Mario Sabino
Metrópoles
Em 2011, quando o Brasil chegou a ter US$ 10 mil de renda per capita, também graças a um real artificialmente valorizado, os otimistas projetavam que não demoraríamos muito a deixar o pelotão dos países de renda média (em 2023, entre US$ 1.100 e US$ 13.800, segundo o largo espectro das instituições internacionais) para entrar no clube das nações de renda alta.
O parâmetro era o avanço experimentado pela Coreia do Sul e outros tigres asiáticos (ser otimista é ignorar o principal dos princípios: o de realidade).
ELITES DESTRUTIVAS – Desde então, regredimos. Hoje, o Brasil tem US$ 9 mil de renda per capita e o nosso crescimento é cronicamente pífio. O problema brasileiro está inserido em um quadro mais amplo, que não elimina as nossas responsabilidades.
De acordo com o Banco Mundial, que divulgou recentemente um estudo sobre o futuro dos países de renda média, é mais fácil uma nação deixar de ser pobre do que se tornar rica.
A conclusão do estudo não é exatamente original, os países costumam reproduzir o que ocorre com os indivíduos, mas há de se enfatizar qual é um dos grandes empecilhos: as elites econômica e política dos países de renda média colocam toda a sorte de obstáculos aos movimentos tectônicos de “destruição criativa”, baseada em investimento, infusão e inovação, essenciais para que as nações deslanchem.
TUDO ERRADO – Em resumo, essas elites usam do seu poder para impedir que novos atores econômicos apareçam, tenham sucesso e novos horizontes se abram.
Sentem-se ameaçadas e, assim, recorrem a legislações protecionistas, à burocracia e ao compadrio para assegurar o seu domínio e torpedear a meritocracia.
Também não lhes interessa investir de verdade na educação do povo ou eliminar as relações de patriarcado a fim de permitir que a massa de mulheres ascenda profissionalmente.
VEJA OS NÚMEROS – Atualmente, há 108 países de renda intermediária, entre os quais o Brasil. Eles representam 75% da população mundial e produzem mais de 40% da riqueza global. Mas dificilmente entrarão no clube das nações com uma maioria de classe média e com ambições maiores do que a simples sobrevivência.
O seu crescimento é inercial e aqueles que crescem muito mesmo quando crescem pouco, como China e Índia, têm gente demais para que possam superar um nível de renda intermediário que se iguale ao dos mais ricos.
Os economistas do Banco Mundial constataram que os países de renda intermediária diminuem dramaticamente o seu ritmo de crescimento quando a sua renda per capita atinge 10% da dos Estados Unidos. É a partir daí que eles caem de vez nas suas armadilhas internas e tudo fica ainda mais áspero no plano externo.
AVANÇO TÍMIDO – Desde 1990, apenas 34 nações de renda per capita intermediária (menos de 250 milhões de pessoas) passaram a ter renda per capita alta. Parte deles por causa dos bilhões provenientes da exportação de petróleo, caso dos países árabes.
Não é exatamente a melhor receita, apesar de render fotos turísticas maravilhosas. Outra parte enriqueceu porque se integrou à União Europeia, como demonstram Espanha e Portugal. Caso interessante de determinismo geográfico.
O Brasil tem elites particularmente atrasadas e vorazes que emperram o seu desenvolvimento, não tem petróleo suficiente para nem sequer maquiar as suas mazelas sociais e, além de a geografia não ajudar do ponto de vista político, faz questão de estar no bloco errado, o tal Sul Global.
PERDENDO TRAÇÃO – Como continuamos a fazer o contrário do que precisa ser feito, embarcando em populismos não menos do que primitivos, os economistas do Banco Mundial apontam que o Brasil, assim como o México, deve continuar a perder tração e poderá ficar ainda mais longe dos Estados Unidos, a referência do estudo, em 2100 (sim, é possível).
Também perdemos a janela de oportunidades demográfica, com uma população que envelhece sem poupança. Ou seja, o que já era difícil se torna praticamente impossível.
Você pode fazer o L, o B, o M, a letra que for na eleição, que nada mudará para muito melhor. Fiquemos satisfeitos se a diferença não for para muito pior.
Dificilmente não , JAMAIS será !
Touché!
Um abraço
José Luis
E com a C.L.T. do Ditador Carnicero getulio pragas nunca será…..
Segundo o Diese, o salário nanominimo seria de mais de 6.700,00 para o “trabalhador” se manter em pé…..
Hoje o salário-miséria em torno de 1.412,000….
Isso que é trabalhar pelo povo como diz o Quadrilhão do Maior Bandido que o Mundo Já viu,…
06/05/2020
“…Metade dos brasileiros sobrevive com apenas R$ 438 mensais, ou seja, quase 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados são referentes à renda média real domiciliar per capita de 2019, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de todas as fontes 2019….”
Cadê o Papai dos Pobres.??
1) Não sei qual será o futuro do Brasil, mas sei que um dos 400 livros do Chico Xavier é…
2) “Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho”… ou seja… muitas interpretações religiosas já estão e estarão mais ainda por aqui…
3) Os críticos dizem que isso vai aumentar mais ainda o ateísmo…
4) Na Democracia, que espero que continue, há espaço para todos…
Democracia.??
Onde tem isso??
Com os nossos políticos, sempre estaremos na rabeira do mundo
Faltou o principal, que empresário vai investir no setor produtivo com juros exorbitantes? Melhor comprar título do tesouro e curtir a boa vida sem esforço.
Investir em educação? Realmente é fundamental, mas sem uma participação estatal maciça para catapultar nosso desenvolvimento tecnológico, coisa que economistas liberais como esse tanto demonizam, só vamos produzir um exército de mão de obra qualificada trabalhando de Uber, ou fugindo para países que valorizem esses cérebros.
Paulo gala explica com bastante riqueza esse problema.
Renda alta só para seres vis apatridas, sabotadores e mercenários DESASSEMELHADOS!
Acho que a perspectiva do autor do texto não parece correta.
Perdemos o bonde da historia no final da década de 70, quando ficamos para trás em tecnologia e nossa indústria começou a patinar, senão regredir. Piorou quando adotamos o receituário do Consenso de Whashington.
E não é com exportação de produtos primários ou de baixo valor agregado que conseguiremos aumentar a nossa renda média. E nem é com alianças, como sugere o autor, com as nações do norte desenvolvidas que sairemos da estagnação.
Países como a Coreia do Sul e China e outros, seguiram caminhos diferentes e se deram bem.
Para reflexão. Essa receita abaixo, exige um planejamento de longo prazo e que não dependa de governantes de plantão. Portanto, seguindo as nossas características, parece que será algo impossível.
“Conclusão:
Erik Reinert oferece uma abordagem crítica ao desenvolvimento econômico convencional, sugerindo que os países pobres podem superar a pobreza ao seguir estratégias que historicamente permitiram que os países ricos prosperassem, como políticas protecionistas, investimento em industrialização e diversificação econômica. Ele defende que o livre comércio e a especialização não são soluções universais para o desenvolvimento e que o papel ativo do Estado e a inovação tecnológica são essenciais para a ascensão econômica das nações.”
https://www.paulogala.com.br/como-os-paises-ricos-ficaram-ricos-e-por-que-os-paises-pobres-continuam-pobres/
https://www.paulogala.com.br/a-armadilha-da-renda-media/#:~:text=Na%20armadilha%20de%20renda%20m%C3%A9dia%20um%20pa%C3%ADs%20atinge%20o%20ponto
É isso mesmo Vidal. E com esse Congresso mais liberal e “patriota” do que nunca, não vejo luz no fim do túnel, nem Ciro Gomes faria melhor que o Lula, talvez até rodasse antes mesmo de completar o mandato.
https://www.paulogala.com.br/como-os-paises-ricos-ficaram-ricos-e-por-que-os-paises-pobres-continuam-pobres/
O Brasil perdeu o bonde no final da década de 70, quando a nossa tecnologia ficou atrasada e a indústria começou a patinar, senão regredir.
Piorou muito quando adotamos o receituário do Consenso de Washington, coisa que outros países como a Coreia e China não fizeram.
Paulo Gaia aborda bem a questão da armadilha da renda média em vários artigos. .
coloquei dois artigos repetidos, porque não estava conseguindo postar o primeiro. Desculpem.
O artigo do Sabino, uma foto que induz à realidade brasileira, sem retoques.
A conclusão, resultado de 524 anos de domínio e exploração por uma elite egoísta e insensível, preocupada apenas com a prosperidade e poder de suas oligarquias.
Solução? Nunca! Enquanto fiquemos analisando e criticando o acontecido e brigando pelo nome do próximo “pau mandado” dessa elite espoliadora.
Sem ideias novas, não existe evolução!!!
REFUNDAÇÃO JÁ !!!
Prezado,
qual a ideia da evolução?
Ruptura abrupta seguindo o pensamento de Rousseau? Acho que a historia prova que esse não é o melhor caminho.
Prefiro as ideias de Burke que era um conservador, mas que achava que a melhoria deveria ser vagarosa e contínua. O problema é como conseguir essa continuidade.
Se revolução fosse a saída para o Brasil, ela deveria ter eclodido muitos anos atrás, o que prova que o brasileiro é baderneiro, mas nunca será um revolucionário, então por aí, nada feito.
O segundo método de evolução sem ruptura seria o mais aceitável pelo povo, mas como o senhor diz, problemático, até porque a elite não se engalharia pacificamente, então eu só enxergo uma saída, a classe média que frequenta as redes sociais, não comprometida c om a polarização tóxica. jogar ideias sobre uma novidade que cativasse o povão e a partir daí partir para uma campanha de divulgação que fizesse uma parte da elite aderir com engajamento, financiamento e coordenação.
Um sonho, eu sei, mas não esqueçamos que uma grande caminhada começa com um primeiro passo.
NA SEARA POLÍTICA, DORAVANTE, É DEUS NO CÉU E A MERITOCRACIA NA TERRA. Graças a Deus, e a uma grande, boa, nova e feliz ideia cujo tempo chegou nem tudo está perdido, ainda não chegamos ao fim do mundo, as fichas da imprensa do bem começaram a cair, antes tarde do que nunca. O Leãozinho da Juba Prateada não é nada, sem a alma gêmea menos ainda, em que pese o apoio incondicional da Anjo da Guarda, não precisa aplaudir mas o bom senso tem que admitir e já está admitindo ainda que indireta e envergonhadamente que ele construiu para todos nós, brasileiros do bem, da boa-fé, da empatia, da honestidade, da verdade e da justiça um megaprojeto novo e alternativo de política e de nação super forte, que expressa a grande, boa, nova e feliz ideia cujo tempo chegou, com Deu na Causa, tal seja a Revolução Pacífica do Leão, com Democracia Direta e Meritocracia, um Pulo de Leão adiante dos EUA, dos Tigres Asiáticos e até mesmo da própria Europa-mãe. Alimento super forte para o Olodum, porque o Leãozinho é brasuca e o que ele quer é TIC, TIC,TAC…, fazer a ideia grudar mais que Carrapicho… http://www.tribunadainternet.com.br/…/brasil-perdeu…/… https://www.facebook.com/watch/?ref=search&v=2301483373403892&external_log_id=3c89edab-cce8-4835-9085-d7f5775dc2d5&q=Olodum%20%C3%A9%20forte%2C%20m%C3%BAsica https://www.facebook.com/watch/?ref=search&v=2504789526510622&external_log_id=7ad01629-8e7a-4100-be4b-bea2230c0e62&q=tic%20tic%20tac%20carrapicho%2C%20m%C3%BAsica