Fernando Schüler
Veja
O jornalista Breno Altman escreveu que o grupo terrorista Hamas é “parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel”. A Confederação Israelita achou que aquilo era demais, um tipo de injúria racial, e acionou a Justiça. Breno passou a ser “investigado” pelo Estado.
Até aí, mais uma história triste da censura brasileira, que virou feijão com arroz, nos últimos anos, jornalistas, humoristas, blogueiros, economistas, um partido comunista, rádios, plataformas digitais e, claro, “bolsonaristas” de todos os tipos e tamanhos.
MINÚSCULA MINORIA – De minha parte, divirjo inteiramente do Breno Altman, mas penso que ele, como qualquer outro ativista de esquerda ou de direita, deveria ter a liberdade para defender suas posições. E sei que isso me faz pertencer a uma minúscula minoria, nestes tempos bicudos. Não é o ponto aqui. O curioso, no seu caso, foi observar as reações.
O PT expressou sua “absoluta contrariedade com a ação do Estado contra um cidadão”. A presidente do partido disse que aquilo tudo era uma “perseguição”. E mesmo a ABI surgiu falando em “liberdade de expressão”.
Quando li sobre essas coisas, imediatamente me lembrei de Sebastian Castellion, o teólogo dissidente perseguido por Calvino, autor de “Sobre os Hereges” (em tradução livre), o primeiro livro moderno em defesa da liberdade de pensamento (nos termos do século XVI, por óbvio). “Opiniões são quase tão numerosas como os homens”, dizia Castellion, e “herege é como chamamos aqueles de quem discordamos”.
REPETIR OS ERROS – O pulo do gato é quando Castellion faz uma recomendação aos governantes: “Não deem ouvidos aos que aconselham a derramar sangue pela religião. Acreditem: se eles fossem perseguidos, aconselhariam o contrário…”.
Vai aí um dos encantos da história. Ela nos permite observar nossa estranhíssima vocação a repetir sempre os mesmos erros, o mesmo ridículo.
Na visão da Confederação Israelita, Altman é tipo de herege. E, logo, um “fora da lei”. Para os apoiadores de Altman, hereges são os jornalistas e blogueiros de “direita”, amplamente censurados, nos últimos anos, no Brasil. No início do governo Bolsonaro, a finada Lei de Segurança Nacional foi acionada, sem lógica, contra alguns hereges que chamaram o presidente de “genocida”, “pequi roído” ou sugeriram que seu destino seria o de Maria Antonieta.
ALTAR DA INTOLERÂNCIA – A política e a ideologia (incluindo aí os temas de “identidade”) tomaram o lugar que um dia foi da religião, no altar da intolerância. Alguns veem na Revolução Francesa o ponto de inflexão. A ascensão do jacobinismo, o culto da igualdade, o credo de Rousseau, depois Robespierre e Babeuf como uma “religião civil”. É uma história longa.
Seu ponto culminante foi a fúria totalitária no século XX. O domínio da política sobre a vida. A crença sem limites na “violência revolucionária” e a desgraça que conhecemos. Depois da queda do Muro, em 1990, muita gente enxergou o nascimento de um tempo novo de liberdade.
O tempo de Havel, o guru da minha juventude, e sua Revolução de Veludo. O tempo em que John Barlow, o roqueiro e filósofo libertário, lançou a Declaração de Independência do Ciberespaço. “Estamos criando um novo mundo”, dizia ele, “onde qualquer pessoa pode expressar suas crenças, não importa quão estranhas sejam, sem medo de ser coagido ao silêncio ou à conformidade”.
TEMPO DE MESQUINHARIA – Recordo dessas coisas para tratar do tema com alguma perspectiva. Duas ou três décadas depois de Barlow e sua utopia, vivemos um tempo de mesquinharia. A época dos controladores, dos pequenos calvinos, da novilíngua orwelliana a conta-gotas e sua tara para calar os novos hereges.
No Brasil dos últimos anos nos tornamos um laboratório disso tudo. Ainda está para ser feito o inventário de quantas pessoas foram censuradas, à revelia da Constituição. Sempre com o requinte de fazer tudo em nome da “democracia”. Em seu nome, recriamos em nosso mundo jurídico o “crime de opinião”.
Em nome da democracia, aceitamos banir, censurar, desmonetizar, processar, cassar passaportes, bloquear contas bancárias e mesmo prender.
RANKING DA BIZARRICE – Faço um ranking das decisões mais bizarras: o banimento do professor Marcos Cintra, por manifestar gentilmente algumas preocupações sobre nosso sistema de votação; o processo patético movido contra um punhado de empresários, por um papo sem relevância, em um grupo de WhatsApp; a censura ao PCO, minúsculo partido comunista, cancelado por um tuíte que ninguém leu, “atacando” o STF; o youtuber Monark, banido por uma frase incompreensível sobre “alguma mutreta aí”, com um ponto de interrogação sobre nosso sistema de votação; os deputados federais desligados da internet sem processo, à revelia da prerrogativa constitucional da imunidade parlamentar.
A lista é enorme. Há o perigosíssimo humorista Bismark Fugazza, preso em uma operação digna de série, no Paraguai. Há as plataformas digitais, censuradas por apresentarem sua visão sobre o PL das Fake News. E, lá no início, o impagável caso do Mito Show, o dançarino negro da Bahia, sem um tostão, autor de algumas alegorias pró-Bolsonaro, posto em cana como perigosa ameaça ao “estado de direito”.
CENSURA PRÉVIA – De tudo, o que mais impressiona é o exercício aberto da censura prévia. O ofício mandando “tirar esse aí da rede”. O poder personalíssimo, o processo nenhum. A exceção convertida em política de Estado. A fraseologia, em norma de direito. Sem fogueira, como no século XVI, ainda que com uma sombra. O Clezão, o morto “irrelevante” da Papuda, cuja menção talvez seja de mau gosto, como escutei, dias atrás, nestes novos tempos de democracia.
Quando Miguel Servet foi queimado vivo, na Genebra de 1553, por divergir das teses de Calvino, houve um tipo solitário que reagiu. Seu nome: David Joris, um teólogo flamengo. Ele escreveu ao Conselho da cidade com um apelo. “Pensem no que aconteceria se nossos oponentes tivessem rédea solta para matar hereges. Quantos homens restariam na terra?”.
A carta não deu em nada. Ele mesmo seria arrancado da cova, e seu corpo queimado, como um herege. Mas seu gesto está lá. Diante do horror, a percepção precoce do sentido da tolerância. A atitude rara de quem enxerga sinais de luz quando tudo está escuro. É nele que penso, nesses tempos difíceis. E, se pudesse fazer um apelo a nossos homens de poder, não teria muito a acrescentar ao apelo de David Joris. Afinal, 470 anos é tempo suficiente para aprender.
Seria genocida, quem assim questiona?
Abrólhos!
“USE SEU CÉREBRO E PROVE QUE VOCÊ NÃO FOI ENGANADO
RESPONDENDO AS SEGUINTES PERGUNTAS:
1. Se o vírus é natural e não foi manipulado, por que tem uma patente?
2. Se há uma pandemia, por que a mortalidade não chega a 2% em todo o mundo?
3. Se o vírus é tão mortal, por que preciso fazer o teste para ver se eu o tenho?
4. Se uma pessoa saudável é a que não tem sintoma algum, o que é uma pessoa assintomática?
5. Se o vírus é tão contagioso e eles usam protocolos de radioatividade para os cadáveres, por que as máscaras vão para o lixo comum?
7. Se não houver vírus isolado ou sequenciado para estudo, o que os teste PCRs medem?
8. Se não há vírus isolado ou sequenciado para estudo, como podem fabricar as “……”?
9. Se o SARS-COV-2 ainda não está disponível, como as “……” contra as variantes Alfa, Beta, Gama, Epsilon, Eta, Iota, Kappa, Mu, Malburg e Ômicron podem ser úteis?
10. Se o Ômicron não existia, antes de Novembro 2021, como a Amazon já disponibilizava a venda de quatro livros sobre este vírus?
11. Se a vachina realmente imunizasse, como poderia um não vacinado” afetar a saúde de um “vacinado”?
12. Se os “não vacinados” estão proibidos de voar pelas empresas aéreas, quem está levando e espalhando as variantes pelo mundo?
13. Se os “vacinados” continuam a ser transmissores do vírus, para que serve o passaporte sanitário?
14. Por que as mortes ou sequelas relacionada a vachina não são notificadas e nem informadas?
15. Por qual motivo todas as plataformas bloqueiam qualquer informação científica ou pronunciamento de cientistas com estudos de reações adversas
das vachinas?”
jornalista Breno Altman, que afirmou que o Hamas é “parte decisiva da resistência palestina contra o Estado colonial de Israel” e acrescentou que “não importa a cor dos gatos, desde que cacem ratos”.
Sr. Newton
È desse jeito que o Maior ladrão que o mundo já viu e seus jornazistas nazi=fasci-comuna doentes procto retais querem “pacificar o Páis”.
Grande Abraço
E vamos em frente que atrás vem o Luladrão de sempre com seus ceguidores doentes que não são gente….
:o)
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Ora pois, estava sendo previsto, nas “estrelas” desde 2.010, segundo:
Abrólhos!
Lembrando, que ninguém viu o que ocorreu conforme:
” O PNDH-3 — Criação de uma Ditadura Marxista no Brasil?”
“Este projeto é um excelente exemplo de Dialética Hegeliana e novilíngua. Direitos humanos, nesse projeto, significam qualquer coisa que o governo queira que signifiquem e servem como desculpas para revisar todas as leis, censurar toda a mídia, confiscar a propriedade privada e abolir a liberdade de expressão. Com uma canetada, Lula quer implementar a revolução marxista que até aqui escondeu do povo brasileiro.”
https://www.espada.eti.br/pndh3.asp Data da publicação: 13/1/2010.