EUA rejeitam extradição de Allan dos Santos por considerá-lo perseguido político

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos teve sua prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ordem foi expedida pela ação do aliado do presidente Jair Bolsonaro na articulação, pelas redes sociais, de ataques às instituições democráticas. Apesar disso, ele ainda não foi preso porque está nos Estados Unidos, mas sua extradição já foi determinada.

Moraes insiste, mas os EUA não extraditam o blogueiro

Sarah Teófilo
O Globo

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos teve sua prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ordem foi expedida pela ação do aliado do presidente Jair Bolsonaro na articulação, pelas redes sociais, de ataques às instituições democráticas. Apesar disso, ele ainda não foi preso porque está nos Estados Unidos, que não aceitou o pedido de extradição.

O pedido de extradição do blogueiro segue com o governo americano sem uma definição. A última atualização do processo foi um pedido de informações adicionais por parte da Justiça dos Estados Unidos, que analisa os possíveis crimes apontados pela Justiça brasileira.

EMBASAMENTO – Esta análise busca embasamento na legislação americana ao que a Justiça brasileira diz que foram os crimes cometidos por Allan dos Santos. O pedido em relação ao blogueiro chegou ao governo americano em novembro de 2021, ainda sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que era amigo do blogueiro.

Na época, servidores do Ministério da Justiça, onde fica o departamento responsável por pedidos de extradição, afirmaram em depoimento à Polícia Federal que sofreram pressões durante o inquérito.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão e extradição de Allan dos Santos em outubro de 2021, após pedido da PF, por suspeitas de atuação em organização criminosa, crimes contra honra e incitação a crimes, além de lavagem de dinheiro.

CRIMES DE ALLAN – Na ocasião, o ministro pontuou que Allan dos Santos divulgava conteúdo nas redes sociais com o intuito de atacar integrantes de instituições públicas, como os ministros do Supremo, colocar dúvida sobre o processo eleitoral brasileiro e gerar animosidade dentro da sociedade, “promovendo o descrédito dos Poderes da República, além de outros crimes, e com a finalidade principal de arrecadar valores”.

Segundo o ministro, a representação da PF apontava que o blogueiro era integrante de uma organização criminosa que obtinha vantagem econômica por meio da monetização de vídeos e de doações.

No entanto, em março deste ano, a Folha de S. Paulo divulgou que o governo dos EUA informou que não poderia extraditar o brasileiro por ações que, para eles, tratam de opiniões amparadas pelo direito à liberdade de expressão. Assim, o Judiciário americano só poderia analisar o caso em relação a outros crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como se vê, o ministro Alexandre de Moraes, aplaudido como maior responsável pela “salvação da democracia” brasileira, não consegue entender que os Estados Unidos respeitam a liberdade de expressão e, por isso, consideram que Allan dos Santos é perseguido político pelo governo brasileiro. Para a Justiça americana, quem está cometendo crime é a Justiça brasileira (leia-se: o Supremo). E como diria o Délcio Lima, até agora o único robô que deixou saudades, essa bagaça não vai dar certo… (C.N.)

20 thoughts on “EUA rejeitam extradição de Allan dos Santos por considerá-lo perseguido político

    • Sr. Newton

      Será que os 55 milhões foram enviados para matar o mosquitinho da Dengue.??

      “….Nísia manda R$ 55 mi para Cabo Frio e filho vira secretário Portaria da Saúde de dezembro remeteu R$ 55 milhões à cidade; filho da ministra foi nomeado secretário da Cultura 1 mês depois. Ministério nega haver relação…

      • “…Quem consegue citar alguma realização concreta do governo Lula nesta gestão?

        Será que os 55 milhões foram enviados para matar o mosquitinho da Dengue.??

  1. As leis americanas são diferentes das do Brasil. Lá qualquer declaração, mesmo considerada criminosa por leis de outros países, se enquadra na tal liberdade de expressão.

    Moraes está correto em solicitar a extradição de Allan dos Santos, por ele ter violado as regras daqui. Será que os EUA estão corretos ao negar tal extradição?

  2. Do outro lado do muro.
    Tudo do C. Humberto.

    Até agora, a dois meses de 2025, apenas cinco Estados aderiram ao “convênio” com o governo federal, por meio da Caixa, para tomar dos cidadãos os valores do “novo DPVAT”, seguro obrigatório ressuscitado como SPVAT por Lula (PT), para alegria das seguradoras. Os Estados que irão cobrar seguro são Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba e Sergipe, de governadores obedientes ao presidente. Lula recriou o DPVAT, mas tenta transferir o desgaste da cobrança aos Estados.

    Bancada do ‘aqui, não’

    Após Santa Catarina, semanas antes, os governadores do DF, Ibaneis Rocha, e de Minas, Romeu Zema, também decidiram não cobrar SPVAT.

    Turma do ‘sim, senhor’

    Dos cinco governadores que se prestam a isso, três são do PSB (Espírito Santo, Maranhão e Paraíba), um do PT (Bahia) e um do PSD (Sergipe).

    Taxação secreta

    O convênio determina que o SPVAT seja adicionado ao IPVA ou à taxa de licenciamento: as pessoas irão pagar o seguro obrigatório sem saber.

    Vendedores de seguro

    Pelo trabalhinho de cobrar seguro para empresas privadas, os governos estaduais serão recompensados com uma comissão-merreca de 1%.

  3. Ainda.
    Organização criminosa

    Perante o mundo, o Brics foi reduzido a convescote do que há de pior no mundo: ditadores rastaqueras, governantes ladrões, financiadores dos terroristas do Hamas e Hezbollah e até grupos terroristas, como o talibã.

    Cláusula autofágica

    Para fazer História, no Brics, Lula (PT) poderia ter defendido ontem em seu discurso uma “cláusula de exclusão” de países governados por ladrões e por ditadores. Problema é que o grupo seria extinto.

  4. Do bom e melhor

    Custa cerca de R$183 mil o modelo da bolsa Hermès, grife francesa, que Samar Abou Zamar, mulher do líder terrorista do Hamas, Yahia Sinwar, ostentava pelos túneis da Faixa de Gaza.

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