Carlos Newton
Não dá mais para aceitar o prolongamento do conflito na Faixa de Gaza, que já dura sete meses e torna-se uma ameaça cada vez maior à estabilidade do Oriente Médio. Os Estados Unidos e a Arábia Saudita arquitetaram um plano de paz auspicioso, que possibilitaria pôr fim à guerra. Mas o governo de Benjamin Netanyahu desprezou a proposta e ordenou que as forças armadas iniciassem o ataque a Rafah, a última cidade da Gaza ainda não destruída por Israel, que tem apenas 21 mil moradores e está abrigando mais de 1 milhão de refugiados palestinos.
A iniciativa de americanos e sauditas fracassou, mas teve um efeito altamente auspicioso. Pela primeira vez, desde o início das hostilidades, em outubro, o chamado Gabinete de Guerra entrou em crise em Jerusalém, porque o premier Netanyahu passou a ser frontalmente contestado.
PLANO DE PAZ – Neste sábado (dia 18), o líder do Partido da Unidade Nacional, Benny Gantz, que integra o Gabinete de Guerra desde o ataque do Hamas, exigiu que até 8 de junho seja adotado um plano de seis pontos que praticamente repete a proposta dos governos dos EUA e da Arábia Saudita.
Segundo o repórter Tim Lister, da CNN, esse plano garantiria o retorno dos reféns israelenses, a desmobilização do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza. E também levaria à criação de um governo alternativo para Gaza, “uma administração americana-europeia-árabe-palestina” que “estabeleceria as bases para uma alternativa futura que não seja o Hamas ou [Mahmoud] Abbas”, presidente da Autoridade Palestina.
Portanto, a proposta é praticamente igual à sugerida por americanos e sauditas. A única diferença é a criação da força de paz de países ocidentais e árabes, para administrar a volta dos palestinos à Gaza.
DISPUTA DE PODER – Diz o repórter da CNN que o plano de Gantz também garantiria o retorno dos israelenses deslocados pelos ataques do Hezbollah, a milícia apoiada pelo Irã no Líbano, e medidas para garantir que os judeus ultraortodoxos possam ser convocados para o serviço militar.
“Se decidirem levar a nação ao abismo, nos retiraremos do governo, voltaremos para o povo e formaremos um governo que possa trazer uma verdadeira vitória”, acrescentou Gantz, um dos líderes mais cotados para derrotar Netanyahu, que está obcecado pela guerra, porque é a única forma de continuar no poder.
No desespero, Netanyahu tenta convencer os israelenses de que poderão simplesmente usurpar a Faixa de Gaza para ampliar ilegalmente o país, mas essa invasão jamais será aceita pela comunidade internacional e significará a eternização da guerra.
GOVERNO REAGE – “As condições estabelecidas por Benny Gantz são palavras fracassadas cujo significado é claro: o fim da guerra e uma derrota para Israel, o abandono da maioria dos reféns, deixando o Hamas intacto e o estabelecimento de um Estado palestino”, afirmou em nota o primeiro-ministro.
Mas o plano sugerido por Gantz não surge de forma isolada. Na semana passada, o terceiro membro do gabinete de guerra, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, posicionou-se contra Netanyahu: “Não concordarei com o estabelecimento do regime militar israelense em Gaza. E Israel também não deve estabelecer um regime civil em Gaza”.
Com isso, começou a ruína do governo de Netanyahu, que há sete meses estava sendo derrubado quando houve o ataque do Hamas. Sem a guerra, ele já estaria fora do poder e a realidade em Israel já seria outra.
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P.S. – A queda de Benjamin Netanyahu é apenas uma questão de tempo, porque os governos dos Estados Unidos e da Arábia Saudita vão defender o plano da Gantz, com apoio de praticamente o mundo inteiro. Assim, o futuro de Netanyahu não vale uma moeda de três shekels. E a possibilidade de paz na Terra Santa passa a existir concretamente. (C.N.)
O Hamas simplesmente não vai aceitar esse acordo. Assim como não aceitou nenhum até agora.
Desculpe, Walsh, mas o Hamas pediu aos Estados Unidos o cessar-fogo.
Abs.
CN
E vc acreditou?
Hamas sempre pede cessar fogo, mas não aceita entregar nada.
O Hamas não luta para a criação do Estado Palestino, nem mesmo para proteger os palestinos.
O objetivo do Hamas é destruir Israel, sem meio termos.
Sete meses?
Faltam dois, para um dolorido parto, ou anestesiada cesariana de um idealizado e devorador monstro!
Aguardemos o pior, dada a índole e os propósitos de quem como décima terceira tribo “forjou” àquele estado de mentirosas e falsas coisas, que deverão passar por uma purificadora e divina fundição!
“Dendos”, em:
https://hebreuisraelita.wordpress.com/?s=Koestler&submit=Pesquisa
Kremlin diz ser muito curioso EUA parecerem dispostos a sancionar TPI
MOSCOU (Reuters) – O Kremlin disse nesta terça-feira que é muito curioso que os Estados Unidos parecessem estar prontos para usar sanções contra o Tribunal Penal Internacional, cujo procurador solicitou mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seu chefe de Defesa e três líderes do Hamas por supostos crimes de guerra.
O procurador do TPI, Karim Khan, disse em uma nota emitida após mais de sete meses de guerra em Gaza que ele tinha motivos razoáveis para acreditar que os cinco homens “têm responsabilidade criminal” por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O presidente dos EUA, Joe Biden, chamou a medida legal de “ultrajante”, enquanto o secretário de Estado, Antony Blinken, disse que isso poderia prejudicar as negociações sobre um acordo de reféns e um cessar-fogo.
Alguns parlamentares norte-americanos pediram que os Estados Unidos impusessem sanções ao tribunal. Em 2020, os EUA impuseram sanções a um procurador do TPI.
“Em geral, a situação é mais do que curiosa em termos da atitude e da disposição dos EUA de usar métodos de sanções até mesmo contra o TPI”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.
Em março do ano passado, o TPI emitiu mandados de prisão contra o presidente Vladimir Putin por acusações de crimes de guerra.
A Rússia diz que o mandado contra Putin é uma tentativa sem sentido do Ocidente de manchar a reputação da Rússia e nega crimes de guerra na Ucrânia. A Ucrânia afirma que a Rússia cometeu crimes de guerra. A Rússia diz que o Ocidente tem ignorado os crimes da Ucrânia, uma acusação negada por Kiev.
Biden disse no ano passado que a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão para Putin foi justificada. Os Estados Unidos compartilharam detalhes dos supostos crimes de guerra russos na Ucrânia com o TPI.
A Rússia não faz parte do Estatuto de Roma, que estabeleceu o TPI, portanto Moscou não reconhece a jurisdição do tribunal.
“Não somos parte do estatuto relevante, portanto, não reconhecemos a jurisdição do tribunal”, disse Peskov.
COMO QUE OS USA SE ARROGA A INTERMEDIAR UM CONFLITO , ENTRE NAÇÕES , SE ELE MESMO É COMPLETAMENTE PARCIAL , HIPÓCRITA E TENDENCIOSO ?
Lembremos que Israel , USA , Inglaterra , França estão ” destruindo , desfazendo ” e jogando no lixo , seu acordo de paz com o Egito , firmado á mais de 50 anos , por estarem financiando e armando Israel , para empurrar o povo Palestino para dentro do território Egípcio , e se apropriando de suas terras .
Senhor Walsh , lembre-se que o grupo ” Hamas ” , fora criado , amamentado e armado pelo governo e órgãos de segurança Israelenses , e que o evento de 07/10/2024 , executado por sua cria , fora facilitado e permitido pelas autoridades locais
Senhor Walsh , lembre-se que o grupo ” Hamas ” , fora criado , amamentado e armado pelo governo e órgãos de segurança Israelenses , e que o evento de 07/10/2024 , executado por sua cria , fora facilitado e permitido pelas autoridades locais , e de mais a mais , o governo de Benjamin Netanyahu , seus financistas não estão nem aí para resgataram os reféns vivos entregues ao Hamas , pela impossibilidade real de sua incapacidade , apesar de estarem armados até os dentes , destruindo e matando tudo e a todos cegamente inconsequentemente .