Vicente Limongi Netto
Licença para pontos e vírgulas: o leitor Evanildo Sales (Correio Braziliense – 22/08) protesta com razão, contra a concessão de títulos honorários e beneméritos para figuras que nunca ergueram um tijolo para o desenvolvimento de Brasília. Que jamais fizeram nada de bom para os brasilienses mais necessitados. Aliás, a meu ver, os títulos concedidos pelos deputados distritais ficaram banalizados, desnecessários e inúteis. Como a própria Câmara Legislativa do Distrito Federal. Que não deveria nem existir, já que Brasília tem representantes eleitos, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.
Todo santo dia anunciam fornadas de patéticos novos títulos. Apenas para graúdos. É muita falta do que fazer. Como lembrou o leitor Evanildo, as vestais grávidas distritais nunca lembraram de homenagear um trabalhador humilde. O pior e mais patético, decidem conceder as medonhas honrarias para pessoas que já partiram. Bolas, porque não lembraram de homenagear estes cidadãos, em vida?
Por fim, o engomado medonho Davi Alcolumbre estrila contra um aspecto do acordo firmado entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (Correio Braziliense – 22/08). Se Alcolumbre reclama, é porque é saudável para a coletividade e republicano o que foi acertado entre os dois poderes.
LEIS MAIS DURAS – São frequentes e pomposos seminários, reuniões e debates protestando contra os crescentes feminicídios no Brasil. Muito lero-lero e nenhuma decisão política e governamental que realmente intimide a avassaladora e trágica progressão dos assassinatos. O fato é que de nada valem as medidas oficiais existentes de proteção às mulheres agredidas e ameaçadas por patifes e covardes. A lei Maria da Penha não tem mais utilidade. Triste e necessária constatação.
O Brasil precisa, urgente de leis realmente duras que intimidem os canalhas. Legisladores mexem tanto na Constituição que deveriam ter coragem para acrescentar parágrafos na Carta Magna adotando prisão perpétua ou pena de morte para a famigerada escória de canalhas. Penas igualmente justas para estupradores e pedófilos.
Nos Estados Unidos, apenas para ilustrar a necessidade do rigor para bandidos, um jovem de 12 anos foi condenado à prisão perpétua, por matar o pai.