palestina livre. Os estudantes voltarão para casa quando os israelenses voltarem para a Europa, os EUA etc (seus lares verdadeiros)”.

RUMO PARALELO – Aron apontava o fracasso moral dos intelectuais marxistas, que desprezavam a “democracia burguesa” enquanto condescendiam com os regimes totalitários do “socialismo real”. O movimento “decolonial” segue rumo paralelo, eximindo governos autoritários e organizações antidemocráticas que se apresentam como rivais do Ocidente. Nos campi dos EUA, brados estudantis misturam a reivindicação de interrupção da guerra com lemas clássicos do Hamas.

As religiões invocam a palavra sagrada: razão transcendental. Os marxistas e os “decoloniais” invocam a História, com H maiúsculo: as “leis históricas”, no primeiro caso, ou a justiça histórica reparatória, no segundo. Mas, como as religiões tradicionais, as religiões políticas almejam a redenção – e é isso que as torna sedutoras.

O triunfo do proletariado e o advento do socialismo assinalam a redenção marxista. A tese “decolonial”, um estilhaço da política identitária, enxerga o mal absoluto na expansão global europeia (isto é, “branca”), fonte da opressão sobre os “povos originários” e a “diáspora africana”. Para eles, a redenção não está no futuro, mas num passado mítico que precisaria ser restaurado.

NAÇÕES ILEGÍTIMAS – O grupo dirigente dos protestos na Universidade Columbia declara os EUA e o Canadá nações ilegítimas, formadas por colonos europeus que oprimem os negros e ocupam terras indígenas.

O cartaz do acampamento na George Washington exige que os “invasores” judeus saiam do Oriente Médio. Daí, os cânticos de “Palestina livre do rio até o mar” (e, ainda, “por qualquer meio necessário”, uma senha costumeira destinada a legitimar o terror do 7 de outubro).

A derrapagem “decolonial” dos protestos limitou o alcance da mobilização estudantil. Sonhava-se reeditar o movimento contra a Guerra do Vietnã. Não por acaso, invadiu-se o Hamilton Hall, palco de uma célebre ocupação em 1968.

NOVA REALIDADE – Há 56 anos, o movimento dos estudantes gerou passeatas imensas e uma crise política nacional. Os acampamentos atuais, pelo contrário, reuniram apenas minorias significativas. A nódoa do antissemitismo afastou a maioria dos estudantes, mesmo diante da criminosa punição infligida por Israel aos civis de Gaza.

A tese “decolonial”, como o marxismo, oferece uma explicação unívoca sobre as injustiças sociais. Intelectuais adoram o poder de reduzir tudo a uma equação totalizante bastante simples –e os jovens, mais ainda. Contudo, o vício no marxismo tinha uma porta de saída que inexiste no ópio “decolonial”.

O que fazer quando fica claro que a promessa brilhante do socialismo conduzia, inexoravelmente, à cinzenta realidade do totalitarismo? Havia uma saída consistente com o núcleo moral das ideias socialistas: o reformismo social-democrata. Mas para onde podem ir os jovens ativistas “decoloniais” ao descobrirem a impossibilidade de reverter a seta do tempo e cancelar o mundo nascido da expansão europeia? Resta-lhes, somente, angústia, desespero e cinismo.

7 thoughts on “Novo ópio estudantil, o “decolonialismo” agrada a professores e aos universitários 

  1. Marx, ora pois:
    “Abrolhos!”
    ” Disse Karl Marx: “Eu estabelecerei meu trono em cima; Frio e terrível será o seu apogeu”

    Muito estranho, porém sabemos quem disse algo semelhante:

    “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías, 14:13,14

    Para os que não sabem, foram estas as palavras proferidas por Lúcifer quando deu início à sua amarga e tresloucada rebelião contra o Criador, o que resultou em sua condenação eterna ao Lago do Fogo, segundo vemos em Apocalipse 20:10.

    Muito se fala sobre a famosa obra de Karl Marx chamada de O Capital (escrita em 1867), porém muito pouco se ouve de uma obra bem íntima que também escreveu chamada de Oulanem. Em meio às mentirosas propagandas das ideologias atéias, opressoras e comunistas, O Capital é sempre mencionado, enquanto sua obra Oulanem é frequentemente ocultada. E por que? Vejamos um trecho desta tétrica e medúsica obra de Karl:
    “Evaporações infernais se levantam e enchem meu cérebro,
    até que eu enlouqueça e que meu coração não mude dramaticamente.
    Vêem esta espada? O rei das trevas a vendeu a mim.”

    Karl Marx, do verso Nidler;Oulanem
    Vejamos mais uma amostra desta sórdida e nauseabunda obra do pai do Comunismo:
    “Pois ele está marcando o tempo e dando sinais.
    Mais audaciosamente ainda eu executo a dança da morte.
    E eles também: Oulanem, Oulanem.
    Este nome soa como a morte,
    E soará até que não pare em formas miseráveis.
    Alto! Agora eu já tenho.
    Se levanta da minha alma, claro como o ar,
    E duro como os meus ossos.
    E ainda assim tu personificas a humanidade.
    Eu te poderei tomar pelo poder de minhas poderosas mãos,
    E esmagar-te com força feroz,
    Enquanto o abismo se fende diante de mim,
    E tu na escuridão.
    Tu cairás no abismo e eu te seguirei,
    Gargalhando e sussurrando em teus ouvidos:
    “Venha para baixo juntamente comigo, companheiro!” Karl Marx, Oulanem
    Mais uma amostra? Vamos a ela:
    “Pereci, pereci. O meu tempo se esgotou.
    O relógio parou, a pequena construção ruiu.
    Logo abraçarei a eternidade, e com um grito,
    Proferirei gigantesca maldição para toda a humanidade.”
    Karl Marx, Oulanem
    Extraido, de: http://intellectus-site.com/site2/artigos/historia/karl_marx_pai_do_comunismo.htm

    O Karl era um amigão da humanidade, a exemplo dos “Amigos das Crianças”, os “Monstrinhos da RBS – O Amor é a Melhor Herança – Educaçao para as Crianças”.
    https://m.youtube.com/watch?v=CwMnwmSlKYg
    https://m.youtube.com/watch?v=FtwM6tyVLCs

  2. E nós kiko, Magnólia ? Cada país que se resolva com os seus porras-loucas . Aqui no Brasil, o único Movimento que vale a pena observar, do qual a imprensa brasuca rabo preso com o capital velhaco, há 34 anos, foge igual o diabo foge da cruz, é a Revolução Pacífica do Leão que, com projeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, busca enquadrar todos os porras-loucas dos sistema apodrecido da politicalha brasuca, e, por conseguinte, resolver os Brasil, a política e a vida da população para os próximo 500 anos, alicerçado na paz, no amor, no perdão, na conciliação, na união e na mobilização por Ela, a mega solução, via evolução, focada no sucesso pleno do bem comum do conjunto da população, com todos juntos e misturados. Movimento este que os jornalões, globo e CIA não mostram, sintomaticamente…

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