Caio Junqueira
CNN Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse à CNN na manhã desta quinta-feira (8) que o caso julgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que manteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o relógio de luxo recebido no primeiro mandato do petista, é o mesmo que o de seu cliente.
“A dinâmica envolvendo os relógios presenteados ao presidente Lula, em mandatos anteriores, em nada destoa daquela referente aos presentes do presidente Bolsonaro”, disse à CNN o advogado Paulo Cunha Bueno, acrescentando:
“Há, conforme a defesa vem sustentando desde o início das apurações – e ora reconhecido pelo TCU –, um absoluto vácuo legal que não permite fazer qualquer imputação de ilegalidade na destinação de bens aos acervos privados de quaisquer ex-presidentes, situação que, há muito, deveria ter sido objeto de normatização pelo Poder Legislativo”.
DEVOLVER TUDO – O advogado ainda pondera que, diferentemente de Lula, Bolsonaro se dispôs a oferecer o presente para ficar sob a guarda do TCU.
“De qualquer modo, o presidente Bolsonaro, tão logo deu-se o questionamento da situação de seu acervo pelo TCU, houve por bem e de forma espontânea, requerer que os presentes discutidos ficassem custodiados no próprio Tribunal de Contas, até a decisão final sobre sua propriedade. Agiu, portanto, com absoluta boa-fé – até porque não lhe cabia decidir sobre a destinação pública ou privada de presentes oferecidos, mas ao gabinete técnico–, evidenciando que jamais pretendeu locupletar-se indevidamente”, afirmou.
Como mostrou a CNN na última quarta-feira (8), aliados do ex-presidente devem peticionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) informando a decisão do TCU e pedindo sua absolvição.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Brasil tem tido presidentes muito bonzinhos, que sempre se esquecem de devolver presentes valiosos. Segundo a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, o TCU diz que sumiram 564 itens listados pelo TCU no governo Bolsonaro, nem outros 4 mil que foram recebidos e registrados nos governos Dilma e Lula, pois também desapareceram dos acervos públicos. A esculhambação continua. (C.N.)
Neste caso vão alegar que Lula é Lula e Bolsonaro é Bolsonaro.
Coisa da Banânia.