Cézar Feitoza
Folha
A defesa do ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ministro Alexandre de Moraes seja impedido de relatar o inquérito do vazamento das mensagens de seus auxiliares. O pedido foi feito para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, em uma arguição de impedimento — processo em que se tenta afastar um juiz por parcialidade ou envolvimento com a causa.
O argumento da defesa de Tagliaferro é que Moraes determinou a abertura de investigação da Polícia Federal sem submeter a decisão ao presidente do Supremo ou à PGR (Procuradoria-Geral da República).
POSTURA QUESTIONÁVEL -Desde então, segundo a defesa, o ministro vem adotando postura questionável, como a “abusiva ordem de busca e apreensão” contra Tagliaferro.
Os advogados Eduardo Kuntz e Christiano Kuntz dizem que o inquérito foi aberto “ao arrepio” do regimento interno do Supremo. Na visão deles, a decisão do ministro “evidencia a arbitrariedade” das ações de Moraes no inquérito.
A defesa afirma que o conteúdo das mensagens de auxiliares de Alexandre de Moraes, revelado pela Folha, coloca em debate a “lisura ou não” da atuação do ministro ao determinar, fora do rito, a produção de relatório do TSE para embasar suas próprias decisões no inquérito das fake news no STF. “Tal inquérito não poderia existir, o Ministro é diretamente interessado no feito e, por conseguinte, é impedido para atuar no caderno investigatório/futura PET, em razão da inadmissível ausência de imparcialidade”, dizem os advogados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A defesa de Tagliaferro vai bem e começa por alvejar as ilegalidades que Moraes tem cometido ao se manter como juiz de instrução e julgador de inquérito no qual se apresenta também como vítima. É um descaramento abusivo que demonstra alguma aberração jurídica. Ou o ministro do Supremo não conhece doutrinas, leis e regras de impedimento e suspeição, ou então está agindo abertamente contra a lei. Não há dúvida de que Moraes será afastado da relatoria caso. Caso contrário, é melhor fechar o Supremo para balanço. (C.N.)
Emborcaram os dois pratos da balança, fazendo escorregar seus adulterados pesos.
Daqui há pouco esse careta vai dar até opinião em jogo de futebol.
Jogo de futebol é brinquedo. O pior vai ser quando ele nos proibir de pensar livremente.