Falta muita coisa no Congresso, que não entende o significado de ética

Explique a charge usando conceitos de ética e moral: - brainly.com.br

Charge do Pelicano (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Ética é um conjunto de valores morais. Desta forma, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados errou feio, absolvendo o deputado fujão do processo de cassação. A decisão fere a democracia, insulta o bom senso e apequena mais ainda a Câmara aos olhos da nação.

O relator, deputado/delegado Marcelo Freitas, foi vice líder do governo Jair Bolsonaro. É amigo do clã Bolsonaro. Foi parcial e irresponsável no parecer. Um absurdo. Alegar que Eduardo Bolsonaro está protegido pela imunidade parlamentar é uma excrescência. Imunidade não significa imoralidade, leviandade e torpeza sem precedentes.

As ações e declarações nada republicanas do deputado fujão, nos Estados Unidos, insultando a soberania, o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF), são mostras de um papel de moleque desprezível e ordinário. Sandices que jamais poderão contar com a tolerância da sociedade brasileira.

UNIÃO DE ESFORÇOS– No debate do Lide Brasília, presidido pelo empresário Paulo Octávio, o governador Ronaldo Caiado reforçou a união entre Brasília e Goiás em torno de assuntos econômicos que visem ao desenvolvimento.

Participando dos trabalhos, o presidente da Fecomércio de Brasília, José Aparecido Freire, afirmou que “nos últimos sete anos e meio, Brasília e Goiás realmente passaram a atuar de forma conjunta, com resultados expressivos também para o setor empresarial”.

IMPOSTO DE RENDA – O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos(CAE), senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirma que o Senado não trabalha de costa para a população e, portando, está confiante de que o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até 5 mil reais, depois de amplamente discutido em audiências públicas, será aprovado pela Câmara Alta, sem necessidade de ser apreciado para a Câmara dos Deputados.

O líder do governo, senador baiano Jaques Wagner, concorda com Calheiros. Hoje, o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, foi à comissão declarar o apoio da entidade a iniciativa.

BELA AMIZADE – Minha alma e meu coração ficaram emocionados com a demonstração da cativante e desinteressada amizade entre a vice-governadora, Celina Leão, e Michelle Bolsonaro (Capital S/A – Correio Braziliense – 22/10).

Alegres, faceiras e encantadas como duas radiantes adolescentes, foram ao salão de beleza e colocaram cabelos, unhas e pés em dia. entre brincadeiras e sorrisos. Adeus, cutículas. Tudo com ternura divertida.

Mostraram que São João Evangelista, o padroeiro da amizade tem razão. Celina e Michelle sabem que nada substitui o afeto, a bondade e o carinho. 

POESIA É VIDA – Tanta amizade entre Celina e Michelle até despertaram aquele meu lado poético:

ETERNA PRESENÇA

Meus travesseiros falam,
Conversam com teu coração,
Trocam olhares e saudades.
Sorriem com o vento carinhoso
Acariciando meu rosto,
Sinto tua alma presente,
Aperto as mãos no peito,
Feliz com teu aceno do céu. 

Ex-assessor de Trump afirma que a Venezuela financiou Lula e PT

Ex-servidor do Tesouro dos EUA: “Dinheiro sujo financiou o Brasil”

Marshall depôs no Senado e falou sobre o “dinheiro sujo”

Felipe Salgado
Metrópoles

Ex-secretário assistente para o Financiamento do Terrorismo, órgão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Marshall Billingslea afirma que o regime venezuelano utilizou recursos ilícitos para financiar campanhas políticas de esquerda na América Latina, incluindo o Brasil.

A declaração foi feita durante audiência do Comitê do Senado sobre Controle Internacional de Narcóticos. Billingslea, que ocupou cargos na área de segurança e finanças internacionais durante o primeiro governo Donald Trump, disse que o governo de Nicolás Maduro transformou a Venezuela em um centro de articulação política regional

DINHEIRO SUJO – “O regime que espalhou o socialismo na América Latina é o venezuelano. É o dinheiro sujo e corrupto da Venezuela que financiou a campanha de [Gustavo] Petro [presidente da Colômbia]. Eles canalizaram dinheiro para o México e o Brasil”, disse, acrescentando:

“Se a democracia voltar à Venezuela, acaba o dinheiro para campanhas socialistas na região, receitas de petróleo para Cuba e apoio à Nicarágua”, afirmou Billingslea aos senadores norte-americanos.

Durante a audiência, Billingslea acusou o regime venezuelano de transformar o país em um “refúgio disposto” para Hezbollah, oferecendo acesso a documentos falsificados, rotas de tráfico de drogas e rotas para o Hemisfério Ocidental.

ATÉ O HEZBOLLAH – “Com sua infraestrutura libanesa em ruínas e o financiamento iraniano incerto, o Hezbollah fará uma guinada decisiva para a América Latina, em especial para o tráfico de drogas”, declarou.

A fala do ex-funcionário do Tesouro americano ocorre em meio a novas menções sobre supostos repasses de recursos venezuelanos a partidos e líderes de esquerda no continente.

Na semana passada, reportagem do site UHN Plus informou que Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe da inteligência da Venezuela, relatou ao Departamento de Justiça dos EUA que fundos da petroleira estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) teriam sido usados para financiar campanhas políticas em outros países durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

DINHEIRO CHAVISTA – Carvajal, extraditado para os Estados Unidos em 2023, teria detalhado como o regime chavista operou transferências ilegais por meio de intermediários e empresas estatais.

Segundo o depoimento, os recursos teriam chegado a líderes como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia).

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
É por isso que Nicolás Maduro tira tanta onda e não tem o menor respeito por Lula, que jamais deveria arranjar financiamento com esse tipo de gente. Também é por isso que sempre dizemos que não se sabe quem é o pior: Lula ou Bolsonaro? (C.N.)

Flávio Bolsonaro sugere que EUA ataquem barcos no Rio em “ajuda” contra o tráfico

Com acórdão publicado, aliados admitem prisão de Bolsonaro já em novembro

Defesa de Bolsonaro minimiza impacto da mudança de turma de Fux no STF

Fux segue no radar dos processos de Bolsonaro

Bela Megale
O Globo

Advogados que integram a defesa de Jair Bolsonaro também foram surpreendidos com o pedido de mudança de turma do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, mas avaliam que o movimento não trará repercussão para o caso do ex-presidente na trama golpista.

A leitura feita por Paulo Cunha Bueno, um dos defensores do capitão reformado, é que Fux “permanece vinculado aos processos” da tentativa de golpe que já começou a julgar. O magistrado foi o único da Primeira Turma que votou pela absolvição do ex-presidente, ficando vencido por quatro a um.

CONTRADIÇÃO – O voto de Fux foi considerado contraditório pelos seus colegas, por contrariar posições que ele próprio havia sustentado em centenas de julgamentos dos atos golpistas de 8 de janeiro. Além disso, a avaliação é que o voto de Fux abasteceu o discurso bolsonarista nos ataques ao STF e aos seus ministros.

Como informou a colunista Malu Gaspar, mesmo tendo pedido a transferência da Primeira para a Segunda Turma, Fux pretende participar dos julgamentos relacionados aos núcleos da trama golpista, inclusive da análise dos recursos de Bolsonaro contra a decisão que o condenou no mês passado a 27 anos de prisão.

VÍNCULO – A interlocutores, Fux tem dito que segue vinculado aos julgamentos de todos os núcleos da trama golpista, inclusive de recursos e revisões criminais. O precedente existe: há no STF casos em que ministros pediram vista e retornaram ao colegiado para votar em processos antigos.

Integrantes da Primeira Turma, no entanto, afirmam que existe dúvida se Fux poderá participar desses julgamentos, em especial, daqueles núcleos nos quais ele não terá votado.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Realmente, não muda nada. É trocar seis por meia dúzia. Fux tem notório saber e reputação ilibada, porém demorou muito a se rebelar contra as mazelas do Supremo, agora é tarde, ficou completamente isolado. (C.N.)

As aparências enganam, especialmente quando se trata de amor e ódio

UM POUCO DE MIM - SÉRGIO NATUREZA E AMIGOS - Discografia Brasileira

Sérgio Natureza, compositor carioca

Paulo Peres
Poemas & Canções

O compositor, poeta e letrista carioca Sergio Roberto Ferreira Varela, conhecido como Sérgio Natureza, mostra nesta belíssima letra que, realmente, “As Aparências Enganam”. Principalmente, quando se trata de sentimento do tipo amor e ódio e suas infindas consequências.

A belíssima canção foi gravada por Elis Regina no LP Elis, Essa Mulher, em 1979, pela WEA.

AS APARÊNCIAS ENGANAM
Tunay e Sérgio Natureza

As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
Se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver

As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor

As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira ainda vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.

Flávio Bolsonaro vê ofensiva de Moraes para tornar Valdemar inelegível e enfraquecer o PL

AGU é favorável à extradição de Zambelli, que agora depende do governo Meloni

Parlamentar está presa cautelarmente no país europeu

Jeniffer Gularte
O Globo

A Advocacia-Geral da União (AGU) afirma que o Ministério Público da Itália deu parecer favorável à extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está presa cautelarmente no país europeu, por decisão da Corte de Apelação de Roma, que considerou haver grave risco de fuga.

A Advocacia-Geral da União (AGU) atua no processo de extradição de Zambelli para garantir que sejam cumpridas determinações da Justiça brasileira. Zambelli foi para a Itália logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão preventiva no Brasil. A parlamentar foi condenada pela Corte em junho a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

CAMINHO PARA EXTRADIÇÃO –  De acordo com integrantes do Judiciário que acompanham processos de extradição, o caminho para trazer Zambelli de volta ao país pode levar de um ano e meio a dois anos — e depende não apenas de decisões judiciais, mas também de avaliação política do governo de direita de Giorgia Meloni.

Com a prisão em território italiano, a primeira análise cabe ao Ministério da Justiça da Itália, feita agora. A partir daí, cabe manifestação da defesa de Zambelli. O caso é então julgado novamente pela Corte de Apelação, que analisa os fundamentos legais para a extradição. Se uma das partes não concordar com a decisão, pode recorrer à Corte de Cassação, instância superior do Judiciário italiano.

CARÁTER POLÍTICO – Mesmo que a Justiça italiana autorize a extradição, a palavra final é do Ministério da Justiça — o mesmo que pode recusar o pedido na origem. Essa etapa tem caráter político: o governo italiano decide se entrega ou não a parlamentar ao Brasil.

O atual governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, é de direita e ideologicamente alinhado a parte da base política de Zambelli. Por isso, mesmo com o aval da Justiça, há margem para resistência política à extradição.

Caso o governo decida pela extradição, a defesa de Zambelli ainda pode contestar a medida junto ao Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lácio, com sede em Roma. Em seguida, é possível apresentar novo recurso ao Conselho de Estado, última instância da Justiça administrativa italiana.

Mesmo preso, Bolsonaro planeja dominar o Senado e enquadrar o STF em 2026

Bolsonaro avaliza nomes que concorrerão nas eleições de 2026

Guilherme Caetano
Estadão

A um ano das eleições de 2026, Jair Bolsonaro (PL) tem articulado candidaturas ao Senado com aliados que recebe em sua casa em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar. As visitas são feitas mediante autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

A eleição ao Senado é considerada crucial pelo ex-presidente, uma vez que alcançar a maioria das cadeiras pode dar poder ao bolsonarismo de contra-atacar o STF com o impeachment de ministros. Bolsonaro já disse em público que, se tiver mais de 50% de cadeiras no Congresso, vai “mandar mais que o presidente da República”, ainda que ele esteja fora do jogo.

RUBRICA DE BOLSONARO – Os pré-candidatos que vêm procurando o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para tentar viabilizar a candidatura costuma ouvir dele, segundo relatos feitos ao Estadão, que a escolha passa necessariamente pelo ex-presidente, por se tratar de uma eleição fundamental para se aprovar o impeachment de ministros do STF — uma espécie de fixação do bolsonarismo.

O ex-presidente está convicto de que sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, deve concorrer a uma vaga no Senado, de acordo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que o visitou na sexta-feira, 17. Este cenário a colocaria fora da disputa presidencial, para a qual é cotada.

“Em Brasília está muito definido que a Michelle é candidata ao Senado. Isso está muito cristalizado na mente dele (Bolsonaro). Ele entende que (é) para proteger a Michelle, (porque) as pessoas sempre saem do Executivo com problemas judiciais infinitos. É proteção de marido”, afirma Sóstenes.

“DESAPEGO” – Uma aliada de Michelle diz, sob reserva, que uma eventual candidatura da ex-primeira-dama “não vai partir dela, mas se Bolsonaro pedir”, e que ela tem manifestado o desapego em declarações públicas que tem dado. Num evento do PL em Rondônia em setembro, por exemplo, ela afirmou que “não quer ser presidente, quer ser primeira-dama”.

Bolsonaro vem confundindo aliados com sinais trocados em relação a Michelle, uma vez que ele já sugeriu que a esposa seja vice em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto.

De qualquer forma, ele disse que nenhum anúncio de candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser feito antes de fevereiro do ano que vem, segundo parlamentares que estiveram com ele no mês passado.

DILEMA – O Estado de São Paulo se tornou um dilema para o bolsonarismo. O nome mais forte para o pleito é do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos em março e não deve voltar ao Brasil tão cedo. Em 2018, ele foi o deputado federal mais votado da História, com 1,84 milhão de votos; em 2022, teve 741 mil votos, atrás apenas de Guilherme Boulos (PSOL, com 1 milhão de votos) e Carla Zambelli (PL, 946,2 mil votos)

Bolsonaro discutiu com Sóstenes um cenário sem o filho, em que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), e o deputado federal Marcos Feliciano (PL) foram mencionados como competitivos. Assim como em outros Estados governados por aliados, um dos nomes da chapa ao Senado é indicação do governador (no caso, Derrite é escolha de Tarcísio), e o outro fica a cargo de Bolsonaro.

FORA DO CONTROLE – O pleito paulista, no entanto, pode acabar sendo disputado fora do controle do ex-presidente. Isso porque o deputado federal Ricardo Salles (Novo) — o quarto deputado federal mais votado no Estado em 2022, com 640,9 mil votos — deve sair candidato sem a bênção do ex-presidente, o que pode prejudicar o PL.

A chapa em São Paulo é diretamente dependente da decisão de Tarcísio de disputar ou não a Presidência da República. Sem o governador na corrida pela reeleição, abre espaço para Bolsonaro emplacar um nome competitivo. “Derrite e eu estaremos juntos na chapa de Senado por São Paulo, e, caso Tarcísio concorra a presidente, um de nós concorrerá a governador”, diz Salles.

A situação no Rio de Janeiro é uma das mais opacas para o PL. Isso porque o governador Cláudio Castro (PL) tem prioridade na decisão por se candidatar ao Senado ao lado de Flávio Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Mas a desistência de Castro é levada em conta, e o partido discute alternativas como Carlos Portinho (PL), que se elegeu suplente e conquistou a cadeira titular, e o próprio Sóstenes.

CHAPA – “O presidente Bolsonaro vai indicar as candidaturas ao Senado no PL, e nós temos uma conversa adiantada para formar a chapa com o Flávio. Espero ter esse compromisso final do presidente Bolsonaro”, afirma Portinho, que está à espera da autorização do STF para visitar o ex-presidente na prisão domiciliar para ter o seu aval.

O ex-presidente também está certo sobre o filho Carlos Bolsonaro (PL), vereador pelo Rio, concorrer em Santa Catarina. A família tem apelado ao Estado, considerado o mais bolsonarista do País, para eleger com facilidade seus membros. Jair Renan Bolsonaro, o quarto filho do ex-presidente, elegeu-se vereador por Balneário Camboriú sem ter vínculos com a cidade.

“Bolsonaro não abre mão do Carlos ser candidato para Santa Catarina e não quer ele em outro Estado. (A segunda vaga) depende um pouco das negociações do governador, porque ele tem sua autonomia, é do nosso partido. São composições que ele tem que fazer com outros partidos”, diz Sóstenes.

ARTICULAÇÃO – Além das conversas sobre o Senado, Bolsonaro tem aproveitado as visitas com aliados para cobrar maior articulação entre presidentes de partidos de direita contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de olho nas eleições de 2026.

Ainda que preso e fora da disputa, o ex-presidente trabalha para manter a influência sobre o futuro do pleito — e seus apoiadores sabem que o apoio “oficial” do líder pode ajudá-los nas urnas.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGAinda bem que sonhar não é proibido e não paga imposto. Bolsonaro precisa esquecer a política e tratar da saúde, antes que seja tarde demais. (C.N.)

O gesto de Fux e o eco político de uma mudança no Supremo

Na Indonésia, Lula critica protecionismo e confirma disputa por quarto mandato

Gastos às cegas! Congresso e governo deixam de calcular custos em 80% dos projetos

Após pedido para mudar de turma e fala sobre 8/1, Moro e Dallagnol defendem Fux

STF publica acórdão e abre contagem regressiva para prisão de Bolsonaro

Defesa tem cinco dias para os primeiros embargos

Deu na Folha

O STF (Supremo Tribunal Federal) publicou nesta quarta-feira (22) o acordão com a decisão que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. Com a publicação, que formaliza o resultado do julgamento, passam a contar os prazos para que as defesas possam recorrer.

Bolsonaro está atualmente em prisão domiciliar, e um eventual cumprimento de pena em regime fechado pode se dar depois do esgotamento desses recursos —algo que ministros da corte preveem ocorrer ainda em 2025.

TRAMA – A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro, no dia 11 de setembro, a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. Trata-se da primeira vez na história do país em que um ex-presidente é condenado por esse crime.

O placar da condenação de Bolsonaro na turma foi de 4 a 1, e o ministro Luiz Fux foi o único voto divergente. Na última semana, ele havia pedido a devolução de seu voto para uma nova revisão gramatical, postergando um pouco a publicação do acórdão.

TRANSFERÊNCIA – Nesta terça (21), Fux pediu à presidência do STF para ser transferido da Primeira Turma, que julga a trama golpista, para a Segunda Turma, e entregou à noite seu voto sobre o julgamento do ex-presidente, o que permitiu a publicação do acórdão e abriu prazo para contestações das defesas.

Entre os recursos possíveis para os advogados de Bolsonaro e dos demais réus estão os embargos de declaração, reservados para situações em que a defesa entenda que houve alguma obscuridade, imprecisão, contradição ou omissão na decisão. Nesse caso, a discussão não vai para o plenário, mas para a própria turma que julgou o caso.

EMBARGOS – O prazo para a apresentação dos embargos de declaração é de cinco dias, contados a partir da publicação do acórdão. Em tese, a defesa pode apresentar sucessivos embargos de declaração caso entenda que a resposta ao questionamento anterior segue com pontos obscuros.

Apesar de não haver um limite definido de embargos de declaração que possam ser interpostos, caso a corte considere que haja apenas intenção de atrasar o encerramento do processo (pela repetição de argumentos já apresentados em embargos anteriores, por exemplo), ela pode declarar que ele é meramente protelatório.

REABERTURA DO DEBATE – Outro tipo de recurso cabível, apenas quando há voto divergente a favor do réu, são os embargos infringentes. Nesse caso, ele reabriria o debate sobre o mérito da condenação e levaria o julgamento para o plenário. O prazo para a apresentação dos embargos infringentes é de 15 dias a partir da publicação do acórdão.

No entanto, apesar de Fux ter apresentado voto divergente favorável a Bolsonaro, não se trata de um trâmite garantido. Isso porque precedentes do Supremo dos últimos anos têm imposto limites adicionais ao uso desse tipo de questionamento.

Caso o STF siga o mesmo entendimento de um precedente anterior, Bolsonaro precisaria de dois votos o absolvendo de pelo menos um dos crimes para que a tramitação dos embargos infringentes viesse a ser admitida.

HABEAS CORPUS – Embora os embargos de declaração e infringentes sejam os principais recursos à disposição, as defesas ainda podem apresentar ferramentas processuais mais genéricas, como habeas corpus e mandado de segurança, buscando questionar pontos do julgamento. No entanto, entendimentos restritivos do tribunal quanto ao uso desses meios processuais ou decisões monocráticas do próprio relator negando os pedidos podem fazer com que elas sejam caminhos com menor potencial de levantar discussões.

Uma eventual decisão sobre onde Bolsonaro deverá cumprir pena caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após o fim do processo. A defesa do ex-presidente tentará a manutenção da prisão domiciliar, citando as fragilidades na saúde de Bolsonaro, que tem 70 anos.

Para a hipótese de regime fechado, são citados três possíveis destinos para o Bolsonaro: a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, uma cela especial no Centro Penitenciário da Papuda, também na capital, e um quartel do Exército. A última possibilidade é tida como remota por integrantes do STF.

MP quer demolir mansão ilegal do presidente da Câmara de Brasília

Vista aérea da casa de Wellington Luiz, no Park Way. Ao fundo, o reservatório da Caesb, proprietária de todo o terreno que aparece na imagem. — Foto: Arquivo pessoal

A mansão foi erguida em terreno que pertence à estatal Caesb

Marcos Amorozo
g1 DF — Brasília

O Ministério Público do Distrito Federal recomendou a demolição imediata de todas as construções de uma mansão localizada na Quadra 27, no Park Way. A área é ocupada desde os anos 1990 pelo atual presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz (MDB), e pela esposa dele, Kilze Beatriz Montes Silva.

Segundo a promotoria: o terreno pertence à Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb); a ocupação por particulares é ilegal; a construção não tem licenciamento; o imóvel não pode ser regularizado.

MANOBRA – O MP diz ainda que a tentativa recente de licitação do imóvel foi uma manobra para burlar decisões judiciais e beneficiar diretamente o casal. A recomendação foi enviada à Secretaria DF Legal – que pode executar a demolição sem precisar de aval da Justiça.

O MP também orientou a Terracap (órgão do governo do DF que cuida de licitações de imóveis) a suspender o edital. E disse para a Caesb reaver a posse da área, cancelando qualquer tentativa de cessão ou alienação.

A Terracap suspendeu oficialmente a licitação em 20 de agosto e intimou Kilze Beatriz para se manifestar. A Caesb e o DF Legal pediram mais prazo para responder.

ILEGALIDADE – “A principal ilegalidade do edital consiste no desvio de finalidade do ato administrativo, pois a concessão de uso foi um ‘arranjo jurídico’ proposto pela Caesb para regularizar a ocupação ilegal do deputado Wellington Luiz”, afirmou ao g1 Laís Cerqueira, promotora de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística.

Em notas enviadas ao g1, a Caesb disse que “acompanha regularmente todas as ações, ainda em curso” e que prestou esclarecimentos ao Ministério Público do DF.

Já o DF Legal afirmou que chegou a multar Wellington Luiz, mas, em respeito ao processo em andamento na Justiça, não marcou data para cumprir a ordem de demolição. E a Terracap afirmou que atua na venda e na concessão dos imóveis de vários órgãos do DF, que licitou “dezenas de lotes” da Caesb só em 2025 e que o critério para essas vendas é “exclusivo da Caesb”.

SEM VEDAÇÃO – Ainda segundo a Terracap, “não há vedação para que servidores e/ou diretores do Biotic participem da concorrência para aquisição desses imóveis.”. O g1 entrou em contato com Wellington Luiz na última semana, mas não obteve retorno.

Wellington Luiz e Kilze Beatriz passam a ocupar irregularmente uma área pertencente à CAESB, no Park Way. A ocupação ocorre sem autorização formal e permanece por décadas.

Por mais de 20 anos, o deputado distrital e a esposa viveram no local sem serem questionados. Mas em outubro de 2017, a CAESB notificou extrajudicialmente o casal para desocupação da área, com prazo de 30 dias.

USUCAPIÃO – Em novembro do mesmo ano, o casal ajuíza ação de usucapião extraordinária , tentando obter a posse definitiva da área por meio judicial.

Em junho de 2019, a Justiça do DF julgou improcedente a ação de usucapião. O juiz entendeu que não é possível transferir a área com esse argumento, porque o lote é um bem público.

O Tribunal de Justiça do DF negou provimento à apelação do casal. A decisão confirma a sentença de 2019 e reforça que a área não pode ser adquirida por usucapião.

AVANÇOS NO CASO – Em 2025, houve uma série de “avanços” no caso. Em 4 de fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirma a impossibilidade de usucapião. A decisão é definitiva e reconhece que bens de sociedade de economia mista com destinação pública não podem ser usucapidos.

Em 7 de março, Kilze Beatriz é nomeada diretora da BIOTIC S.A., estatal controlada pela Terracap. A nomeação é vista como movimento estratégico para tentar reabrir o caso pela via administrativa.

E, em 2 de junho, a Terracap publica o Edital nº 08/2025, incluindo a área ocupada pelo casal como “sem destinação específica” e disponível para licitação. A descrição contradiz decisões judiciais e documentos oficiais.

PRIMEIRO ITEM – Na página 5 do edital 08/2025 da Terracap, o primeiro item é o terreno da Caesb onde o deputado Wellington Luiz construiu a casa.

Em 18 de junho, data prevista para realização da licitação. Kilze Beatriz figura como vencedora do certame, apesar de estar legalmente impedida por ocupar cargo de direção em estatal ligada à Terracap. Em 12 de agosto, o MP do DF publica a uma recomendação apontando falsidade na descrição do edital e defendendo a anulação dos atos administrativos.

Enfim, em 20 de agosto a Terracap publica comunicado suspendendo a licitação do imóvel constante do Item 1 do Edital nº 08/2025.

ALTO LUXO – A mansão de 585 metros quadrados – construída por Wellington Luiz há quase 30 anos em parte de um terreno originalmente pertencente à Caesb – se destaca pela imponência e pela estrutura voltada ao conforto máximo.

Do alto, é possível ver piscina, campo de futebol gramado, jardins extensos com palmeiras e árvores frutíferas.

A estrutura inclui áreas de convivência, caminhos internos e uma vegetação abundante que cerca o imóvel. Sem vizinhos, a única construção nas redondezas é a estação de tratamento da Caesb, verdadeira dona de todo o lote.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Wellington Luiz pertence a uma categoria de homem público que abunda no Brasil e serve a seus próprios interesses, em detrimento dos interesses da coletividade. Era policial civil e se elegeu deputado distrital prometendo combater a corrupção e a criminalidade. Acabou virando presidente da Câmara Distrital e tem participado ativamente de todos os governos corruptos da capital, que não dá sorte com políticos. (C.N.)

Arquivamento de processo contra Eduardo Bolsonaro expõe rachadura ética na Câmara

Lula insiste em Pacheco, mas já aciona Kalil como plano B em Minas

Sem partido, Doria aposta em nome de centro para romper a polarização de 2026

Catando feijão e fazendo poesia, como João Cabral de Melo Neto

O meu nome é Severino, não tenho outro de pia, Como há muitos ...Paulo Peres
Poemas & Canções

O diplomata e poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999) utilizou em sua obra poética desde a tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas  marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurando, assim, uma nova forma de fazer poesia no Brasil.

O poeta apresenta como tema o Nordeste, com todos os problemas voltados para a questão social, tais como a miséria, a indigência, a fome, e esta temática  está retratada no seu famoso poema “Morte e Vida Severina”, que revela a história de um retirante de 20 anos que sai em buscas de melhores condições de vida.”

CATANDO FEIJÃO
João Cabral de Melo Neto

Catar feijão se limita com escrever:
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco,
o de que, entre os grãos pesados, entre
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com risco.

Tarcísio na linha de tiro da política: sem Bolsonaro e sem rumo