Danielle Brant
Folha
Envolvido em controvérsia por causa de viagem de servidores a um Carnaval fora de época em Aracaju, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, manteve uma média de uma agenda por semana ligada a Sergipe ao longo de 2023.
De acordo com informações disponibilizadas no sistema eletrônico de agendas de autoridades do Executivo, foram ao menos 59 dias em que Macêdo manteve reunião ou participou de algum compromisso relacionado ao estado no qual construiu sua base política —foi deputado federal de 2011 a 2015 e depois assumiu em 2022, com a cassação de Valdevan Noventa (PL). Em 2020, ele concorreu à prefeitura de Aracaju, mas ficou na quarta colocação no primeiro turno, com apenas 9,55% dos votos.
SEMPRE PRESENTE – Em 2023, foram pelo menos seis encontros com o prefeito reeleito, Edvaldo Nogueira (PDT). Macêdo é apontado para concorrer ao cargo na eleição municipal deste ano.
O ministro também se reuniu pelo menos seis vezes com o governador Fábio Mitidieri (PSD). A agenda registra ainda representantes do Congresso Nacional, como o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e a deputada Delegada Katarina (PSD-SE), além de deputados estaduais e vereadores.
O ministro recebeu prefeitos e deu entrevistas a emissoras de televisão e rádio de Sergipe e participou de atos no estado. Em maio, por exemplo, esteve na entrega de tratores e implementos agrícolas na Sede da Codevasf em Sergipe, visitou hospitais e as instalações da Universidade Federal de Sergipe.
MÁQUINAS AGRÍCOLAS – Em novembro, a agenda traz a entrega de máquina agrícola no município de Salgado (SE), enquanto em dezembro há novo registro de entrega de tratores e implementos agrícolas na sede da Codevasf no estado.
Macêdo também marcou presença, em outubro, no lançamento da licitação para a construção da ponte interligando Neópolis (SE) a Penedo (AL), em evento realizado no Ministério dos Transportes, comandado por Renan Filho.
A viagem dos servidores com recursos públicos —devolvidos posteriormente— gerou uma crise no ministério, pois eles não tinham agenda oficial na capital sergipana e apenas participaram do evento Pré-Caju.
ERRO FORMAL – O próprio ministro, cuja base política é Aracaju, diz ter pago a sua viagem do próprio bolso. O ministro disse que a viagem dos assessores se deveu a um “erro formal”.
O Painel questionou a Secretaria-Geral da Presidência da República sobre por que o ministro tem dedicado tanto tempo da agenda ao estado e se tem relação com uma possível disputa à eleição municipal de Aracaju ou ao governo do estado em 2026.
Até agora, não houve resposta.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em matéria de usar a máquina pública em benefício próprio, esse ilustre desconhecido que manda no Planalto é realmente um grande mestre. Pelo visto, o único trabalho a que se dedica é fazer permanente campanha eleitoral, gastando verbas públicas. O mais estranho de tudo isso é ele ainda não ter sido demitido. Dá saudades do presidente Itamar Franco. (C.N.)
“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, disse Lula, dias atrás.
cretiniõ, amigão de dona janja. ela não foi no bloco dos boçais porque estava gripada. pobre Brasil. O ministro(de que? faz o que que?) dança, rebola e sa samba e o povo passa fome.
Pois é , o Brasil precisa urgentemente de presidente da república e de juízes honestos e honrados , além de funcionários públicos .