Mario Sabino
Metrópoles
Você já deve ter lido que a última pesquisa Qaest mostra que 55% dos entrevistados acham que Lula não merece mais uma chance como presidente em 2026, enquanto 42% dos entrevistados acham que ele merece, porcentagem menor do que a dos eleitores que votaram no chefão petista no primeiro turno da eleição de 2022.
O verbo utilizado foi exatamente este: merecer. Merecimento, no caso, é ter reconhecido o direito a algo de bom ou de honroso por causa das suas qualidades e realizações.
MAUS ANTECEDENTES – Se para mais da metade dos entrevistados, Lula não merece nova chance, é porque lhe faltariam bons requisitos para tanto— e lhe sobrariam, portanto, maus antecedentes.
Por que Lula não mereceria mais uma chance? Incompetência, desonestidade, ideologia, partido, idade, tudo isso ao mesmo tempo? É uma pergunta que a pesquisa não fez e deveria ter feito, na minha humilde opinião.
A conclusão possível é de caráter geral: o chefão petista perdeu força no eleitorado da órbita ideológica mais próxima a ele, embora isso não signifique que deixará necessariamente de contar com a mesma quantidade de votos em 2026, se vier a ser candidato. Tudo vai depender, obviamente, de quem serão os candidatos que estarão na disputa.
BOLSONARO – A pesquisa Qaest mostra que a rejeição a Jair Bolsonaro vai a 54%, a maior entre os nomes apresentados aos entrevistados (Lula tem 49%), e ele contaria com 39% dos votos, na hipótese remotíssima de ele ser candidato. Ou seja, é o melhor adversário para o chefão petista.
A julgar pela pesquisa, o pior oponente para Lula seria, no entanto, um rebento do bolsonarismo: Tarcísio de Freitas. No embate direto entre os dois, se a eleição fosse hoje, Lula teria 46% dos votos contra 40% do governador de São Paulo. É uma diferença pequena quando se leva em conta que 39% dos entrevistados afirmaram não conhecer esse eventual candidato da direita.
A pesquisa tem outra má velha para Lula. O ministro Fernando Haddad é, depois de Jair Bolsonaro, o segundo nome mais rejeitado. Metade dos entrevistados não votaria nele. É mais uma prova de que o lulismo é mais forte do que o petismo e, consequentemente, de que o petismo depende do lulismo.
OUTROS NOMES – Já o bolsonarismo tem um legado de nomes com luz própria, como demonstram, além de Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, que antecede o fenômeno bolsonarista, mas está em idêntica frequência ideológica e foi impulsionado por ele. Há também Michelle Bolsonaro, mas ela ainda está colada demais ao marido, tal como se infere pela sua alta taxa de rejeição.
À lâmina e ao cabo dos recortes da pesquisa, vai se sedimentando a constatação de que Jair Bolsonaro pode ter morrido eleitoralmente (há controvérsias), mas o bolsonarismo sobrevive a ele e se multiplica de forma edulcorada. E vai se concretizando a impressão de que o lulismo talvez não sobreviva a Lula por inexistirem herdeiros à altura no interior do petismo. Se ele não merecer uma chance em 2026, a esquerda terá um enorme problema.
O principal adversário do Stalinácio é a arrogância dele mesmo. A tragédia pela qual passam os irmãos gaúchos mostrou como Stalinácio “gosta” do povo, é uma declaração infeliz atrás da outra, será que um dia esta “fase Dilma” acaba para ele? Espero que não, aí a cara do “pai dos pobres” cai de vez. Outro que mostra não ser nada diferente do Stalinácio é o imbrochável, não consegue nem imaginar a mulher sendo candidata e ele não, o ciúme parece ser umas das características de todo político, aliada sem dúvida a monumental inveja que um tem do outro. Espero que tanto o lulismo como o bolsonarismo ardam no fogo do inferno no menor tempo possível.
Sem lulismo e sem bolsonarismo, partiremos para o Janjismo e Michelismo.
Apertem os cintos, que o Brasil vai sumir!
José Luis
Amigão
Estamos perdidos.
É isso que temos para hoje.
Abraço
Que isso se realize
“Lulimos” a sigla de um mais liso que “bagre ensaboado”!