Paulo Peres
Poemas & Canções
O empresário e poeta carioca Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), no poema “Despedida”, aborda sentimentos guardados desde a infância e que nem todas as pessoas podem entender.
DESPEDIDA
Augusto Frederico Schmidt
Os que seguem os trens
onde viajam moças muito doentes
com os olhos chorando
Os que se lembram da terra perdida,
acordados pelos apitos dos navios
Os que encontram a infância distante
numa criança que brinca
Estes entenderão o desespero da minha despedida.
Porque este amor que vai viajar
para a última estação da memória
foi a infância distante, foi a pátria perdida,
e a moça que não volta.