Bruno Boghossian
Folha
Cardeais da Câmara e do Senado assumiram a partilha de R$ 15 bilhões em emendas reservadas para as comissões do Congresso. O critério para dividir a verba ganhou de parlamentares o apelido de “pizza”. O líder de cada partido recebe uma fatia da verba para repartir entre os integrantes da bancada.
A distribuição é controlada por Arthur Lira (PP), na Câmara, e por um grupo representado por Davi Alcolumbre (União Brasil), no Senado. A divisão segue orientações apresentadas num gráfico em formato de pizza, com a porção que deve ser indicada para cada ministério. A palavra final é dos gabinetes de Lira e Alcolumbre.
SEM RESTRIÇÕES – As emendas de comissão se tornaram uma ferramenta importante de poder, porque seu pagamento não é obrigatório nem igualitário —pode ser feito de acordo com negociações políticas. Lira quer o apoio das bancadas para eleger um sucessor na Câmara, e Alcolumbre pretende voltar a presidir o Senado.
A verba também faz parte de um acordo do Congresso com o governo Lula (PT). Segundo o acerto, as emendas devem atender, prioritariamente, às indicações de parlamentares que votam a favor do Planalto.
O fatiamento contempla até a bancada do PL na Câmara. De um lado, Lira tem interesse em reforçar seus laços com a sigla para a sucessão. De outro, o governo estima que 30 deputados do partido de Jair Bolsonaro estejam alinhados ao Planalto.
PADILHA ALIJADO – Boa parte dos recursos passa por ministérios controlados pelo centrão e por siglas da base aliada. Na Câmara, quase metade do dinheiro fica com Cidades (MDB), Integração (União Brasil), Turismo (União Brasil), Esporte (PP) e Agricultura (PSD).
Parlamentares citam essa destinação como uma maneira de reduzir a influência do articulador Alexandre Padilha sobre os pagamentos.
O modelo repete alguns vícios das emendas de relator, proibidas pelo STF em 2022. A divisão da verba fica concentrada em dirigentes do Congresso, que não têm obrigação de identificar os parlamentares que são os reais responsáveis pelas indicações.
Líderes da Câmara e do Senado fatiam uma superpizza de R$ 15 bilhões em emendas
Que delícia…..
Quanto pedaços dessa superpizza vão para o povão..??
Os 120 milhões de famintos da Princezinha da Floresta estão com a barriga vazia…
Quando votam em coisas erradas ou se omitem em questões importantes, os legisladores merecem críticas.
Mas quando votam favoravelmente em assuntos que visam o desenvolvimento do país merecem elogios, como, a meu ver, foi o caso da definição da taxação de compras abaixo de 50 dólares, bem como outros destaques: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/05/28/camara-aprova-projeto-que-acaba-com-isencao-para-compras-internacionais-de-ate-us-50.ghtml .
Que tal destinar equitativamente essa pizza entre Contas CPF dos brasileiros?
Aguarda-se tido saneador “JUBILEU”!