Hugo Marques
Veja
O advogado Eumar Novacki, que defende o delegado federal Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, comemorou a vitória que teve esta semana, quando o Ministério Público Federal arquivou o inquérito civil que apurava o envolvimento do ex-ministro nos atos de 8 de Janeiro, ocasião em que vândalos invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso.
Em entrevista à Veja, o advogado espera que a decisão produza desdobramentos também no inquérito criminal que ainda tramita na justiça, defende uma punição rigorosa para os vândalos e todos envolvidos nos ataques e reafirma que o ex-ministro é inocente:
Como o sr. recebeu a decisão do MPF de arquivar o inquérito civil contra o ex-ministro Anderson Torres?
Com serenidade, respeito e humildade. A decisão de arquivamento desse inquérito foi técnica e demonstra a independência funcional do Ministério Público Federal, cuja missão principal deve ser a busca da verdade e da justiça. Nunca fiz juízo de valor sobre posicionamentos do Ministério Público e não farei isso agora. Apenas reconheço que o órgão cumpriu seu dever ao atuar de forma técnica e isenta, o que é imprescindível no Estado Democrático de Direito.
O MPF analisou todas as provas contra o ex-ministro Anderson Torres?
Percebe-se claramente que a manifestação elaborada pelo procurador da República é resultado de um estudo minucioso do caso, no qual foram observados todos os aspectos relevantes. Ele destaca os elementos colhidos até então, nas diversas fontes de investigações, e conclui que Anderson Torres nada tem a ver com os lamentáveis atos de 8 de janeiro.
Qual tem sido a estratégia da defesa?
Trabalhar com a verdade, de forma técnica, respeitando e cooperando com todos os atores envolvidos, sejam magistrados, procuradores, policiais ou servidores da Justiça. Evitamos a todo custo a politização do tema. Procuramos nos manifestar apenas nos autos e posicionar a imprensa por notas oficiais. Entrevistas para imprensa são excepcionalidades.
Como o ex-ministro Anderson Torres recebeu a decisão?
Com emoção e certo alívio. Ele acredita que a verdade irá prevalecer e, ao final, provará sua inocência. Está consciente de que estamos dando um passo de cada vez. Ele sempre cooperará com a Justiça, pois é o maior interessado na apuração célere do ocorrido.
Anderson Torres continua com medidas cautelares?
Sim, ele continua cumprindo com muito zelo as determinações judiciais. Penso que, apesar de complexa, a investigação caminha para o desfecho. Nossa postura cooperativa tem permitido o esclarecimento dos fatos e a juntada de documentos que ajudam a entender o que ocorreu. Temos que passar a limpo esse triste capítulo da história do Brasil e que os verdadeiros responsáveis sejam punidos exemplarmente.
O senhor acredita que esse arquivamento vai ter reflexos no inquérito penal?
A decisão é bastante significativa e vamos juntá-la no inquérito penal. O inquérito civil avaliou várias provas colhidas até então, inclusive de outras apurações, como, por exemplo, do inquérito penal, da CPMI do Congresso, do Processo Administrativo Disciplinar em curso, e apresentou relatório fundamentado que isenta o ex-ministro de ter contribuído de qualquer modo, com os atos de vandalismo do dia 08 de Janeiro. O inquérito penal busca esclarecer os mesmos fatos sob a ótica criminal, e responsabilizar quem realmente cometeu crimes. Portanto, penso que ajudará na formação da convicção.
Houve exagero nas prisões?
Diante da situação de extrema gravidade e violência, era necessária uma medida enérgica. A resposta veio do STF, que agiu rapidamente para conter os ímpetos criminosos. Foram cenas revoltantes e, acertadamente, foi demonstrado que não mais se admitirá atos de vandalismo que atentem contra a democracia e suas instituições. A atuação do Supremo merece o devido reconhecimento. O Supremo agiu com a energia necessária que o momento exigia. Passado o calor do momento, faz-se necessário individualizar as condutas e responsabilizar quem realmente deu causa àquele lamentável episódio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Repare que no final da entrevista o advogado se vê obrigado a elogiar o Supremo, porque o tribunal ainda vai julgar criminalmente o ex-ministro Anderson Torres, caso o Ministério Público divirja do parecer do processo administrativo disciplinar e/ou o ministro Alexandre Moraes insista em condená-lo sem provas, algo que está em moda do Supremo, nos julgamentos dos réus do 8 de Janeiro. O fato concreto é que Moraes já “condenou” Torres sem provas, pois o jogou na prisão por quatro meses e até hoje o obriga a usar a tornozeleira eletrônica. Mas quem se interessa? (C.N.)
Carlão…com relação ao PS…
Na moral..Carlão…
Creio que os antigos estavam certíssimos quando alguem DESONRAVA um homem …
O que foi desonrado ..DECIDIA A PARADA NA BALA…OU NA ESPADA.
HONRA não tem preço.
Só sepga uma DESONRA…com vingança.
É o que eu penso.
YAH o ALTÍSSIMO SEMPRE SEJA LOUVADO…
Vingança leva à vingança.
Se força resolvesse, o Oriente Médio já estaria resolvido ha muito tempo.
Prezado e Nobre comentarista..e CONTRIBUINTE…Sr.Jose…
Prezado creio que o amigo entendeu o que eu escrevi…Só lamento o nobre ter feito essa comparação sem sentido…O que se passa no ORIENTE MÉDIO…é uma cousa nitidamente ESPIRITUAL…E o objeto do tema comentado é a defesa da honra de um HOMEM…noseu mais profundo ser..
Por isso só tenho a lamentar sua infeliz colocação…E o que me espanta partindo de um velha guarda de nossa TI…
Desejo ao nobre saúde e paz para sua Casa…
Com YAH NOSSO CRIADOR..
Bom dia especial ao senhor Carlos de Jesus.
Era o Nosso comentarista diário.
Mas com o tempo,virou comentarista semestral.
Até o próximo pitaco em dezembro.
Perguntar não é ofensa !!!
Porque o senhor Torres jogou fora o celular no Rio ???
??????????
Zinabrado e sem conserto!
Usou como chumbada que o peixe levou em sua última pescaria nas férias.