Na investigação da Abin, Gonet está prevaricando e levou Moraes a prevaricar também

Divulgação/TSE

Gonet sentiu as irregularidades na Abin e preferiu se omitir

Carlos Newton

Pela primeira vez, desde 2019, quando se iniciaram as investigações das milícias digitais, no famoso inquérito do fim do muno, aquele que não termina nunca, o relator Alexandre de Moraes teve um lampejo de dúvida e recusou-se a compartilhar com a Corregedoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) as provas da Operação First Mile, que investiga a criação da chamada “Abin Paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

É estranho, porque Moraes nunca tem dúvida. Portanto, quando isso acontece, convém raciocinar a respeito. O fato concreto é que o procurador-geral Paulo Gonet propôs ao ministro do STF  que não fizesse o compartilhamento de informações com a Corregedoria da Abin, porque teria sido identificada “uma possibilidade de interferência”.

Gonet ainda reforçou, dizendo que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA – Em tradução simultânea, Gonet fez uma denúncia gravíssima, capaz de abalar qualquer administração pública. Ora, “Intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos” é crime em qualquer país do mundo.

Diante dessa constatação, o procurador-geral da República deveria ter mandado investigar a Abin de cabo a rabo, revirando tudo para encontrar a verdade. Mas preferiu se fechar em copas, como se diz no carteado.

E por que não pediu a investigação sobre a Abin de agora (Lula), que estaria compactuando com a Abin de outrora (Bolsonaro)? Estaria Gonet a prevaricar? A quem estaria tentando proteger? E como a Agência Brasileira de Inteligência, nossa versão da CIA americana, poderia pretender interferir numa investigação oficial conduzida pelo Supremo Tribunal Federal?

E MORAES – Sobram dúvidas também sobre Moraes. O relator também estaria a prevaricar? Ao ser informado de que a Abin lulista queria proteger a Abin bolsonarista, porque não agiu com o rigor que caracteriza praticamente dez em cada dez decisões que toma?

E o mais inquietante foi a desculpa de Gonet, prontamente aceita por Moraes: “A aparente resistência identificada no interior da Agência Brasileira de Inteligência e a ausência de urgência do pretendido compartilhamento, que pode ocorrer após o encerramento das investigações, recomendam o indeferimento do pedido formulado”, argumentou o conciliador procurador-geral da República, e o ministro Moraes prontamente engoliu a pílula.

Em sua decisão, o relator do inquérito do fim do mundo afirmou que a apuração da resistência da Abin de Lula, segundo o parecer de Gonet, “não é adequada para o presente momento investigatório”. Por que nâo?

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P.S. 1
Essa história está muito esquisita. Se a Abin de Lula quer blindar a Abin de Bolsonaro, há algo de podre no governo, fedendo a quilômetros de distância e empesteando o Planalto Central.

P.S. 2O assunto é intrigante e inquietante. Prevaricar significa crime cometido por funcionário público, quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal. Vamos voltar ao assunto, é claro, com novas informações de cocheira, como se diz no hipódromo. Podemos adiantar que a Abin, Moraes e Gonet vão ficar muito mal na foto (C.N.)

Senador indaga por que a Caixa puniu gerentes que vetaram negociata

Eduardo Girão é titular da CPI das Apostas Esportivas

Girão quer investigar as operações lesivas da Caixa

Malu Gaspar
O Globo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou nesta sexta-feira (12) um requerimento para que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado cobre esclarecimentos da Caixa e da Caixa Asset sobre a destituição de dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Girão quer que sejam convidados para uma audiência pública o presidente da Caixa Econômica Federal, Antônio Vieira Fernandes, e o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento.

Conforme revelou a coluna, em um parecer sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.

ALTO RISCO – O Master é um banco formado a partir do antigo Banco Máxima que tem entre os principais acionistas os empresários Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto Ferreira Lima. Ele assumiu a atual razão social em 2021.

O documento da Caixa Asset classifica o modelo de negócios do Master como de “de difícil compreensão” e aponta para um “alto risco de solvência”. O parecer deveria ter sido discutido no comitê de investimento da Caixa Asset no último dia 4.

Mas, segundo a equipe da coluna apurou, o impasse criado pela postura dos técnicos fez com que o assunto fosse retirado da pauta. E quatro dias depois, os gerentes Daniel Cunha Gracio, de renda fixa, que assina o parecer, e Maurício Vendruscolo, de renda variável, que também avalizou os documentos, perderam seus cargos.

TRANSPARÊNCIA – “Diante dos fatos expostos, é essencial que esta Comissão esclareça os motivos para a destituição dos gerentes, os riscos associados à operação com o Banco Master, as medidas de governança e os procedimentos internos adotados pela Caixa Econômica Federal para garantir a transparência e a segurança das operações financeiras, bem como os impactos dessa operação na percepção do mercado financeiro e a confiança dos investidores na instituição”, escreveu Girão, ao apresentar o requerimento.

Para o senador, a destituição dos gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, quatro dias após a emissão do parecer técnico contrário à operação, “levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da Caixa Econômica Federal”, o que pode “comprometer a confiança do mercado financeiro na instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como se sabe, o presidente Lula entregou a Caixa Econômica ao deputado Arthur Lira, presidente da Câmara. Ou seja, misturou o PP com o PT, e o resultado não poderia ser nada diferente. Tutti buona gente, como dizem os mafiosos. (C.N.)

Gravação da Abin mostrará que não houve ilegalidades, afirma Bolsonaro

Acabou a mamata! Bolsonaro gasta R$ 5,8 milhões em cartão corporativo só  este ano | Revista Fórum

Bolsonaro garante que a gravação não tem nada demais

Igor Gadelha
Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi informado por auxiliares, no final da tarde de segunda-feira (15/7), sobre a divulgação do teor do áudio de uma reunião de 2020 na Agência Brasileira de Inteligência, que teria sido supostamente gravado clandestinamente pelo então diretor-geral da Abin, delegado Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal.

No encontro, Bolsonaro discutiu com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), então chefe da Abin, com o ex-ministro Augusto Heleno e com duas advogadas, o caso da “rachadinhas” de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

SUPOSTO PLANO – A reunião teria sido gravada por Ramagem e tratou de um suposto plano contra auditores responsáveis por elaborar o documento da Receita Federal que embasou a investigação das “rachadinhas”.

O áudio do encontro foi descoberto pela Polícia Federal durante a investigação da “Abin paralela”, que apura suposto esquema de espionagem ilegal de adversários do clã Bolsonaro no governo do ex-presidente.

Segundo apurou a coluna, Bolsonaro estava deixando a sede do PL, em Brasília, quando soube do levantamento do sigilo da gravação pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma primeira análise, o ex-presidente avaliou que a divulgação do inteiro teor da reunião não seria ruim para ele por conter falas em que ressalta que não estaria buscando o favorecimento de ninguém com a reunião.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Ainda nesta segunda-feira, o deputado Alexandre Ramagem reafirmou que a gravação não comprova nenhuma ilegalidade, assinalando que o então presidente Bolsonaro sabia que a reunião estava sendo gravada, como era rotina na Abin. Assim, aumenta cada vez mais o suspense da novela da Abin Paralela. No próximo capítulo, o ministro Moraes deveria revelar porque se recusou a enviar cópia das investigações à Corregedoria da Abin. A justificativa foi de que – “no momento” – não seria conveniente, e não convenceu ninguém. E assim a novela parece que vai virar Piada do Ano. Comprem pipocas. (C.N.)

Jovens bem formados e sem emprego estarão fortalecendo a direita radical?

Esquerdas sobem na opinião pública; e a direita recua - por Pedro do Coutto - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Duke (O Tempo)

Hélio Schwartsman
Folha

Mesmo que o presidente Emmanuel Macron consiga evitar que o Rassemblement National (RN) saia com um primeiro-ministro das eleições legislativas que começam no próximo domingo (30), é líquido e certo que esse grupo da ultradireita avançará várias casas. E, a crer nas pesquisas, os jovens são em grande medida responsáveis pelo crescimento do partido comandado por Marine Le Pen.

Boa parte da imprensa se pergunta como jovens, cujos avós deflagraram a revolução sexual e cujos pais asseguravam boas votações a partidos de esquerda, puderam ir tão para a direita. Sabe-se que a orientação política tem forte componente hereditário.

QUEBRA-CABEÇAS – Para tornar o quebra-cabeças ainda mais intrigante, um elemento recorrente nos fenômenos de radicalização política, a deterioração das condições econômicas, não está no momento muito presente.

Ao contrário, os ventos são favoráveis: a pandemia passou, a inflação vai sendo controlada e o desemprego, problema crônico na França, anda bem-comportado.

Uma hipótese que merece consideração é a levantada por Peter Turchin no livro “End Times”, que já comentei aqui. Para Turchin, um dos fatores que explicam períodos de turbulência é a superprodução de elites. Quando tudo vai bem, as pessoas se preparam para um futuro melhor. Estudam mais na esperança de encontrar empregos que paguem bem e tragam satisfação pessoal.

VOTOS RADICAIS – Só que, quando tudo vai realmente bem, temos a superprodução de elites: muito mais gente se preparando para assumir bons postos do que vagas disponíveis. Em algum momento, esses jovens percebem que o futuro pode não ser tão bom, o que se traduz em votos radicais, às vezes até antissistema.

Para Turchin, a superprodução de elites é um fenômeno cíclico que se repete a cada 100 ou 200 anos.

Se é mesmo isso que está por trás da ascensão da ultradireita nos países ricos, então lidamos com um problema muito mais estrutural e difícil de resolver do que se imaginava.

Trump escolhe ex-inimigo J.D. Vance como candidato a vice em sua chapa 

J.D. Vance será vice na chapa de Donald Trump à Casa Branca

JDVance esculhambava Trump, que se tornou seu “ídolo”

Deu no Estadão

O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de JD Vance, senador por Ohio como candidato a vice-presidente nas eleições, em novembro. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou o nome de Trump para disputar a Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

ATUAÇÃO – “Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além…”, conclui o anúncio.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começa nesta segunda-feira, 15, dois dias após o atentado contra Donald Trump, que teve o seu comício em Butler, Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros. O líder republicano foi atingido de raspão na orelha.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho.

EX-CRÍTICO DE TRUMP – O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

CRIADO PELOS AVÓS – Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

ANTES E DEPOIS – Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump.

Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Vance não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente.

 Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição de Binden como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”

Piada do Ano! Moraes está suspeitando que a Abin petista apoia a Abin Paralela

Movimento Liberdade volta às ruas por impeachment de Moraes | Brasil |  Pleno.News

Moraes está se defrontando com uma nova realidade

Deu na Carta Capital

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, seguiu uma recomendação da Procuradoria-Geral da República e rejeitou um pedido da Polícia Federal para compartilhar com a Corregedoria da Abin as provas da Operação First Mile, que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal na agência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em sua decisão, Moraes afirmou que a medida “não é adequada para o presente momento investigatório”. O parecer da PGR, porém, fornece mais razões para negativa.

BOICOTE – Segundo uma manifestação assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, identificou-se uma possibilidade de interferência. Ele reforçou que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

“A aparente resistência identificada no interior da Agência Brasileira de Inteligência e a ausência de urgência do pretendido compartilhamento, que pode ocorrer após o encerramento das investigações, recomendam o indeferimento do pedido formulado”, anotou a Procuradoria.

A desconfiança de investigadores com parte da atual gestão da agência não é um fato recente. Em janeiro, o presidente Lula (PT) exonerou Alessandro Moretti, então número 2 na hierarquia da Abin.

RELATÓRIO – A situação do delegado se deteriorou quando veio a público um relatório da PF que serviu de base para uma etapa da operação contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), diretor da agência entre 2019 e 2022.

A PF suspeita que a atual gestão da agência teria agido para interferir em investigações sobre a espionagem de autoridades durante o governo de Bolsonaro.

Em uma reunião com investigados, segundo a polícia, Alessandro Moretti teria afirmado que a apuração tinha “fundo político e iria passar”.

ANTES DO CARGO – No mais recente relatório, a Polícia Federal menciona que o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, ainda não estava no cargo quando participou da reunião – em março de 2023 – em que Moretti citou o “fundo político”.

“Não se identificou, por oportuno, normativo que autorizasse cidadãos alheios aos quadros da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência – receberem, dentre outras, informações sigilosas relacionadas as diligências em andamento”, completou a Polícia Federal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Por que Moraes não autorizou o compartilhamento de provas da ‘Abin Paralela’ com a Corregedoria da própria Abin? A explicação está na própria reportagem da Carta Capital, enviada à Tribuna por José Guilherme Schossland. O fato concreto é que Moraes se enrolou todo e já não confia em ninguém. O assunto é importante e divertido. Vamos voltar a ele. (C.N.)

No mundo inteiro, a política democrática mostra estar em forte decadência

Gilmar Fraga / Agencia RBS

Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha/Zero Hora)

Roberto Nascimento

O mundo está sem alternativas, com líderes fracos e sem estatura para os desafios da modernidade. Estados Unidos, China, União Europeia e Rússia lutam pelos espaços na economia global e na ampliação de suas esferas de influência.

A guerra da Ucrânia está inserida nesse contexto de poder. Já a  China deseja invadir Taiwan, a ilha nacionalista, que se tornou independente de Pequim em 1959, ano da Revolução Socialista liderada por Mao Tse Tung.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos tentam manter a supremacia econômica e política no Oriente Médio, porém encontram forte resistência do Irá, seu antigo aliado dos tempos do Xá Reza Pahlevi, e da Síria, apoiada pela Rússia.

ELEIÇÃO DECISIVA – É nesse quadro que os norte-americanos caminham para uma eleição decisiva. O atual presidente Joe Biden, com todos os problemas atribuídos a ele, tais como esquecimento de nomes e lentidão nas respostas dos debates, tem muito mais conhecimento de política internacional e de política interna do que o adversário Donald Trump.

O candidato republicano já mostrou seu caráter ditatorial, quando desacreditou o processo político e tentou desferir um golpe de estado, na transição do governo, há quase quatro anos, mandando invadir o Capitólio.

Será que os americanos vão dar uma segunda chance a Trump, para ele completar o que não conseguiu no primeiro mandato? Lembrem-se que ele atenta contra a democracia, quer reduzir a assistência à saúde, demonstra ódio visceral aos imigrantes, trata com desleixo a política externa, quer liberação total de armas e munições, nas mãos de quem quiser comprar, e atua pelo enfraquecimento da OTAN.

IMPACTO ELEITORAL – Vamos ver quantos pontos o atentado soma para Trump nas próximas pesquisas. Aliás, os assassinatos de presidentes e políticos nos EUA são uma marca histórica do país, um dos mais violentos do mundo, nesse aspecto.

John Kenedy, presidente democrata, foi assassinado no exercício do Poder. Logo depois, seu irmão, promotor de justiça, foi assassinado quando saía de um restaurante.

Depois disso, outro presidente dos EUA, Ronald Reagan, levou um tiro na barriga no exercício do mandato.

POR POUCO – Trump foi salvo, escapou por pouco, ao levantar o braço para apontar algum local, no momento do disparo, que pegou a orelha dele de raspão. Se não houvesse a movimentação, atingiria a nuca de Trump.

Importante salientar que o autor do atentado não era nenhum comunista. Trata-se de um jovem de 20 anos, filiado ao Partido Republicano, do próprio Trump.

Essa confusão é resultado da política liberal armamentista dos EUA. Lá, qualquer cidadão pode comprar armas, em qualquer loja da esquina. Aqui no Brasil, também iniciaram esse processo de armas para todo mundo. Armas supostamente legais vão parar na mão do crime organizado. As forças policiais, estaduais e federais perderam o controle da política armamentista.

MATANÇA – De norte a Sul, há mortes diariamente, nos confrontos entre quadrilhas pelo domínio do território, enquanto trabalhadores, crianças, mulheres e idosos são atingidos por balas perdidas, inclusive nas suas residências e as crianças nas escolas.

O tempo passa, realizam-se as eleições, há alternância de poder, mas não acontece nada. As quadrilhas e os milicianos continuam dando as cartas nas favelas e nos bairros pobres, onde assumem os serviços de fornecimento de água, energia, TV a cabo e venda de gás de cozinha. Até quando?

 

The New York Times adverte que Trump não será derrotado pela violência

New York Times” dedica toda a primeira página às 100 mil vítimas da covid-19 | Covid-19 | PÚBLICO

NWT pede que Trump seja derrotado pelo voto dos EUA

Deu no NYT

O Conselho Editorial do The New York Times, formado por um grupo de jornalistas de opinião que é separado da redação, publicou artigo lamentando o atentado a Donald Trump, nos seguintes termos:

Os americanos receberam um lembrete preocupante no sábado sobre a ameaça que a violência política representa para nossa democracia.

Há muito que ainda não sabemos sobre o atirador e o tiroteio, que está sendo investigado como uma tentativa de assassinato. Mas uma coisa está clara: qualquer tentativa de resolver uma eleição por meio da violência é abominável. A violência é antitética à democracia. Cédulas, não balas, devem ser sempre o meio pelo qual os americanos trabalham suas diferenças.

SEM RADICALISMO – Agora cabe aos líderes políticos de ambos os partidos, e aos americanos individual e coletivamente, resistir a um deslize para mais violência e ao tipo de linguagem extremista que a alimenta. O ataque de sábado não deve ser tomado como uma provocação ou uma justificativa.

Os americanos também devem ter clareza sobre o desafio que esta nação está enfrentando. Os eventos de sábado não podem ser descartados como uma aberração. A violência está infectando e influenciando a vida política americana.

Atos de violência há muito tempo obscurecem a democracia americana, mas ultimamente eles têm se tornado maiores e mais sombrios. A polarização cultural e política, a ubiquidade das armas e o poder radicalizador da internet têm sido fatores contribuintes, como este conselho expôs em sua série editorial The Danger Within em 2022. Esta eleição presidencial de alto risco está forçando ainda mais o comprometimento da nação com a resolução pacífica de diferenças políticas.

PROCESSO DEMOCRÁTICO – A democracia exige que os partidários aceitem que o processo é mais importante do que os resultados.

Mesmo antes dos eventos de sábado, havia sinais preocupantes de que muitos americanos estão falhando nesse teste essencial.

Em uma pesquisa realizada no mês passado pelo Chicago Project on Security and Threats, 10% dos entrevistados concordaram que o uso da força foi justificado para impedir que o Sr. Trump se tornasse presidente, e 7% disseram que o uso da força foi justificado para devolver o Sr. Trump à presidência.

SEM VIOLÊNCIA – A agenda política do Sr. Trump não pode e não deve ser combatida pela violência. Ela não pode e não deve ser perseguida pela violência.

O ataque no sábado foi uma tragédia. O desafio que agora os americanos enfrentam é evitar que este momento se torne o começo de uma tragédia maior.

Esta eleição deve ser resolvida pelos votos que os americanos darão.

Donald Trump é incapaz de liderar', diz editorial do New York Times

Jornal diz que Trump é despreparado

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TRUMP É “PERIGOSO” E SERIA “UMA ESCOLHA ATERRORIZANTE”

Por g1

Na eleição presidencial americano, um dos detalhes mais importantes é o firme posicionamento político do mais importante jornal norte-americano, The New York Times, que se posiciona frontalmente contra o candidato republicano Donald Trump. No início do mês, o jornal publicou dois artigos de opinião defendendo que Joe Biden, o candidato democrata, deveria desistir de concorrer às eleições presidenciais, devido a seus problemas devido à idade avançada – 81 anos.

Depois desses dois editoriais pedindo que o presidente Biden desista de concorrer às eleições, o New York Times publicou nesta quinta-feira (dia 11) um novo artigo se manifestando também contra a candidatura do ex-presidente Donald Trump.

SEM MEIAS PALAVRAS – No texto, o jornal diz que Trump seria uma “escolha aterrorizante” para governar neste momento do país. Afirma que o ex-presidente republicano tem repúdio a leis e é perigoso “nas palavras e nas ações”.

Trump é o candidato do Partido Republicano que deve enfrentar o democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro deste ano.

“É uma escolha aterrorizante para este momento. A era pós-Covid com a inflação insistente, juros altos, divisão social e estagnação política deixaram muitos eleitores frustrados e desapontados”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
-Editoriais são textos em que órgãos de imprensa expressam opinião sobre determinado tema. “The New York Times” publicou dois editoriais pedindo que Biden desista de concorrer e um editorial contra a vitória de Trump. O jornalão acha que os democratas têm chances, mas precisam se livrar de Biden. E Trump torce para que Biden continue. Eis a questão. (C.N.)

MP pede apuração da operação ‘arriscada’ de R$ 500 milhões barrada na Caixa

O procurador do Ministério Público no TCU Lucas Rocha Furtado

O procurador do TCU denuncia os indícios de ilegalidades

Rafael Moraes Moura, Johanns Eller e Malu Gaspar
O Globo

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, entrou nesta segunda-feira (15) com uma representação no TCU para que a Caixa seja obrigada a esclarecer a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Furtado quer uma apuração das possíveis irregularidades na realização do investimento, considerando os riscos envolvidos na aquisição.

PARECER SIGILOSO – Conforme revelou o blog, em um parecer sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.

Dois gerentes que se opuseram à compra do lote de R$ 500 milhões em letras financeiras acabaram destituídos do cargo pela cúpula da Caixa Econômica Federal, na última segunda-feira (8).

“Vejo com grande preocupação os indícios de irregularidades aqui trazidos. Considerando que prejuízos à CEF reverteriam ao erário federal, tendo em vista sua natureza sabidamente pública, entendo que operações da Caixa Asset, subsidiária integral da Caixa, merecem atuação diligente por parte desta Corte de Contas”, sustenta o subprocurador.

ACESSO AO PARECER – “No caso ora em análise, entendo necessário que o TCU tenha acesso ao mencionado parecer da área técnica da CEF quanto à aquisição do investimento no Banco Master, para que sejam avaliados os critérios utilizados e os possíveis desdobramentos dessa possível aquisição.”

Nos bastidores da Caixa, a destituição dos gerentes foi interpretada como uma tentativa de retaliação e de eliminar as resistências internas ao negócio, já que o comitê de investimentos, a quem cabe dar aval a esse tipo de operação, deverá ser recomposto com os novos gerentes dessas áreas.

Na representação enviada ao TCU, o subprocurador Lucas Rocha Furtado pede que o tribunal peça à Caixa a cópia dos “processos administrativos, pareceres e quaisquer outras análises” de técnicos da Caixa Econômica Federal e da Caixa Asset quanto à realização de investimento pela Caixa Asset no Banco Master.

SENADOR REAGE – A revelação da operação milionária repercutiu não apenas no TCU, mas também no Congresso Nacional.

Após o parecer sigiloso vir à tona, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou nesta sexta-feira (12) um requerimento para que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal cobre esclarecimentos da Caixa e da Caixa Asset sobre a destituição dos dois gerentes.

Para o senador, a destituição dos gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, quatro dias após a emissão do parecer técnico contrário à operação, “levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da Caixa Econômica Federal”, o que pode “comprometer a confiança do mercado financeiro na instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como dizia Tom Jobim, é a lama, é a lama, é lama. Ao que parece, o maestro estava certo e a gente nunca vai conseguir sair dessa lama. (C.N.)

Assessores e amigos de Jair Bolsonaro forneceram à PF as provas contra ele

As provas contra Bolsonaro são consistentes? - YouTube

Com amigos desse tipo, Bolsonaro nem precisa de inimigos

Matheus Leitão
Veja

Os amigos de Bolsonaro cooperam com as investigações. Isso se pode dizer. O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, gravou o seu próprio chefe, Jair Bolsonaro, numa reunião muito comprometedora. Depois, cuidadosamente, guardou a gravação até ela ser descoberta pela Polícia Federal.

O tenente coronel Mauro Cid filmou uma reunião de julho de 2022 em que o ex-presidente discutiu as alternativas (golpistas) a fazer, caso o então candidato e hoje presidente Lula ganhasse as eleições. O ajudante de ordens manteve o vídeo em seu próprio computador até entregar para a PF.

BATENDO FOTO – Seu pai general Lourena Cid fotografou a si mesmo no reflexo do vidro junto com a joia que estava sendo surrupiada do patrimônio público para ser vendida no exterior até a Polícia Federal descobri-la.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres escondeu no cantinho mais precioso da casa, junto com fotos da família, a minuta de um golpe de Estado até a apreensão pela PF.

Então, sob certo ponto de vista, pode-se dizer, leitores desta coluna, que Jair Bolsonaro escolheu bem ajudantes e amigos. Eles estavam dispostos a fazer tudo pelo chefe, inclusive cometer crimes, mas guardaram zelosamente as provas disso.

GRAVAÇÃO IMPERDÍVEL – A descoberta de que Alexandre Ramagem gravou a reunião em que Bolsonaro, o general Heleno, ele próprio, e possivelmente a defesa do senador Flávio Bolsonaro, combinavam de esconder os indícios contra o senador fazendo devassa na vida de auditores da Receita Federal ajuda bastante a investigação sobre a espionagem da Abin paralela.

Ao mesmo tempo instalou-se um clima de barata voa na campanha de Ramagem à prefeitura do Rio. Bolsonaro estaria furioso e se sentindo traído pelo Policial Federal em quem depositava muita confiança.

Já não se sabe se ele será mantida, dado que tudo depende da vontade de Bolsonaro e ex-presidente estaria bem irritado e se sentindo traído.

PROVAS IMPORTANTES – São preciosas todas as provas dos amigos do ex-presidente: a minuta do golpe de Anderson, o vídeo do computador de Mauro Cid, a foto do general Lourena Cid e, por fim, a gravação dessa reunião por Ramagem.

Há mais nos guardados dos amigos do ex-presidente. Mas essas quatro provas já mostram que, involuntariamente, o entorno de Bolsonaro ajuda a Justiça.

O que o ex-presidente deve estar se perguntando é por que eles guardaram provas tão contundentes. Uma hipótese de resposta é que eles, como o próprio Bolsonaro, acreditavam na impunidade.

Atentado contra Trump: a violência enraizada na política americana

Após ser atingido de raspão, Trump é amparado por agentes

Pedro do Coutto

Um atentado contra Donald Trump em comício realizado na Pensilvânia acrescenta um novo rumo à campanha eleitoral nos Estados Unidos. Imagens de um vídeo mostram que Trump caiu no chão do palanque onde estava, ficou assustado e, ao levantar, havia sangue no rosto e sua orelha direita sangrava.

Foi atingido de raspão perto do rosto. Rapidamente, foi cercado por agentes secretos do FBI, que o retiraram do local. Antes de descer do palanque, o ex-presidente levanta o punho direito em sinal de vitória e é aplaudido pelos presentes. Poucas horas depois do atentado, Trump se manifestou na sua rede Truth Social. Ele agradeceu ao Serviço Secreto e às autoridades pela “rápida resposta ao tiroteio”.

“ALGO ERRADO” – “Quero estender minhas condolências à família da pessoa morta no comício, e também à de outra que ficou gravemente ferida. É incrível que tal ato ocorra em nosso país”, escreveu. “Eu fui atingido por uma bala que atravessou a parte de cima da minha orelha direita. Soube imediatamente que algo estava errado ao ouvir o barulho de zumbido, tiros e sentir a bala passando pela pele. Muito sangramento ocorreu, e percebi o que tinha acontecido. Deus abençoe a América!”, acrescentou.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o atentado. “O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, reagiu Lula.

REPERCUSSÃO – O impacto de tudo que ocorreu, certamente será enorme, porém ainda é cedo para dizer que Biden perderá as eleições em virtude do ocorrido na noite de sábado. A disputa será muito apertada, no fim das contas. É claro que Trump ganha muita simpatia, agora, por todo o mundo. Isso deve reforçar o trabalho dentro da base do Partido Republicano. Mas não creio que isso afetará as pessoas que estão de fora da base eleitoral. Faltam menos de quatro meses para o fim da campanha eleitoral e, durante esse período, muitas coisas podem acontecer.
 
Incrível como a violência está enraizada na política americana, basta ver os atentados registrados na história do país.  Movidos pelo ódio e pela paixão, os atiradores não têm limites. De qualquer forma, o atentado foi um ato indescritível não só contra o candidato, mas contra todos os que esperam desfechos democráticos nas lutas políticas que travam.

Um poema de amor (direto, doce e sensual), bem no estilo de Alice Ruiz

entre tantos loucos e livres existe... Alice Ruiz - PensadorPaulo Peres
Site Poemas & Canções
 

A publicitária, tradutora, compositora e poeta  curitibana Alice Ruiz Scherone, no poema Ninguém Me Canta como Você”, revela o fascínio e o modo sedutor que seu amado exerce sobre ela.

NINGUÉM ME CANTA COMO VOCÊ
Alice Ruiz

ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você

AGU inventa novo penduricalho, fruto de 13º salário adicional de sucumbência

Tribuna da Internet | Pagos para garantir a lei, juízes furam o teto para inflar seus próprios salários

Charge reproduzida do Arquivo Google)

Robson Bonin
Veja

Uma investigação do TCU deve mexer com muita gente no governo Lula. É que um conselho ligado à AGU liberou uma gratificação natalina a servidores que consumiu, em dois anos, segundo cálculos preliminares do tribunal, mais de 230 milhões de reais. O caso chegou ao tribunal por meio de uma denúncia anônima e envolve pagamentos de honorários de sucumbência geridos pelo Conselho Curador dos dos Honorários Advocatícios.

“A denúncia dá notícia de que os honorários de sucumbência estariam sendo utilizados para fins de composição do montante pago a título de 13º salário (gratificação natalina) aos agentes públicos que percebem esta vantagem (Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal, Procurador do Banco Central do Brasil, bem como aos ocupantes dos quadros suplementares em extinção previstos no art. 46 da Medida Provisória 2.229-43/2001), em possível infringência ao disposto no art. 29, parágrafo único, da Lei 13.327/2016”, diz um documento do tribunal a que o Radar teve acesso.

BOLADA MILIONÁRIA – Um levantamento preliminar da área técnica do TCU estimou que a bolada milionária beneficiou mais de 12.000 servidores entre os anos de 2022 e 2023.

“O pagamento da 13ª quota pressupõe a ’13ª percepção de valores por parte dos Advogados Públicos por meio da Gratificação Natalina’, o que se mostra flagrantemente ilícito, haja vista que a gratificação natalina origina-se de evento independente da mensuração de performance ou de desempenho dos advogados públicos”, diz o TCU.

“A permitir o pagamento de uma 13ª quota de honorários advocatícios, vinculada ao pagamento da gratificação natalina, configura tentativa ilícita de criar um 13º mês fictício no calendário gregoriano, pelo qual, por óbvio, não se faz possível medir qualquer desempenho ou performance dos advogados públicos”, segue o tribunal.

PEDIR DEVOLUÇÃO – O tribunal estuda caminhos para exigir a devolução do dinheiro. “Lançou-se mão de uma solução criativa, consistente no pagamento de uma 13ª quota, pari passu com as regras do regime estatutário da gratificação natalina, misturando-se indevidamente dois regimes completamente distintos”.

Ao TCU, o conselho justificou a liberação de recursos dizendo que “o pagamento desses honorários sucumbenciais aos Advogados Públicos está condicionado não somente ao êxito judicial que originou o desembolso da verba pela parte adversa perdedora, mas também ao desempenho da instituição como um todo. Trata-se de vetor propulsor de qualidade e eficiência da máquina pública o que, por certo, reverte-se em benefício da coletividade”.

Ao Radar, o conselho enviou posicionamento semelhante: “A distribuição dos honorários de sucumbência aos advogados públicos federais por meio de rateio extraordinário cumpre os termos da legislação em vigor e não ultrapassa o teto constitucional.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Caramba, amigos! A que ponto chega o fervor cívico dos operadores do Direito… Em tradução simultânea, eles criaram um 13º salário adicional, que vai pegar igual à Covid e se transmitir a magistrados, procuradores, defensores etc. Como se vê, o Brasil precisa ser muito rico para saciar a ganância dessa gentalha. (C.N.)

Acredite se quiser! Enquanto não prender Bolsonaro, o STF não se sentirá satisfeito

Tribuna da Internet | Maioria dos ministros do STF esconde as agendas de eventos e de audiências

Charge do Zappa (humortadela)

Carlos Newton

A coincidência de três graves investigações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro terem sido concluídas uma atrás da outra, em sequência perfeita, mostra que está aberta a temporada de caça ao ex-presidente, junto com seus filhos e sua trupe partidária.

É uma jogada político-judicial muito bem armada, nesta fase pré-eleitoral, havendo sucessiva divulgação das acusações a cada semana, iniciando-se o esquema com o caso da fraude na caderneta de vacina, depois com as joias sauditas e, por fim, com a chamada Abin Paralela.

MORAES À FRENTE – O ministro-relator manobra suas peças com habilidade, utilizando o privilégio do sigilo imposto por ele mesmo aos inquéritos. Assim, os jornalistas ligados ao PT ou simpáticos a Lula PT vão recebendo simultaneamente as informações em todos os grandes veículos de comunicação, inclusive portais, sites e blogs.

É um massacre midiático – muito bem feito, por sinal. Os principais atingidos estão atônitos. Bolsonaro, os filhos e participantes do seu governo, como Alexandre Ramagem, são duramente atingidos, dia após dia.

O mais incrível é que eles não têm como se defender nem como revidar. Enquanto a Procuradoria da República não se manifestar, os inquéritos continuam sob sigilo, os acusados não podem acessar as acusações, é uma covardia.

SERÃO DENUNCIADOS – É claro que o procurador-geral da República Paulo Gonet vai aceitar fazer as denúncias e abrir os processos. Só então os acusados poderão saber o real teor das acusações e organizar as respectivas defesas.

Em condições normais de temperatura e pressão, os acusados já poderiam ter recorrido ao Supremo, mas Moraes está blindado, porque não há cabimento de recursos contra erros dos ministros, devido à Súmula 606, que instaurou a ditadura do Judiciário, sem que ninguém percebesse. E o Brasil se tornou o único país de mundo onde não pode se apresentar habeas corpus contra decisão errada de ministros ou da Suprema Corte, vejam a que ponto chegamos.

O pior é que os onze ministros, inclusive os dois bolsonarianos, acreditam que são os salvadores da pátria. A partir da libertação do presidiário Lula da Silva, tudo o que fizeram e fazem– dentro ou fora da lei, não interessa – foi para salvar a democracia brasileira.

PIADA DO ANO – Essa convicção dos ministros representa uma Piada do Ano, pois qualquer brasileiro com mais de dois neurônios sabe que o mambembe golpe de estado em 2022 foi impedido pelo Alto Comando do Exército, o Supremo nada teve a ver com isso, só causou ainda mais tumulto.

Bem, sempre há alguma esperança de que o STF reconheça os erros e volte aos trilhos da legalidade, não somente parando de legislar, mas também deixando o Executivo sem amarras, depois de ter chegado ao cúmulo de impedir que um presidente da República nomeasse o diretor da Polícia Federal.

Mas a esperança parece ser ilusória, porque os ministros do Supremo agem de uma forma totalmente antiética, uns acobertando os erros dos outros, e não há explicações para isso.

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P.S.
Não se sabe qual é o objetivo do Supremo ou o que ele pretende. Na minha opinião, não há objetivo algum, os ministros apenas acham que a situação os levou a tomar as providências para conter as ilusões de Bolsonaro. E estão orgulhosos por terem feito esses contorcionismos jurídicos que possibilitaram a libertação de Lula (segunda instância, em 2019) e a anulação de suas condenações (incompetência territorial absoluta, em 2021). Aliás, é justamente por isso que la nave va, cada vez mais fellinianamente.  (C.N.)

Adianta tentar um diálogo, conversar com evangélicos ou é melhor enfrentá-los?

Nani Humor: PT QUER APOIO EVANGÉLICO

Charge do Nani (nanihumor.com)

Marcos Augusto Gonçalves
Folha

O papel relevante que o numeroso grupo de evangélicos passou a assumir na vida pública e na esfera da política brasileira tem gerado situações preocupantes e potencialmente ameaçadoras à saúde de nossa democracia.

A casta de representantes desse universo social, que ocupa postos nos diversos poderes da República e em muitos ramos da economia, tem se destacado pelo ultraconservadorismo reacionário associado à ideia teocrática de que as normas da religião devem presidir a sociedade.

ESTADO LAICO – A premissa do Estado laico é desprezada pela maioria desses líderes, alguns deles impostores caricaturais, que vivem da credulidade alheia e se apoiam numa vasta rede de igrejas, não raro baseadas em esquemas teológicos rudimentares e estapafúrdios. Para piorar, tais entidades –e não são apenas as evangélicas, ressalte-se–, desfrutam de benefícios fiscais abusivos e questionáveis.

Comento o assunto para levantar um ponto que se tornou recorrente em certo debate no campo progressista: “É preciso conversar com os evangélicos”… A frase sintetiza a ideia de que “precisamos conhecer”, “precisamos entender” e “precisamos interagir” com essa massa religiosa ou esses ETs pentecostais simpáticos à ultradireita que andam por aí a nos intrigar ou assombrar.

Essa disposição ao que seria um diálogo produtivo parece conter em seu substrato o pressuposto de que podemos “melhorar” os evangélicos, torná-los mais sensíveis a bons argumentos democráticos.

GOVERNO BILÍNGUE – Em entrevista à Folha, Paul Freston, sociólogo especialista em religião e política, voltou a tocar no assunto. O governo Lula precisaria ser “bilíngue” para tentar ganhar esses setores pelo discurso. Será? Por mais que as intenções se mostrem boas e que de fato seja importante não massificar o pentecostalismo, é difícil não ver uma dose de paternalismo e presunção na ideia de capturar esse segmento pela conversa.

Em sentido contrário, entre fiéis e pregadores evangélicos, os liberais progressistas são vistos como ovelhas desgarradas a contrariar os desígnios de Deus. Vivem em pecado, sob a influência de satanás. Esses sim, precisariam urgentemente ser chamados ao convívio com o Senhor.

É claro que há evangélicos de mente aberta e bem informados, mas esses, na verdade, já se inscrevem no contexto republicano. Conversar com certas lideranças da bancada da Bíblia e seus séquitos intolerantes é o mesmo que tentar encontrar uma língua comum com a ultradireita bolsonarista, a favor do livre acesso a armas, da criminalização do aborto em todas as circunstâncias e do lema “bandido bom é bandido morto”. Todos rezam pelo mesmo catecismo reacionário.

BUSCAR DIÁLOGO – Entende-se que a busca do diálogo soe mais razoável e menos beligerante do que o combate ao ideário dessas correntes. Não sei, porém, se mais eficaz.

Evangélicas ou não, forças hostis aos princípios da democracia têm de ser enfrentadas no palco político. É preciso que a sociedade se defenda e levante limites. Os profetas autoritários e moralistas que pretendem ditar como os indivíduos devem se comportar em suas vidas privadas e querem usar a religião como fonte de leis universais precisam ser confrontados no debate público.

É imperioso defender os direitos que ainda podem nos livrar do inferno dos teocratas e do grande obscurantismo.

Antônio Brito, candidato de Bolsonaro, é favorito para suceder Arthur Lira

Antônio Brito organiza festa, recebe nomes do governo e elogio da oposição  - Política ao Vivo

Brito, líder do PSDB, está no quatro mandato de deputado

Tatiana Azevedo
Gazeta do Povo

O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Antônio Brito, da Bahia, é tido como um dos candidatos com maior simpatia do Planalto à sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados. De quebra, ele conseguiu um gesto de boa vontade vindo do ex-presidente Bolsonaro, que lidera a ala direitista na Casa (o Partido Liberal conta com 93 deputados) e de quem ganhou medalha num encontro recente.

A aproximação de Antônio Brito com o PL teve início em abril, quando o ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, Major Vitor Hugo (PL-GO) promoveu um encontro entre ele e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, durante um evento da legenda na cidade de Mogi das Cruzes, no interior paulista.

FOTO E ELOGIO – Costa Neto publicou uma foto nas redes sociais com o deputado e disse ao jornal Folha de São Paulo que Brito seria “um bom candidato”. “Hoje, em Mogi das Cruzes, tive a honra de receber a visita do deputado federal Antonio Brito, candidato à Presidência da Câmara dos Deputados”, escreveu Valdemar em publicação nas redes sociais.

Antônio Brito aproveitou o encontro para reforçar que apesar de ser tido como alinhado ao Palácio do Planalto, tem bom trânsito em todas as alas na Câmara dos Deputados. Brito tem aparecido como forte candidato à sucessão de Arthur Lira, desbancando candidatos que já no início do ano anunciavam a pretensão de disputar a presidência, como Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

IMBROCHÁVEL – No último dia 4, Brito se encontrou com Bolsonaro, quando recebeu a medalha de “imbrochável”. A “condecoração”, em tom de brincadeira, faz referência à fala em que Bolsonaro se classificou como “imbrochável, imorrível e incomível”. O ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PL-GO) e o deputado Reinold Stephane (PSD-PR) também participaram do encontro.

Brito disse ao ex-presidente que, como líder do PSD, deu apoio a seu governo na Câmara e procurou afastar a imagem de aliado do Planalto.

À Gazeta do Povo, Antônio Brito afirmou que tem conversado com partidos em busca de apoio e já esteve com Altineu Côrtes, do Rio de Janeiro, que pode ser o nome do vice na chapa de Brito.

FALTA DEFINIR – O PL ainda não se decidiu se lança uma candidatura própria para a presidência da Câmara. O líder da oposição na Câmara, Filipe Barros, do Paraná, disse em entrevista à Gazeta do Povo que o partido ainda irá decidir no momento oportuno. Ele também disse que a oposição levaria em conta o alinhamento do nome com pautas caras para a direita, como por exemplo, a questão da liberdade de expressão e o aborto.

Correndo por fora, Brito começou a trabalhar em sua candidatura de forma silenciosa nos bastidores na Câmara. Ele não fez um anúncio formaL. Veio aos poucos revelando a parlamentares e jornalistas sua intenção de comandar a casa.

Só recentemente passou a dizer publicamente que é candidato e justificou a cautela afirmando que não queria se antecipar demais e “queimar a largada” [a eleição para a troca do presidente da Câmara será em fevereiro de 2025].

LÍDER NA PESQUISA – Um levantamento divulgado no final de maio pelo Instituto Genial/Quaest para mostrar a popularidade de Arthur Lira apontou que o líder do PSD aparece em primeiro lugar na preferência dos parlamentares para ocupar a cadeira do atual presidente em fevereiro de 2025.

O instituto ouviu 183 parlamentares de todos os estados e partidos políticos, entre os dias 9 de abril a 21 de maio. Questionados sobre em quem votariam, 23% afirmaram ter como candidato Antonio Brito. Nascimento aparece em segundo lugar, com 15% das intenções de voto. Marcos Pereira (Republicanos-SP) aparece em terceiro lugar, com 13%, seguido de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), com 10%, e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), com 3%.

Em um recorte da pesquisa, o nome de Brito é favorito tanto entre governistas (34%) quanto na oposição (18%). Mas, entre os independentes, geralmente membros do centrão, Brito é preferido por 12% e Elmar Nascimento por 30% dos parlamentares.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGMatéria importante, enviada por Mário Assis Causanilhas. Se vencer a eleição, Brito presidirá a votação da anistia a Bolsonaro, que já tem seis projetos que tramitam em conjunto na Câmara. (C.N.)

Reforma tributária comprova que Brasília é uma usina de reciclagem de erros

O Congresso que é a Cara do Brasil: cúmplice da corrupção - O que é notícia  em Sergipe

Charge do Clayton (O Povo/CE)

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Com a reforma tributária na reta final, os carros elétricos entraram, ao lado do tabaco e das bebidas alcoólicas, na lista dos produtos que pagarão o “imposto do pecado”. Em tese, esse imposto recairá sobre mercadorias que fazem mal à saúde ou agridem o meio ambiente. Ganha um fim de semana num incêndio do Pantanal quem souber o que um carro elétrico tem a ver com isso.

As montadoras nacionais fazem o que podem contra os carros elétricos, valendo-se do trânsito de que dispõem pelo corredores de Brasília, mas desta vez exageraram.

VELHO MONSTRO – Uma reforma tributária que pretende ser racional acabou acordando o velho monstro do atraso. A sabedoria convencional ensina que tendo sido um dos últimos países a abolir a escravidão (em 1888), Pindorama tem um pé no atraso.

A coisa é pior. Até 1850 o andar de cima nacional estava amarrado ao contrabando de africanos escravizados, uma atividade supostamente ilegal desde 1831. Admita-se que isso é coisa de um passado remoto, mas o atraso está sempre por aí.

Em 1978, a Associação dos Supermercados excluiu de seu quadro social a rede Carrefour porque ela aceitava pagamentos com cartões de crédito. Nessa época, burocratas e espertalhões criaram um regime pelo qual era mais fácil entrar no Brasil com um pacote de cocaína do que com um computador.

CARROS ELÉTRICOS – Encrenca-se com os carros elétricos em nome de uma proteção ao parque industrial das montadoras. Trata-se de uma jovem indústria, septuagenária e anacrônica. Enquanto fábricas reinventam-se pelo mundo afora, no Brasil fala-se em importar linhas de montagem de veículos a gasolina desativadas pelo progresso. Seria o Pró-Sucata.

Em 2003, os maganos das montadoras viviam muito bem quando um jovem chamado Elon Musk se meteu no mercado de carros elétricos e criou a Tesla. A China foi na bola e hoje suas montadoras têm a maior fatia do mercado mundial.

Quando Juscelino Kubitschek dirigiu o primeiro carro saído de uma montadora de São Paulo, os chineses andavam de bicicleta. Em matéria de fazer besteiras, a China batia o Brasil de longe. Pindorama tinha JK, quando a China teve o Grande Salto de Mao Tse-tung, com dezenas de milhões de mortos de fome. Os dois países diferem em muitas coisas, mas a China consegue abandonar as ideias erradas. Enquanto o Brasil recicla-a

Jovem de 20 que atirou em Trump parecia um cidadão acima de qualquer suspeita

Silhueta de um jovem atirando com uma espingarda contra o céu dramático —  Foto © okiepony #64327723

O jovem atirador usava um fuzil do tipo AR-15

Deu no Estadão

O atirador que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado, 13, foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos de Bethel Park, Pensilvânia, mas as autoridades não divulgaram mais informações sobre ele.

“Esta continua sendo uma investigação ativa e em andamento”, disse o FBI em um comunicado neste domingo.

SEM ANTECEDENTES – O atirador não tinha antecedentes criminais nos registros públicos do tribunal da Pensilvânia, e as autoridades disseram que ainda não identificaram um motivo para o atentado.

Um registro de eleitores mostrou que Crooks estava registrado como republicano, embora os registros de financiamento de campanha federal mostrem que ele doou US$ 15 para o Progressive Turnout Project, um grupo liberal de participação eleitoral, por meio da plataforma de doações ActBlue, em janeiro de 2021.

No início da manhã de domingo, oficiais haviam fechado todas as estradas que levavam à casa da família do suspeito em Bethel Park, ao sul de Pittsburgh e a cerca de uma hora de carro do local do comício em Butler. Vários parentes não responderam às mensagens solicitando comentários.

TINHA UM RIFLE – Crooks foi morto após disparar de “uma posição elevada” fora do local do comício ao ar livre onde Trump estava falando, de acordo com o Serviço Secreto americano. Oficiais recuperaram um rifle semiautomático tipo AR-15 perto do corpo de um homem branco que acreditam ser o atirador, de acordo com dois oficiais.

Crooks parece ter se formado em 2022 na Bethel Park High School, que tem cerca de 1.400 alunos, e recebeu um “prêmio estrela” de US$ 500 naquele ano da National Math and Science Initiative, de acordo com o The Tribune-Review no oeste da Pensilvânia.

Em uma gravação online da cerimônia de formatura de 2022, Crooks pode ser visto cruzando o palco sob aplausos modestos após seu nome ser chamado, um jovem esguio com óculos em uma toga de formatura preta que posou brevemente com um funcionário da escola e recebeu seu diploma.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Um rapaz simples, sem antecedentes criminais e sem envolvimento em política partidária. Como no filme de Elio Preti, era um cidadão acima de qualquer suspeita. Se tivesse conseguido fugir, dificilmente seria encontrada pelo FBI. (C.N.

Lira será cabo eleitoral importantíssimo na eleição do presidente da Câmara

Desgaste de Bolsonaro mina capital político de Michelle, diz analista à CNN  | CNN Brasil

Problema é um partido (União) presidir Câmara e Senado

Da CNN

A disputa acirrada na sucessão da Câmara contrasta com o marasmo na eleição do Senado avaliou o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, durante o programa WW dessa sexta-feira (12). As eleições para o comando das duas Casas do Congresso acontecem em fevereiro de 2025.

“O que a gente vê, vamos dizer assim, de disputa acirrada na Câmara, a gente vê de marasmo lá no Senado, porque todo mundo dá a eleição de Davi Alcolumbre como certa”, disse Noronha.

APOIO DE LULA – Atualmente no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Alcolumbre chefiou o Senado entre 2019 e 2021. No começo do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a líderes partidários que apoiará o senador do Amapá.

Para Cristiano Noronha, na Câmara, o candidato que for apoiado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tem uma chance muito grande de vitória. A partir disso, o cientista político vê o deputado Elmar Nascimento (União-BA) como candidato mais forte num cenário disputado.

NAS DUAS CASAS – Além do deputado baiano do União Brasil, despontam como candidatos Antonio Brito (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Entretanto, em sua opinião, o que pesa contra Elmar, “e isso em geral, gera algum tipo de incômodo no Congresso Nacional, é um mesmo partido, que é o União Brasil, comandar as duas Casas”, pois Davi Alcolumbre já é dado como eleito.

Primeiro o arroz, agora os contratos da Secom: “Brasil que voltou” só tem ladrão

Lula mostra o tamanho do problema que voltou ao Brasil

J.R. Guzzo
Gazeta do Povo

O governo do presidente Lula se propôs, desde o primeiro dia, a uma missão impossível: repetir a mesma experiência e esperar um resultado diferente. Não pode dar certo, claro, mas eles parecem determinados a ficar tentando até o fim do mandato, mesmo porque estão todos convencidos de que o governo Lula não vai acabar nunca – e o próprio presidente, aliás, começou uma conversa esquisita de que ele não é mais ele; reencarnou, segundo diz, como “o povo no poder”.

Enquanto essa “filosofança” fica rodando na praça, para diversão dos analistas, o governo volta mais uma vez à cena do crime. Há pouco, ofereceu ao público pagante o “arrozão”, tramoia grosseira em leilões de arroz comprados com dinheiro do Erário.

FALCATRUA – Foi tão malfeito que a “falcatrua”, como disse Lula, teve de ser suspensa. Agora se revela que o Tribunal de Contas da União mandou suspender, por “irregularidade grave”, os contratos de quase R$ 200 milhões da Secretaria de Comunicação da Presidência da República para fazer propaganda do governo nas redes sociais.

O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada.

É, mais uma vez, a vergonha de roubar e não conseguir carregar – quer dizer, há no governo gente que quer roubar, como indica o Tribunal de Contas nesse caso dos contratos, mas não consegue por falta elementar de competência.

SEM PROVAS -Ninguém está dizendo aqui que toda a roubalheira federal ora em andamento é processada desse jeito, claro. Do roubo que dá certo ninguém fica sabendo, ou então não há como provar – mesmo porque o sistema judicial hoje em funcionamento neste país, do MP ao STF, não admite como válida nenhuma prova que possa ser apresentada contra o governo.

Mas o fato é que os gatos gordos do Brasil que “voltou” continuam a dar vexame – na hora que querem errar, erram da maneira errada.

O caso dos contratos da Secom é mais um clássico no gênero. O governo decidiu cometer um ato imoral – meter a mão no cofre público para melhorar sua própria “imagem” na internet.

“NÃO TEM DINHEIRO” – Dinheiro dos impostos não é para isso, ainda mais numa situação em que o presidente reclama todo dia, há um ano e meio, que “não tem dinheiro” para ajudar “os pobres”, e quer cobrar mais imposto ainda. Mas, como no caso do arroz, a má intenção se juntou à má execução. Acabaram não saindo nem os leilões do “arrozão” e nem os contratos do “internetão”.

É errado usar dinheiro público para importar arroz, sabe-se de onde e a qual preço, para embalar em pacotes com propaganda do governo federal e vender com preço subsidiado pelo imposto que você paga. É errado, da mesma forma, usar o Tesouro Nacional para pagar a obsessão de Lula em falar bem de si próprio nas redes sociais.

A imagem que os cidadãos têm do governo na internet é resultado do que o governo faz, e não do que diz. Como Lula está fazendo um governo ruim, já com viés de Dilma, a imagem é ruim. A saída seria melhorar o desempenho do governo, mas Lula não tem vontade, nem coragem e nem senso de responsabilidade para melhorar coisa nenhuma.

OPÇÃO PELA MENTIRA – A única opção que ele considera disponível é mentir e fazer a mentira se espalhar ao máximo – Lula acha que o problema não está em mentir, mas na circulação deficiente da mentirada que fala todos os dias. Mas o mais notável, tanto na decisão errada do arroz como na decisão errada dos contratos de propaganda na internet, é o desastre na hora de executar o plano.

No caso do arroz, deixaram saber que os leilões estavam sendo ganhos por sorveterias e mercadinhos do interior, com a participação aberta de intermediários enrolados na Justiça com problemas de corrupção.

No caso dos contratos, deixaram saber que houve fraude na licitação que escolheu as empresas destinadas a receber dinheiro para falar bem de Lula. Não se sabe, agora, qual será a próxima safadeza.

TENTAR DE NOVO – O que se pode prever, com base nas experiências feitas até agora, é que vão tentar de novo, pois contam com um incentivo e tanto: a certeza de que o MP não vai incomodar ninguém e que a Justiça não vai fazer nada. Não há suspeitos, nem investigados, nem indiciados, no “arrozão”. Por que deveria haver no “internetão”?

Os sinais são os piores possíveis. O procurador-geral da República, esse mesmo que transformou em segredo de Estado as informações a respeito de onde está, geograficamente, onde estará e mesmo onde já esteve, decretou que não deve haver investigação sobre as “milícias digitais” que foram descobertas dentro da Secom.

Elas existem, mas a PGR de Lula e do STF acha que são “do bem”. Milícia ruim é só da “extrema-direita”, e só da lista negra do ministro Alexandre Moraes.