Josias de Souza
Do UOL
Bolsonaro enxergou na incursão de Pablo Marçal pela cena eleitoral um enredo no qual ele morreria no final. Suspirou aliviado quando o eleitorado paulistano barrou a passagem da ameaça para o segundo turno. Tudo na vida passa, imaginou. O problema é a situação em que ficou o gramado no quintal bolsonarista depois da passagem de Marçal.
Ao chamar de “covarde” a dubiedade de Bolsonaro em relação à disputa de São Paulo, o pastor Silas Malafaia escancarou o estrago. Diante do zigue-zague do “mito”, que perambulou desnorteado entre Ricardo Nunes e Pablo Marçal, o pastor pergunta em voz alta: “Que porcaria de líder é esse?”. A extrema-direita bolsonarista está trincada.
ROUBO DE VOTOS – Antes de ser detido pelo eleitor, Marçal roubou, como um punguista ideológico, o eleitorado que Bolsonaro supunha controlar. Apropriou-se também dos aliados que o capitão imaginava liderar. Malafaia decepcionou-se, sobretudo, com os deputados Marco Feliciano e Nikolas Ferreira. Agora, além dos bolsominions, há na praça os nikolominions, ironizou o pastor, como a realçar a falência do líder.
Bolsonaro costumava vangloriar-se de sua supremacia nas redes sociais. Imaginava ter colecionado façanhas poderiam guindá-lo à condição de estátua.
Ao apontar o receio do aliado de apanhar de seguidores autoconvertidos em perseguidores, Malafaia mostrou a Bolsonaro que, nas redes sociais, como na vida, pedestal não tem escada. Ao elogiar a firmeza de Tarcísio de Freitas contra Marçal, o pastor sinaliza que o futuro de Bolsonaro começa a ficar meio gasto.
O ambicioso Malafaia, que teria grande influência sobre o voto dos evangélicos, já deve ter se cansado de só carregar o piano para Bolsonaro
Questionar corajosamente a liderança de Bolsonaro publicamente não seria uma forma de Malafaia tentar se colocar mais no topo da hierarquia da direita, ao lado de Tarcísio, por exemplo, que, por sua vez, tem procurado dissimuladamente deixar de ser apenas mais um grato aliado de Bolsonaro, para ter a sua luz própria na direita paulista e brasileira?
O ambicioso Malafaia, que teria grande influência sobre o voto dos evangélicos, já deve ter se cansado de carregar piano para Bolsonaro
Questionar publicamente a liderança de Bolsonaro não seria uma forma de Malafaia tentar se colocar mais no topo da hierarquia da direita, ao lado de Tarcísio que, embora dissimuladamente, também tem procurado deixar de ser apenas mais um grato aliado de Bolsonaro, para ter luz própria na direita brasileira?
O nome da vez do neoliberalismo, é Tarcísio.
Bozo é passado.
Tchau querido.
Canso de ver e ouvir que político brasileiro é sinónimo de corrupção, mentira e traição, pode até ser e é, mas a característica mais definidora é a burrice, como podem confiar em outro político?
Estragou foi o Malafaia que fez no artigo anterior.
Desgraçaram Bolsonaro todinho, Marçal e Malafaia avacalham até a torcida do Palmeiras, se quiserem.
Bolsonaro tem o couro grosso vamos ver como é que fica.
Malafaia e Bolsonaro, sem benefício de ordem, são dois dos maiores picaretas do país, com todo respeito ao Edir Macedo, R.R Soares, Valdomiro et caterva.