Testosterona subiu à cabeça da direita ao disputar a Prefeitura de São Paulo

Eleições SP: apoio de funkeiros a Nunes e Marçal racha movimento

Marçal e Nunes se perdem em bobagens de “gênero”…

Josias de Souza
Do UOL

Uma briga como a que Ricardo Nunes trava com Pablo Marçal pelo eleitorado de direita é uma desavença do tipo que pede para não ser apaziguada. Revelador, o confronto precisa ser levado às últimas consequências. Na manhã desta terça-feira, Nunes exibiu na propaganda eleitoral um replay da frase em que Marçal sustentou que mulher não vota em mulher porque é inteligente.

Enganchou na peça um vídeo no qual o rival defende a tese segundo a qual o crânio da mulher é menor que o do homem.

MAIS HOMEM – Horas depois, num encontro com empresários, Nunes referiu-se ao padrinho Tarcísio de Freitas como “o sujeito mais homem” que já conheceu na política. Associou a confiabilidade que atribui ao governador à sua masculinidade. Não é machismo?, perguntou-se a Nunes. Desculpando-se, ele disse que quis apenas realçar que Tarcísio é “ponta firme”. Hummmm…

Fazer-se passar por machão a todo instante é um hábito cultivado por Bolsonaro. É como se o “imbrochável”, “incomível” e “imorrível”, desejasse provar algo a si mesmo. Mais bolsonarista do que Bolsonaro, Marçal forçou Nunes a escancarar sua bolsonarização quando roubou nacos do eleitorado paulistano que votou no mito em 2022.

Agora, pisando no eleitorado feminino distraídos, Marçal e Nunes atiram bolsonarices contra os próprios pés. Majoritárias, as mulheres já premiam Marçal no Datafolha com uma taxa de rejeição de 53%. Tomado pelas palavras, não se sabe se Nunes abomina ou ambiciona o índice. De concreto, por ora, há apenas a percepção de que a testosterona subiu à cabeça da direita em São Paulo.

4 thoughts on “Testosterona subiu à cabeça da direita ao disputar a Prefeitura de São Paulo

  1. Hoje cedo, em São Paulo, flagrei um mendigo esbofeteando cartazes com a imagem dos candidatos.

    É um reflexo do saco cheio, de não aguentar mais essas figuras toscas de santinhos e santarrões espalhados pela cidade abandonada e apodrecida.

    São Paulo é o cenário perfeito para o Coringa, para o insano, para o cracudo.

    Ainda assim é o trabalho, representado pela energia de São Paulo, ilha de mínima e atrasada estrutura em meio ao descaso total e ao abandono do Brasil inteiro, sugado pela parasitária Brasília, que sustenta este país.

    O sistema partidário e eleitoral da NOVA REPÚBLICA, podre e excludente, é repugnante e é projetado para não funcionar.

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