Lula procurou Sarney para voltar a fazer política com bom senso e paciência

Na hora do aperto, Lula recorre a Sarney

Vicente Limongi Netto

Parodiando o ditado popular, Lula, o bom aluno, à casa torna. Boas luzes levaram Lula novamente a Sarney. Teme ser reprovado em outubro. O aluno anda relapso nos deveres de casa. Esqueceu a boa cartilha política. Abusando de palavreados rudes. Tateando na escuridão. Dando coices no vento.

Mestre Sarney, cultor do bom senso e da paciência, reiterou ao açodado Lula o saudável caminho das pedras. O diálogo supera desavenças. Agressões e insultos são espinhos da política ruim e ultrapassada. 

PLANO REAL – Considerado um dos pais do Plano Real, o economista Edmar Bacha mostrou oceânico encantamento no Correio Braziliense (24/06), ao exaltar os 30 anos da vitoriosa medida.

Nesse sentido, a meu ver, já que o empolgado Bacha teve repentina falha de memória ou falta de desprendimento, ou ambas as coisas, destaco opinião do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no programa de televisão “Consultor Jurídico”, em 2021, ao lado dos também ex-presidentes José Sarney e Michel Temer. 

Claro e categórico, FHC revelou que os planos econômicos do governo Collor foram valiosos para o sucesso da implantação do Plano Real.

MAIS QUE PASSARINHO – Quando David Luiz subiu mais do que passarinho, como brincava Dadá Maravilha, e vibrou com os dois belos gols, em duas partidas seguidas do Flamengo, sonhei que o cabeludo David havia ido para o Fluminense, para jogar, novamente, ao lado de Thiago Silva. O Fluminense continua penando. Jogando mal, rifando a bola, batendo cabeça, exagerando em passes errados. Sobretudo no meio de campo, onde começa, a meu ver, a decisão de um jogo.

Ganso, coitado, berrando com os colegas, dando broncas, ensinando que a bola não queima. Embora não goste de quem trata ela mal. Contra o Flamengo, Diniz sacou, não sei de onde, um Gabriel. Perdidão, entregando o ouro ao adversário. Outro omisso no jogo, Renato Augusto.

O excelente Samuel voltou da contusão devagar. Sem o antigo entusiasmo para pegar a bola, com moral e partir para frente, abrindo jogo pelas extremas, dando opção a Ganso. Parece, pelo jeito, que Samuel tem saudades de Arias. Jogador sensacional. Protege a bola com carinho e competência, como se fosse a mulher da sua vida.

ATÉ MARTINELLI – André é outro que precisa retornar, urgente, ao meio de campo tricolor das Laranjeiras. Pena que Marcelo não jogou. Tomara que retorne quarta, com o Vitória.

Lamentável e ridícula presença em campo do jovem John Kennedy. Sem fibra, atabalhoado. Até o regular Martinelli entrou na roda dos medíocres em campo. Batendo cabeça com o Gabriel. Sabe jogar, tem jeito, mas pareceu sentir a responsabilidade de levar o time para frente. Errou passes bisonhos. Lima ia bem, sem alarde, útil ao time. Cano jogou? Creio que não. O jeito é manter a fé. Porque o drama do fluminense já passou dos limites. Fábio é outro que deixa a torcida na pilha. Repõe a bola com dificuldade. Parece não acreditar nas chuteiras dos colegas da defesa.

Vem logo, Thiago Silva, por favor. Foi injusto Fernando Diniz ser demitido como vilão dos fracassos do time.  

Mauro Campbell é um magistrado capaz de renovar a desgastada imagem da Justiça

O amazonense Mauro Campbell, ministro do STJ, passa por sabatina no Senado  nesta quarta-feira (19/06) - Rede Onda Digital

Mauro Campbell é um exemplo de juiz independente e justo

Vicente Limongi Netto

Discreto e competente ministro do Superior Tribunal de Justiça(STJ), o amazonense Mauro Campbell foi aprovado pelo plenário do Senado para a relevante função de Corregedor do Conselho Nacional de Justiça(CNJ).  Recebeu 62 votos favoráveis, entre 81 senadores.

Para Campbell, “o juiz não possui carta de alforria para fazer da magistratura um bico, ou fazer turismo na sua comarca. Lá ele deve residir, porque recebeu ajuda de custo e dinheiro público para isso”.

CAMPELO EMPOSSADO – Outro homem público e cidadão respeitado em Brasília e no Brasil é o cearense de Crateús, ministro aposentado do TCU, ex-presidente daquela Corte, e ex-senador Valmir Campelo é o novo e valoroso acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. O discurso de posse de Valmir foi uma peça significativa e marcante de um bravo patriota e um hino de amor a cidade onde estudou, trabalhou, criou família e fez enorme legião de amigos.

O novo acadêmico do Instituto lembrou que, como deputado constituinte, foi o autor da emenda que criou o Fundo Constitucional de Brasília. Iniciativa vitoriosa apoiada pelo relator-geral da Carta, Bernardo Cabral, e o líder da bancada do DF, Mauro Benevides.

TUDO DE NOVO – Dura constatação. Não tem hora para acabar a agonia, o drama e o sofrimento dos desolados gaúchos. As águas do rio Guaíba subiram novamente. Implacavelmente. Alagando 7 cidades, destruindo casas, plantações, comércio em geral. Adiada a volta da alegria.

A esperança e a garra dos moradores e voluntários permanecem acessas no coração de todos. Imagens tristes voltaram a magoar olhos e corações dos brasileiros, desde o início solidários com aqueles que perderam tudo. Menos a fé. O que foi salvo e reconstruído corre o risco de novamente virar barro, lama e angústia.

DAVID LUIZ – Sonhar é de graça e alimenta a alma. O cabeludo David Luiz, em boa forma, experiente e carismático, poderia trocar o Flamengo pelo combalido Fluminense, para fortalecer a massacrada e medíocre zaga tricolor, e voltar a jogar ao lado de Thiago Silva.

Domingo é dia de mais sofrimento ou recuperação do lanterna Fluminense. Exatamente com Flamengo, o líder do brasileirão.

Haddad anuncia o fim da gastança e a redução do déficit, mas ninguém acredita

GASTO PÚBLICO: em momentos de recessão o gasto público faz a economia crescer mais do que

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Vicente Limongi Netto

O ministro Fernando Haddad anuncia o fim da gastança. Espera-se que seja verdade, porque o bom exemplo vem de cima. Lula vai evitar hotéis suntuosos, nas viagens ao exterior. Dona Janja fica proibida de entrar em lojas luxuosas. Será que já mandou embaixadas e consulados reservarem pensões, pousadas ou hotéis mais baratos?

Se for assim, a comitiva de áulicos vai diminuir. Carros luxuosos para a delegação também sofrerão redução. O cerimonial recomenda trocar picanha pela mortadela. O espumante francês pelo vinho brasileiro. O povo também espera que magistrados federais parem de ganhar salários milionários e vantagens escandalosas, que humilham o cidadão desempregado ou mesmo aqueles que ralam com salários aviltantes.

FIM DA PICADA – O espalhafatoso senador Eduardo Girão(Novo-CE) é o fim da picada. Esmerado em papagaiadas eleitoreiras que apequenam a política. Há quem goste. Encantado pela demagogia e oportunismo, Girão fica indócil diante de holofotes. Arvora-se em dono da verdade. Fica à vontade, em destrambelhos. 

No passado, lembra a vigilante colunista Denise Rothenburg (Correio Braziliense – 18/06), o senador cearense meteu os pés pelas mãos, utilizando médicos contrários a vacina contra a covid-19. Um vexame! Agora, a nova pantomima de Girão foi em torno da assistolia fetal, um procedimento médico que consiste na aplicação de produtos químicos no feto para evitar que nasça com sinais de vida,

Girão comandou no plenário do Senado um espetáculo sem o necessário contraditório, reunindo apenas grupos defensores do projeto. A pueril encenação do prosaico Girão mereceu firme repúdio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. 

SAL GROSSO – O golaço do cerebral Ganso foi ofuscado pelo vexame do Fluminense contra o Atlético Goiano.  Atuação vergonhosa. Dentro e fora do campo. O time vai continuar amargando derrotas, sem Arias e André. Thiago Silva já viu que terá dificuldades na zaga.

Piorando o quadro medonho em Laranjeiras, Ganso não joga contra o Cruzeiro e mesmo que vença os mineiros, o Fluminense permanece na zona do rebaixamento. No lugar do alegre pó de arroz, o elenco precisa de sal grosso. Urgente. 

Por favor, avisem a José Dirceu que “meu título de eleitor não é latrina”

Dirceu quer ser candiddato a deputado federal em Brasília

Vicente Limongi Netto

Leio que o probo e imaculado ex-presidiário José Dirceu foi recebido como paladino da moral e da ética pelos deputados da Câmara Distrital de Brasília (Eixo Capital – Correio Braziliense – 14/06). É abissal falta do que fazer, sintonizada com espetáculo degradante de patética bajulação coletiva.

A notícia da colunista Ana Campos salienta a estapafúrdia e destrambelhada declaração de amor do deputado petista Ricardo Vale, que considera Dirceu “uma liderança política com tanta importância para a história do Brasil”.

Valha-me, Deus! Que blasfêmia. O mais medonho, a meu ver, é imaginar que Zé Dirceu sonha em sair candidato, em 2026, por Brasília, para deputado federal ou senador. Declaro, de antemão, que meu título de eleitor é documento sério, não é latrina.

FORTE DECEPÇÃO – A jornalista Ana Dubeux (Correio Braziliense – 16/06) clama, indignada e decepcionada, “O Congresso que temos é o que queremos?”. A insatisfação de Dubeux é semelhante ao desgosto da maioria esmagadora da população. Com isenção, ela separa o joio do trigo:” É certo que temos honrosas exceções entre os políticos que hoje legislam. Mas sozinhos eles podem muito pouco para mudar a realidade”.

Nessa linha, Ana Dubeux protesta, energicamente, contra o desastroso projeto que propõe uma “pena desumana a mulheres e crianças que precisam – a palavra é essa! – passar por um aborto após a experiência traumatizante de um estupro”. A calamidade assombra os rasos argumentos dos legisladores. O bom senso precisa voltar aos corações dos políticos.

SANTIFICAÇÃO – Concordo com a indignação de Cláudio Magnavita (Correio da Manhã – 11/06). É inacreditável que o assassino confesso Ronnie Lessa, que matou a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, vire figurinha carimbada na Globo e na Globonews.

Completa inversão de valores. Busca de audiência podre. O presidiário canastrão não demora será canonizado pelo Vaticano. Francamente.

Câmara estuda como criar regras para disciplinar as brigas entre deputados

Presidente do Conselho de Ética ironiza briga entre Nikolas e Janones - Folha PE

Briga entre Nikolas e Janones será analisada pela Comissão de Ética

Vicente Limongi Netto

O oportuno editorial do Correio Braziliense (dia 13/06), “Cartão vermelho para os brigões”, aplaude e incentiva a decisão do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, em punir, severamente, inclusive com suspensão do mandato, parlamentares que insistam em promover cenas de pugilato. Jogo será duro com açodados.  Festas juninas com quentão e barbas de molho.

Para não ser chamado de ditador, o presidente da Câmara estuda lançar cartilha com normas e termos apropriados para ocasiões que o sangue ferver entre inflamados engravatados.

DEDO NA CARA – Fica mantido o famoso dedo na cara entre os valentões. Desaforos e ofensas como canalha, miliciano, safado, ordinário, frouxo, trambiqueiro e cafajeste poderão ser usados. Desde que seja com educação e cortesia, tipo: “Vossa Excelência é um canalha safado”.

Será expressamente vetado xingar a mãe alheia. É proibido chamar o outro de ladrão. Seguranças da Câmara ponderam ao presidente Lira que a expressão, muito cunhada entre os brasileiros quando querem homenagear os políticos, poderá causar embaraços.

A situação ficaria incontrolável. Muitos deputados que estejam passando ou assistindo o arranca rabo, poderão não gostar e botar a carapuça.

OUTRAS NORMAS – Os brigões também estão impedidos de jogar lama na honra do desafeto. Vida particular é sagrada, enfatizará a cartilha. Desafiar para socos e pontapés fora do recinto vai ser liberado, mas fica proibido cuspir nas fuças do outro. Bico na canela pode.

Chutar a virilha e os países baixos do adversário, jamais, para não congestionar o Serviço Médico. E a cartilha definirá essa agressão como deplorável, torpe, perigosa e abusiva.

Grupo de deputados sugere a instalação do VAR, como no futebol, para evitar punições injustas.

OUVIR OS LÍDERES – O presidente Arthur Lira prometeu que ouvirá lideranças partidárias para avaliar outras medidas severas que pretende adotar. Como instalar um imenso mural luminoso com os nomes e fotos dos deputados impulsivos, com a lista grosseiros da semana e do mês.

Avalia-se até pugilato com paletó, gravata e luvas de boxe, mas em poucos assaltos, que serão chamados de “rounds”, porque na política brasileira assalto tem outro significado.

Deputados de trato ameno, alheios a rinhas corporais, mais preocupados em trabalhar pela coletividade, que respeitarem os adversários, serão aquinhoados com mais polpudas emendas.

No Dia dos Namorados, não esqueça de beijar aquela pessoa que embeleza sua vida

Peres em estúdio, gravando uma música

Carlos Newton

O advogado, jornalista, analista judiciário aposentado do Tribunal de Justiça (RJ), compositor, letrista e poeta carioca Paulo Roberto Peres homenageia o dia de hoje através deste “Soneto dos Namorados” e festeja seu amor à bela Cristina.

SONETO DOS NAMORADOS
Paulo Peres

Dia dos Namorados.
Corações iluminados,
Beijos, abraços, amores,
Poemas, canções e flores.

Nos salões dos sentimentos
Sob luz de velas e violinos
Casais eternizam momentos,
Sonhos reais, cristalinos.

O namorar é o vital sabor
Da idade, descoberta e valor
Cuja beleza maior está na grandeza modesta.

Invoco à bênção futura
Cultivar do passado a ternura
Aos hoje namorados em festa.

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Vicente Limongi Netto - YouTube

Limongi, jornlista e poeta

O jornalista, escritor e poeta amazonense Vicente Limongi Netto é uma das pessoas mais queridas de Brasília. Sempre trabalhou em política, mas coloca poesia em tudo o que escreve. Era muito amigo de Helio Fernandes, que publicava os artigos de Limongi na Tribuna da Imprensa e lhe dedicava um carinho muito especial. 

NAMORAR É GOSTAR DE VIVER
Vicente Limongi Netto

Namorar é pintar a alma de emoção
e vestir o coração de alegria.
A faísca dos olhares atrai paixões.
Mãos dadas são dedos entrelaçados
com amor e com muita ternura.

Namorar é sonhar com o futuro.
Um coral de anjos e estrelas
vem saudando o amanhecer.
É bom passear ao ar livre.
Sentir o orvalho nas plantas 
e apreciar o aroma das frutas.
Tudo isso se torna exigência
do encantamento do romance.
Namorados são parceiros
 da boa energia e do paraíso.
Namorar é gostar de viver. 

Ganso está jogando demais e deveria ser lembrado para a seleção brasileira

Ganso no São Paulo? Estafe do jogador consultou o time paulista

Belas atuações de Ganso deslumbram os torcedores do Flu

Vicente Limongi Netto  

Fluminense tem bom time. Não é inferior, tecnicamente, a nenhum time brasileiro. Ganso comanda a equipe. Nosso excepcional maestro. Sabe tudo. Considerado gênio pelo técnico Fernando Diniz. E é mesmo. Cabeça erguida, sabe os atalhos do campo. Antes da bola chegar nele, já sabe o que fazer com ela.

A bola vibra com o carinho do craque Ganso, que descobre buracos para enfiar bolas açucaradas para os atacantes. Ou para os laterais, que também sabem jogar e concluir jogadas. Deveria, inclusive, merecer chance na seleção. Dorival Junior conhece o valor dele. Da lucidez que impõe no meio de campo.

Chegou a hora do Fluminense reagir, vencer jogos no Brasileirão. Fica feio para um time grande ficar na rabiola da tabela. Vamos melhorar muito com a chegada do Thiago Silva. Apelidado de “monstro”, com razão. Começou no Fluminense, cresceu, foi embora. Enricou, fez por merecer, trabalhou para isso. Volta a Laranjeiras.

Felicidade raiando no elenco. Torcida feliz. Recebido com justo carinho. Não exagero avaliar que Thiago Silva tem futebol, saúde e categoria, para ser lembrado por Dorival Junior para a seleção.

Voltando ao fluminense:   Creio que o problema do time é exatamente no miolo da zaga. Felipe Melo é guerreiro. Sabe jogar. Impõe respeito. Mas quando começa a bater, sai da frente. Com o tempo, Diniz, acredito, colocará Martinelli ao lado de Thiago Silva. Há quem prefira Marlon. Vacila muito. Saídas de bola lá atrás estão deixando o torcedor aflito. Fábio, calejado goleiro, anda entregando a rapadura para os adversários.

SEM RACISMO – Exemplar, digna de elogios e aplausos, a condenação de três ordinários racistas que insultaram Vini Júnior, no jogo do Real Madrid com o Valência, válido pelo campeonato espanhol.

Pegaram 8 meses de cadeia e estão proibidos de ir a estádios por dois anos. Que isso lhes sirva de lição.

Use filtro solar, óculos e boné para suportar a PEC que privatiza praias

Gilmar Fraga: propriedade particular... | GZH

Charge do Fraga (Gaúcha/Zero Hora)

Vicente Limongi Netto

Estou pronto e radiante para ir ao Senado, acompanhar os debates da PEC das Praias. Vou com bermuda nova, com as cores do fluminense, chinelo de dedo, filtro solar, óculos escuros e boné de aposentado. Na entrada do plenário, peço ao segurança um guarda-sol.

Alguns senadores vão querer usar meu filtro solar. Só empresto para a senadora Leila Barros. Para cuidar da pele bonita e para o senador Esperidião Amin, proteger a famosa careca.

PRAIAS DE SATANÁS – Passarei pelo carrinho do bigodudo senador Chico Rodrigues, vendendo mate gelado. Mais à frente, barraca de lona azul. Com mesas e cadeiras. Coisa de senador abonado. Vendendo carne de sol, caldo e cana e distribuindo santinhos de Chico Xavier, o cearense boquirroto, Eduardo Girão. Berra e xinga o vento, chamando a PEC das Praias de Satanás.

O trio do Amazonas, Omar Aziz, Eduardo Braga e Plinio Valério, armou barraca saudando o Festival de Parintins e oferecendo aos presentes sanduiches de tucumã e tigelas de açaí.

Ao lado, o ambulante Jorge Kajuru vende biscoitos de polvilho e picolé de diversos sabores. A senadora e ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, montou barraca com frutas e verduras. Garante que não tem agrotóxicos.

SALVA-VIDAS – Escadas e binóculos para os salva-vidas, Humberto Costa, Jader Barbalho e Renan Calheiros. Bandeirinhas vermelhas indicam mar agitado no plenário. Algumas senadoras e senadores não sabem nadar.

O vice-presidente Veneziano do Rêgo mandou buscar coletes de salva-vidas.  Rodrigo Pacheco solicitou a operosa diretora-geral da Casa, Iana Trombka, uma ambulância de prontidão. Com tubo de oxigênio.

A excrescência PEC das Praias foi aprovada na Câmara dos deputados em fevereiro de 2022, com apoio amplo de partidos de direita e centro-direita e votos, também, de deputados do PCdoB, PT e PSB. Falta o Senado confirmar essa emenda que parece vir do esgoto e não do mar.

Eleições de 2026 ainda estão longe, mas os preparativos se intensificam

Charges para rir, chorar e pensar a política dos nossos dias – livro leve  solto

Charge do Glauco (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Eu gostava de conversar política com o eterno craque, jornalista e cronista Paulo Pestana. Discreto e isento, ele pontuava o secretário de governo do DF, José Humberto, como nome forte para futuras rinhas políticas. Nessa linha, o próprio José Humberto (Eixo Capital- Correio Braziliense – 4/06), habitualmente de poucas palavras, soltou a língua no programa CB Poder.

Afirmou está aberto para conversas políticas, sob o comando do governador Ibaneis Rocha. Eleições de 2026 estão longe. Mas certezas, planos, conchavos, especulações, composições partidárias, tudo circula fartamente. O cardápio é farto e variado.

NOVAS LIDERANÇAS – Para todos os gostos. Com pratos saborosos, salgados, insossos, apimentados. É a política. Surgirão novas lideranças. Sempre bom sonhar com política grandiosa. Voltada para os interesses coletivos. Não há como fugir dela.

Tarefa de Ibaneis será árdua e meticulosa. Escalar time para não perder. Os adversários são aguerridos. Já estão com sebo nas canelas. Bolsonaristas surgirão com sangue nos olhos. Ibaneis senador, Celina Leão, governadora. Ibaneis tem o poder e a caneta cheia de tinta.

Deputados federais e distritais tentarão reeleição. Outros nomes vão querer entrar nas disputas. José Humberto poderia ser vice de Celina, ou suplente de Ibaneis.

DOIS SENADORES – Para o senado são duas vagas. Há quem prefira o operoso e experiente Paulo Otávio para vice-Governador de Celina. Chapa forte. Ou o ex-senador, ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU), operoso administrador de 3 cidades-satélites,  Valmir Campelo, para suplente de Ibaneis ou de Paulo Otávio, em chapa para o Senado. O PSDB trabalha para voltar a ter bons espaços na política brasiliense. Foi Valmir Campelo, como deputado constituinte, o autor do Fundo Constitucional que assegurou recursos para o Distrito Federal.

MÚSICA NO MUSEU – No Rio de Janeiro, Sergio Costa e Silva ganhou um grande presente de aniversário. Dia 27 de março passa a ser Dia da Música no Museu, decreto da Assembleia Legislativa, por iniciativa do Deputado Átila Nunes, e que foi inserido  no calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro.

‘Música no Museu’, projeto cultural criado por Sergio Costa e Silva, aliás, é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro e da Cidade do Rio de Janeiro.

O sucesso do Pentecostes na Itália e a decrepitude precoce de Brasília

Governo Lula planeja programa para pessoas em situação de rua | Metrópoles

Última pesquisa (2022) localizou mais de 7 mil desabrigados

Vicente Limongi Netto

Dois marcantes comentários sobre fé e decepção (Correio Braziliense-26/05), brilharam com o sol, no meu domingo. Com a fé inquebrantável de Ana Dubeux, no fascinante texto na Revista do Correio, “O mapa da fé e do autoconhecimento”, resumindo o sucesso do Pentecostes deste ano, na Itália, que Dubeux cobriu com a habitual eficiência profissional.

A triste constatação, por sua vez, fica por conta de Circe Cunha, na coluna “Visto, lido e ouvido”, honrando o espaço que durante anos foi do pai dela, mestre Ari Cunha: “Entregue à própria sorte, Brasília parece ir de encontro a um processo acelerado de decrepitude precoce, sem que nada nem ninguém impeça essa marcha fúnebre”.

FALTOU O ABRAÇO – Horrores das guerras, ambições desenfreadas, brutalidade apavorante, tragédias climáticas, quadras medonhas entristecendo almas e corações. O planeta amesquinhou-se. Privando o ser humano de tudo de bom e saudável que valorizamos na vida. O abraço evaporou-se. O dia do abraço quase passa despercebido.

A ausência do abraço machuca sentimentos. Entristece amigos. O abraço une emoções. Surge no clarão da luz como fé. Irradia esperanças. O abraço enfrenta fúrias.  Aproxima adversários e desafetos.

O abraço é mais forte do que maus e falsos sentimentos. O abraço fortalece o espírito. Alivia temores. Aproxima a solidariedade. É o chamego da luz. Tem o encanto do respeito. É a chama que anuncia o belo. É o sinal que o amor existe e precisa ser exaltado.

LIGA DO BEM – Visita boa, de surpresa, da ministra do Superior Tribunal de Justiça(STJ), Maria Thereza Moura, terça-feira, nas dependências da “Liga do Bem”, no Senado Federal.
Gostou e aplaudiu a iniciativa, criada pelos servidores da Câmara Alta, para atender famílias carentes e necessitadas. A incansável e exemplar Liga do Bem já mandou mais de 90 toneladas de doações para as vítimas da tragédia climática gaúcha.

PAPELÃO DO MOURÃO – Destrambelhadas declarações do senador e ex-vice-presidente da república, Hamilton Mourão, alegando que não vai ao Rio Grande do Sul, Estado por onde foi eleito, à custa de Bolsonaro, porque é discreto e idoso de 70 anos. A penúria da alma de Mourão apequena o mandato, o Senado e a farda das Forças Armadas, já que é general reformado. Lamentável e patético Mourão.

A sorte dele é que os outros dois senadores – Paulo Paim, do PT, e Ireneu Orth, do PP – tão insensíveis quanto ele, também permaneceram em Brasília.

LUCAS PAQUETÁ – Sugiro que o timeco de hipócritas deixe Lucas Paquetá em paz. Ilações não valem como provas contra ninguém. Paquetá tem mostrado excelente futebol com a camisa da seleção brasileira.

Titular absoluto do técnico Dorival Junior. Nome certo para a copa de 2026. 

No choro das águas, as enxurradas provocam vento e frio no varal da agonia

Chuvas afetam 781 mil pessoas no RS; mortes sobem para 75 | Agência Brasil

A tragédia brutal, se transformou numa lição de solidariedade

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há anos em Brasília, sensibilizado pela tragédia que ocorre no Rio Grande do Sul, compôs o “Choro das Águas”.

CHORO DAS ÁGUAS
Vicente Limongi Netto

A linguagem das águas
flutua no vazio do silêncio,
rio e lagoa viraram barro
perderam o mistério dos peixes

Barcos e lanchas são desalentos
das margens tristes,
casas e móveis boiando
na frieza da desesperança

A avalanche de lama conta mortos,
desabrigados gaúchos são reféns do futuro,
o canto das águas perdeu a ternura
e as enxurradas provocam vento e frio
no varal da agonia

Povo gaúcho, firme e determinado, dá início ao trabalho de reconstrução da área alagada

Exército instalou uma ponte flutuante no Rio Taquari

Vicente Limongi Netto

Estraçalhado, destroçado, arruinado, jamais derrotado. Unido na desgraça. Solidário na tristeza. Esmagado por dentro. Os gaúchos, todavia, não se entregam. Não vergam. A dor que vivem, carregarão pelo resto da vida. Ricos, pobres, remediados, desempregados, terceirizados.  Juntos na mesma agonia. Foi tudo, literalmente, por água abaixo. 

Sabem que é preciso reagir. Enfrentar as dificuldades. De frente, peito aberto. Estimulados pela solidariedade do Brasil inteiro e por milhares de voluntários. Anjos abençoados pelos deuses da ternura e do afeto. Sem eles, tudo seria mais difícil e complicado. 

POVO FERIDO – O gaúcho é um povo ferido. Na alma e no coração. Movido pelo alento da fé imorredoura. Manter o couro duro para a reconstrução. Não é hora de fraquejar.

É preciso seguir a lição do apóstolo Paulo, combater o bom combate. Como exortou a dona de uma sapataria, vendo destruídos os esforços de uma vida inteira: “Vamos em frente. Não podemos desistir”.

O quadro é de guerra. Desolação que fere os olhos. Lama e barro das enxurradas levaram hospitais, restaurantes, bares, escritórios, pontos de táxi, paradas de ônibus, academias, farmácias, lojas inteiras de mercados, bancas de ambulantes, rodoviárias, jardins, escolas, aeroporto, casas e prédios, áreas de lazer, oficinas mecânicas, igrejas.

É MUITO TRABALHO – São marcantes e fundamentais as presenças das Forças Armadas, da Polícia Federal, dos bombeiros de vários Estados e da Força Nacional. 

As paisagens do Rio Grande do Sul estão tomadas por caminhões de lixo, caminhões basculantes, britadeiras, empilhadeiras e serras elétricas, lanchas, barcos, canoas, helicópteros, aviões cargueiros, navios da Marinha, carros de combate, tratores, balsas, carros e ambulâncias de bombeiros.

Profissionais envolvidos com fé no peito. No coração, pulsa a reconstrução. 

Ninguém entende por que Cafu virou garoto-propaganda exclusivo da CBF

Cafu indica o que falta para a Seleção Brasileira vencer a Copa do Mundo - Lance!

Cafu ganhou exclusividade sem a menor justificativa 

Vicente Limongi Netto

Inacreditável, inaceitável e injustificável que apenas e somente o ex-jogador Cafu viaje, pelo Brasil e pelo mundo, em programações oficiais da CBF. O futebol pentacampeão tem outros dignos, valorosos e eternos atletas, também campeões do mundo, merecedores de semelhante tratamento dado a Cafu. Como Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Ronaldo Fenômeno, Clodoaldo, Edu, Jairzinho, Rivelino, Gerson, Piazza, Gilberto, Tostão, Leão, Vampeta, etc. Francamente, é o fim da picada.

Completo desaforo e má vontade do técnico Dorival Junior, ao não convocar Ganso para os amistosos da seleção. O cerebral meia do fluminense está em excelente forma, física e técnica. Dorival conhece Ganso, foi treinador dele, no Santos. Sabe que o atleta, pela experiência e inteligência, poderia ser muito útil à seleção. Lamentável.

Beato Carlo Acutis tem seu corpo permanentemente exposto em Assis

Corpo do jovem beato jamais se decompôs

ESPIRITUALIDADE – Com Deus e Maria no coração, carregando emoções na mochila e exortando serenidade, amor e fé entre os homens, lá vai Ana Dubeux (Correio Braziliense – 19/05), com sua forte e cativante espiritualidade pelos continentes.

A jornalista está, agora, em Assis, Itália, “conhecendo os locais sagrados ligados à vida de São Francisco e Santa Clara, como a igreja de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula, berço da Ordem Franciscana, o sacro convento e a casa paterna, além de uma visita ao corpo do beato Carlo Acutis, que morreu aos 15 anos e seu corpo jamais se decompôs.

Dubeux clama por mudanças em nossas atitudes. É preciso lutar para estancar a pavorosa brutalidade que estarrece o mundo.

FESTA DO BOI – Vigilante no cumprimento das normas que definem a participação de crianças e adolescentes antes, durante e depois do 57º Festival Folclórico de Parintins, o Ministério Público do Amazonas prepara uma grande ação conjunta, com várias promotorias e projetos do órgão, para levar à “Ilha Tupinambarana” entre os dias 26 a 30 de junho. 

Este ano o festival terá a cobertura direta da TV Globo. Estima-se a presença de 120 mil turistas e receita para Parintins de 150 milhões de reais.

A ideia do procurador-geral Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, aproveitando a presença do público recorde deste ano, é aproximar o Ministério Público e a sociedade, abrindo canais de comunicação e de denúncia, inclusive apresentando ações concretas da Ouvidoria Itinerante da Mulher, que é um exemplo a todo o país.

Entre os desabrigados, há crianças que não consequem encontrar seus pais

Disque 100 abre novo canal para localizar crianças desaparecidas no RS - Sul 21

Disque 100 abriu um canal exclusivo para localizar crianças

Vicente Limongi Netto

Criança simboliza amor, ternura. É o sopro do infinito. Manuela, Breno, Joana, Carla, Gustavo, Tito, Gabriel. Todos com idades de 4 a 8 anos. O que têm em comum? Moram em abrigos, salvos dos horrores que violam e massacram os corações gaúchos. O sufoco é enorme. Muitas das crianças longe dos pais. Respirando saudades e ansiedades. Orações do Brasil inteiro, para que os pais apareçam para buscá-los. Há outros casos de crianças desaparecidas

Estão bem cuidadas, agasalhadas e alimentadas.  Mas sentem falta de hábitos e manias. Dos passeios, dos amigos da rua, do edifício ou do condomínio.  Dormir gostoso na cama dos pais. Ouvir histórias para chamar o sono. Boa passada nos joguinhos do celular. Dormir agarrado com o travesseiro, com a chupeta predileta. Adoram lanches da vovó. Depois do abrigo, as crianças precisarão de readaptação. Mental e social. Na escola e na família. 

INDECÊNCIA – Sem gabolice, mas seguramente fui um dos primeiros, na tal mídia, a deplorar, aqui na Tribuna da Internet, a escolha do falastrão petista Paulo Pimenta, para secretariar as ações e providências do governo, em benefício do sofrido povo gaúcho.

Nessa linha, o Estado de São Paulo, em editorial do dia 17, trata o assunto como “A indecente exploração política da tragédia”. É claro que vai dar confusão com o governo estadual, que tem a responsabilidade civil e financeira de gerir a crise, enquanto o governo federal tenta faturar apoio e aprovação dos eleitores.

PNEUS IMPORTADOS – No Amazonas, um total de 522 pneus importados foi reprovado e interditado por fiscais do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas) em uma área alfandegada, na zona sul de Manaus, durante a operação ‘Pneus Importados’, deflagrada e coordenada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em parceria com a Receita Federal do Brasil (RFB). O resultado da operação foi divulgado, nacionalmente, nesta sexta-feira (17/05).    

A fiscalização foi intensificada nos portos de entradas dos produtos importados, no período de 7 a 10 de maio, com atuação de equipes do Ipem-AM e da RFB para verificar se os pneus atendem aos requisitos de marcação e informações obrigatórias do produto, conforme a portaria Nº 379, que aprova o regulamento consolidado para pneus novos.

Águas enfim estão descendo e surgem cenas emocionantes do resgate de cães e de gatos

Mais de 11 mil animais afetados pelas enchentes no RS foram resgatados |  Agência Brasil

Mais de 11 mil animais foram resgatados no Rio Grande do Sul

Vicente Limongi Netto

Emocionantes as imagens de centenas de gatos e cães, resgatados por incansáveis bombeiros e voluntários, no maltratado e sofrido Rio Grande do Sul. Não têm forças para latir. Resmungam choros. Estão sem rumo, perdidos. Parecem saber que jamais voltarão a rever seus donos. São animais de raça, vira latas, grandes, pequenos, gordos ou magros. Resistiram pendurados em galhos de árvores. Em janelas, telhados. Em cima de móveis, geladeiras ou carros. Ou mesmo dentro das águas das enxurradas. Nadando entre barro e lama.

REENCONTRO – Chegam aos abrigos batendo os dentes de frio. Com sede e fome. Olhos espantados. Recebem conforto, alimentação, remédios.

Uma cidade gaúcha em situação normal, acolhia 100 cães. Hoje, passam de 500. Donos de muitos dos cães e gatos estão dispersos pelo imenso Rio Grande do Sul. Partiram para o céu.

Tentam recompor a própria vida ou simplesmente não sabem onde seus animais de estimação estão. Se estão vivos ou foram tragados e levados pelas enxurradas. Adultos e crianças choram. Admitem a perda.  Alguns animais já foram adotados por outros corações bondosos. Quando o caos acabar. Quando o sol alto e forte voltar a brilhar. Quando os abraços serão de alegria. Quem sabe, cães e gatos poderão voltar a lamber seus donos. Pular e adormecer no colo deles. Com infinita, divertida e doce ternura.

ARRE ÉGUA!!! – Governo federal ajudando na reconstrução do Rio Grande do Sul e dos gaúchos. Maioria flagelados perdeu tudo. Calamidade que entristece o Brasil e o mundo. Contudo, Lula erra feio, nomeando para “ministro extraordinário” da crise, um ministro gaúcho. O falastrão e encrenqueiro Paulo Pimenta.

Não precisava Lula politizar o drama dos gaúchos. Pimenta vai criar atritos com adversários políticos. Vai, desde já, botar banca para ser candidato a governador. Desgostando muita gente, dentro do próprio PT. Nessa linha, as homenagens” ao Pimenta começaram.

Uma delas, que certamente deixará Pimenta radiante, é que a égua resgatada no terceiro andar de um prédio, ganhou o nome sugestivo de Pimenta.

Está na hora de todos implorarmos para que passe essa tragédia das chuvas

Guaíba segue subindo nesta terça-feira e chega a 5,22

Lago Guaíba segue subindo nesta terça-feira e chega a 5,22m

Vicente Limongi Netto

Rastros de agonias crescem com escombros. Garras do desespero secam as lágrimas dos obreiros gaúchos. A teimosa esperança pela vida esmaga a raiva. Penaliza sorrisos. O frio espanta o choro. Trava soluços. A volúpia das águas das enchentes levou os sonhos de uma criança de 6 meses. Esmagando e dilacerando a felicidade de uma família inteira.

É hora do batalhão dos corações abatidos e cansados bater na porta do castelo dos infortúnios e pavores para implorar pelo fim da feroz desgraça climática.

LEVAR PARA LONGE – A abrangente e implacável calamidade que destrói o Rio Grande do Sul comove o planeta. Manda que imploremos ao escritor italiano, Dante Alighieri, autor do inferno, a primeira parte da sua “Divina Comédia”, que leve o inferno para bem longe.

A tensão coletiva não sai da alma. Permanece doendo nos ossos. Dias e noites surgem tristes. Ninguém prega o olho. O quadro avassalador de tragédias se multiplica. O volume excessivo das águas do Guaíba amedronta. Humilha o céu. Ninguém sabe quando o sofrimento vai acabar.

Continuam a fibra e o ânimo para ajudar os necessitados que perderam tudo. A energia vem de Deus. Ganharia saudável alívio caso São Pedro puxasse as orelhas das açodadas chuvas.

CURSO DE TIRO – O Ministério Público do Amazonas, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, realizou um treinamento de arma e tiro para novos promotores do curso de ingresso.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, trata-se de uma medida de segurança essencial para todos os envolvidos. “Na nossa condição de autoridades da área de Justiça, entendo que precisamos estar resguardados em todos os níveis e momentos, o que reforça a importância de uma capacitação como esta”, afirmou.

A instrução foi organizada pela Polícia Militar do Amazonas. De acordo com o assessor de Segurança Institucional, coronel Antônio Marcos Beckman de Lima, o objetivo é capacitar os membros visando situações de perigo, a fim de garantir a segurança dos participantes.

A que ponto chegamos.

Caramelo é um personagem tão marcante que seu salvamento estava sendo “disputado”

Cavalo Caramelo tem quadro estável após resgate

Uma imagem que ficará para sempre em nossa memória

Vicente Limongi Netto

Caramelo estava sem chão. Voou sem asas. Se equilibrou no telhado. Puro instinto de sobrevivência. Sob pena de vir a ser mais um nas estatísticas tristes das enchentes no Rio Grande do Sul. Ajeitou-se com esmero sobre as telhas de alumínio. Forte e bravo, Caramelo não esmoreceu. Ficou dias ilhado. Olhos graúdos e negros olhando o céu cinzento. Com acordes de trovões e relâmpagos.

Resistiu aprumado, patas brancas, cascos e ferraduras firmes. Tirou forças do dorso amarelado e raçudo. Salvo por bombeiros e dois veterinários, alinhou a vasta cabeleira acaramelada, com tons de esperança. Abatido, esfomeado, relinchou aliviado, depois da anestesia geral. Agora, farta-se com montes de capim, feno e alfafa, no Hospital Veterinário da Ulbra (Universidade Luterana).

Depois da odisseia que viveu, Caramelo tornou-se o xodó, herói da resistência e personagem de críticas à primeira-dama, dona Janja, que teria mandado um helicóptero da FAB para resgatar o cavalo e não gostou nada que os bombeiros tenham decidido não esperar a ajuda da Aeronática. Será fake news?

EXCELENTE LIVRO – “A vida misteriosa dos gatos”, novo e excelente livro do jornalista e escritor Pedro Rogério Moreira. Lançamento da Editora Thesaurus. Pedro escreve como fala e conversa. Com simplicidade, clareza,  alorizando seus personagens.

Com rigoroso ardor e verdades. Justo e grandioso. Sublinhando palavras amorosas, envolventes e divertidas. Obra saborosa, histórias verdadeiras. Colhidas como flores pelo autor. Pedro conviveu de perto com as figuras públicas e intelectuais que destaca.

Páginas com José Sarney, Itamar Franco, Hélio Fernandes (“defensor do interesse público”), ACM, Mário Palmério, Marcio Moreira Alves, Roberto Marinho, José Aparecido, João Figueiredo, Gilberto Amaral, Henrique Hargreaves, Mauro Durante, e uma página ao pai dele, memorialista Vivaldi Moreira.  Com quem aprendeu lições de decência, lealdade e firmeza de atitudes. Pedro dedica a vida aos amigos e ao bom jornalismo.

LIGA DO BEM – Muito boa a matéria do Correio Braziliense( 12/05), destacando o formidável trabalho da “Liga do Bem”,  a meritória iniciativa dos servidores do Senado, empenhada em arrecadar donativos para famílias carentes e moradores de rua. As atuais ações da Liga do Bem estão voltadas para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

A liga do Bem está precisando de voluntários. Muitas doações chegando. O trabalho é incessante. Dezenas de servidores e voluntários de fora da Câmara Alta, estão dia e noite trabalhando duro. A diretora-geral do senado, Ilana Trombka, está sempre lá. Ajudando e estimulando.

A sede da liga do Bem fica no entorno da gráfica do Senado. Nessa linha, senadores e senadoras, sobretudo senadoras, filhos, cunhados, irmãs e netos, ou, ainda, mulheres de senadores, também poderiam arregaçar as mangas. Tirar momentos de folga, colocar jeans, sapato baixo ou chinelo de dedo e ir ajudar a Liga do Bem. Não custa nada. Não vai tirar pedaços. Fazer discursos calorosos e lamentar a tragédia não é suficiente. Soa como demagogia. Quem comparecer para ajudar será bem recebido. Estará dando contribuição preciosa e importante, que engrandecerá alma e coração de todos.

PRETENSÃO DE LULA – O presidente Lula não pode, não deve, não tem autoridade para impedir, muito menos criticar, os alagoanos que vaiaram o deputado Arthur Lira.

Se Lira foi saudado com vaias, é porque mereceu. Pode ser tudo de ruim, menos santo imaculado.

Média cretina de Lula. Não demora, a política do morde e assopra volta ao normal.

Com a tragédia no Sul, novo penduricalho dos juízes deve permanecer engavetado

VIVER É PERIGOSO: SENHOR JUIZ, PARE AGORA !

Charge do Lane (Arquivo Google)

Vicente Limongi Netto

Licença para três comentários, de notícias publicados no Correio Braziliense, dia 9: Manchete principal do jornal triste, mas não poderia ser outra: “Chuva, frio e falta de água agravam situação no Sul”. Creio, nessa linha, que a quadra de agonia, destruição e dor no Rio Grande do Sul com as devidas proporções, é semelhante as tragédias que abalam a Faixa de Gaza. Só perde para o número assustador – e infinitamente maior –  de mortes;

Coluna “Eixo Capital” dedica amplo espaço para queixumes banhados de hipocrisia e patetice do deputado e pastor Daniel de Castro, protestando contra o show de Madonna, na praia de Copacabana. Não sei se o irado pastor vai excomungar os evangélicos que vibraram com o show.

NA GAVETA – Colunista Denise Rothenburg tem razão. Escreveu ela: “Com a situação no Rio Grande do Sul cada dia mais triste, o quinquênio do Judiciário tente a ir para a gaveta”. Tomara que o bom senso enterre de vez a descabida e medonha excrescência.

Gerson Nunes, craque dentro e fora de campo, coloca o Instituto Canhotinha de Ouro coletando doações, roupas, alimentos e água, para as vítimas do Rio Grande do Sul, com posto no Estádio Caio Martins, Niterói e núcleos pela cidade, 

No mesmo sentido, o Clube Militar convocou associados para fazerem doações aos irmãos do Rio Grande do Sul. Tudo deve ser entregue na sede esportiva da Lagoa, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

SHOWS ILEGAIS – Atendendo pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que ingressou com Ação Civil Pública (ACP) contra a realização de shows com despesas acima de R$ 480 mil na cidade do Careiro Castanho, a Justiça do município decidiu, na quinta-feira (09/05), suspender o show da cantora Naiara Azevedo, previsto para o próximo domingo, dia 12 de maio. O município carece de serviços básicos de infraestrutura, saúde e educação.

A ação movida contra a Prefeitura do Careiro havia solicitado e também suspendeu shows dos artistas Wanderley Andrade e da dupla sertaneja Dom Marcos e Davi. Somados, os valores dos três shows superam R$ 480 mil. As apresentações faziam parte da programação da 43ª Festa da Padroeira de Nossa Senhora de Fátima.

Em sua alegação, o promotor de Justiça Daniel de Menezes disse que “não há motivo para a realização dos shows com valores exacerbados, enquanto o município não oferece o básico aos cidadãos, incluindo os salários dos servidores públicos municipais que se encontram em atraso”.

Lembrando Havelange, o brasileiro que fez o futebol ser um superesporte

COI não fará homenagem a Havelange, morto aos 100 anos - Jornal O Globo

Havelange foi o maior dirigente esportivo da História

Vicente Limongi Netto

Guerreiro João Havelange completaria amanhã, dia 8, 108 anos de idade. Uma vida dedicada ao futebol. Quando assumiu a presidência da FIFA, a entidade era um pardieiro. Com competência e lucidez, Havelange transformou a FIFA numa potência esportiva e financeira. Uniu o mundo e raças com o futebol. Minha amizade com Havelange nasceu de pai para filho.

Usando calça curta, ia, com meu pai, cartola do futebol amazonense, visitá-lo, na então CBD, Rua da Alfândega, centro do Rio de Janeiro. Lembro que ficava admirado, ouvindo o vozeirão daquele homem. Alto e elegante. Impecável, sempre de paletó e gravata.

TUDO PELO FUTEBOL -Havelange gostava muito de meu pai, Andréa, filho de italiano, e que foi um homem bom, divertido, operoso e leal aos amigos.  Amizade cresceu. Tempo passando. Trocávamos cartas, relatando suas missões pela FIFA. No mundo inteiro. Recebido por reis, rainhas e presidentes.

Parasitas e venais que não ergueram sequer um tijolo em benefício do futebol, jamais mancharão a trajetória e o legado de conquistas de Havelange. A imensa e irretocável contribuição que deixou ao futebol, brasileiro e mundial.

Estivemos juntos, na missa celebrando os 100 anos de idade dele, numa igreja em Ipanema. Doente, conversávamos pelo telefone.  Guardo no coração a amizade de Havelange. Deus e Maria têm Havelange em bom lugar.

Janja foi conferir de perto a tragédia no Sul

DONA JANJA – Colunista do Correio Braziliense, Denise Rothenburg, mostrou-se encantada com o gesto da primeira dama, dona Janja, por adotar uma cadela, resgatada da tragédia no Rio Grande do Sul. Gesto saudável da mulher de Lula. Depois apareceu toda pronta, carregando um saco de ração.

Porém, a meu ver, Janja agiria melhor, ganharia aplausos gerais, se saísse do conforto dos palácios do Planalto e do Alvorada e da Granja do Torto e pegava o avião em direção as regiões atingidas. Com calça jeans, blusa simples, botas e mochila, para ajudar no resgate de idosos, crianças e adultos. Colaborando com voluntários, na distribuição de alimentos, água e roupas. Com a tropa de assessores, aspones e seguranças, não importa. Mas que vá. Coloque os pés na lama e no barro. Sinta-se útil, com alma e coração grandiosos.  Contribua, de fato, para abrandar o sofrimento do povo que perdeu tudo. O maridão dela, Lula, está fazendo, com méritos e patriotismo, a parte dele. Ande, Janja, não perca tempo.

BOM JORNALISMO – APLAUSOS PARA O JORNALISMO DA TV-GLOBO, gerando os jornais, inclusive o programa da Patrícia Poeta e o Jornal Nacional, com William Bonner, ao vivo, direto dos locais atingidos.

Elogios merecidos, pelo profissionalismo.

Tragédia no Rio Grande do Sul é mais um aviso sobre mudanças climáticas

Onda de calor potencializou chuvas torrenciais no RS

No Sul, a enchente está arrebentamdo até as pistas de asfalto

Vicente Limongi Netto

O amor inquebrantável virou barro e lama. O choro e o desespero comovem o Brasil e o mundo. A tragédia no Rio Grande do Sul, agora também alcançando Santa Catarina, passou de 80 mortos e centenas de desaparecidos. A insistência pela vida permanece. Os prantos se transformaram em preces. O sonho de encontrar amados soterrados ou levados pelas águas continua.  A dor insiste em tornar-se invisível.

Almas e corações andam juntos com a eterna expectativa que a chuva pare. O recomeçar exigirá energia e fé dobradas. Bombeiros e voluntários não esmorecem. A vigília é permanente. A solidariedade começa a chegar. De brasileiros e estrangeiros. O governo federal faz a sua parte. Montou gabinete de crise para ajudar famílias que perderam tudo e na reconstrução do Estado.  Moradores tentam recolher o que sobrou da enxurrada.

Todos agora são uma família só. Respiram solidariedade e fé. A agonia é permanente. Animais agonizantes e mortos viram anjos. O verde encardido das plantas, árvores e flores vão abençoar estrelas. Uma luz forte do céu passa fagulhas de esperanças que possam servir de bálsamo para sofridos seres humanos. Desejosos, a esta altura, em oferecer somente uma última morada confortadora aos mortos amados. Abrandando, finalmente, a angústia do sofrimento. Do desespero e da perda infinita.

INFAMES – Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, enganadores engomados. Da vil orquestra destrambelhada e desprezada pelo povo, a Câmara Federal e o Senado. Deputado e senador dissimulados. Mestres do indefectível e indecoroso método político do “morde e assopra”. Decaídos de espírito.

Fingem com a maior cara lambida que estão empenhados em solucionar problemas. Ambos têm prazer em criar obstáculos para o governo federal. Se julgam gênios políticos. Não passam de fazedores de crises. Inimigos da democracia.

Gostam de ser bajulados pelos eventuais ocupantes do Palácio do Planalto. Convocam a imprensa para declarar lorotas e clichês surrados. Aproveitadores da boa fé e da confiança dos brasileiros. Lira e Pacheco, excrescências ambulantes, apequenam os cargos que ocupam.

TORCIDA E A BOLA FELIZES – Bem-vindo, craque Thiago Silva. Excelente atração para o Fluminense, onde começou a vitoriosa carreira e, também, para a vitrine do futebol brasileiro, já cheia de perebas com chuteiras.