
Secretário defende ocupação permanente de territórios
Eduardo Gonçalves
O Globo
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, criticou em entrevista ao I Globo a megaoperação policial no Rio que deixou 121 mortos. Segundo ele, a ação não teve o objetivo de retomar território, algo necessário para desmantelar as facções.
Integrante do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Sarrubbo defendeu a ampliação de programa piloto do governo federal que visa à ocupação de áreas dominadas, o que, segundo ele, será discutido com o governo Cláudio Castro. Na frente legislativa, o secretário considera a proposta que equipara facções a organizações terroristas “incoerente e desonesta”.
Como o projeto antifacção pode ajudar a resolver a crise?
Para solucionar o problema do crime organizado é preciso várias vertentes. E a legislação é importante. No fundo, o projeto vem para adaptar a legislação brasileira à realidade atual, diferente de 10, 15 anos atrás. Hoje, temos territórios dominados, com controle do ciclo econômico, venda de produtos e serviços que na verdade são do Estado e da sociedade civil, como internet, televisão, água, manipulação de mercados.
Qual é sua avaliação sobre a ideia da oposição de juntar esse projeto ao que equipara faccionados a terroristas?
Eu vejo isso como algo muito ruim. Essas facções não têm nenhum viés terrorista. Nesse debate, tenho visto alguns setores usarem de desonestidade. O problema do crime organizado não é falta de cooperação internacional. Reconhecer como terrorista não facilita nada. O projeto que está no Congresso ainda concentra o combate ao terrorismo no governo federal. Ele tira a Justiça Estadual e os Ministérios Públicos desse debate. Se, por um lado, eles não querem dividir a responsabilidade na PEC da Segurança Pública, agora querem aumentar o poder do governo federal no PL do Terrorismo. É um projeto que me parece incoerente, intelectualmente desonesto, e ainda mexe fortemente com a nossa soberania. Não são outros países que vão resolver o problema do Brasil. Essas nações já cooperam. As máfias italianas, por exemplo, não foram consideradas terroristas e não são. O terrorismo é um conceito ligado a projetos políticos, raça, religião. As facções são negócios: querem ganhar poder e dinheiro.
Como o senhor analisa a politização do debate da segurança pública?
Precisamos abandonar o populismo na discussão de segurança pública. Precisamos agir com base em evidências e dados.
O presidente Lula disse que houve “matança” no Rio e Cláudio Castro a classificou como um “sucesso”. O que o senhor achou da operação?
É difícil dar uma opinião. Mas o que eu posso dizer é que uma operação com quatro policiais mortos, outros tantos feridos e esse número de mortes… Operação de sucesso é operação sem mortos e com pouquíssimos feridos e as pessoas sendo presas e entregues ao sistema de Justiça. Não quero dizer que é simples fazer isso numa comunidade daquele tamanho. Mas sucesso é prender muita gente para que possamos investigar mais, produzir provas e inteligência para ações futuras e que sejam desestruturantes para essas facções.
A operação não serviu para retomar o território?
Tem que entrar, ficar e saturar. Não foi esse o objetivo da operação do Rio. Era uma operação destinada a cumprir cerca de 90 mandados de prisão. Se a gente olhar na perspectiva de retomar território, tem que ser bem diferente, porque a polícia tem que entrar e ficar. Em qualquer território dominado por facções as pessoas estão pedindo socorro. E precisamos transformar a realidade delas.
O governo vai fazer no Rio operações para seguir o dinheiro do tráfico, como ocorreu na Carbono Oculto?
Isso vai decorrer do trabalho de inteligência. A ideia da Carbono Oculto é o melhor dos mundos para nós. Mas não é só esse tipo de operação que vai acabar com o crime organizado. É preciso ter operação de retomada de território. Precisamos de tudo junto e procurar olhar de forma estratégica. A sociedade civil pode cumprir um papel importante nesse aspecto da lavagem de dinheiro. A pessoa física que compra uma capinha de celular falsa tem que saber que está alimentando o mercado ilegal, que é uma vertente do crime organizado.
O governador do Rio disse que tem mais dez operações agendadas. O governo federal vai atuar nessas ações?
Não, nós temos o Escritório (conjunto), mas só atuamos dentro do que nos compete, ou isso será feito dentro das Ficcos (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado). O governo federal pretende trabalhar com foco na inteligência financeira, na questão das estradas e nas divisas.
Como está o programa de retomada territorial do Ministério da Justiça?
Temos uma experiência que está acontecendo neste momento e tem se revelado muito positiva. Devemos anunciar os resultados em breve. É uma área que já foi retomada pela polícia, e vamos entrar com os serviços. Achamos que é uma política que podemos avançar. Só posso dizer que foi no Rio Grande do Norte. E era uma facção dessas grandes.
Será replicado no Rio?
O secretário Victor dos Santos (secretário de Segurança) demonstrou interesse. A gente ficou de conversar.
Quais ações foram tomadas pelo escritório conjunto do Rio e do governo federal?
O nosso grupo está começando a conversar com o grupo deles, procurando, na verdade, resolver questões. Por exemplo: “Olha, aquela área está precisando de Força Nacional”, “precisa reforçar a PRF (Polícia Rodoviária Federal) na outra área”. Por enquanto, está sendo isso, e os projetos mais estruturantes a gente vai avançar aos poucos.
Quais são as ações nas fronteiras e para combater o tráfico de armas?
Devemos lançar na semana que vem a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Armas, Munições e Explosivos. Ela vai ser criada com foco no Rio, mas depois vai valer no Brasil todo. Há seis delegacias especializadas em tráfico de armas nos estados. Vamos organizar essas delegacias em rede com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Exército para acumular expertise e produzir até operações. Por que não?
Um sujeito inócuo, improdutivo, de um governo que claramente defende a ditadura narcotraficante da Venezuela.
Esperar o quê de um estorvo deste?
Exemplo: https://www12.senado.leg.br/tv/programas/em-discussao/2025/03/violencia-contra-a-mulher-aumenta-e-tres-em-cada-10-brasileiras-ja-sofreram-algum-tipo-de-agressao
Os agressores são vítimas das mulheres.
À vagabundagem estatal, incapaz de enfrentar e solucionar nossos problemas estruturais, antes os aprofunda, só sobra mesmo glamourizar a criminalidade, o atraso tecnológico, a miséria, nossa péssima educação “descolonizante” de analfabetos funcionais, os narcotraficantes vítimas, a favela, ou seja, as condições habitacionais subumanas, tornada “comunidade” e produzir soluções metafísicas ridículas e inócuas, como a tal linguagem neutra.
Vermes!
O desejo oculta na PEC da Segurança: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/22/internacional/1393099386_997841.html
Não lhes basta o aparelho repressivo judicial.
O Aparato Petista transformou a Academia em seu aparelho de dominação ideológica, (assim como os midiático, cultural, jurídico, social, político, religioso etc.) para criar uma realidade paralela que omite os fatos, cultua a figura de Lula e evita qualquer crítica. Trata-se de produção mística e alienante não-científica.
Diante disso, nosso objetivo com este site é preenchermos essa lacuna com uma análise crítica e realista desse Aparato, expondo seu caráter hegemônico de extorsão, dominação e manipulação da Sociedade e como vem aprofundando os problemas estruturais do país.
Por acreditarmos que a Academia está impossibilitada de realizar uma análise crítica assim, por ter se tornado uma linha de produção fordista de intelectuais orgânicos do Aparato, produzindo ideologias justificantes e não ciência, optamos por desenvolver tese autônoma sobre o tema e publicar os respectivos estudos e opiniões neste site.
Visite o nosso site e acompanhe em tempo real a construção da nossa tese independente e autônoma:
https://www.criticapoliticabrasileira.com/
O cara é tipo a galinha que só cisca para dentro.
É um bom contador de história dono da verdade e solucionador de ações futuras.
Sarrubbo só falta combinar com os russos.
Doutor Sarrubbo, vou dar uma sugestão, o governo pode usar como tropa de ocupação na tomada desses territórios com gente do MST, dos Sem Tetos, isso em contar com a militância petista.