Pedro do Coutto
Enquanto no Rio de Janeiro, a vitória de Eduardo Paes no primeiro turno já parece ser um fato consumado, uma vez que a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira mostra o atual prefeito em uma posição confortável na disputa, com 54% das intenções de voto, apesar de ter registrado uma queda de 5 pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior, em São Paulo um verdadeiro desafio se estabeleceu nesta reta final, com três candidatos brigando pelas duas vagas no segundo turno.
Na maior cidade do país, o prefeito Ricardo Nunes, de centro e com apoio tímido do ex-presidente Jair Bolsonaro, defende sua gestão, confrontando-se com o deputado federal Guilherme Boulos, do campo da esquerda e apoiado pelo presidente Lula da Silva — que pouco participou da campanha —, e pelo influenciador digital e empresário Pablo Marçal, o outsider de direita que bagunçou a campanha com a sua estratégia de desrespeitar qualquer regra de bom comportamento.
REDES SOCIAIS – Sem direito ao horário eleitoral obrigatório, Marçal fez a sua campanha praticamente pelas redes sociais, onde tem milhões de seguidores. Correndo por fora, está a deputada Tabata Amaral (PSB), que viu seu nome crescer nas pesquisas, mas não a ponto de ameaçar o trio favorito. A deputada, porém, é quem melhor aproveitou o espaço que os debates abriram para se fazer mais conhecida. Foi, também, a mais contundente nas críticas a Pablo Marçal, por ter visto boa possibilidade de roubar votos do influenciador.
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira, instaurou-se um cenário embolado no primeiro turno para a Prefeitura da cidade, com Guilherme Boulos registrando 26% dos votos, seguido por Ricardo Nunes, com 24%, e Pablo Marçal, também com 24%. Os três estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
RECUO – Na comparação com a semana passada, Nunes recuou três pontos (tinha 27%). Boulos teve oscilação positiva (possuía 25% e variou um ponto para cima), e Marçal, que estava em terceiro lugar, com 21%, manteve a curva ascendente e teve variação positiva de três pontos, igualando-se ao índice do atual prefeito.
A parcela dos que não sabem é de 3% agora, mesmo patamar da pesquisa anterior. A opção pelo voto nulo ou branco é declarada por 6% dos eleitores. No segundo pelotão, Tabata Amaral confirmou o descolamento de José Luiz Datena. A deputada do PSB oscilou para cima e agora chega a 11% na estimulada (tinha 9%), enquanto o apresentador tem 4% (antes marcava 6%, em empate técnico com a deputada).
PRESSÃO – A parlamentar se insurgiu nos últimos dias contra as pressões por voto útil na esquerda, após manifesto de artistas e intelectuais defender o apoio a Boulos para evitar um segundo turno “trágico”, com dois bolsonaristas, Nunes e Marçal. Tabata apela às rejeições na tentativa de se mostrar ainda no jogo.
O cenário de indefinição até a reta final é resultado do acirramento das últimas semanas, com Nunes e Marçal disputando o eleitorado à direita e ligado a Bolsonaro, e Boulos em estabilidade, mas com dificuldade para avançar entre eleitores do presidente Lula, seu apoiador e incentivador da nacionalização da eleição paulistana.
É impressionante a estupidez humana. Pedro acredita em Coelho da Páscoa mesmo na fase adulta.
Considerando a evolução mental e cognitiva negativa do eleitorado nacional, não há como evitar a catástrofe que supõe a previsível eleição do charlatão rumo ao negócio de sua vida.
Pedro do Coutto, o decano da TI, dá um show de análise da eleição de São Paulo.
O pior cenário para São Paulo é a ida do falsário Marçal para o segundo turno.
Já foi preso, virou milionário com golpes financeiros, um sonegador, e malandro coca cola.
Em uma última cartada, Marçal divulgou um Laudo falso com assinatura de um médico já falecido, de que Boulos era viciado em drogas. A filha do médico morto veio a público desmentir a farsa de Marçal
Esse candidato, que vem angariando votos dos Bolsonaristas, é um perigo para a sociedade, pois vive de mentiras e armações para enganar os incautos e idiotas úteis.
Esse bandido, deve ser banido da política. Bolsonaro enfim, enxergou o perigo que Marçal representa para seu projeto presidencial de 2026. Bolsonaro tinha decidido, botar um pé na canoa de Nunes e outro pé na canoa de Marçal. Quando sopraram para Bolsonaro, o perigo representado pelo coach, que veio para dividir a Direita e se tornar um líder, disposto a disputar a presidência. A prefeitura de São Paulo seria uma ponte para 2026.
Tarcísio de Freitas, o governador, percebeu a manobra e alertou Bolsonaro. Mas, o ex- capitão, que se tornou presidente, resolveu abandonar a eleição de São Paulo, deixando Ricardo Nunes, o atual prefeito largado na pista. Se não fosse o apoio do governador Tarcísio, o prefeito já estaria fora do segundo turno.