Pedro do Coutto
Ainda sobre o impacto da prisão do general Walter Braga Netto e a participação de oficiais de alta patente na trama golpista contra a Constituição e a democracia, esquece-se um aspecto importante, uma vez que nesse projeto pelo poder, o grupo de articuladores incluíram não apenas um golpe de Estado, o que já seria abominável, mas também o assassinato de três pessoas, o presidente Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
É incrível saber que nas reuniões para tratar da subversão, os principais arquitetos do plano planejavam crimes e atos hediondos, envolvendo pessoas inocentes em tal trama. Um fato que leva tais intenções ao descrédito absoluto, inclusive moral por parte dos favoráveis ao golpe.
NOVIDADES – A audiência do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, no último dia 21 de novembro, trouxe novidades que foram fundamentais para o elenco de provas que levou o general Walter Braga Netto à prisão, decretada no último sábado.
A tentativa de obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid foi caracterizada como ação de obstrução da Justiça, ao “impedir ou embaraçar as investigações em curso”, apontou o relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, há “diversos elementos de prova” contra Braga Netto, que teria atuado para impedir a total elucidação dos fatos e “com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”.
PERÍCIA – Para chegar a essas provas, os policiais federais realizaram perícia no celular do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do coronel que trabalhava com Jair Bolsonaro. Havia “intensa troca de mensagens” via aplicativo de mensagens, que foram apagadas e depois recuperadas pela PF. O tema principal era a respeito do desvio de joias por parte de Bolsonaro, em agosto de 2023. A PF identificou que o nome de Braga Netto estava salvo na agenda do general Lourena Cid como “Walter BN”.
Outras conversas recuperadas ocorreram em 12 de setembro, quando o general Mário Fernandes disse ao coronel reformado Jorge Kormann que os pais de Mauro Cid ligaram para os generais Braga Netto e Augusto Heleno, ex-ministro na gestão Bolsonaro, informando que a divulgação do conteúdo da delação por parte da imprensa era “tudo mentira”. A PF argumenta que Braga Netto tentou obter os dados do acordo por meio de familiares do coronel Cid, o que foi determinante para a prisão. Outra prova encontrada foi na sede do PL, em Brasília, na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor direto do general Braga Netto.
Era uma folha com perguntas (supostamente feitas por Braga Netto) e respostas (que seriam de autoria de Mauro Cid). Entre as perguntas: “O que foi delatado?”, com a seguinte resposta: “Nada. Eu não entrava nas reuniões. Só colocava o pessoal para dentro”. Há outras cinco questões pedindo mais informações sobre o que a PF dispunha.
INTERMEDIÁRIOS – O ex-ajudante de ordens disse, em depoimento à PF, que as respostas não foram escritas por ele. “Talvez intermediários pudessem estar tentando chegar perto de mim, até pessoalmente, para tentar entender o que eu falei, querer questionar, mas como eu não podia falar, eu meio que desconversava e ia para outros caminhos, para não poder revelar o que foi falado”, disse Cid para o delegado da PF, Fábio Shor.
Será que nenhum integrante da equipe dos que tramavam o golpe de Estado não acordou para a realidade que estava sendo preparada? Cometer uma série de ações criminosas, incluindo o assassinato de um presidente da República, constitui-se numa pretensão que demonstra o caráter dos envolvidos. Não tem cabimento. É impossível levar a sério esse projeto que, embora de difícil execução, reflete até que ponto os seus autores pretendiam chegar.
Se ainda fosse Celso Daniel e/ou Palocci, tudo bem, não é ?
(m)
Braga Netto está ‘preso’ em quarto com ar-condicionado, geladeira, armário e TV
Sala é usada por chefe do Estado Maior da 1ª Divisão do Exército
O general Walter Braga Netto está sendo mantido no quarto do chefe de Estado Maior da 1ª Divisão do Exército, na Zona Oeste do Rio.
O cômodo tem armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo. As refeições são feitas no restaurante onde os oficiais de patentes mais altas comem.
Ele tem direito a quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, jantar e ceia.
O local da prisão do general precisou ser improvisado para receber o oficial.
Oficiais não ficam atrás das grades dentro de unidades militar: eles são ‘presos’ em alojamentos.
Braga Netto está preso em uma unidade que já foi subordinada a ele de 2016 a 2019, quando chefiou o Comando Militar do Leste.
O comandante da unidade tem três estrelas – abaixo de Braga Netto (que tem 4 estrelas) na hierarquia do Exército.
Rede Globo, Fantástico, 15/12/2024 22h33 Por Adriana Cruz, Gabriela Moreira, Marco Antônio Martins, Mara Puljiz
…”na trama golpista contra a Constituição e a democracia, esquece-se um aspecto importante, uma vez que nesse projeto pelo poder, o grupo de articuladores incluíram não apenas um golpe de Estado, o que já seria abominável, mas também o assassinato ….
de quem seria substituido, ou seja “O acidentado”!
Adendos, em:
https://youtu.be/jlJEiWAJcqg?si=R1gZa6SUWjs4fUAd
A malvadeza desses golpistas seria uma coisa medonha, dos três, dois seriam mortos a tiros, e o outro seria envenenado.
A morte por envenenamento é uma coisa atroz, a vítima sofre muito antes de morrer.
Considerando esses termos, os bolcheviques foram mais benevolentes com a família real russa do Czar Nicolau fuzilados sumariamente, sem longos sofrimentos.
Os fatos, que estão vindo a tona, sob a trama golpista, não tem paralelo na História do Brasil.
Nas reuniões em Brasília, planejavam assassinatos, prisões, gabinete de crise, atos institucionais, relações com a sociedade para explicar o motivo da intentona golpista e uma violência 10 vezes maior do que o Golpe de 1964.
O senador Hamilton Mourão, em entrevista concedida ao O Globo, declara que a prisão do colega, atropelou o Devido Processo Legal. Ora, nenhuma palavra sobre o atropelo do Devido Processo Democrático, que seus colegas generais, Braga, Heleno, Martins, Eustáquio e dezenas de coronéis, reunidos em quadrilha para continuarem mandando no Brasil, vendendo jóias na clandestinidade, falsificando carteira de vacinas, censurando e matando a rodo.
O que tentaram e até teve execução no dia 15 de dezembro de 2022, com a tocaia para matar Alexandre de Morais e um vandalismo sem precedentes na capital, com ônibus incendiado e quase arremessado da ponte sobre a Rodoviária de Brasília. O objetivo era causar mortes e confusão generalizada, abrindo caminho para a GLO e interromper a passagem de governo. Não foram eficientes, ninguém morreu, o ônibus incendiado ficou pendurado e felizmente não caiu .
Portanto, cai por terra o argumento tosco do general e senador, Hamilton Mourão, quando afirmou, que participar de reuniões golpistas, não é crime.
Mourão passou quatro anos como vice presidente, escanteado por Bolsonaro, que não confiava nele de jeito nenhum. Bolsonaro temia, um golpe de Mourão contra ele e também tinha ciúmes do general, que é tosco, golpista, mas, bem preparado e articulado. Bolsonaro não sabe nada de coisa nenhuma, e covarde, manda os outros fazerem o seu jogo e depois diz que não sabia de nada e que seu auxiliar agiu por conta própria, o que fez com o ten. Coronel Mauro Cid, jogando- o as feras, sendo essa falta de solidariedade, o motivo principal da delação Cid. Afinal, ninguém quer morrer sozinho na praia.
Um verdadeiro líder de fato, não deixa a tropa no fogo cruzado, nem abandona seus feridos.
Um líder nato, assume todos os riscos das empreitadas que comanda e quando seu planejamento dá errado, inocenta sua tropa e diz que as ordens foram dele, indo para a prisão sozinho.
Mas, não é isto que está ocorrendo, os líderes golpistas , se escondem e deixam os subordinados pagarem por terem cumprido ordens. Esse comportamento dos generais, Braga Neto e Heleno e de Bolsonaro está pegando muito mal na caserna. Nesses, ninguém acredita mais.
Braga Neto, um general estrelado, se mostrou um militar fraco, boca suja e desleal, ao ordenar aos subordinados golpistas, que infernizassem as famílias do comandante do Exército, Freire Gomes e do Comandante da Aeronáutica, Batista Junior.
Uma mancha na história do Brasil, que nunca se apagará. Ficarão marcados na testa, como traidores da pátria, aqueles, que quase levaram o Brasil para uma guerra civil.
…”na trama golpista contra a Constituição e a democracia, esquece-se um aspecto importante, uma vez que nesse projeto pelo poder, o grupo de articuladores incluíram não apenas um golpe de Estado, o que já seria abominável, mas também o assassinato ….
de quem seria substituido, ou seja “O acidentado”!
Adendos, em:
https://youtu.be/jlJEiWAJcqg?si=R1gZa6SUWjs4fUAd
Agronegócio defende as investigações sobre a participação de pessoas ligadas ao setor na tentativa de golpe
Ao defender a apuração sobre o envolvimento de pessoas do agronegócio na tentativa de golpe de Estado, a frente ruralista no Congresso age de forma adequada, mas a manifestação chega tarde demais, disse o colunista Josias de Souza no UOL News desta segunda (16).
A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), composta por 340 deputados federais e senadores, defendeu “urgência e rigor” nas investigações sobre a participação de pessoas ligados ao agro na trama golpista.
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o general Walter Braga Netto, preso no sábado (14), disse que o dinheiro para o golpe “veio do pessoal do agronegócio”.
Evidentemente não está se falando de todo o agronegócio, mas não há dúvida [de envolvimento na trama golpista. Isso vem desde a abertura das urnas, quando houve caminhão do agro trancando estradas. Houve evidências muito eloquentes de que o agro ajudou a financiar a manutenção de acampamentos [golpistas]. Isso está muito nítido nessa investigação.
Já se fala do envolvimento do agronegócio na trama golpista há muito tempo, e essa frente não se preocupou em vir a público para dizer que eles não se confundem com isso.
A frente ruralista já deveria ter se manifestado há tempos, pois as investigações da Polícia Federal já evidenciaram a participação de nomes do agronegócio na tentativa fracassada de golpe.
Essa frente parlamentar inclui bolsonaristas fervorosos. Alguns deles são defensores de uma intervenção militar. Hoje, estão escondidinhos e endossando nota até defendendo a punição daqueles que estão enrolados e com provas recolhidas pela Polícia Federal.
Convém também que eles deem o braço a torcer que deveriam pregar a investigação e a punição lá atrás contra esses integrantes do ‘ogronegócio’ que patrocinaram atividades golpistas.
Fonte: UOL, Notícias, 16/12/2024 11h49 Por Josias de Souza
Alex é o homem forte da república hoje indubitavelmente, pois até o todo poderoso agro também já começa a se ‘agachar’ diante dele.
A queda de Constantinopla, a queda do Império Romano, a queda da monarquia francesa, a queda do Muro de Berlim e a queda do Loola no banheiro num tamborete troncho cortando a unha do dedão entraram para a história.
A única coisa que ofusca esses eventos é o golpe de estado Viúva Porcina. A matança oriunda dali, se houvesse, com a sangueira enriqueceria qualquer frigorifico que fizesse chouriço.
Esse ‘golpe’ serve para oráculos, ciganas, feiticeiros, cartomantes e jornalistas deitar falação até destroncar a queixada e ficar com a língua mais seca que língua de papagaio.
A covid e esse ‘golpe’ vieram a calhar, ainda bem.