Deu na Folha
(Agência Reuters)
Donald Trump disse em entrevista publicada nesta segunda-feira (25) que somente um tolo não teria reagido como Israel depois dos ataques do Hamas no 7 de Outubro. O candidato republicano à Presidência, contudo, alertou que Israel perde apoio internacional e deveria encerrar a guerra travada contra o grupo terrorista na Faixa de Gaza.
“Foi uma das coisas mais tristes que já vi” e “aquele foi um ataque horrível”, afirmou Trump em relação aos ataques do grupo terrorista que desencadearam o conflito contra Tel Aviv. “Dito isso, vocês precisam terminar sua guerra. Vocês têm que terminá-la, têm que acabar com ela.”
EM ENTREVISTA – A declaração do ex-presidente dos EUA foi feita em uma entrevista ao jornal israelense Israel Hayom. Nela, Trump associou a onda de antissemitismo após o início da guerra à postura ofensiva adotada por Israel.
“Isso aconteceu porque vocês revidaram. E acho que Israel cometeu um erro muito grande. Eu queria ligar para [Israel] e dizer ‘não faça isso’.”
Em seguida, Trump também criticou a atitude de Israel de jogar bombas em prédios na cidade de Gaza. “É uma imagem muito ruim para o mundo. Acho que Israel queria mostrar que é forte, mas às vezes não se deve fazer isso.”
ISRAEL IRREDUTÍVEL – Apesar dos apelos da comunidade internacional para Israel atenuar sua ofensiva, Tel Aviv afirma que continuará os ataques até que o Hamas seja destruído e seus reféns na Faixa de Gaza sejam libertados.
A entrevista também serviu como uma oportunidade para Trump criticar seu adversário político nas eleições de novembro. Diante das tensões diplomáticas entre Washington e Tel Aviv, Trump culpou Joe Biden pelo 7 de Outubro, pois, segundo ele, o democrata não é respeitado pelo Hamas. “Eles [o Hamas] nunca teriam feito esse ataque se eu estivesse lá”, disse o republicano.
Biden ter perdido apoio de parte dos eleitores que se declaram democratas devido a seu apoio a Israel. Nas eleições primárias, por exemplo, houve protestos organizados principalmente pela comunidade árabe-americana em alguns estados para votar em branco — o que preocupa a campanha do atual presidente.
NOVA OFENSIVA – A intenção de Israel de expandir sua operação para a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão abrigados, é o principal ponto de tensão entre EUA e Israel nesta fase do conflito.
Enquanto Washington tem tentado desencorajar a invasão devido ao seu potencial de causar mortes de civis, Tel Aviv tem dobrado a aposta — o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse, por exemplo, que vai manter seus planos em Rafah mesmo sem o apoio de seu aliado histórico.
O premiê, nesta segunda-feira, também cancelou o envio de uma delegação a Washington para discutir a planejada operação em Rafah. A decisão se deu depois que os EUA se abstiveram de vetar uma proposta do Conselho de Segurança da ONU, que pedia um cessar-fogo em Gaza, o que tensiona mais as relações entre o governo Biden e Tel Aviv —como membro permanente do Conselho, Washington tem poder de veto a qualquer proposta de resolução.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Toda guerra é eivada de insanidade. A mais insana é justamente a motivada por razões religiosas. Israel jamais derrotará um povo que se reproduz como coelhos, cujos jovens têm a obsessão de morrer lutando por Alá, porque assim terão direito ao paraíso, que inclui 72 virgens e mais um punhado de viúvas, para se divertirem à vontade. E os palestinos jamais vencerão Israel, o país mais obstinado do mundo, que tem a bomba atômica e a qualquer momento pode fazer uso dela. Os israelenses estão pouco se importando com a opinião pública mundial. E estão condenados a jamais usufruir realmente um dia de paz, vivendo sempre em sobressaltos. (C.N.)