Vicente Limongi Netto
Irretocável, firme e clara, refletindo a indignação da maioria esmagadora dos brasileiros, o teor da carta do leitor José Ricardo de Oliveira (Correio Braziliense – 12/01) deplorando as insistentes ações nefastas, nada republicanas, do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, em tornar o outrora isento e respeitado Supremo Tribunal Federal (STF) em instrumento de trabalho político dele do PT e apaniguados.
Flávio Dino jurou na sabatina no senado que jamais faria política no STF. Foi desmentido, publicamente, por Lula, quando anunciou a escolha do novo ministro da justiça.
VACCARI INOCENTE? – Recordo, nessa linha, que há dias, o notável ministro Edson Fachin anulou todas as acusações de corrupção contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Como salientou José Ricardo de Oliveira, depois de presentear o advogado Cristiano Zanin, que o livrou da cadeia, com uma vaga no paraíso jurídico, com o velado apoio, claro, dos ardorosos ministros, chegou a vez de Lula premiar com a toga mágica do sagrado Direito o espaçoso e dedicado Flávio Dino.
O ainda ministro da Justiça coordenará a festança da posse do ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski, que nunca escondeu suas ligações com o PT. O fato é que a Esplanada ganhou uma filial do STF.
A pouca vergonha e a farra jurídica e política correm soltas. O carro alegórico do PT e máscaras de apadrinhados de Lula farão sucesso no carnaval. O cardápio político da apregoada lorota da reconstrução nacional não deixa margens para dúvidas: se o acusado for petista, será salvo pelo STF e viverá feliz. Se for adversário do PT, coitado, morrerá na cruz, mais flechado do que São Sebastião.
GRANDE GERSON – O Globo de hoje, sexta, diz 12, destaca minha carta desejando boa sorte ao técnico Dorival Junior e saúde ao Gerson, pelos valorosos e dignos 83 anos de idade, lamentando a CBF não tenha dado nenhuma importância e valor pela data. Terrível e triste.
De volta à política, para encerrar, uma perguntinha marota: será que Flávio Dino deixará crescer capim na porta do infatigável amigo, Ricardo Capelli, secretário-geral do Ministério da Fazenda, que logo ficará sem emprego.