Carlos Andreazza
Estadão
A campanha de Pablo Marçal tem fundamento na ideia de punição. É explícito. Declarado mesmo. Algo de intensidade sem precedente no Brasil. Vote – não para eleger – para punir. Não por realizações estruturais de governo. Por forra instantânea. Um discurso construído sobre a projeção-promessa do castigo, para efeito em curtíssimo prazo. Do castigo – eis a bênção prometida – ao que representariam os adversários, atores num velho teatro entre farsantes.
Vote e puna. Vote para punir. Vote punindo. Eleja a punição. Não há discurso – incluídos debates e entrevistas – em que Marçal não peça voto como instrumento para punir. Para humilhar. É o compromisso do candidato. Vote e, ao contabilizar da urna eletrônica, seja patrono do achincalhe geral. Danem-se os quatro anos contratados, se condenada a corriola já.
MISSÃO ÚNICA – Ele veio para desmascarar o bando. O município, a qualidade de vida do cidadão, será detalhe. Marçal concorre em São Paulo por ser a cidade, entre as opções ora disponíveis, a maior superfície em que punir. Plano de governo a ser executado – liquidado – com a vitória. Marçal fez campeonatos de ‘cortes’ de vídeos na pré-campanha em troca de R$ 125 mil em premiação
Parcela considerável do eleitorado – descrente na mediação da elite política – não lhe cobra nem cobrará cardápio sobre o que fazer com a gestão municipal, se justiçado for o esquema Nunes-Boulos.
Muitos entre os que lhe votarão têm nada a perder, despedaçados pelo fim da classe média. Ressentidos de repente apaziguados sob a percepção de que a existência não ficará pior. Não pode piorar. E terão algum prazer.
GOZO RÁPIDO – Ele veio para penalizar. Imediatamente. Gozo rápido. Colaborativo. Veio para servir de agente – de corpo – à penalização do establishment. Quem pune é o eleitor. Um convite que oferta sentido e seduz.
Há pretensão divina nessa abordagem-sedução. Marçal tem uma missão e se sacrifica – abre mão de negócios e dinheiros – pela causa de penitenciar o vício da política partidária. É o que vende. Lideranças de seu partido – investiga-se – têm parte com o PCC? Dane-se – puna-se – o partido. Despreza o partido. Despreza partido. Mera obrigação formal para concorrer. Desenvolvimento radical da pregação influente contra o estamento político-partidário que, não faz muito, baseou a ascensão de Jair Bolsonaro, hoje homem de Valdemar.
Desenvolvimento radical porque livre para ser sem vergonha, Marçal não tendo a limitação do ex-presidente – sujeito que assentara frondosa empresa familiar nas banhas do estado – para se sustentar como desafiante marginal.
Credo…dá até medo.
Ainda bem que não sou eleitora de lá, mas desejo que ele perca. Estes tipos não podem ser alimentados.
Melhor se queimar agora, destruindo apenas sp no processo, do que se aventurar a vôos maiores no futuro.
Tem lógica!
Vi a entrevista toda na Jovem Pan e não vi nada disso que o escriba escreveu.
A bandeira que ele carrega é ser contra comunistas, só por isso mereceria meu voto.
Alan Gani foi o que menos perguntou, ele é economista e pelo que fala na JP, se alinha com a direita e não colocou posição ideológica na pergunta.
Esse cara vai ganhar a eleição!
Quem aceita opinião de jornalista engajado em ideologia vira massa de manobra e é facilmente manipulável.
Punitivismo?
Conta outra para os mais desavisados…
Pergunta-se: Merecem ou não essa punição, os feitores, pelas quatrocentonas meldaa feitas contra seus desassemelhados “expecta-dores”, até a atualidade?
1) Podem me chamar de alienado, mas está na hora do Voto Luz…
2) Voto Harmonia, Voto Tu de Bom, Voto Pensamento Positivo, Voto Construtivo… e similares …
O que mundialmente horizona, é “ferro e figo”!
Que outro meio há de purificar a ensanguentada terra, senão punindo seus multilaterais plantados e alçados criminosos autores?
Digo: ferro e fogo….
-abre mão de negócios e dinheiros- Agora, mas não do devido retorno, com previsíveis e estratosféricos juros!