J.R. Guzzo
Gazeta do Povo
Ao pular para dentro do barco de Lula no segundo turno das eleições, depois de passar a campanha toda dizendo que defendia um programa oposto ao dele, a ministra oficial do Planejamento mostrou que é do tipo de personagem política que faz qualquer coisa para entrar no governo.
Agora, ao engolir um nome que jamais passou pela sua cabeça para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma das poucas coisas que Lula e o PT não tiraram do seu ministério, mostrou que também faz qualquer coisa para não sair.
QUINTO ESCALÃO – Quando foi nomeada, aceitou sem dar um pio a demolição geral das atribuições que deveria ter; deixaram com ela uns trocados de quinto escalão como uma “Assessoria de Participação Social e Diversidade”, a Comissão Nacional de Cartografia e outras insignificâncias burocráticas da mesma natureza.
Nos sete meses que se passaram desde então, não foi autorizada a resolver nem o planejamento da controladoria nacional dos carrinhos de pipoca. Com a imposição do novo magnata do IBGE, sem sequer uma consulta a que teria direito pelas regras elementares da boa educação, já está batendo no fundo-do-poço.
“Nada mais justo do que atender o presidente Lula”, disse a ministra depois que o ministro da Comunicação anunciou à imprensa a escolha do novo estatístico-mor do Brasil. Mas, nesse caso, o presidente Lula não poderia, pelo menos, ter dito alguma coisa a ela uns dias antes, ou na véspera?
BAJULAÇÃO – É provável que o próprio Lula tenha se surpreendido com uma exibição de puxa-saquismo desse tamanho: quer dizer que ele trata a ministra como um pedaço de pano de estopa, e ela diz que é muito justo?
O novo chefe do IBGE já estava despachando direto com Lula e outros peixes graúdos do governo antes, sequer, de ter uma primeira reunião com a sua suposta superiora hierárquica. Ela disse que iria marcar uma reunião com o suposto subordinado “na semana que vem” – há, inclusive, a possibilidade de que seja recebida. O resto da reação foi a mesma tristeza.
“Agora que eu sei o nome dele, terei o maior prazer em atender ao presidente Lula”, disse a ministra. “Não faço pré-julgamentos. A conversa será técnica, e ele será muito bem-vindo.”
ESTRANHO NO NINHO – O novo presidente do IBGE é tudo, menos um “técnico”. Não entende nada de estatística. Manda prender números que não o satisfazem. Acha que a aritmética tem de ser “social”, e servir para os interesses das lutas “progressistas”.
Passou a vida de “instituto” em “instituto”, de emprego em governo a emprego em governo, sem contato com o mundo do trabalho real – não o trabalho como ele é entendido pelo brasileiro comum.
Não se sabe de uma ideia sua que tenha sido vista com seriedade pelos círculos respeitados da ciência econômica – ou sequer percebida.
PLANOS SINISTROS – Trata-se de um militante político da ala mais “esquerdista” do PT, e sua nomeação tem o propósito de fazer o IBGE produzir unicamente os números que Lula quer.
Pochmann é contra o PIX, a favor da exploração do “espaço sideral” e se acha capaz de “zerar” a dívida pública expropriando a riqueza dos milionários. É tão qualificado para presidir o IBGE quando o rei Herodes seria qualificado para dirigir o serviço federal de creches.
Mas e daí? O Estado brasileiro está sendo privatizado de alto a baixo em favor do PT. Podem contar para isso, de olhos fechados, com a ministra do Planejamento.
(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)
Mais um bom artigo enviado pelo Causanilhas.
De Ciro para Simone:
Entendeu?
tão qualificado para presidir o IBGE quando o rei Herodes seria qualificado para dirigir o serviço federal de creches.
Genial (menos para muitos que usam óculos-viseira).
Já ocupei vários cargos públicos, sempre com imensos conflitos com “o Príncipe” de plantão.
A política real é o lugar por excelência para os psicopatas. Além de que não querem de jeito algum se quedarem ao “Mal-Estar na Civilização”.
Parecem crianças que querem, porque querem o pirulito caídos no chão. Aí vem os bajuladores, normalmente incompetentes, para fazerem o que quer “O Príncipe” de plantão, anulando-se total e completamente.
Aliás, essa questão de chefes psicopatas dá-se também no âmbito privado.
Eu que me formei nessa área, tanto na privada (no bom sentido), como na publica, fico pensando pra que serve todo o esforço científico, se na real reduzem a Administração a recrutarem bons psicopatas psicopata nos postos de comando.
A relação psicopatia/políticos é sobejamente estudada pela Ciência.
Thttps://www.google.com/search?q=politica+psicopatas&oq=politica+psicopatas&aqs=chrome..69i57j69i60l2j0i22i30.16772j0j7&client=ms-android-samsung-ss&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8
Tenho péssimas notícias pro Guyzzinho e seus seguidores, querendo vocês ou não Lula é o presidente e assim será até 2027. Até lá ele tem total legitimidade pra escolher quem ele quiser pros cargos chaves do governo, pra sua infelicidade. Pode continuar socando o teclado, é divertido.
Todas pessoas de bom senso tem o direto de mudar para melhor.
Foi isso que Simone Tebet fez, entre Lula, defensor da democracia e Bolsonaro defensor de ditaduras e torturas, Simone Tebet como política sensata, ficou do lado da democracia, diferentemente dos fanáticos bolsonaristas que apoiavam uma ditadura de estrema direita religiosa, que é a pior das ditaduras.
Não conformados com a derrota do mito, atacam o Lula até por nomear um companheiro de esquerda.
Não conheço o Pochmann, mas com certeza, é um personagem melhor que Damares, Milton Ribeiro, Pazuello e Ricardo Sales entre outros do governo de Bolsonaro.
Quem ganhou às eleições para presidente e, é o maior responsabilidade pela sua gestão, têm todo o direito de nomear quem quiser sem consultar ninguém.
Lugar de chorar pela derrota de Bolsonaro, é na cama que é lugar quente.