Mônica Bergamo
Folha
O coletivo Vozes Judaicas por Libertação elaborou uma nota em defesa do presidente Lula (PT) por ter comparado o que ocorre na Faixa de Gaza ao Holocausto. As falas do petista abriram uma crise diplomática com o governo israelense. “A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós”, afirma o texto.
E segue: “Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática”.
COMPARAÇÃO – O coletivo diz que “a comparação entre genocídios é sempre complicada” e que “não há como estabelecer qualquer hierarquia”, mas afirma que as falas do chefe do Executivo “são de grande importância”.
“Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos”, afirma ainda o grupo.
“As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa —tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas— sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel.
DISSIDENTES – Entre os membros do Vozes Judaicas por Libertação estão o professor da PUC-SP Bruno Huberman,a pesquisadora Beatriz Kalichman, a historiadora Branca Zilberleib e o ativista Yuri Haasz.
O grupo vai na contramão de outras entidades da comunidade judaica brasileira, que criticaram o petista.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse que o governo Lula “abandona a tradição de equilíbrio e a busca de diálogo da política externa brasileira”. A Federação Israelita do Estado de São Paulo também lamentou a fala do presidente.
###
APOIO INCONDICIONAL A LULA
A nota do coletivo Vozes Judaicas por Libertação é do seguinte teor, na íntegra:
“Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo.
A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o ‘pior’ genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo.
A contradição do povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.
Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror.
Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino.
As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração.
Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.
Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder.”
Na essência, o coletivo Vozes Judaicas por Libertação, ratifica o que intelectuais da Universidade de Harvard, incluídos Albert Einstein e Hannah Arendt, detectaram em 4 de dezembro de 1948!!! – as ligações umbilicais do Sionismo com o Nazifascismo.
(Não é à toa que a Direita, extremada ou não, busca, metafórica e literalmente, destruir Universidades. Exatamente o que estamos a testemunhar nos ataques israelenses no Gueto de Gaza.)
Pessoal da PUC é esquerdista, deve ser financiado pelo Sr Inácio.
alguém quer saber a origem dessa milenar diáspora? abraão, o pai das multidões, sara e agar…
VIOLÊNCIA, TERRORISMO E TERRORISTAS NÃO SÃO SOLUÇÃO PRA COISA NENHUMA, e compactuar com essa demência, direta ou indiretamente, ainda que sob falsos pretextos, é flertar com o capeta, contra os quais a tolerância tem que ser zero, valendo lembrar no caso a posição corajosa do saudoso General João Batista de Oliveira Figueiredo que a certa altura do campeonato da história do Brasil foi cirúrgico e incisivo ao dizer: “hei de fazer do Brasil uma democracia de verdade, e ai daqueles que sequer tentarem me impedir, porque eu prendo e arrebento”, um recado direto aos famigerados terroristas do porão da famigerada ditadura que havia saído do controle dos generais, assim como a corrupção dentro das próprias forças armadas, terroristas que não se fizeram de rogados e nem se deram por achados e que, tipo erva ruim, ainda continuam aí surfando na crista da onda do militarismo e do partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, com os seus golpes, ditaduras e estelionatos eleitorais, prometendo matar pelo menos mais 30 mil seres humanos, fechar STF, etc. e tal. Daí o recado duro de Israel, “urbe et orbi”, face aos terroristas, a Gaza e àqueles que, consciente ou inconscientemente, por inocência, culpa ou dolo, aceitam a condição de escudos humanos de terroristas, bandidos e afin$: “não aceitem a condição de bucha de canhão de bandidos porque as vítimas podem ser vocês”. Diz a sabedoria popular que “quem usa cuida”. Amorim não tem nada de bobo e nem vai ser louco de por em risco o seu emprego extra que complementa ricamente a sua aposentadoria e que lhe propicia vantagens e privilégios formidáveis face aos simples mortais. Quanto ao Lula, precisa decidir se quer ser presidente ou apenas um pitaqueiro monopolizador de todas as opiniões e espaços com velhas opiniões formadas sobre tudo ao invés de ser a “metamorfose ambulante”. Israel, ao que parece, reagiu e continua reagindo contra um ataque e golpe mortal praticado por terroristas, até prova em contrário, que fizeram centenas de vítimas, covardemente, à socapa, que não lhe deixaram outra opção senão reagir ou morrer, perfazendo o fato uma questão é de vida ou morte, uma guerra que não deveria nem ter começado porque é do tipo que sabe-se como começa mas nunca se sabe como e nem quando termina. Gaza, por sua vez, estava completamente dominada por terroristas assassinos, violentos, ao que consta, com a banda inocente da sua população capturada pelos terroristas e usada pelos mesmos como escudo humano, bucha de canhão. Lula deveria antes se preocupar com as Gazas do Brasil, tipo bombas-relógios brasucas, e, se possível, resolvê-las com inteligência, pacificamente, antes que seja tarde demais. http://www.tribunadainternet.com.br/2024/02/20/quem-deve-desculpas-a-humanidade-e-israel-e-nao-o-brasil-afirma-amorim/?fbclid=IwAR2kh-lDnfYpME_LG5C9WlqFRJHFr66wH_eZZuxk9XJAZNDyGrLHwDDtrAQ
Belas e espertas palavras, em defesa de um estado LATROCIDA TERRORISTA GENOCIDA SIONISTA.
Obs.:
Senhor Carlos Newton , não estou conseguindo salvar meus dados , no navegador e quadro abaixo .
Ui, quando o comentário é maior que a matéria 🙏
Não é comentário, Gesse, é a íntegra da nota.
Abs.
CN
RELIGIÃO E ENLOUQUECIMENTO. A loucura tem muitas matizes e engloba muitos termos, muitas expressões, muitas situações, acontecimentos históricos, religiosos, políticos, mitológicos, etc. Loucura no trânsito, loucura na moda, tempos loucos, etc. Comparar a matança de mulheres, idosos, bebês, animais em Jericó ou Gaza por Israel, ou em Israel pelo Hamas, com situações bíblicas ou com situações das Cruzadas, por ambos os lados, são coisas do fanatismo religioso do século XXI. ‘’Enlouquecimento’’, além das definições, conceitos, constructos dos dicionários e livros especializados, pode ser fanatismo, alienação, extremismo, cegueira, violência, guerras, carnificinas, massacres, morticínio, matança de inocentes, rios de sangue da Reforma Evangélica. A humanidade vive 500 mil anos nas trevas do ignorância, superstição, preconceito, escravagismo, medo, doenças, pestes, pragas, fanatismo religioso, por causa de deuses invisíveis. A maravilhosa Ciência, por sua vez, pouco adiantou para varrer o fanatismo religioso da face da Terra. Provar o que se diz, fazer tudo aquilo o que se propõe a realizar para o conhecimento, inteligência, conforto, saúde, bem-estar da humanidade, possui pouco importância frente às paixões mitológicas ou territoriais. Afinal, somos animais políticos e territoriais, não é mesmo? LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.
Israel está envenenado pelo ódio e LULA foi pontual, por isso a indignação com “as falas” dele.
O que temem os israelenses diante do pedido imediato de criação do estado palestino? Qualquer acordo terá que levar em consideração a segurança de Israel. Neste momento seria prematuro o reconhecimento do estado nas Nações Unidas, porque a Autoridade Palestina ainda não controla todo o território palestino. Gaza não está sob o controle de Abbas, mas é governada por uma organização terrorista, o Hamas. Os votos na ONU a favor da criação do estado palestino poderiam colaborar para o reconhecimento de uma organização terrorista no poder. Essas preocupações com a segurança serão prioritárias em nossas discussões com os palestinos para o acordo de paz. Especialmente por isso não acreditamos que esse movimento unilateral seja produtivo. – Cecília Araújo
Publicado em 23 de setembro de 2011 às, 13h39; http://www.exame.com
Senhor Luiz , não é medo , mas sim que esse encrave Palestino é rico , em minerais nobres além de gás & petróleo , por isso os USA , Inglaterra e França , estimularam os líderes Israelenses a boicotarem e melarem o acordo de paz , entre as partes , inclusive os agentes do ” MOSSAD ” assassinaram a mando das autoridades Israelenses da época o primeiro – ministro Israelense , envolvido nas negociações de paz , com o então líder Palestino Yasser Arafat , que simbolicamente entregou seu revolver em público nos USA , ao presidente norte-americano envolvido nessas negociações , junto ao então primeiro-ministro Israelense , sugiro consultar os livros físicos , á moda antiga , pois os virtuais tem muitas mentiras e distorções , além de ser facilmente manipulável , lembrando que os verdadeiros inimigos do povo Israelense , são famigerados rabinos e lideres religiosos locais , que vivem às custas do trabalho e sacrifício do povo Israelenses , que sucessivos governos os bancam e não querem largar o osso .