Decisão de Lewandowski sobre estatais foi um retrocesso realmente inaceitável

O ministro Ricardo Lewandowski mudou a lei das estatais e volrou a permitir que politicos sejam contratados para as empresas

Antes de deixar o Supremo, Lewandowski fez a lambança

Merval Pereira
O Globo

A autorização do Conselho de Administração e da Diretoria da Petrobras para mudança no estatuto da empresa, destinada a facilitar a nomeação de políticos para cargos executivos, é um movimento que já estava em curso antes, desde que ministro Ricardo Lewandowski deu um voto monocrático mudando a lei das estatais, aceitando uma brecha ´para que políticos fossem indicados para cargos.

Foi um retrocesso, e indicava a intenção de voltar a ideia de que políticos devem ocupar diretorias, nas mesmo depois do que aconteceu no petrolão.

ESTRATÉGIA DO PT – Tudo é consequência desta estratégia, que o PT sempre defendeu. O partido jamais abriu mão de atuar nas estatais, especialmente, nos fundos de pensão dessas empresas, para controlar a direção e recursos financeiros, a fim de orientá-los no sentido partidário.

Não é uma novidade, é um retrocesso já previsto e lamentável. Lamentável que o PT continue com essa visão estadista que tem que controlar todos os setores da economia. Já deu errado e vai dar de novo.

A ideia de capitalismo de Estado é uma ideia do PT que não se coaduna com o ocidente, com a ideia de uma economia aberta.

OUTRO RETROCESSO – A divisão dos cargos entre os partidos da base aliada é outro retrocesso político violentíssimo, produzido pelo centrão, que controla o congresso e tem apoio do PT, que adota estas relações partidárias para governar.

É o famoso caso do ex-deputado Severino Cavalcanti, que disse que queria a diretoria da Petrobras “que fura poço”.

O pior é que essas coisas voltaram a acontecer e as pessoas defendem como se fossem a coisa mais natural do mundo. Perderam o pudor completamente. O final disso não é muito bom.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGCorretíssimo o artigo de Merval Pereira,  Em decisão monocrática, Lewandowski fez uma tremenda lambança, para ajudar Lula e o PT. O Supremo deveria rever essa decisão monocrática, o mais rápido possível. O pior é que Lewandowski é cotado para ser ministro da Justiça, vejam a que ponto chegamos. Mas quem se interessa? (C.N.)

13 thoughts on “Decisão de Lewandowski sobre estatais foi um retrocesso realmente inaceitável

  1. Lê-se nas entrelinhas que Merval quer a continuidade da gestão anterior. Aquela que gera lucros somente para distribuir dividendos aos acionistas, sem qualquer investimento. Aquela que vende ativos lucrativos a preço de banana.

    Desses “patriotas” o Brasil está cheio. E vem com uma conversinha para enganar incautos.

    O que se deve reforçar, isso sim, são mecanismos que previnam falcatruas, as tais regras de conformidade, independentemente de quem seja o gestor.

  2. O perfeito o comentário de José Vidal, desfaz a narrativa dos privatistas que acham que o mercado resolve os problemas nacionais.
    A Petrobrás em especial e todas as demais empresas de base e estratégica criadas por Getúlio Vargas, até o fim da ditadura vinham crescendo, se tornaram grandes empresas e ajudando o desenvolvimento do Brasil, mesmo sendo atacada incessantemente pelos defensores do liberalismo privatista.
    O presidente Temer com a lei das estatais resolveu tirar essas empresas em poder do governo e entregar a sanha do mercado que para aumentar o lucro colocou o preço dos combustíveis em dólar que provocou o aumento gerando inflação, com isso aumentou o lucro da Petrobrás em torno de R$ 100 bilhões que eram direcionado aos acionistas, com mais de 40% de acionistas estrangeiros. Era dinheiro do Brasil levado para o exterior, sem volta.
    Como a Petrobrás agora está utilizando a maior parte do lucro em investimento na própria empresa, os defensores do mercado estão esperneando em defesa dos acionistas.
    O Brasil cresce com o crescimento da Petrobrás e as demais empresas estratégicas. Só não entende isso os vendilhões da pátria da direita e de sua prima, a extrema direita.
    A Eletrobrás é uma empresa de base, estratégica, monopólio e lucrativa, foi vendida a preço de banana e agora dizem que está num programa de demissão voluntária de seus empregados para aumentar mais ainda lucro, colaborando com o desemprego. A iniciativa privada não tem compromisso como social, seu compromisso é o lucro.
    Se Juscelino, não contasse essas empresa de base criadas por Getúlio, não conseguiria em cinco anos adiantar o Brasil em 50 anos e a ditadura levar o Brasil à oitava economia do mundo.

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